sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Palestra na AAFBB do Diretor da CASSI, William Mendes.

Em 28.08.2014, na sede da AAFBB, tivemos a oportunidade de assistir a palestra do Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI, Companheiro William Mendes.
O evento que começou às 10.00h foi muito concorrido.
Os dois salões do 10º andar da AAFBB foram reservados para aquele simpósio. Um, com apresentação ao vivo e outro com transmissão por telão.
O acontecimento foi filmado e aguarda-se com ansiedade a sua colocação nos sites da AAFBB e CASSI.
Dirigentes da AAFBB, colegas da Cidade do Rio de Janeiro, de outras cidades e até de outros estados, vieram ao simpósio.
Tive a honra e o prazer de sentar ao lado do Diretor Medeiros, recém-eleito na PREVI, que veio do RS especialmente para enriquecer o simpósio com sua presença.
Medeiros, dono de blog na área de interesses de associados da PREVI e CASSI com o maior número de acessos (perto de 1.100.000) é uma pessoa extremamente simpática, inteligente, culta e afável. Como blogueiro iniciante, ainda engatinhando (com apenas 5.000 acessos), recebi valiosíssimas dicas para uma melhor condução do blog. Nada melhor do que aprender com quem tem experiência e penetração no ramo e sabe de tudo.
A mesa de expositores foi composta por Célia Larichia, Presidente da AAFBB, William Mendes, Diretor da CASSI, Loreni de Senger, Conselheira Deliberativa da AAFBB e CASSI, Adriana Franck Sarmento, Gerente da Unidade CASSI-Rio, Mário Fernando Engelke, Conselheiro Deliberativo da CASSI e Douglas Leonardo Gomes, Coordenador do Conselho de Usuários da CASSI.
A Presidente da AAFBB, Célia Laríchia, abriu os trabalhos agradecendo o comparecimento maciço dos associados àquela apresentação e, em especial , ao Colega Medeiros, que se deslocou de tão longe para nos honrar com sua presença.
Em seguida, Célia Laríchia relacionou os vários tópicos pertinentes à CASSI a serem abordados naquela reunião.
Discorreu sobre a importância do evento e elogiou o profissionalismo de todos os dirigentes da CASSI ali presentes.
Como exemplo da dedicação do pessoal da CASSI, revelou que o palestrante, William Mendes, estava em período de férias e interrompeu o seu merecido descanso para comparecer àquela solenidade.
Ato contínuo, passou a palavra a William Mendes.
Abro um parêntesis para dizer que eu, com os cabelos completamente encanecidos, sinto-me constrangido em usar o termo “Senhor” para William Mendes, que é um jovem de cabelos negros como penas de graúna, inteligente, entusiasmado, dinâmico e profundo conhecedor de tudo que diz respeito aos assuntos de nossos interesses.
William Mendes falou sobre os primórdios da criação do BB há 200 anos, dos IAPs, do movimento sindical, do êxito da greve de 69 dias em 1951 por aumento salarial até chegar aos nossos dias.
Lembrou que no dia daquela palestra, 28 de agosto, se celebrava o Dia do Bancários e o aniversário de 31 anos da CUT.
Discorreu sobre os 69 anos de criação da CASSI e suas mudanças e aperfeiçoamentos ao longo do tempo.
Relatou as constantes e infrutíferas ameaças que a CASSI sofre por empresas do mercado de saúde.
Falou sobre o problema de doenças que, particularmente, se abatem com maior impacto sobre a classe bancária devido ao extremo stress enfrentado por aquela categoria profissional no desempenho de suas funções. E que, em razão disso, desenvolviam-se ações junto ao BB para este prestar um maior apoio à CASSI com vistas a uma melhor assistência aos funcionários daquele banco.
Ressaltou o espírito de solidariedade que rege a CASSI com o lema de “A todos de acordo com suas necessidades”.
Frisou que a CASSI presta assistência a todos os associados de forma uniforme, sem qualquer diferenciação de ordem funcional ou hierárquica.
Falou sobre as iniciativas para a inclusão na CASSI de 12.000 companheiros que não recebem assistência por parte daquela caixa de assistência.
Discorreu sobre a queda da receita de mais de 100 milhões de reais relativa à perda da contribuição sobre o BET mas que, apesar desse choque negativo, nunca passou pela direção da CASSI a ideia de aprovar qualquer aumento do valor das contribuições para reequilibrar o orçamento da instituição.
Frisou o princípio assistencial que norteia as ações da CASSI, nunca podendo se comparar à diferenciação de planos de saúde da iniciativa privada que tem o lucro como meta precípua. Por essa razão esses planos privados são chamados de empresas de saúde. Muitos os classificam como mercadores ou mesmo de mercenários da saúde.
Relacionou uma série de providências para ampliar e melhorar a assistência aos associados, com o aperfeiçoamento de Unidades e Clínicas CASSI, com a ampliação da rede credenciada e com a melhoria na gestão. Disse que a luta para uma melhor seleção de prestadores de serviços é constante e nem sempre esse esforço é compreendido pelos associados.
Expôs que se luta ininterruptamente para diminuir custos hospitalares abusivos e muitas vezes desnecessários, dinamizar o tempo de análise de processos e sempre prestar uma assistência ágil e eficiente aos associados.
Salientou que para atingir todos esses objetivos a colaboração dos Conselhos de Usuários da CASSI, dos Sindicatos e das Associações de Funcionários tinham um papel preponderante e decisivo para o sucesso dessas metas.
Quase duas horas se passaram na apresentação de William Mendes que abordou diversos temas e que foi calorosamente aplaudido pela audiência.
A palavra passou para os demais membros da mesa de expositores.
Loreni de Senger discorreu sobre o problema de recursos à ANS e da judicialização de processos na CASSI.
Loreni falou que, na maioria da vezes, a CASSI era surpreendida com acusações completamente descabidas sobre seu papel na não concessão de benefícios, visto que tais pedidos sequer haviam chegado ao conhecimento da CASSI e que os mesmos se encontravam retidos em hospitais e clínicas para o cumprimento de medidas burocráticas, muitas vezes elementares. Após a rápida interferência da CASSI, quase sempre por telefone, os protocolos eram cumpridos e os benefícios eram liberados de forma imediata.
Sobre esse aspecto, este blogueiro atesta que, em cirurgia recente, com um simples telefonema ao hospital por uma atenciosa e prestimosa companheira da CASSI, teve o seu problema burocrático resolvido e sua cirurgia teve andamento imediato.
Loreni ainda disse que a CASSI contava com treis instâncias de recursos, cada instância seguindo um nível diferenciado de análise.
Discorreu sobre várias situações sérias que teriam sido resolvidas de forma objetiva e rápida se fossem seguidos esses procedimentos.
No entanto, tais usuários preferiram recorrer à ANS ou judicializar os processos, prejudicando os atendimentos aos pacientes, burocratizando o processo, criando custos desnecessários e atrasando o desfecho dos problemas , quando tudo poderia ter sido resolvido de forma rápida e eficiente dentro do âmbito da CASSI.
