quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A Ameaça Totalitária

Logo no começo deste segundo mandato da Presidente Dilma Rousseff nos deparamos com ameaças de cunho totalitário em relação à liberdade de imprensa e à autonomia do Congresso.
A campanha movida pela presidente eleita contra a Revista Veja, do grupo Abril, por uma reportagem feita durante a campanha eleitoral , chega a ser algo que poderíamos qualificar de sórdido. E se o conteúdo exposto pela revista estiver certo, o Governo vai se desculpar frente à opinião pública e indenizar o grupo Abril por calúnia?
E as calúnias e mentiras levantadas pelo PT contra o Candidato Aécio Neves que foram até piores do que o que a Veja expôs em sua reportagem? Vão passar ao largo?
E a depredação das instalações da Editora Abril por vândalos petistas vão ficar impunes?
Ademais, as Organizações GLOBO continuam como alvos prioritários da militância fanática e totalitária do PT.
Em seu discurso de posse, ouvíamos o coro de ataques ao O GLOBO desferidos pela raivosa militância do PT.
Depositamos fé em que essa ameaça de Regulamentação da Mídia, que é um projeto em que o PT, desde longa data, tem se esforçado para aprovar, continue a ter absoluta oposição do Congresso.
É um embuste a alegação de que a tal da Regulamentação da Mídia apenas visa a influência econômica dos grupos de comunicação. As reais intenções de asfixiar a liberdade de expressão já foram expostas pelo Deputado Federal José Nobre Guimarães (PT-CE), que qualificamos como nosso Joseph Goebbels tupiniquim.
Terrível seria a mão totalitária do Estado a esmagar a liberdade de imprensa, como vem ocorrendo em alguns feudos bolivarianos, como a Venezuela.
Lá, pelo menos, a crise econômica é tão séria, que os jornais que seguem a cartilha totalitária do Ditador Maduro, tem a finalidade nobre de substituir o papel higiênico, que está em falta no país, devido à escassez de dólares.
Agora, ao ouvir a entrevista do ministro licenciado do Desenvolvimento Agrário Sr. Miguel Rossetto, defronto-me com sua declaração explícita sobre a reforma política, de que “A ideia fundamental é que as mudanças saiam da única esfera de deliberação do Congresso Nacional. Infelizmente, os representantes do Congresso têm sido refratários às mudanças que nós achamos importantes. Nós achamos que a legitimidade das mudanças passa por uma aprovação da população, dos eleitores brasileiros”.
É de espantar a audácia e o despudor do ministro em desqualificar o Congresso para o exercício das funções que lhe são próprias.
Para nossa tranquilidade a Câmara dos Deputados, ontem, foi taxativa em repudiar essa tentativa de intromissão externa descabida no seu exercício de Poder da República que gera leis.
Hoje, tivemos a notícia de que o Presidente do Senado, Sr. Renan Calheiros, fez coro com a Câmara e se negou a apreciar essa proposta atabalhoada do Poder Executivo.
Para se ter uma ideia da complexidade do tema reproduzo trecho da nota “A maneira petista de conciliar”, do articulista Elio Gaspari: “A proposta de se fazer uma reforma com plebiscito obrigaria à construção de uma cédula com perguntas complexas. Com ou sem cláusula de desempenho? Sistema proporcional? Distrital simples? Misto? Com lista fechada ou aberta? Quantos distritos por estado? Financiamento público? Quanto custará?”
Sinceramente, embora eu tenha algum conhecimento da estrutura do sistema político do país, confesso que não consigo dar respostas conclusivas a essas perguntas.
Mas, para testar a percepção política do povão, fiz uma tentativa com minha diarista (que confessou que votou na Dilma) e repeti as perguntas acima para ela. Depois da segunda pergunta, ela me perguntou no seu jeito simples: “Seu Adaí, pode pará. Tá de sacanagem comigo?”
Melhor faria a nossa Presidente se mandasse apurar, entre tantas outras denúncias, se houve manipulação dos dados apurados pelas urnas eletrônicas.
Se houve, conforme foi declarado por técnicos da área, achamos que seria uma boa ideia promover novas eleições por voto por cédulas, para checar os resultados com os apurados pela votação eletrônica. Mas isso seria entrar no campo do imaginário utópico.
Até queremos que a Presidente Dilma Rousseff tenha sucesso em sua missão.
Primeiro para seguir aquele adágio que diz: “Segura que o filho é teu!”
Depois para poupar o Candidato Aécio Neves, que foi uma grande revelação no horizonte político para 2018 e que não mereceria administrar essa verdadeira herança maldita gerada pelo PT.
Por último, e que isso sirva de lição para o Aécio Neves, para selecionar melhor seus auxiliares, como exemplo o Armínio Fraga, que cometeu sincericídio em suas declarações sobre os bancos estatais. E também ser mais firme em seus apoios como foi o caso da Marina Silva, cheia de exigências absurdas para apoiar o PSDB.
Aliás, se não fosse Marina , com sua defesa da floresta e dos bichinhos da selva, a FUNAI e os índios “donos do Brasil” , a Usina de Belo Monte talvez já estivesse concluída.
Para que não se diga que somos anti-Dilma reacionários e nem que somos anti-petistas fanáticos, afirmamos que torcemos para que Dilma Rousseff tenha um Governo bem sucedido, e não se deixe encantar pelo canto traiçoeiro dos defensores do totalitarismo e do cerceamento da liberdade de expressão e de imprensa.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, da ANABB e AFABB-RS