E, o pior, quando a causa dos problemas era de responsabilidade de terceiros e não da CASSI.
Contou que um dos casos mais trágicos foi o de uma paciente acometida de um problema que requeria atendimento urgente. Em lugar de procurar a CASSI para ser submetida de imediato a uma intervenção cirúrgica, a família da paciente contratou um renomado advogado e entrou com uma ação dispendiosa exigindo a internação e a cirurgia da pessoa em um dos hospitais mais caros do país. O juiz deu ganho de causa ao pedido da família da associada. Mas, infelizmente, e por uma fatalidade previsível naquela demora excessiva por uma decisão judicial, a paciente veio a falecer.
A Companheira Adriana Franck Sarmento confirmou as palavra de Loreni de Senger. Adriana disse que a maior parte do tempo dispendido no atendimento a reclamações de usuários era justamente sobre problemas pertinentes ao não cumprimento de providências burocráticas, muitas vezes primárias, por parte de hospitais, clínicas e consultórios.
Outro problema abordado por Adriana era sobre reclamações de usuários sobre o não fornecimento de medicamentos. Esclareceu Adriana que muitos medicamentos já não eram mais fabricados, outros dependiam de fornecimento suspenso por parte de fábricas, outros eram controlados, enfim, cada caso tinha uma nuance diferente. Acrescentou Adriana que, depois do assunto esclarecido, os medicamentos eram fornecidos rapidamente.
William Mendes interveio para dizer que a CASSI luta constantemente para selecionar credenciados habilitados dentro do melhor nível de profissionalismo e que, na maioria das vezes, preço alto não é sinônimo de melhor nível de prestação de serviços.
Atendendo a um questionamento de um usuário de Rio das Ostras e de outro de Macaé, o Colega Leobino dos Santos Ribeiro, presidente da AABB local, William Mendes comentou que o atendimento a associados residentes em localidades distantes sempre apresenta um nível de dificuldades maior devido à distância, o que dificulta atendimento ambulatorial, internações e até dificuldade de comunicação mas que esse era outro assunto que a CASSI tem se esforçado em resolver, e que diversas medidas estão sendo tomadas nesse sentido.
Mário Fernando Engelke, Conselheiro Deliberativo da CASSI, discorreu sobre a solidez da saúde financeira da CASSI que dispunha de uma reserva de R$ 1 bilhão e 500 milhões e que, como ex-gestor da CASSI durante 12 anos, se orgulhava de nunca a CASSI ter passado por fiscalização por parte da ANS ou qualquer outro órgão do Governo, que viesse a registrar qualquer problema.
Ele frisou que é um partidário incondicional de reuniões constantes da direção da CASSI com os associados, que registram críticas e considerações que contribuem para o aperfeiçoamento do órgão.
Por tudo isso, de forma enfática, finalizou sua intervenção reiterando que podemos confiar na CASSI.
Mário Fernando Engelke, que sempre foi admirado pelos associados pela forma competente, dinâmica e séria como comandou a CASSI, foi aplaudido por todos.
Douglas Leonardo Gomes , Coordenador do Conselho de Usuários da CASSI, tomou a palavra e disse que é importante congregar colegas para defender e aprimorar a CASSI. Frisou que esse é um trabalho de todos os associados e que, entre os objetivos, está o de evitar denúncias a órgãos públicos e evitar a judicialização de processos.
Nessa empreitada, os associados contam com os conselhos de usuários, as associações, os sindicatos e a própria CASSI, que prestam um atendimento ágil e eficiente.
Acrescentou que o trâmite burocrático de processos dentro da CASSI é extremamente rápido e que eventuais atrasos, na quase totalidade das vezes, devem-se a falhas por parte de prestadores de serviços.
Existem óbices como tempo de internação e procedimentos excessivos, gastos abusivos de remédios e outros problemas que oneram demasiadamente os custos hospitalares.
Mais uma vez salientou o papel dos conselhos de usuários que são a extensão da CASSI para resolver os problemas de saúde dos associados.
A Presidente da AAFBB, Célia Laríchia, em razão da saída do Diretor da PREVI, Companheiro Medeiros, abriu um espaço para que aquele colega se despedisse de todos e fizesse suas considerações sobre o evento.
Medeiros elogiou a atuação da CASSI no Sul do país e falou sobre o desempenho exitoso do órgão em casos de internações e intervenções cirúrgicas de emergência. Elogiou o trabalho da CASSI na área de fornecimento de medicamentos e prestação de serviços de forma geral.
Considerou de suma importância que fossem promovidos novos encontros como aquele na AAFBB, que contribuiriam para um esclarecimento mais amplo das atividades da CASSI junto aos associados.
Desculpou-se por ter de sair antes do encerramento daquela apresentação mas que tinha um outro compromisso importante já agendado na PREVI.
Foi aplaudido por todos.
O Diretor da CASSI, William Mendes, voltou a falar sobre a necessidade de sempre se aprimorar e incrementar a comunicação entre os associados e a CASSI.
Reiterou que esse contato estreito é fundamental para que a CASSI elimine eventuais gargalos que surgem na sua atuação. É um processo constante e dinâmico.
Disse também que a CASSI cada vez mais aprimora parâmetros de avaliação dos prestadores de serviços e de fornecimento de materiais e medicamentos. Nesse campo, ponderou que a CASSI sempre procura uma oportunidade, entre o que é conveniente e lucrativo para os prestadores de serviços, para impingir serviços que são inconvenientes e que trazem pouco retorno.
Frisou que o pessoal da CASSI é constantemente conscientizado sobre sua responsabilidade e participação na preservação da saúde de quase 1 milhão de usuários da CASSI.
Foi aparteado por questionamentos bem oportunos sobre suas explanações por vários dos presentes, entre os quais os colegas Gilberto Santiago, presidente do CODEL da AAFBB e Carlos Fernando dos Santos Oliveira, Vice-Presidente de Administração -VIPAD, da AAFBB. A todos atendeu de forma absolutamente satisfatória.
William Mendes agradeceu a atenção e a recepção calorosa de todos, elogiou o papel fundamental da AAFBB na organização daquele evento e colocou-se à disposição de todos para esclarecer qualquer dúvida.
Foi entusiasticamente aplaudido pelo corpo de associados e pelos dirigentes da AAFBB.
Seguiram-se diversas perguntas e questionamentos anotados em folhas de papel e encaminhados à mesa de expositores por atenciosas funcionárias da AAFBB.
A maioria das perguntas relacionavam-se com assuntos da área de prestação de serviços e foram respondidas, em sua quase totalidade, pelas Companheiras Loreni de Senger , Adriana Franck Sarmento e pelo próprio William Mendes.
Ao final das perguntas, a Presidente da AAFBB. Célia Laríchia, encerrou a solenidade parabenizando todos os presentes e, em especial, William Mendes, pela sua brilhante e concorrida apresentação.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB

terça-feira, 26 de agosto de 2014

CASSI - PRESTANDO CONTAS


INFORMAÇÃO AOS PARTICIPANTES PODE EVITAR JUDICIALIZAÇÃO E DENÚNCIAS À ANS

Um dos princípios defendidos pelos eleitos na gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) é garantir a solidariedade no Plano de Associados com o mesmo atendimento a todos, independente da idade, função exercida no banco ou número de dependentes.

Outra premissa que norteia o mandato é
aproximar a Cassi dos associados e de suas entidades representativas. O novo boletim dos eleitos tem o objetivo de trazer informações de qualidade sobre as dificuldades encontradas na gestão, sobre avanços e conquistas implantadas e questões que põem em risco a Caixa de Assistência e sua perenidade.A Cassi é gerida no modelo de autogestão e visa a promoção de saúde e a prevenção de doenças. A cultura de pertencimento de cada participante - funcionários da ativa, aposentados, parentes até 3º grau nos planos Cassi Família e funcionários da Cassi – precisa ser fortalecida uma vez que a sobrevivência da nossa Caixa de Assistência depende de cada um de nós.
As instâncias de recursos para participantes
Os participantes podem utilizar três instâncias instâncias recursais para finalizarem seu atendimento médico-hospitalar ou solicitações de medicamentos/materiais ou livre escolha/reembolso, caso ocorra alguma negativa inicial (que, por exemplo, pode ser por problemas no pedido do prestador de serviço de saúde).

Entende-se como recurso o pedido formal de reconsideração interposto exclusivamente por participante ou seu representante legal, que visa modificar, parcial ou integralmente, o indeferimento de uma demanda específica.

As alçadas para deliberação de processos são distribuídas entre as três instâncias, a saber:

a) 1ª instância: Unidade Cassi, Central Cassi ou Cepag (Central de Pagamentos), para análise de demanda do participante (cobertura contratual, adimplência, carência).

b) 2ª instância: Gerências da Sede, para reavaliação da demanda do participante (análise da pertinência técnico-científica, com base nos mais recentes estudos e com foco na saúde e a segurança do paciente).

c) 3ª instância: Comitê de recursos de participantes para análise e deliberação do recurso interposto pelo participante. Composto por representantes de várias áreas da Cassi, avalia os recursos sobre o aspecto sanitário, técnico e social.
Portanto, na maior parte dos casos, é possível resolver o problema na própria Cassi (0800).

Os participantes também podem procurar informações nas suas entidades representativas como os
Conselhos de Usuários, os sindicatos de bancários, as entidades de aposentados, as AABBs e outras associações em suas bases, porque os eleitos estão construindo canais permanentes para a melhoria constante do atendimento da Cassi.
Todos ganham se a solução for amigável e negociada
É muito importante que os participantes evitem a judicialização e as denúncias na Agência Nacional de Saúde (ANS) sem antes tentar os canais acima, porque o exagero que tem ocorrido (incentivado por advogados, alguns médicos, clínicas e hospitais e pela própria ANS), tem feito a nossa Caixa de Assistência gastar milhões de suas reservas - sempre limitadas pela relação Receitas (contraprestações) versus Despesas Assistenciais. Muitas vezes a justiça manda fazer algo que o plano do participante sequer prevê e aí o prejuízo é de todos os participantes.O trabalho de parceria e envolvimento de todos vai melhorar tanto o atendimento das necessidades dos participantes quanto proteger a nossa Cassi desse problema, que tem agravado a questão da sustentabilidade da entidade.

Este boletim é para ser distribuído tanto eletronicamente como pelas entidades sindicais e associações, bem como divulgado nos sites das entidades do funcionalismo em geral.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Abaixo seguem links com excelentes vídeos do filósofo, educador e palestrante Mário Sérgio Cortella.

Registramos que essa matéria nos foi encaminhada pela Companheira Marta Elisabeth Teixeira Balbi
 
 

DICAS DO MOMENTO - Agosto de 2014

Recomendamos duas dicas que, com certeza, serão benéficas às vidas de todos:

- Palestra do novo Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI, Sr. William Mendes de Oliveira, no dia 28 de agosto , às 10.00h, na Sede da AAFBB, à Rua Araújo Porto Alegre, 64, 10º andar, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro.
Por experiência própria, recomendamos o comparecimento a esse evento que classificamos como imperdível.
É uma singular oportunidade em que os companheiros poderão tirar suas dúvidas, de forma aberta e irrestrita sobre todos os assuntos pertinentes à CASSI.
Também é um momento de saber como a CASSI realmente funciona, desmistificar mitos, acabar com boatos e saber porque ela pode ser classificada, dentro de sua categoria, como o melhor plano de saúde do Brasil.

- O acesso à coluna Psicologia e Comportamento deste blog. Já inserimos excelentes artigos e links a respeito desses assuntos. E, à medida do possível, procuraremos selecionar cada vez mais matérias enriquecedoras para nosso espírito.

Paz e amor para todos.

REFLEXÕES

VERONICA  SHOFFSTALL

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão ou acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se.
E que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos.
E que presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida, olhos adiante, com a graça de um adulto. E, não, com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje.
Porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos.
E o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe.
Algumas pessoas simplesmente não se importam...

E descobre que não importa quão boa seja uma pessoa.
Ela vai feri-lo de vez em quando.
E você precisa aprender a perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança.
E que basta alguns segundos para destruí-la.
E que você pode fazer coisas em um instante, as quais deixarão você arrependido pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida.
Mas quem você tem na vida.

E aprende também que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
E que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam.

Percebe que você e seu melhor amigo podem fazer qualquer coisa ou nada. E terem bons momentos juntos.

Descobre ainda que as pessoas com quem você mais se importa na vida, são tomadas de você muito depressa.
Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas.
Pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e o ambiente têm influência sobre nós. Mas que nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros.
Mas com o melhor de você mesmo.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que
gostaria de ser. O tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou.
Mas para onde está indo.
E se você não sabe a direção, qualquer lugar serve.

Aprende ainda que ou você controla seus atos ou eles o controlarão.
E que ser flexível não significa ser fraco. Ou não ter personalidade.
Pois não importa quão delicada seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer.
E aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que, algumas vezes, as pessoas que você espera que o chutem quando cai, são das poucas que o ajudam a se levantar.

Aprende que maturidade tem muito mais a ver com as experiências que você teve e o que conseguiu aprender com elas do que com o número de aniversários celebrados.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que poderia supor.
E aprende que nunca se deve dizer a uma criança que seus sonhos são bobagens.
Poucas coisas são tão humilhantes.
E seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva, você tem o direito de estar com raiva. Mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode.
Pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes, você tem que aprender a perdoar-se.
E aprende que, com a mesma severidade que julga, você será, em algum momento, julgado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido.
O mundo não pára para que você o conserte.
E descobre que o tempo não é algo que possa voltar atrás.
Portanto, plante seu jardim e enfeite sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que pode suportar as adversidades e que, realmente, é forte. E que pode ir muito mais longe do que imaginava.

E, com o tempo, descobre que, definitivamente, a vida tem valor.
E que você tem valor diante da vida.