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Um Assunto Macabro

As eleições vão se realizar domingo, dia 26.10.2014.
A maior parte do público votante já definiu seu voto.
A baixaria dos debates, como não nos lembramos de nunca ter ocorrido nesse nível, saturou a maioria das pessoas.
Assim, para mudar de assunto, decidimos nos debruçar sobre um problema que, seja quem for o eleito, vai ter de ser enfrentado no próximo governo e é de vital interesse para os aposentados pelos Fundos Fechados de Previdência Complementar.
O tema, inclusive, foi pauta do Encontro promovido pelo CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) em 07.10.2014.
Trata-se da chamada Terceirização do Risco de Longevidade.
Em agosto de 2013, o Companheiro Ebenézer W. A. Nascimento nos encaminhou a mensagem de título “Alerta! Risco de Longevidade”, através da qual informou sobre o plano que estava sendo arquitetado no exterior contra os recursos dos fundos de pensão, sob a modalidade de “seguro de risco de longevidade”.
Lembro-me que, à época, ao conversar com colegas sobre o assunto, ouvi de alguns que o Companheiro Ebenézer estava sendo “alarmista” , “que estaria divagando sobre improbabilidades”, “que estaria se adiantando aos fatos” e outras referências do gênero.
Refutei a muitos, dizendo que o colega não poderia ser tachado de profético nem de ave de mau agouro, mas sim de realista pois estaria se debruçando sobre planos na área de previdência complementar que viriam nos atingir, mais cedo ou mais tarde, como foi bem exposto no artigo de 28.09.2013 , “RISCO DE LONGEVIDADE – Ataque iniciado?”, também de autoria de Ebenézer W. A. Nascimento.
Naquela nota, o Companheiro Ebenézer nos fala do 34º Congresso do Fundos de Pensão, realizado em Porto Alegre, de 9 a 11.11.2013, em que o representante da MERCER, empresa de consultoria e subsidiária da multinacional “Marsh & McLennan Companies”, apresentou a opção do “seguro-longevidade”.
Fazendo coro com o expositor da MERCER, a diretora-superintendente da PREVIRB (Fundação de Previdência dos Servidores do IRB) , disse que “existiam experiências exitosas com o resseguro do risco de longevidade”.
Qualquer um pode fazer as apreciações que considerar cabíveis sobre qualquer assunto.
Vivemos em um regime democrático em que a manifestação de pensamento é livre.
Mas cada um deve arcar com o peso das críticas em relação ao que expressar em público.
Opiniões desse jaez comumente são apresentadas por executivos e representantes de multinacionais, que tem grande interesse em abocanhar partes significativas dos recursos de fundos de pensão, como é o caso do resseguro do risco de longevidade.
Muitos nos chamam de macacos de imitação dos americanos.
Penso que essa pecha – que repudio por sua referência genérica – se encaixa como uma luva a esses executivos.
Esse é um assunto que afronta nossa formação e nossas raízes latino-americanas.
É espantoso que esses executivos não tenham nenhum escrúpulo e pejo em abordar um assunto dessa natureza, que extrapola os limites do abominável capitalismo selvagem para entrar numa esfera ainda mais desumana, que poderíamos chamar de capitalismo macabro, o capitalismo da morte anunciada.
É inadmissível que não se levantem vozes nesses seminários contra um projeto tão absurdo e chocante como esse.
Imaginem a hipotética cena de um idoso, com saúde debilitada, sem forças, nos estertores da existência, sendo alertado por um burocrata frio e insensível que, em razão de ter descumprido o que foi estabelecido na “tabela de limite de risco de longevidade” e , em razão disso ainda insistir em continuar vivo, seria expurgado de imediato do seu plano de previdência e passaria a pagar um seguro bem mais caro e que teria um aumento de valor em sua “apólice de risco de longevidade” por cada ano em que continuasse vivo.
Com certeza o idoso teria um infarto e faleceria no ato dessa comunicação.
Poderiam alegar que nunca tal comunicado seria formulado de forma tão abrupta.
A empresa seguradora teria polidez, tato e diplomacia para tratar do assunto com o almejado defunto.
Ora, ora, essa é a realidade dos fatos. Favas às firulas !!!
Quem chega a essa idade, já viu e passou por tudo na vida e pressente de longe as intenções maquiavélicas de qualquer ameaça dessa natureza por mais camuflada que ela possa ser apresentada.
O que eles exigem, acima de tudo, é respeito e honestidade.
Este próprio articulista , sentiu-se temeroso e inquieto ao tempo em que procurava não aceitar que a audácia desses agentes inescrupulosos e insensíveis do “capitalismo macabro” chega-se ao ponto do anunciado pela visão profética de Ebenézer W.A. Nascimento.
Entre tantos outros desafios, só nos resta alertar nossos companheiros para que estejam alertas para mais esse embate a ser enfrentado em futuro próximo.
Adiante, transcrevemos o texto do artigo “RISCO DE LONGEVIDADE – Ataque iniciado?”, de 28.09.2013.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB e AFABB-RS


RISCO DE LONGEVIDADE -  Ataque iniciado?

Há cerca de um mês divulguei uma mensagem sob o título “Alerta!  Risco de Longevidade”, através da qual quis informar quanto ao plano que está sendo arquitetado no exterior contra os recursos dos fundos de pensão, sob a modalidade de “seguro de risco de longevidade” (vide texto em diversos e-grupos-BB e nos blogs “acordabb” e “Olhar de Coruja”.
À vista da origem do plano, concluí que em breve teríamos notícias dele no Brasil, particularmente na PREVI, e pretendia que nos muníssemos de defesa prévia, ao invés de lutarmos após o ataque consumado.
Não foi preciso esperar muito tempo.  No 34o. Congresso dos Fundos de Pensão, realizado em Porto Alegre de 9 a 11.11.2013, o sr. Geraldo Magela, responsável na MERCER pela área de previdência para os países do Cone Sul, “apresentou” a opção do “seguro-longevidade”.  A empresa – especializada em consultoria -  é uma subsidiária da Marsh & McLennan Companies, que detém 100% de seu controle). 
Foi secundado pela sra. Alessandra Martins Monteiro, diretora-superintendente da PREVIRB (Fundação de Previdência dos Servidores do IRB – com 1.801 associados), que afirmou:  “Há experiências exitosas com o resseguro” do risco de longevidade.
Ambos alertaram para a necessidade de que o fundo de pensão conheça em profundidade o risco que está assumindo ao contatar o “seguro de longevidade”.  Portanto, reconhecem que há um evidente risco na contratação.  Em outras palavras, o fundo de pensão estaria trocando o “risco de longevidade” apurado nos seus cálculos atuariais (risco interno) pelo risco de falência da seguradora (risco externo, sem qualquer controle).
Apesar desse conselho dos srs. Geraldo Magela e Alessandra Monteiro, vale observar quem são eles.
O primeiro – conforme informações da colega Isa Musa de Noronha, em mensagem de 26.09.2013 -  é “um analista de uma empresa multinacional, a Mercer, que presta serviços de consultoria nas áreas de pessoal, saúde, pensões e investimentos. A Mercer atua, sob contrato, com os clientes no desenvolvimento de planos de a saúde, gestão de riscos e  investimentos”. Portanto, trata-se de alguém que cuida da parte comercial da empresa, obviamente com o objetivo de “vender o produto”. 
Quem contatou os serviços da MERCER?  Não deve ter sido a PREVI, que tem quase um século de experiência na atividade  - considerando os períodos anteriores em que se chamava MONTEPIO e CAPRE -  e que, até pouco tempo atrás, foi paradigma para os demais fundos de pensão privados criados no Brasil. 
É óbvio que se a empresa foi contratada e já tem um representante para o “cone sul”, é porque tem os fundos de pensão da região como alvo.  E é claro também que foi contratada pelas empresas seguradoras que estão de olho nesse único nicho de mercado onde tal seguro pode ser vendido.  Também é claro que, se a MERCER já começou a gastar dinheiro com uma estrutura administrativa para o “cone sul”, é porque tem certeza de que conseguirá vender seu “produto” (no caso do Brasil, a empresa já tem escritórios no Rio e em São Paulo).
E aqui entra a segunda personagem: a sra. Alessandra Monteiro, diretora superintendente da PREVIRB.  Por que essa senhora defendeu o “seguro longevidade”?  Que experiência tem ela sobre um assunto tão recente?  Afirmar que há “experiências exitosas” quase que evidencia que pode também haver as “não exitosas”.  Mas, essas não foram mencionadas. 
Que detalhes a sra. Alessandra Monteiro conhece dos fundos de pensão que teriam contratado tal seguro?  E, considerando tratar-se de um serviço muito novo, que prazo já decorreu desde tais contratações para que ela possa alegar que são “exitosas”.  Algum dos fundos contratantes já teria apelado para a cobertura do seguro?  Enfim, mais questões do que respostas. 
Nesse quadro, é lícito também perguntar:  teria a sra. Alessandra também sido contratada pela MERCER, ou estaria visando um cargo na estrutura da empresa no “cone sul”?  Ou, mais simplesmente, estaria pensando na oportunidade de negócio que tais operações representariam para o IRB-Instituto de Resseguro do Brasil e, por isso, teria mencionado o termo “resseguro”?  A sra. Alessandra é egressa do IRB, onde exerceu cargo de Gerente Executiva Comercial.
É claro que o sr. Geraldo Magela e a sra. Alessandra Monteiro não têm poder formal de decisão na PREVI.  E nem suas opiniões deveriam ter influência nas decisões da entidade.  Mas, a experiência mostra que as idéias novas que têm sido implantadas no nosso fundo de previdência sempre tiveram um “tapete” precursor. 
Com certeza, o próximo passo será alguém ligado à PREVI anunciar que o “seguro longevidade” contratado no exterior (no Brasil não serve...) é uma grande solução para garantir a continuidade do pagamento de benefícios e pensões.  Talvez essa idéia já esteja ligada aos investimentos no exterior que a PREVI está apregoando.
O problema, mais uma vez, reside em nós próprios.  Se não houver uma reação objetiva, prática e antecipada, não teremos como corrigir o erro.  Um tal contrato certamente preverá penalidades no caso de desistência de continuidade por parte do fundo contratante.  Isso se alguma força coerente impuser a rescisão do contrato.
Espero que, desta vez, consigamos organizar uma resistência.
Ebenézer

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

As Eleições e a Preservação das Instituições e da Democracia

Independente do presidente que venhamos a escolher nesta eleição, precisamos pensar nas preservação das instituições e da liberdade de expressão proporcionada pela democracia conquistada a duras penas neste país.
Depois de assistir na internet a entrevista do Deputado Federal José Nobre Guimarães (PT-CE), em que ele ameaça a democracia no Brasil com a tal da Regulamentação da Comunicação , não pude deixar de me sentir afrontado e indignado por ver a liberdade de imprensa e a cidadania do povo brasileiro ameaçadas por esse político arrogante e de índole autoritária.
Usar da liberdade proporcionada pela democracia para destruir a própria democracia sempre foi um golpe fundamental utilizado por forças totalitárias para implantar ditaduras.
Esta é uma disputa eleitoral marcada pelo radicalismo e pela agressividade de ambas as partes.
Mas os pontos que realmente interessam ao povo não estão sendo discutidos.
A razão é que, seja qual for o eleito, as medidas políticas e econômicas para tirar o país da situação crítica em que se encontra, serão duras.
Forçosamente terá de haver aumento nos preços de combustíveis e energia, investimentos pesados terão de ser feitos para a criação de termoelétricas, o sistema do bolsa família terá de passar por novos ajustes e controles, o gigantismo da máquina pública terá de ser equacionado – existem ministérios e órgãos do governo que precisam ser restruturados e outros que devem ser extintos – pois é um absurdo o governo ter 39 ministérios, grande parte deles cabides de empregos para atender ao nepotismo exercido por políticos.
E por aí vai.
Nos debates é extensa a lista de problemas que os candidatos abordam superficialmente e não apresentam qualquer solução, tanto no que tange à economia, à saúde, à educação e à segurança pública.
Em lugar de apresentar alternativas de governança, acabo de saber que os dirigentes do PT consideram que nos debates na TV , a postura agressiva e leviana da Presidente Dilma tem de ser incrementada.
Como é possível que um partido como o PT, que tem tantos quadros de alto nível, incentive essa postura de baixo nível ?
É preciso frisar que a tática de levantar calúnias, forjar estatísticas irreais, fazer acusações descabidas de ordem pessoal, baixar o nível do debate, enfim, tomar atitudes rasteiras desse jaez para fugir do foco de escândalos, de desvios de recursos e de notícias negativas da economia e da governabilidade do país, que são manchetes diárias dos jornais e dos noticiários das TVs, são golpes manjados que o público não engole.
Essa fuga do debate dos reais problemas do país só serve para denegrir a imagem da presidente e do PT.
O povo não é idiota, a opinião pública está com os olhos abertos, lê os jornais , vê a TV e sabe separar o joio do trigo.
Mantenham a postura e o debate em alto nível e só terão a ganhar.
Os próprios desinformados e miseráveis dos rincões deste país, semi-analfabetos, amedrontados, sem TV e muitos ainda sujeitos ao voto de cabresto , talvez venham a ser os iludidos por essa forma baixa de fazer política mas saberão, mais cedo ou mais tarde, cobrar a fatura daqueles que os estão enganando.
O PT deveria encarar de frente os chamados mal-feitos cometidos por correligionários seus e, dentro de um princípio de ética, expulsá-los de suas fileiras.
Isso deveria ter sido feito desde o início do Mensalão e, agora, também deveria estar sendo feito com o chamado Petrolão.
Porque não sistematizar um procedimento altivo e digno como ocorreu com o Deputado André Luiz Vargas Ilário (PT-PR) , representante do partido na Câmara, acusado de ligações com o doleiro Alberto Youssef ? Quando o PT tomou a dianteira do assunto e forçou o político a sair de suas fileiras, o PT cresceu na admiração da opinião pública.
Em sentido contrário, a Presidente Dilma criticou o Juiz Federal do Paraná Sérgio Moro e os promotores que estão à frente da Operação Lava-Jato, por “vazamento de informações relativas aos depoimentos de Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef ao Ministério Público e à Justiça”.
O Juiz Sérgio Moro esclareceu que por se tratar de ação penal, ela é pública.
Por que a Presidente Dilma Rousseff não foi orientada a agir da forma correta?
O certo teria sido elogiar a iniciativa do Juiz Sérgio Moro, até porque a Presidente Dilma Rousseff não foi acusada de nada. Muito pelo contrário. Ela foi vítima de um esquema criminoso engendrado, à sua revelia, por executivos da Petrobrás.
Agindo da forma que agiu, atraiu para si acusações de tentar encobrir atos de corrupção na Petrobrás e de tentar obstar a atuação da Justiça na apuração dos desvios.
Por essas e outras, não entendemos a razão dessa visão equivocada adotada pelos dirigentes do PT.
Será que é para proteger afilhados e indicados políticos que estão envolvidos nessas maracutaias?
Será que é resultado da ação de dezenas de milhares de partidários do PT que se encastelaram como parasitas nas sinecuras da máquina pública e estão receosos de perderem seus privilégios abusivos ?
Essa é uma atitude que revolta e entristece muitos membros valorosos do próprio PT e muitos simpatizantes do partido.
Não bastou a traumática lição do Mensalão? Será que o PT não extraiu nenhuma lição daquele desastre?
Será que o PT não enxerga que o povo está sedento por justiça, honestidade e retidão no trato da coisa pública?
O que mais espanta no PT não é que membros do partido tenham se envolvido em tantos atos delituosos. O PT, como qualquer outro partido, não é composto de vestais.
Qualquer partido e qualquer presidente estarão sujeitos a essas ocorrências e, é preciso que se diga com toda a franqueza, o candidato Aécio Neves não está imune a esse tipo de problema.
O que vai diferenciar um candidato de outro é a forma de lidar com o assunto.
E, pelo que vemos, até o momento, o PT não soube agir de forma adequada.
O que espanta no PT é justamente não reconhecer a gravidade das falhas e não ter a sensibilidade de perceber a marca de destruição e desencanto que esse comportamento equivocado deixa junto à opinião pública.
Pelo visto, parece que, depois de mais de um ano o PT não entendeu o sentido das passeatas de Junho de 2013.
O PT conta com quadro admiráveis e, entre esses, citamos pela reconhecida defesa de nossos interesses, o Senador Paulo Paim (PT-RS) e o Senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Temos outros companheiros ligados ao PT, de altíssima competência, integridade e dedicação, tanto no BB, na PREVI , na CASSI e em órgãos ligados ao PT, como é o caso da CUT.
Assim, é preciso deixar claro que não atacamos pessoas de per si, mas sim a postura de um partido que, de moto próprio, permitiu-se enredar em tantos atos maleficentes e tantos desvios , ao ponto de destruir sua aura de esperança e pureza na redenção deste país.
Mas, voltamos a repetir que, acima de todas essas considerações, seja quem for o vencedor nesse pleito, o fundamental e o mais importante que esse escolhido deve ter em mente é respeitar o patrimônio de liberdade de expressão e de democracia neste país.