Esvaziando os Armários

Objetos e memórias que não servem mais para nada, só trazem energias negativas

Todos os anos, há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico. Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo. Aquelas que tiramos do cabide de vez em quando, vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos e guardamos de volta no armário.
Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado. Tenho uma amiga que tem 240 pares de sapato guardados no armário. É verdade, acreditem!
Há, ainda no armário, aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido “espetacular”ganho de presente de alguém que amamos mas que não combina conosco e nunca usamos. Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada por anos e anos, sabe-se lá por que.

Energia parada

Um dia um mestre tibetano me disse: “Objetos e memórias que não lhe servem mais e você mantém guardados só lhe trazem energias negativas. Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe fará bem, verá como sua vida irá fluir melhor, mais livre, leve e solta. Ocorre que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem mais. Você tem um guarda-roupa desses também no interior de sua mente. Dê uma olhada séria no que anda guardando por lá.

Memórias passadas

Experimentem esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhes serve mais! Joguem fora idéias, crenças, valores arcaicos, verdades únicas e inabaláveis, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia. Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus. Aproveite e tire de seu “armário” aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia, e lá vai você junto com elas para o fundo do poço.

Liberdade do desapego

Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos, em projetos pessoais e profissionais. Nunca desista dos seus sonhos. Não espere um momento certo ou mesmo o final do ano, para fazer essa “faxina interior”. Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade!
Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve mais. Liberdade de experimentar o desapego. Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor, e que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e lhe fazem bem. Liberdade de buscar o auto conhecimento, a auto cura,
de buscar transformação e mudanças.

Autocura

No cérebro emocional temos os mecanismos de autocura, os mesmos tipos de mecanismos de adaptação, de cicatrização, a homeostase, que podem ser aprendidos por métodos naturais. Passei 25 anos da minha vida estudando o cérebro. Pude avaliar a eficácia de métodos naturais de tratamento como Autocura Tântrica, Hipnose, Regressão de Memória e EMDR (Eye Movement Desensibilization and Resignification) e quando constatei que esses métodos funcionavam, resolvi falar deles.

Autocura do corpo e da mente

Gosto bastante da expressão “autocura do corpo e da mente”. Ela define a integração do que existe de melhor na medicina e na psicologia convencionais com o que funciona na medicina e na psicologia orientais, que utilizam as capacidades de autocura do organismo. Motivados por ilusões e aflições mentais todos os seres produzem ações positivas e negativas, que geram o sofrimento. Estas ações são conhecidas como karma. Segundo o Budismo, nossas ações passadas também decidem as características do mundo externo no qual nascemos e do qual dependemos para sobreviver. A autocura é um método ancestral adaptado para os difíceis tempos modernos, onde aprendemos a trabalhar correntes sutis de energia ou ventos-elementos do corpo-mente, através de concentração, gestos, visualização e chaves mântricas.
Estive numa palestra do Dalai Lama, líder espiritual do budismo tibetano em Boston, e ele disse ao final de sua conferência: “Você não precisa crer na reencarnação, no Nirvana ou nas divindades budistas. Comece simplesmente tendo mais emoções positivas do que negativas e a concentrar seu espírito e sua atenção nisso. Já assim, você começará a ser um ser humano muito mais evoluído. Mas não é preciso se tornar um budista para utilizar isto”.

NAMASTÊ !

sábado, 23 de agosto de 2014

Escolhas Mais Sensatas e Estratégicas

Este artigo é de autoria do Colega José Madeira Basto, advogado e funcionário aposentado do BB

Pelo visto, parece que agora todos começam a perceber que não adianta cada uma das associações, de per si, tomarem a iniciativa de ações judiciais, as quais, como diz o Gilberto Santiago, “sempre são rechaçadas pelo judiciário”, em que pese o nosso bom direito.
O fato é que todas as ações até hoje intentadas pelas diversas associações sofreram derrotas ou foram rechaçadas pelo judiciário em razão da inobservância gritante dos requisitos formais aos quais todos os processos estão subordinados e que são prévia e compulsoriamente examinados pelos Magistrados antes do julgamento do mérito, como
 a legitimidade das partes, o interesse de agir, a inobservância de Lei Especial, competência jurisdicional do Tribunal ou Juízo etc., etc., tudo na forma do Código de Processo Civil.
Em caso de descumprimento de qualquer dos requisitos formais, estará o processo, portanto, em desacordo com a Lei Processual (CPC) e o Juiz não adentrará ao seu mérito, ou seja, não apreciará o seu mérito, que é o cerne da questão e representa o objetivo maior de qualquer processo que busca alcançar um direito material questionado.
Portanto, na ausência de cumprimento de qualquer dos pressupostos processuais, o Magistrado determina a extinção integral do processo, sem julgamento do seu mérito, decisão esta, contra a qual não caberá qualquer recurso.
Sobre tal questão, em várias oportunidades me manifestei aos colegas, chamando a atenção de que as diversas ações intentadas por várias associações estavam fadadas ao insucesso em razão de terem sido formuladas de forma errada, o que me rendeu ataques e até ameaças por parte de pessoa ligada às associações.
Sobre o “clamor popular” defendido no texto, penso que vem muito tardiamente, já que a mobilização dos aposentados fora sugerida por mim a uma das associações por ocasião das manifestações populares de julho/2013, tendo a mesma, de inopino, sido rejeitada sob os argumentos de que éramos todos muito idosos e que, poderíamos ser tachados de marajás, causando-me até alvissareira surpresa ver um dirigente de associação, pela primeira vez, pregar abertamente, como lição a ser seguida, um movimento popular. 
Agora, sim, percebe-se que dirigentes de associações começaram a se dar conta de que a dilapidação sistemática do patrimônio da PREVI, sem a imediata reação com medidas judiciais corretas, adequadas, concretas e efetivas que possam bloquear os avanços sobre os ativos do nosso Fundo de Pensão, o levará, em curtíssimo prazo, à extinção e que, a reboque de seu desaparecimento, também, desaparecerão todas as Associações que congregam aposentados, pensionistas e ativos do BB.
No entanto, observo que não basta a união das Associações. É preciso, também, que todas as atitudes em defesa dos seus associados sejam igualmente unificadas, passando a serem uníssonas as vozes de seus dirigentes e, especialmente, de seus associados, bem como a URGENTE tomada de medidas acautelatórias e assecuratórias dos seus direitos.
Desta forma, impõe-se, dentre outras medidas, a escolha de profissionais habilitados e principalmente qualificados para patrocinar as ações judiciais necessárias e que venham a ser propostas como forma de preservar os direitos dos associados junto a PREVI.
Não se deve e não se pode entregar as questões relativas a direitos patrimoniais dos participantes e associados da PREVI a um profissional qualquer, pelo simples fato de ser ele amigo ou indicado por amigos/conhecidos de dirigentes das associações e lá mantidos sob frágeis argumentos subjetivos, a exemplo de, “serem da mais absoluta confiança” ou,  de “terem sido sabatinados” por tais dirigentes, já que estes não detêm conhecimento técnico-jurídico desta complexa área para avaliar o desempenho de tais profissionais.
Para solucionar tal questão, deveriam ser convocados, exclusivamente, advogados aposentados que tenham feito parte do Quadro Jurídico das diversas Assessorias Jurídica Regionais do BB e que não estejam vinculados ao BB ou suas Subsidiárias, PREVI ou suas Participadas, Órgãos Governamentais, Partidos Políticos e Organizações Sindicais, com a finalidade de formação de um comitê de assessoramento e aconselhamento jurídico, independente, com a função de escolher profissional ou profissionais tecnicamente capacitados para ajuizar e conduzir as ações judiciais necessárias, as quais serão acompanhadas, permanentemente, por dito comitê, a nível nacional.
Insistir nas mesmas práticas erradas até agora usadas, as quais somente oneram os associados com recolhimento de taxas para sustentar demandas inócuas e  que nenhum êxito alcançam, a exemplo de todas até aqui ajuizadas por diversas associações, é colocar em risco o direito não só daqueles que são seus associados mas, também e principalmente, o direito daqueles colegas que não fazem parte da associação demandante, eis que, qualquer decisão de mérito que seja prejudicial a ela, formará  jurisprudência contra todos, indistintamente.