Associado da AAFBB, ANABB e AFABB-RS

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Mensagem do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC)

Companheiros,
Face à luta que desenvolvemos pela extinção ou modificação da Resolução 26, como foi tentado pelo PDS 275/2012, de autoria do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC) , transcrevemos adiante mensagem recebida do Digníssimo Senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e a resposta deste articulista.
Consideramos importante transcrever o teor da mensagem do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC) em que ele reitera sua luta em prol da PREVI e defende os mesmos pontos de vista de todos os aposentados e pensionistas da PREVI, que é a extinção da Resolução 26 ou modificação de artigos da mesma que atentam contra nossos interesses.
Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB e AFABB-RS


Em 10/8/2014 5:48 PM, Sen. Paulo Bauer escreveu:
Prezado senhor Adaí Rosembak,
Agradeço-lhe a manifestação abaixo. Tenho certeza que o senhor acompanha minha luta em prol da PREVI, motivo pelo qual posso afirmar que defendemos os mesmos pontos de vista.
Atenciosamente,
Paulo Bauer, senador

Resposta ao Senador Paulo Bauer (PSDB-SC)

Digníssimo Senador Paulo Bauer,
Sinto-me lisonjeado por sua apreciação à minha nota.
Acompanho sua luta pela PREVI e aos seus associados desde longa data.
Tenho o registro de todas suas ações, discursos e manifestações em prol da PREVI dentro e fora do Senado.
Esteja certo de que  a ampla comunidade do BB e da PREVI, que se espraia por todo o país, está acompanhando o seu incessante e nobre  trabalho. 
Também tenha certeza de contar com o apoio de todos esses companheiros para a sua ascensão política.
Este blog, que tem alcance nacional, coloca-se ao seu inteiro dispor para a consecução dessa meta.
Atenciosamente
Adaí  Rosembak 

De: Adaí [mailto:adbak@uol.com.br]
Enviada em: sábado, 11 de outubro de 2014 02:19
Para: Sen. Paulo Bauer
Assunto: Um Espetáculo Surrealista

Digníssimo Senador PAULO BAUER,

À  Vossa Apreciação.

Atenciosamente

Adaí  Rosembak
Associado AAFBB e ANABB
Um Espetáculo Surrealista
Este artigo está no blog ADAIROSEMBAK.BLOGSPOT.COM.BR 
Ao refletir sobre a Resolução CGPC nº 26, de 29.09.2008, que desestrutura tão profundamente nossas vidas , não pude deixar de me reportar à recente Audiência Pública, de 02.07.2014, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 275/2012 no Senado , do Senador Paulo Bauer (PSDB-SC), que susta dispositivos daquela Resolução 26 , que revertem os valores superavitários para os patrocinadores.
Para iniciar a apreciação sobre a razão do fracasso daquela Audiência Pública, perguntaríamos ao Senador Paulo Bauer (PSDB-SC), que presidiu aquela audiência, com a presença da ilustríssima e querida Senadora Ana Améllia (PP-RS) - ambos senadores por quem nutrimos o maior respeito e admiração - como fica a posição do Congresso frente à Resolução 26, que vai continuar vigente e é um escárnio à dignidade do Congresso que é o Poder da República que tem o privilégio para editar leis?
As Leis Complementares CGPC 108 e 109, de 29.05.2001, não poderiam, sob hipótese alguma, serem descaracterizadas por um dispositivo legal inferior como a Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, proveniente de uma autarquia do Ministério da Previdência Social que, por sua vez, é um órgão de segundo escalão do Poder Executivo.
Alegar que os artigos 3º, 5º e 7º da L.C. 109, permitem essas alterações é uma completa falsidade. Elas permitem normatizar as leis complementares mas nunca as descaracterizar, que é o que acontece com a Resolução 26.
Assim, perguntamos se o foco correto de uma reunião com a importância de uma Audiência Pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) não poderia ter sido o de suspender a aplicação dessa ilegal Resolução 26 como um todo por afrontar as Leis Complementares 108 e 109 até a votação do assunto no Congresso?
Na nossa limitada visão das lides parlamentares, parece-nos que discutir a sustação de dispositivos afrontosos às leis complementares por parte de uma ilegal resolução que usurpa o poder do Congresso, que é o Poder da República que gera leis, é uma situação esdrúxula de submissão do Congresso a uma medida ilegal proveniente de uma autarquia de um ministério.
Se fosse do interesse do Governo modificar as L.Cs. 108 e 109 que submetesse seus projetos à apreciação do Congresso, que aprovaria ou rejeitaria tais proposições.
Mas nunca editar uma resolução modificando a natureza de uma lei complementar ao arrepio do Congresso.
Para aprovar suas propostas, o Governo conta com o apoio de uma ampla base de apoio no Congresso liderada pelo PT.
Ressaltamos o papel importantíssimo do Senador Dr. José Barroso Pimentel (PT-CE) que, como Presidente do CGPC em 2008, foi o autor da Resolução 26.
Aliás, parece extremamente estranho a nós, o povo, que elegeu seus representantes no Congresso, que o Senador Dr. José Barroso Pimentel (PT-CE), que foi o autor da dita Resolução também seja nomeado relator do PDS 275/2012 que visa sustar dispositivos da Resolução 26.
Porisso, consideramos extremamente oportuno o aparte do Dr. Ruy Brito de Oliveira Feitoza feito ao Senador Dr. José Barroso Pimentel, naquela Audiência Pública, sobre o evidente conflito de interesses nessa questão.
Por essa razão, podemos contar com a decepção e a certeza de que esse PDS 275/2012, no Senado, será encaminhado às calendas e, depois, será arquivado.
Por uma ironia e cilada do destino, o PT (Partido dos Trabalhadores) é o partido em que grande parte dos colegas do BB sempre confiou seu voto de apoio, e o Senador Dr. José Barroso Pimentel (PT-CE) é um colega aposentado do BB e é um parlamentar que começou sua vida pública sendo votado principalmente pelos colegas da ativa e aposentados do BB.
Em meio a todo esse desencanto e frustração por termos depositado nossa confiança em quem não devíamos e votado de forma tão equivocada, resta-nos a esperança de que a impunidade e a ilegalidade na manutenção da Resolução 26, seja revertida, de uma forma ou outra, por uma decisão altiva do Congresso Nacional, para o resgate de seu respeito e de seu privilégio como o Poder da República que tem o poder de criar leis.
Essa é a real razão porque o Governo não submete o assunto à votação no Congresso.
O Governo sabe que o Congresso não irá contra o espírito das L.Cs. 108 e 109 e NÃO VOTARÁ uma medida como essa !!!
O Governo sabe que o Congresso NÃO SE CURVARÁ a uma ilegalidade como essa que acabará por desmoralizar e enfraquecer todo o sistema de previdência complementar !!!
O Congresso NÃO TEM POR QUE SE VERGAR a uma aberração como essa que é a Resolução CGPC 26, 29.09.2008 !!!
Esse golpe baixo ao arrepio da lei , absurdamente escudado por um senador da República e por meia dúzia de fantoches governamentais engravatados, a defenderem o que é indefensável e é ilegal, em uma Audiência Pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, precisa ser esmagado da mesma forma como se faz com uma víbora peçonhenta.
Os efeitos deletérios dos saques contínuos e absurdos na PREVI não se restringem só à degradação humilhante de nosso padrão de vida , aos cortes arrasadores no orçamento da CASSI que está sendo submetida a uma situação aflitiva para conseguir manter um atendimento minimamente digno aos seus associados, à situação desesperadora dos endividados pelo E.S. e ao não reajuste justamente devido aos nossos planos de benefícios, enquanto estávamos usufruindo do benefício especial temporário -BET.
O saque na PREVI pelo patrocinador assumiu uma dimensão tão colossal que a reposição imediata do que foi apropriado ilegalmente , em caso de ganho de causa na Justiça, levaria a uma derrubada súbita e expressiva do preços das ações do BB.
Nesse caso, os participantes e assistidos da PREVI teriam de abdicar desse imediato ressarcimento para uma solução paliativa para não prejudicar o BB.
A esse respeito a UNAMIBB – União Nacional dos Acionistas Minoritários do Banco do Brasil, em seu boletim “Notícias do Brasil”, nº 100, de Junho a Setembro de 2014, estampou o editorial “UM BANCO DO BRASIL FORTE, MAS SEM SAQUEAR A PREVI É POSSÍVEL”, que transcrevemos abaixo.
Para coroar esse ambiente de assalto sem barreiras e sem escrúpulos ao patrimônio da PREVI, como se fosse uma Casa sem dono em que qualquer um pega o que quer e faz o que bem entende , o seu Conselho Deliberativo, com o voto de minerva do representante do patrocinador (BB), deliberou conceder aos diretores da PREVI, além dos seus altíssimos vencimentos, mais uma parcela relativa a título de remuneração variável.
A PREVI é uma instituição sem metas de lucro e comprometida com os planos de benefícios de seus participantes e assistidos e sua Diretoria nunca poderia se auto-conceder tal regalia abusiva nos mesmo moldes do BB, que é um banco com metas de lucro e que paga o PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aos seus diretores.
A Resolução 3921, de 25.11.2010, do Banco Central do Brasil, disciplina essa regalia e limita sua concessão às instituições financeiras e demais instituições autorizadas por aquele BACEN.
A Vice-Presidente da UNAMIBB e Presidente da FAABB, Isa Musa de Noronha, emitiu a nota “PREVI – O BÔNUS DO ESCÁRNIO”, muito bem detalhada e esclarecedora sobre o assunto, também publicada no mesmo boletim “Notícias do Brasil”, nº 100, da UNAMIBB, que reproduzimos adiante.
Por fim, as associações de funcionários da ativa e aposentados do BB, mais a FAABB, precisam continuar em ação promovendo contínuos debates para esclarecer seus associados sobre os problemas que nos afligem na atual conjuntura e tomando todas as medidas cabíveis junto à Justiça e ao Congresso para reverter esse quadro de ataques e ameaças de toda ordem que paira sobre a PREVI.
Em relação aos participantes e assistidos da PREVI, reiteramos nossa mensagem para que fujam da apatia e da inércia e se mobilizem na defesa da PREVI e, consequentemente, na sua própria defesa e de seus familiares.
A história mostra que não existe piedade nem contemplação para com aqueles que se desinteressam pelo seu próprio destino e que confiam sua própria sobrevivência às decisões de outrem.
Sigam um ditado judaico de profunda sabedoria e realismo e que sempre voltamos a citar: “Quem por ti, senão tu?” 
Adaí Rosembak
Sócio da AAFBB e ANABB 
Transcrição do editorial do informativo “Notícias do Banco do Brasil”, nº 100, de Junho a Setembro de 2014, da União Nacional dos Acionistas Minoritários do Banco do Brasil – UNAMIBB. 
Um Banco do Brasil forte, mas sem saquear a Previ é possível.” 
A Resolução 26 do Ministério da Previdência Social, elaborada durante a gestão do ex-ministro e atual Senador, Dr. José Pimentel, permitiu a apropriação de 50% do superávit dos fundos fechados de previdência complementar por parte de suas patrocinadoras.
Valendo-se dessa Resolução, o Banco do Brasil apropriou-se, em 2010, de R$ 7 bilhões (50%) do superávit da PREVI.
Como a Resolução 26 altera a destinação dos superávits dos fundos fechados de previdência privada, antes estabelecida pelas Leis Complementares 108 e 109, que regulamentam aqueles fundos, essa decisão vem sendo questionada no Ministério Público e na Justiça por associações de funcionários do Banco do Brasil.
Caso o Ministério Público ou o Poder Judiciário dê ganho de causa às ações em curso, o Banco do Brasil terá que devolver, imediatamente, o montante do superávit apropriado.
Tal cenário, provalvemente, levaria a uma queda expressiva do valor das ações do Banco do Brasil na Bovespa.
A perda de valor das ações do BB não interessa a ninguém.
Uma saída honrosa para o Banco do Brasil poderia ser a criação de um fundo de ações para acionistas do BB, onde os associados do Plano 1 da PREVI receberiam cotas iguais e cujo Patrimônio Líquido seria equivalente aos 50% de superávit da PREVI apropriado pelo BB.
Tal fundo poderia ser criado nos moldes de um projeto denominado “Fundo de Investimento Banco do Brasil – FIBB”.
Com isso, os funcionários aposentados e da ativa do Plano 1 poderiam receber, sob a forma de ações, os 50% do superávit da PREVI, apropriados, ilegalmente, pelo Banco do Brasil, sem quebrarem o Banco, haja visto o fato dos recursos continuarem a fazer parte do Capital da Empresa.
Nesse caso, mudaria , apenas, sua propriedade, isto é, aquela parcela do Capital deixaria de ser do Tesouro Nacional e passaria a pertencer aos associados do Plano 1.
A PREVI detém, hoje, 10,4% do Capital do Banco do Brasil, estimado em R$ 58 bilhões. Logo, a PREVI detém, aproximadamente, R$ 6 bilhões em ações ordinárias da Empresa.
Considerando o valor de R$ 7 bilhões do superávit da PREVI já apropriado pelo Banco do Brasil, esse novo fundo de investimento se tornaria o maior acionista minoritário da Empresa, podendo nomear 40% de seu Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Vice-Presidentes e Diretores.
Essa solução poderia ser implantada na próxima oportunidade de um aumento de capital do Banco do Brasil que, provavelmente, ocorrerá quando o Banco for forçado a se enquadrar no “Acordo de Basiléia III”.
A UNAMIBB sempre defendeu uma gestão limpa e transparente no BB e assim apoia o Banco como banco de fomento para a pequena e média empresa e para o pequeno e médio agricultor ressaltando que defende ainda aquele BB que considera seu funcionalismo seu maior patrimônio.