José Madeira Basto

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

20.08.2014 - Um Dia Movimentado

O Encontro no Mourisco

Ontem, 20.08.2014, dia do crédito de nossos caraminguás, realizou-se o encontro no Mourisco, onde fica a PREVI, contra o “Bônus concedido à Diretoria da Previ”.
Muita gente se sentiu incomodada de ficar em pé embaixo de algumas árvores em área na rua em frente da entrada do edifício.
O calor foi contornado com garrafas geladas de água mineral servidas gentilmente pela companheira Elisa, o que saciou a sede e amenizou o calor que incomodava a todos.
Devido a esses transtornos, não se pode precisar exatamente quantas pessoas compareceram ao evento pois, ao mesmo tempo que chegavam várias pessoas, outras iam embora. Por essa razão, a média de público constantemente presente foi avaliada em 150 pessoas.
Vários colegas se sucederam no megafone que estava à disposição de quem queria expor seus pontos de vista.
Alguns advogados fizeram críticas à maneira inadequada como os processos eram conduzidos pelas associações ao tempo em que defendiam novas causas.
Ciro Garcia, no seu estilo de líder sindical inflamado, acompanhado de seguidores do PSTU, foi bem aplaudido em suas críticas à concessão do bônus e à exploração do funcionalismo do BB para aumentar os lucros e conceder dividendos mais generosos aos acionistas.
A Diretora Cecília Garcez, elegantíssima, comentou sobre as regulamentações e normativos pelos quais a direção da PREVI se apoiou para a concessão do bônus aos diretores. Esses seriam os pontos básicos, no seu entender, a serem discutidos e combatidos.
Foi vaiada por alguns e, outros que a compreenderam, mantiveram-se calados.
Essa situação me lembrou um importante político com o qual tive a oportunidade de conversar e que me disse de forma bem franca:
- Meu caro, em público devemos dizer o que as pessoas querem ouvir. Em círculo restrito podemos revelar a realidade dos fatos.”
Encontrei o companheiro Gilberto Santiago que, convidado, expressou sua visão bem abalizada sobre aspectos abusivos da concessão do bônus e alternativas para a condução do assunto. Ele também falou sobre a falta de mobilização para aquele evento em que quase a metade dos presentes era de localidades distantes.
Um momento como esse, independente da razão da mobilização, sempre nos propicia o prazer de rever antigos companheiros.
Tive a satisfação de reencontrar uma colega com quem trabalhei há mais de 40 anos. Foi uma surpresa extremamente agradável.
O colega Gilberto Santiago, eu e mais dois companheiros pegamos um táxi e fomos para a Sede da AAFBB, onde se realizava um almoço de confraternização.

Almoço de Confraternização na AAFBB

Chegamos ao 10º andar da sede da AAFBB e o saguão já se encontrava praticamente lotado.
Mas tive o prazer de encontrar um lugar no fundo do salão ao lado do meu amigo Nelson Luis, “o empinador de pipas”, e em frente ao Júlio Cesar Alt, risonho , alto astral e sempre contando “causos” pitorescos.
Desfrutei da companhia de agradáveis pessoas e degustei um excelente almoço.
Após o repasto, a Presidente da AAFBB, Célia Larichia, tomou a palavra e expôs as diversas nuances do principal assunto do momento, que é a concessão do bônus concedido aos diretores da PREVI. Disse que aquela benesse, embora apoiada em acordos entre o BB e a PREVI, apresentava aspectos discutíveis, principalmente por ter sido aprovada pelo voto de minerva do representante do BB dentro da PREVI.
Esse aspecto, em sua exposição, apresentava a perigosa situação de que qualquer proposta em relação à PREVI, por mais esdrúxula que fosse, poderia ser aprovada pelo voto de minerva do representante do BB, o que representava um perigo muito grande para os interesses dos associados e pensionistas da PREVI.
Ademais, frisou que, na visão de todos os associados e das associações de aposentados, não é aceitável que o BB, um banco com metas básicas de lucro e competição, imponha à PREVI , uma instituição sem caráter lucrativo e com o objetivo de cobertura aos planos de benefícios de aposentadoria aos seus associados, as mesmas regras de pagamento aos seus diretores.
Célia Laríchia discorreu sobre o Encontro das associações de funcionários e aposentados da PREVI em 14.08.2014, na ANABB, em Brasília DF em que esses assuntos foram discutidos.
Naquela reunião, em que ela e o representante de Brasília, colega Felinto Amorim, representaram a AAFBB, foram aprovadas sete propostas a serem submetidas aos colegiados das entidades representativas dos associados.
Acrescentou que, em 18.08.2014, houve um encontro de dirigentes da ANABB com o presidente do Conselho Deliberativo da PREVI e Vice-Presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Sr. Robson Rocha, para obter mais esclarecimentos sobre o assunto.
Ela abordou a exposição da Diretora da CASSI, Miriam Fochi na reunião de 08.08.2014, em Camboriú SC.
Transbordou pela internet a notícia de que a CASSI estaria atravessando uma situação delicada em relação à sua sustentabilidade financeira e que, por isso, estaria em colapso já em 2015.
A razão disso seria de que o assunto teria sido interpretado de forma controversa e exagerada e, em resultado , surgiu essa visão equivocada dos fatos.
Célia Larichia disse que a Conselheira Deliberativa da CASSI, Companheira Loreni de Senger, seria a pessoa mais abalizada para abordar o tema, por ter participado do encontro em Camboriú SC, mas que a mesma se encontrava em reunião da CASSI em Brasília DF.
O companheiro Beto Dias, Conselheiro de Usuários da CASSI no Rio de Janeiro, se propôs a falar sobre o tema.
Após o almoço, a palavra foi cedida aos demais companheiros.
O primeiro a falar, colega Bento, fez uma longa abordagem sobre os problemas e injustiças pelos quais estão passando os associados e pensionistas da PREVI.
Um outro companheiro, recém-aposentado, também discorreu sobre o mesmo assunto.
Noé Fernandes Marques Neto, Membro do Conselho Fiscal da AAFBB, disse que, apesar dos problemas que se abatem sobre a CASSI, teve um excelente atendimento por parte daquele órgão.
Por fim, o companheiro Beto Dias, disse que, depois da perda do BET, a CASSI estaria reequacionando a situação financeira da entidade frente às novas limitações impostas mas que, de maneira alguma, estaria à beira do colapso, como foi anunciado pela internet.
Por fim, para encerrar o evento, a Presidente da AAFBB, Célia Larichia, alertou a todos para a Palestra do Diretor da CASSI, Sr. William Mendes, a partir das 10.00h, no dia 28.08.2014.
Este blogueiro sente-se na obrigação de reforçar a mensagem da Companheira Célia Larichia para esse evento a se realizar em 28.08.2014, que podemos, sem exagero, qualificar como imperdível, pela absoluta importância na preservação de nossa saúde e bem estar de nossos familiares.
A propósito, recomendamos a leitura do artigo “A Cassi e o Pós-BET- III”, em Postagens mais Antigas, do blog ADAIROSEMBAK.BLOGSPOT.COM.BR.