Transcrição de artigo de Isa Musa de Noronha, publicado no Informativo “Notícias do Banco do Brasil”, nº 100, de Junho a Setembro de 2014, da União Nacional dos Acionistas Minoritários do Banco do Brasil – UNAMIBB. 
PREVI – O BÕNUS DO ESCÁRNIO” 
A comunidade de aposentados e pensionistas do Banco do Brasil amanheceu no último dia 8 de agosto em rebelião. No mesmo ano em que suspendeu o BET e voltou a cobrar contribuições de participantes e assistidos a PREVI premia seus dirigentes.
Será por serviços não prestados a seus assistidos?
Em decisão estapafúrdia, obtida com o uso do Voto de Qualidade imposto por seu presidente Robson Rocha, o Conselho Deliberativo da PREVI aprovou um acréscimo aos já polpudos vencimentos da Diretoria da PREVI, uma parte a título de remuneração variável.
Segundo nota da própria PREVI, há um convênio de cessão entre Banco e PREVI que contempla a equivalência de salários e benefícios praticados pelo BB.
Na tentativa de justificar o injustificável , a PREVI alega que em 2011, atendendo à resolução CMN 3921/2010, o Banco do Brasil passou a pagar parte da remuneração variável de seus dirigentes com ações da própria instituição.
Assim, em 31.07.2014, o Conselho Deliberativo da PREVI aprovou – com voto contrário dos três eleitos, mas votos favoráveis dos três indicados pelo Banco e ainda, com seu presidente Robson Rocha desempatando, a utilização de indicadores do desempenho da gestão para o acionamento do programa de remuneração variável, tais como a evolução dos ativos e o acompanhamento orçamentário. Completa dizendo que caso sejam atingidos 100% desses indicadores, o valor máximo a ser pago para cada dirigente corresponde a até quatro salários nos anos de 2011 e 2012 e a até seis salários no ano de 2013, sendo esta remuneração diferida em quatro anos, a exemplo da metodologia adotada pelo BB.
Ora, “a remuneração variável” com que o Banco do Brasil agracia seus administradores está regulada pelo Banco Central do Brasil através da Resolução 3921, de 25.11.2010 e alcança tão somente as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Mesmo assim, a remuneração variável está sujeita ao “Art.2º – A política de remuneração de administradores deve ser compatível com a política de gestão de riscos e ser formulada de modo a não incentivar comportamentos que elevem a exposição ao risco acima dos níveis considerados prudentes nas estratégias de curto, médio e longo prazos adotadas pela instituição.”
E ainda, “Parágrafo Único. As medidas do desempenho dos administradores das áreas de controle interno e de gestão de riscos devem ser baseadas na realização dos objetivos de suas próprias funções e não no desempenho das unidades por eles controladas ou avaliadas.
Art. 4º – As instituições que efetuarem pagamentos a títulos de remuneração variável a seus administradores devem levar em conta, quanto ao montante global e à alocação da remuneração, os seguintes fatores, entre outros:
I – os riscos correntes e potenciais;
II – o resultado geral da instituição, em particular o lucro recorrente realizado;
III – a capacidade de geração de fluxos de caixa da instituição;
IV – o ambiente econômico em que a instituição está inserida e suas tendências;
e V – as bases financeiras sustentáveis de longo prazo e ajustes nos pagamentos futuros em função dos riscos assumidos, das oscilações do custo do capital e das projeções de liquidez.
Parágrafo Único. Para efeito desta resolução, considera-se lucro recorrente realizado o lucro líquido contábil do período ajustado pelos resultados não realizados e livre dos efeitos de eventos não recorrentes controláveis pela instituição.”
É evidente que nada disso se refere a um Fundo de Pensão.
O BB, uma Sociedade Anônima, ativo participante do mercado financeiro, aufere lucros, e suas despesas administrativas são cobertas pelas tarifas de seus serviços bancários. De maneira nehuma dirigentes da PREVI podem se equiparar, no que se refere à Remuneração Variável, aos dirigentes do Banco. A impropriedade está no fato de que não é o fundo de previdência complementar denominado PREVI, quem passa a remunerar tal benesse.
Quem paga é o plano de benefícios administrado -, somos nós, os demais participantes ativos e aposentados; é o nosso dinheiro que é desviado para pagar tal privilégio. De sorte que, ao assim decidirem os gestores nomeados da PREVI, aboletados na Diretoria, cumprindo ordens, ou não, do patrocinador, incidem no crime de gestores infiéis, ou fraudulentos, pois desviam para desfrute de uma minoria, recursos do plano, destinados ao pagamento de benefícios. 
* Isa Musa de Noronha é Vice-Presidente da UNAMIBB e presidente da FAABB.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

GOVERNO É GOVERNO

Caros leitores, transcrevemos adiante, texto que nos foi encaminhado por nosso Companheiro Gilberto Santiago, nesta data
GOVERNO É GOVERNO 
Em e-mail que circulou recentemente na rede, a presidente da AFABB, Isa Noronha, tece comentários sobre a atuação do governo atual, na CASSI e PREVI, de modo geral lesiva aos interesses de seus associados. É importante ressaltar que, ao final de sua argumentação, a colega conclui, acertadamente, que esta não é uma questão puramente partidária, mas uma “política de Estado” que, por motivos óbvios, tem sido praticada, qualquer que seja o Governo.
De fato, se foi o petista Pimentel que assinou a Resolução 26, que permitiu (equivocadamente) a reversão de metade dos superávits excedentes da PREVI aos patrocinadores, foi no governo FHC que foram promulgadas as Leis Complementares 108 e 109, muito mais prejudiciais que a Resolução, porque instituiram a paridade na gestão (antes, no Conselho Deliberativo, eram quatro eleitos e três indicados), e implantaram o voto de minerva, além de abolirem totalmente a participação do Corpo Social nas principais decisões. Lembro que, antes das LC108 e 109, eram os associados que aprovavam os balanços da PREVI em consulta nacional (os diretores podiam até ser destituídos se as contas fossem rejeitadas) e eram obrigatoriamente consultados, no caso de qualquer alteração no Regulamento de Benefícios.
Hoje, por força das LC 108 e 109, tudo é decidido no Conselho Deliberativo, com a possibilidade do voto de desempate do patrocinador.
É preciso mais realidade e menos paixão, para que possamos encontrar o caminho de defesa de nossos direitos e a recuperação de nossas prerrogativas, sem as constantes disputas ideológicas, alimentadas por inconcebíveis divergências pessoais.