Tão logo tenhamos um teor mais completo da pauta desse encontro faremos uma chamada especial para o conclave.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB

Inteligência Emocional

Recomendamos o acesso ao link do Youtube ao palestrante e médico psiquiatra Flávio Gikovate
http://www.youtube.com/watch?v=wAiQ7S6WaLQ

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Carta do Colega JOÃO ROSSI NETO ao Sr. DAN CONRADO, DD. Presidente da PREVI

Transcrevemos abaixo a magistral carta do Colega JOÃO ROSSI NETO, de 18.08.2014, encaminhada ao Sr. DAN CONRADO, DD.Presidente da PREVI.
O Colega JOÃO ROSSI NETO, é ex-gerente da Ag. Centro Goiânia-GO e tem  mais de 45 cursos de relevância no BB, entre eles o MBA (Master in Business Administration) 
Sr. Dan Conrado
DD. Presidente da PREVI.
Senhor Presidente,
Ninguém contesta o superávit técnico (R$ 24.7 bilhões) contabilizado no balanço de 2013 da PREVI, todavia, também é incontestável que esse mesmo superávit não foi suficiente para cobrir a Reserva de Contingência de 25% incidente sobre a Reserva Matemática, fato que motivou o corte do BET e volta da cobrança das contribuições, consoante ratificado, por escrito, no site, pela Diretoria Executiva, em várias oportunidades, tudo para atender ao disposto no artigo 18 da Resolução MPS 26/2008.
Então, como de fato o superávit de R$24.7 bilhões foi insuficiente, a Diretoria interrompeu a utilização da Reserva Especial que iria vigorar até 31/12/14 e extinguiu o BET e ressuscitou a contribuição que estava suspensa.
Senhor Presidente, com o escopo de dar transparência à matéria, cabe enfatizar que o artigo 20 da LC 109/2001 e artigo 8º da Resolução MPS 26/2008, são muito nítidos em determinar que a melhoria nos benefícios e a concessão de remuneração extraordinária só poderão ser implementadas após a constituição da Reserva de Contingência de 25% sobre RM e, em havendo excesso de superávits, esse formará a Reserva Especial para revisão no plano de benefícios, observadas as demais condições regulamentares insculpidas na LC 109/2001.
Isto posto, cabe as seguintes perguntas:
a)       Como a RC abaixo dos 25% foi o argumento lapidar para o corte do BET e retorno da contribuição, indagamos por que essa cunha técnica vale apenas para os associados da PREVI e não atinge o bônus dos Diretores Executivos oriundos do BB?
b)       Existem dois pesos e duas medidas nas interpretações das normas?
c)       A falta de dinheiro tem que ser democrática e equânime para as duas partes?
d)       Em raciocínio indutivo, Pau que bate em Chico bate em Francisco, ou não?
e)       Se os superávits de 2013 acobertam razoáveis 21% da RC (25%) e são suficientes para garantir a satisfação dos compromissos, fica patente que foi exagero exigir um colchão de liquidez (gordura extra para eventuais reveses financeiros) de 25% e extinguir o BET e voltar contribuição, sabido que o ano passado foi atípico e afetado por conjunturas adversas (crises econômicas mundiais) alheias à vontade e diligência dos penalizados associados. É justo cobrar essa fatura de quem não tem ingerência alguma na gestão dos recursos da PREVI?
Neste contexto, a Diretoria Executiva deveria ter solicitado anuência/aval da PREVIC para não cumprir o artigo 18 da Resolução MPS 26/2008 e manter o BET até o vencimento pactuado (31/12/14) bem como igual providência em relação a suspensão das contribuições, tendo em vista a que a situação conjuntural é resquício e reflexos da crise mundial de 2008.
Contudo, optando pela solução mais fácil, cortou os 24,8% nos benefícios dos associados, fazendo uma sangria profunda e irrecuperável nas finanças de todos, agravando o nível de endividamento a partir de janeiro/2014.
A coisa é muito grave e o efeito bola de neve é inevitável. 
Senhor Presidente, sejamos sensatos e coerentes.
Cumprir normas, regulamentos, honrar contratos e compromissos pode ser um “dever”, em teoria, mas na prática, a realidade é outra.
Veja, por exemplo, que essa Administração desobedeceu a LC 109/2001, artigo 20, no que tange a ILEGAL E DESONESTA “Reversão de Valores”, inexistente neste Diploma Legal e criada pela irregular Resolução MPS 26/2008, dando guarida a esse instrumento jurídico inferior e subalterno em detrimento de uma Lei Federal que, por ser Complementar, foi aprovada no Congresso Nacional por maioria absoluta.
Em nenhuma hipótese, resolução alguma tem poder e autonomia para afrontar e atacar uma Lei Superior.
Abraçar e albergar esse descalabro jurídico em flagrante desobediência à lei, no mínimo, é tramar à margem da justiça e da Constituição Federal, irresponsabilidades e suicídios administrativos passíveis de penalidades com fulcro na Lei 7.492/1986 que trata da Gestão Temerária ora tipificada.
Esse Conselho Deliberativo e Diretoria Executiva armaram uma bomba que mais cedo ou mais vai explodir debaixo das suas cadeiras.
A propósito, sobre contratos e compromissos, relembre-se o Termo de Compromisso de 24/11/10 pactuado por essa Diretoria Executiva, a Diretoria do BB e entidades representativas do Corpo Social comprometendo-se a realizar nos seis meses seguintes, o Realinhamento do Plano de Benefícios.
Exaurido o prazo acordado, o mesmo foi quebrado, arquivado e sequer tivemos notícias sobre as causas do inadimplemento.
O senhor sabe onde foi parar esse Termo de Compromisso, Presidente?
É assim que cumpre os compromissos firmados em nome da PREVI?
Em suma, Senhor Presidente, as suas palavras divulgadas na Nota (Palavra do Presidente da PREVI aos participantes) de 15/08/14 é que são levianas e distanciadas da verdade.
Fale à vontade e distorça os fatos para enganar os incautos, mas, por favor, respeite a nossa inteligência.
Nós sabemos muito bem o que são: Honestidade, lisura, correção e transparência nos atos administrativos e financeiros.
Não é favor algum, mas obrigação de gestores bem intencionados e dotados de caráter, falar sempre a verdade e exercer as funções dentro dos princípios da legalidade na forma determinada no artigo 37 da CF/88.
Outra afirmação falsa e enganosa é àquela em que diz que a PREVI faz a seleção de funcionários do BB para os seus quadros.
No caso dos três Conselheiros e dos três Diretores e seus suplentes, esses são indicados pelo patrocinador BB em obediência a LC 108/2001 para exercer missão em seu nome, sendo seus representantes formais e informalmente espiões e procuradores dentro da PREVI.
Não existe consistência jurídica e nem contábil em estabelecer um paralelo comum entre uma pessoa jurídica capitalista que é o BB e uma sociedade civil sem fins lucrativos que é a PREVI.
Na primeira, a gestão é por resultado, com escopo no lucro, enquanto que a segunda tem por filosofia e objetivo-fim o pagamento dos benefícios (aposentadorias) e como atividade-meio a função assistencialista.
Portanto, se o BB exige a equiparação absurda para os Diretores da PREVI, cedidos por ele, com o pagamento da mesma remuneração dos seus Diretores Estatutários, que faça a equiparação aos esbirros na PREVI, a seu serviço, as suas expensas, bancando os custos operacionais decorrentes.
Coisa que pode até ser legal, no entanto, é muito IMORAL, é o fato do Sr. Robinson Rocha exercer a função de Presidente do Conselho Deliberativo da PREVI e ao mesmo tempo ser Vice-Presidente de Gestão de Pessoas no BB.
Geograficamente é impossível uma pessoa trabalhar, ao mesmo tempo, em Brasília-DF, sede do BB e no Rio de Janeiro-RJ, sede da PREVI.
Seguramente vai fazer uso do Voto de Minerva a favor do patrocinador, como, aliás, o usou recentemente para desempatar a votação sobre a remuneração variável para os Diretores Executivos da PREVI oriundos do banco.
Claro está que os Diretores eleitos vão ficar a ver navios nessas privilegiadas benesses aos amigos do Rei-BB.
Em face disso, a LC 108/2001 precisa ser mudada, dado que é leonina e parcial para beneficiar os patrocinadores, aí englobando todos os Fundos de Pensão existentes no País.  
Esses tópicos são partes da Nota do Presidente Dan Conrado e aqui comentadas.
Vincular o término do pagamento do Benefício Especial Temporário (BET) e o retorno das contribuições à política de remuneração da PREVI é leviano.
Há entre os participantes do Plano 1 focos de insatisfação porque a PREVI deixou de pagar o BET e retornou as contribuições em 2014.
É compreensível que todos desejassem que tais medidas não tivessem sido adotadas.
No entanto, como explicamos à época, elas foram necessárias e seguiram o que determinam as regras vigentes.
Sobretudo, visaram à perenidade e à manutenção da solidez do Plano 1.
É inverídica a afirmação de que a “diretoria recebe bônus enquanto a PREVI está deficitária”.
A PREVI não está deficitária.
A PREVI continua superavitária.
Fechamos o ano de 2013 com mais de R$ 24 bilhões de superávit no Plano 1.
O que significa que a PREVI tem, em sua Reserva de Contingência, cerca de 21% de recursos a mais do que o necessário para cumprir todos os seus compromissos previdenciários com os atuais aposentados e com todos aqueles que virão a se aposentar.
Cumprir normas e regulamentos é nosso dever, assim como honrar contratos e compromissos, e isto é um dos critérios pelos quais se pode avaliar a confiabilidade da gestão.
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domingo, 17 de agosto de 2014

Um Encontro Oportuno

Parabenizamos a ANABB pelo encontro promovido em 14.08.2014 para discutir medidas contra a decisão do Conselho Deliberativo da PREVI, que aprovou, com o voto de minerva do presidente do Conselho Deliberativo, o pagamento de bônus de remuneração variável aos diretores executivos da instituição.
O encontro reuniu representantes da ANABB, da AAFBB, da FAABB, da CONTEC, da CONTRAF e do SEEB-DF.
Nada poderia ter sido mais oportuno do que essa reunião em 14.08.2014 para aplacar o clima de indignação que se espraiava desde a revelação do pagamento do bônus , entre os associados e pensionistas da PREVI tão premidos financeiramente pela perda do BET, pelo endividamento no ES, pela situação aflitiva das pensionistas com a redução de seus benefícios e, para coroar tudo isso, pela notícia de que o plano PB1 da CASSI pode entrar em colapso já a partir de 2015, anunciada pela Diretora da CASSI Mirian Fochi no Encontro em Camboriú de 08.08.2014.
Todo um ambiente camuflado e sigiloso envolveu o pagamento do bônus, a começar pela revelação do assunto como uma verdadeira “bomba” em Camboriú SC.
A Diretora Cecília Garcez em seu blog, no artigo “Feliz Dia dos Pais !!”, de 10.08.2014, revela que “ela e o Décio só tomaram conhecimento da decisão, após a reunião do Conselho Deliberativo, onde o Banco utilizou o voto de minerva para aprovar o pagamento dos atrasados.”
E acrescenta que “não podia divulgar por se tratar de assunto confidencial de alçada do Conselho.”
Tudo na moita, em círculo fechado, sempre com a chancela de “estritamente confidencial”, bem na forma como se cometem os grandes golpes neste país.
Não deveria e não poderia ter sido assim, pois em uma instituição como a PREVI as coisas não devem e não podem ser assim. Na PREVI decisões desse jaez são e sempre foram prestadas aos associados de forma franca e cristalina.
A propósito, transcrevo trecho da Companheira Marta E.T. Balbi no seu excelente artigo “Depoimento de Uma Companheira” que está neste blog:
- Ininteligível considerar que ocorrem decisões de diretoria  que exigem cárater confidencial. Será que questões remuneratórias de funcionários e diretores da Previ são consideradas confidenciais para nós associados? ”
Para os funcionários do BB que receberam seu PLR dentro de uma estrutura financeira com metas de lucro e produtividade, é plausível aceitar que seus dirigentes sejam premiados pelos resultados apresentados.
Mas a PREVI é uma instituição sem fins lucrativos e que tem como meta primordial o pagamento de benefícios aos seus associados e pensionistas.
Assim, não tem sentido que o BB (no caso o patrocinador) que tem metas básicas de lucro e competitividade, use do voto de minerva na PREVI para impor as mesmas normas do BB à PREVI, que é uma instituição com princípios completamente diversos dos de um banco.
Para justificar esse descalabro somos surpreendidos com a mensagem de 15.08.2014 do Presidente da PREVI, Senhor Dan Conrado, em que ele defende, incondicionalmente, esse corolário de privilégios abusivos concedidos aos diretores da instituição que ele preside, sem um mínimo de empatia com os associados e pensionistas da PREVI que passam por agruras tão sérias e enxergam com extrema angústia tudo isso que está ocorrendo dentro de seu fundo de pensão e que compromete seu próprio futuro e o das suas famílias.
Um comunicado como esse não é palatável para ninguém com um mínimo de senso de equilíbrio, sensibilidade e justiça e muito menos para os aflitos associados e pensionistas da PREVI que passam por um período tão aflitivo.
Chega a ser leviano dizer que a decisão sobre o bônus lastreou-se em regras estipuladas em contrato de cessão existente entre o Banco e a PREVI desde 2005.
Esse foi um contrato imposto pelo BB. Não foi um contrato entre iguais.
Esse contrato foi elaborado com intenções dúbias, é injusto, é errado e tem de ser mudado da mesma forma como tem de ser mudada a ilegal Resolução 26, que nos foi enfiada goela abaixo como se enfia milho pela goela dos gansos para depois matá-los para fazer patê.
Não queremos e não aceitaremos passivamente essas situações como dóceis cordeiros.
Somos idosos sim, mas somos tinhosos, curtidos e experientes pelas vicissitudes da vida e não temos medo de ninguém e nada a perder.
É extremamente temeroso desafiar aqueles que não tem nada a perder.
Não nos calaremos e lutaremos com todas as nossas forças para que a PREVI não sucumba, golpe após golpe, como aconteceu com o AERUS.
Essa reunião das associações em 14.08.2014, é apenas mais um round que se inicia nessa luta sem limite de tempo e nem de rounds para acabar.
Parabenizamos todos os companheiros que ali nos representaram e torcemos fervorosamente para que sejam vitoriosos nos próximos capítulos que se sucederão nessa refrega.
Esperamos que a ANABB seja bem sucedida em 18.08.2014, na audiência com o Presidente do Conselho Deliberativo da PREVI e Vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável do BB, Senhor Robson Rocha, para que o mesmo se pronuncie e forneça informes mais detalhados sobre o pagamento do bônus.