Gilberto Santiago

sábado, 4 de outubro de 2014

AS ELEIÇÕES E A REALIDADE

Sempre procuro não discutir política em período de eleições porque os ânimos ficam exaltados , as posições ficam radicalizadas e podem ocorrer atos de violência.
Lembro-me da primeira eleição do Lula em 27.10.2002, em que o refrão era o “Lula-Lá”.
Era a quarta tentativa de Lula, em que o PT insistiu em o lançar como candidato a presidente quando, finalmente, teve êxito.
Cito uma cena que retrata bem a insanidade desse período.
Eu almoçava em um restaurante no Catete (bairro no Rio) quando irromperam no recinto lotado, três moças empunhando bandeiras do PT e aos gritos de “Lula-Lá”.
Foi um tumulto generalizado e os seguranças retiraram as moças à força do restaurante. Alguns comensais reagiram àquela intrusão com xingamentos e ameaças de agressão.
Elas se esqueceram da máxima de que devemos respeitar opiniões alheias no que concerne a religião, política e futebol.
Eu conhecia uma delas. Trabalhava em um banco e era uma ativista sindical.
Passaram-se os anos e eu a reencontrei. Hoje, madura e desencantada com os políticos, ela é uma feroz anti-petista.
Ou seja, continua uma radical.
Antes de continuar meu relato, esclareço que não votarei em nenhum candidato do PT. Portanto, sou insuspeito de defender a atual presidente e muito menos de ser um simpatizante do PT.
Até porque penso que sempre deva haver uma renovação de nossos representantes e dos quadros dominantes.
É um privilégio das democracias.
Ademais, com o Mensalão e com a corrupção generalizada em empresas estatais e em áreas da administração pública, o PT que empunhava uma bandeira de retidão e honestidade, se desmoralizou e penso que é a hora de deixar o poder.
Mas hoje, 03.10.2014, li no “O Globo”, dois artigos bem oportunos relacionados às eleições.
Um é “Eleição”, de Paulo Nogueira Batista Jr., economista e diretor executivo pelo Brasil e por mais 10 países no FMI. O outro é “Pela Família!”, de Arthur Dapieve, colunista do segundo caderno do O Globo.
O artigo de Paulo Nogueira Batista Jr. retrata a amargura e o choque da classe média com a repentina recuperação da Presidente Dilma nas pesquisas eleitorais.
Já a nota de Arthur Dapieve retrata o nepotismo na administração pública e a candidatura de parentes de políticos para novos cargos.
É o velho sistema viciado do nepotismo na política brasileira.
Senti essa realidade quando trabalhei como gerente do BB na agência de Maragogipe, no interior da Bahia.
Era o período do Governo Fernando Collor de Mello.
Maragogipe é um município muito grande com mais de 20 povoados.
A população é de baixa renda com grande número de idosos aposentados que, à época, recebiam pensões do INSS e também o benefício rural, a pensão para aposentados rurais.
A maior parte da população jovem, principalmente homens, se deslocava para trabalhar em cidades maiores e, principalmente, na capital Salvador.
Quando cheguei à cidade aluguei uma excelente casa que ficava a cinco minutos a pé da agência do BB. Assim não perdia tempo e nem gastava dinheiro com condução de ida e volta ao trabalho.
Aliás não existiam ônibus circulando dentro da cidade.
Os táxis trabalhavam basicamente em percursos mais longos a povoados distantes ou a outros municípios.
Para as distâncias médias, era muito comum o uso de bois, jegues e cavalos “sem sela”. Enfiavam uma bola na boca do animal presa a duas cordas e montavam direto no lombo.
Para mim, que estava recém-chegado do Rio, tudo era surpreendente.
Comprei móveis simples e eletrodomésticos básicos já que ia ficar por dois anos na cidade até completar o tempo para me aposentar.
Contratei uma empregada e, ao estipular o salário , propús pagar o salário mínimo até porque ela tinha cinco filhos menores e fora abandonada pelo companheiro.
Ela ficou assustada com a proposta e eu achei que tinha oferecido muito pouco pois, no Rio de Janeiro, se registra na carteira de trabalho um salário mínimo mas, na realidade, acaba se pagando quase o dobro, além de outros benefícios.
Para minha surpresa, ela agradeceu e me pediu que não revelasse para ninguém o quanto ia receber pois os vizinhos iriam lhe pedir dinheiro emprestado.
Na cidade se pagava um terço do salário mínimo para empregadas domésticas.
Esse foi meu primeiro contato com a realidade da miséria em nosso país.
Ao conversar com essa valorosa mulher e mãe dedicada, ela sempre dizia que eu era “rico”. Fui obrigado a lhe dizer francamente que eu não era rico, ela é que era muito pobre.
Ela morava em uma “meia água” junto à casa de um parente. A “meia água” era um único aposento, sem banheiro nem cozinha, construído junto à parede de outra casa. Assim, não pagava aluguel.
O banheiro era a “casinha” no mato.
Usavam fogão de lenha – não se gastava com gás.
Dormiam ela e os filhos “juntados” numa lona.
E quanto à comida? Tinham frutas do mato e do quintal , inhame, algumas hortaliças, porcos, galinhas, patos, tatus, pacas, outras caças eventuais e peixes pescados por eles mesmos no Rio Paraguaçu. Compravam pouca coisa na feira.
Era uma feira diferente onde as mercadorias ficavam expostas em esteiras no chão e não em barracas como nas feiras do Rio.
A carne era vendida sem refrigeração e sem embalagem. Se fazia um buraco na peça de carne, se enfiava um barbante ou folha de bananeira e ela era carregada no ombro.
Só eventualmente se usava sabão. E assim mesmo sabão de coco.
Tomavam banho de bacia ou no córrego.
Era costume andar a pé ou com sandália de dedo – não se compravam sapatos.
O cabelo era cortado em casa.
Dormiam cedo e acordavam cedo; não precisavam de luz elétrica.
Não tinham televisão.
Por isso, não havia despesa com energia.
Se gastava pouco com roupas. Se comprava pano barato e se faziam as roupas em casa com tesoura, linha e agulha.
Uma despesa era com a compra de cadernos e lápis para a escola. Os livros eram usados e doados por outras pessoas.
Nessa situação, acabei “adotando” a empregada e os filhos.
Comiam na minha casa, tomavam banho de chuveiro e, eventualmente, dormiam em colchões sobressalentes que comprei para eles.
Comprei agasalhos e livros novos para todos.
Quando voltei ao Rio , dei para ela todos os móveis, utensílios de cozinha, eletrodomésticos, inclusive TV, geladeira, fogão e roupas de cama e de banho.
Foi uma festa e fui levado às lagrimas por ter ajudado de coração aqueles irmãos brasileiros pobres.
Pouco se lia na cidade.
Havia um senhor idoso que distribuia o jornal “A Tarde” para diversos fregueses habituais.
Esse senhor obtinha uma pequena renda com a distribuição do jornal que chegava bem cedo, de ônibus, de Salvador.
Aí surgiu um visionário que montou uma banca de jornal na praça principal em frente ao BB.