Adiante apresentamos as sugestões aprovadas no encontro de 14.08.2014, para todas as entidades que representam os funcionários do BB e associados e pensionistas da PREVI :
1 - Entidades devem estimular seus associados à redigirem cartas para a Previ apoiando o voto contrário ao pagamento de bônus aos diretores da Previ proferido pelos conselheiros deliberativos eleitos;
2 - Solicitar à Previ, com base na Lei nº 109/2001, na Resolução MPS 23/2006 e na Lei de Acesso à Informação nº 12.527/2011, acesso aos documentos pertinentes ao caso, tais como: regimento interno da Previ em vigor; contrato de cessão em vigor firmado entre o Banco do Brasil e a Previ; ata do Conselho Deliberativo de 15/08/2008; nota DIRAD 2008/03; decisão da Diretoria Executiva 2008/441; notas DIRAD que subsidiaram a criação/regulação/implantação da remuneração variável aos dirigentes da Previ; atas da Diretoria Executiva que tratam sobre o tema "bônus"; atas do Conselho Deliberativo da Previ nas partes que tratam do tema "bônus"; programação orçamentária com previsão de gastos administrativos com pagamento do bônus;
3 - Solicitar à Previ divulgação de todos os critérios e indicadores aprovados na reunião do dia 31/07/14 e que foram utilizados para concessão do bônus;
4 - Defender que nenhum critério de remuneração seja aprovado com validade retroativa na Previ;
5 - Defender que nenhuma vantagem adicional criada pelo BB (a exemplo do bônus variável) seja estendida aos dirigentes cedidos à Previ;
6 – Acionar de imediato as assessorias jurídicas das entidades para que estudem e analisem quais medidas judiciais são cabíveis sobre o caso;
7 – Realizar campanha envolvendo todas as entidades representativas do funcionalismo do BB, da ativa e aposentados, pelo fim do voto de minerva.
Continuaremos em vigília e na expectativa do desenrolar dos próximos passos nesse processo, e rogamos aos nossos caros representantes para que sejamos notificados de imediato sobre o resultado dessas iniciativas.
Mais uma vez parabéns a todos.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB

terça-feira, 12 de agosto de 2014

LIMITES DO PODER

O Companheiro GILBERTO SANTIAGO, Presidente do CODEL, da AAFBB, encaminhou a presente nota na qual faz considerações sobre o pagamento do Bônus à Diretoria da PREVI e o relacionamento dessa questão com a responsabilidade do BB na concessão de regalias que extrapolem as normas e os limites do Plano de Benefícios da PREVI.
"O poder perdeu a noção de limites. O Banco está com a mesma atitude que tem adotado com relação ao teto de aposentadorias. Essa questão do BRV (Bônus de Remuneração Variável) chegou às raias do absurdo. Assim como no caso do teto, se o BB quer beneficiar seus altos executivos com benesses, que o faça às suas custas e não utilizando recursos da PREVI. Ainda mais que, por analogia, acabará contemplando diretores eleitos que, por serem aposentados, não contribuíram para os lucros da instituição financeira. Temos então uma entidade privada – a PREVI – sem fins lucrativos, distribuindo bônus, com base nos resultados do patrocinador. Como sempre, são os beneficiados que fazem as regras que os irão contemplar, para depois escudarem-se na “legalidade e poder de decisão.”
Quando não adianta apelar para o executivo (que faz as normas) nem para o legislativo, atualmente formado por um bloco compacto fisiológico de vários partidos (e isso se repetirá certamente, qualquer que seja o partido no poder), o único recurso viável é o judiciário, como última esperança, apesar dos resultados desfavoráveis em ações recentemente ajuizadas.
Exemplo desse insucesso (até o momento) é o processo que contesta dispositivos da Resolução 26 que permitem a apropriação indevida de recursos excedentes dos fundos de pensão pelos patrocinadores. A Lei Complementar 109/2001 é clara (e é este certamente o espírito do legislador que a concebeu) no sentido de que aqueles excedentes só possam ser utilizados para a “revisão do plano de benefícios.” O BET acabou sendo suspenso por essa visão equivocada (ou propositadamente colocada na Resolução) da necessidade de alocação de recursos na Reserva de Contingência (a LC 109 estabelece “até 25%” e a Resolução obriga em 25%). Se tudo isso é tão evidente, por que então o judiciário rechaça nossas reivindicações?
Daí a necessidade de o recurso à justiça ser acompanhado de um clamor popular em que participantes, assistidos e suas entidades se conscientizem de que somente unidos encontraremos o caminho viável para o enfrentamento dos poderosos de plantão (qualquer que seja a corrente ideológica). Isso estamos cansados de dizer. Um dia aprenderemos a lição.
Está na hora de uma convocação geral urgente de todas as associações para um debate objetivo que conclua por medidas energicas e juridicamente viáveis, além da discussão sobre os mecanismos adequados de pressão."
Gilberto Santiago