Como qualquer banca de jornal de cidade grande, na inauguração haviam publicações de todos os generos. Dei força ao empreendedor e me comprometi a comprar a Veja, Isto É, Seleções do Reader's Digest, revistas sobre economia e até a Newsweek ou a Time.
O dono da banca estava eufórico e o senhor que distribuia “A Tarde” furioso com a inesperada concorrência.
Quinze dias depois as revistas continuavam encalhadas.
As únicas publicações que vendiam eram revistas pornográficas.
Logo depois, por pressão do prefeito e do padre local , essas revistas foram impedidas de serem vendidas.
A banca fechou e o idoso que distribuia “A Tarde” voltou a sorrir.
Em conversa com um dono de farmácia , ele me revelou que a grande renda da farmácia estava na venda de anti-concepcionais e camisinhas.
Sem TV, sem cinema, sem biblioteca, dormindo cedo, “aquilo” era o melhor passa-tempo...
Não havia stress na cidade, com exceção da trabalheira no banco.
O ar era puro. A vida era tranquila, sadia e prazerosa.
O Rio Paraguaçu era uma opção de lazer maravilhosa.
Tenho saudade dos passeios de barco e caiaque.
Sinto  falta das fartas fritadas e muquecas de peixe em praias de rio.
Enfim, os pobres ganhavam pouco mas levavam uma vida feliz.
O grande temor daquela gente era perder o tal do benefício rural que era um valor bem baixo.
As filas no BB – o único banco da cidade - para o pagamento do benefício,  começavam a se formar à noite, no dia anterior ao do pagamento, quando eu fechava as portas da agência. Essas filas se estendiam por vários quarteirões e vinham pessoas de todos os povoados do município.
A praça em frente ao banco ficava entupida de animais, charretes, bicicletas, motos, carroças, caminhões, etc. Muitas pessoas passavam mal e faziam suas necessidades em qualquer lugar. Outras desmaiavam na imensa fila.
O assoalho da agência ficava completamente sujo com  fezes de animais.
A agência em si já era uma coisa horrorosa. O gerente anterior dizia que eram as piores instalações do BB no país.
De fato, era uma velha barbearia que foi desativada e adaptada para ser agência bancária. A madeira do teto estava completamente corroída pelo cupim. Todo dia, ao sair da agência, sacudia as roupas, a cabeça e passava a mão pelos cabelos para tirar o cupim. Os apoios de madeira das luminárias já haviam sido corroidos pelo cupim e as lâmpadas ficavam penduradas pelos fios elétricos.
A situação melhorou um pouco quando boa parte do telhado da agência desabou em um temporal. Ao telefonar para  Salvador alarmei o pessoal quando comuniquei que o telhado da agência havia caído. Felizmente não houve vítimas mas muitos documentos se perderam e máquinas se quebraram.
No outro dia os técnicos vindos de SSA chegaram cedo e os trabalhos de reconstrução começaram de imediato.
Outro problema era a constante queda de energia. As máquinas se desprogramavam e os funcionários tinham de trazer as baterias dos próprios carros e colocar em cima das mesas para o acionamento das máquinas.
Devido ao tamanho precário da agência, alugou-se uma casa na virada da esquina para servir como posto exclusivamente para recebimento de contas e pagamento do benefício rural.
Para chegar ao posto pelo fundo da agência principal,  para levar ou recolher numerário e materiais, era preciso passar por cinco quintais de outras casas onde tinham porcos, galinhas, patos, tartarugas, gatos e cachorros, isso sem contar papagaios e diversas gaiolas de passarinhos. Também tinham vários lagartos verdes tipo iguana, comuns na região. Muito capim, lama e  árvores frutíferas.
Vez por outra os animais entravam na agência pelo porta dos fundos da agência que dava nos quintais.
De uma feita ao ir sentar em minha cadeira levei um susto. Uma galinha estava chocando seus ovos no assento macio. Sentei em outra cadeira e deixei a galinácea chocar seus ovos em paz.
Um rapaz que fazia a limpeza da agência, de propósito, colocou ração nos dois degraus que davam acesso à saída para o quintal. A porca que transitava pelos quintais – gigantesca – ao comer a ração, entrou dentro da agência com seus oito porquinhos ao escorregar pelos degraus.
O tumulto foi geral e a agência parou.
Os clientes se juntaram aos funcionários e arrumaram madeiras para fazer uma rampa e, em um esforço conjunto, conseguiram empurrar a imensa porca e os porquinhos rampa a cima de volta ao quintal.
Infelizmente, eu não tinha máquina fotográfica e nem existiam celulares para registrar o evento. Seria um acontecimento digno de constar nos anais do BB.
Comecei a rascunhar um livro sobre essas e muitas outras passagens pitorescas do período que passei naquela acolhedora e calorosa cidade.
Estava em dúvida sobre dois títulos: “Maragogipe, Meu Amor” ou “Estórias de Maragogipe”.
Mas por descaminhos da vida não levei o projeto adiante.
Quinze anos depois, já no Governo Lula, voltei a Maragogipe.
Vi algumas transformações na cidade. Muita coisa se modernizara.
A começar pelo BB que estava em um prédio novo. Terminais bancários haviam sido instalados.
As crianças de minha época já eram jovens crescidos.
E a renda geral do povo da cidade se concentrava no Programa Bolsa Família (PBF) do Governo Lula (2003), muito embora os primórdios desse programa tivessem sido implantados durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso, com o Bolsa Escola, o Auxílio Gás, o Bolsa Alimentação e o Cartão Alimentação.
Mas foi Lula quem efetivamente ampliou esse programa que hoje atinge 45,8 milhões de pessoas em todo o Brasil.
As pessoas pobres com as quais conversava colocavam Deus e Lula no Céu e a Bolsa-Família na terra.
O programa tem pontos controversos? Sim, tem !
Mas o medo da perda dessa mísera renda oficial, mas que é vital para a sobrevivência daquela gente paupérrima, permea a mente daquele povo humilde.
E aí concordo plenamente com Paulo Nogueira Batista Júnior, em sua nota “Eleição” , quando diz que a elite brasileira pouco ou nada entende de povo. E ainda quando ele pergunta se não é o que estamos vendo , mais uma vez.
A desigualdade social neste país, a pior do planeta, atingiu um nível tão absurdo e fora de qualquer parâmetro, que conseguiu eclipsar por completo a visão, a sensibilidade e o bom senso dos extratos superiores da população, as chamadas classes média e alta, e ainda mais dos dirigentes do país, principalmente os próprios petistas, que se tornaram os maiores exploradores desse sistema imoral.
Para os pobres deste país, para os pobres de Maragogipe, para os pobres retirantes nordestinos, considerações de justiça e ética passam ao largo se comparadas com o terror da fome.
É por esse prisma realista que devemos enxergar esta eleição.
Ela se insere no contexto de luta de classes e de mudança de mentalidade.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB e ANABB