sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O BRASIL ESTÁ NO ATOLEIRO

Dada a importância da matéria, transcrevemos adiante o artigo “O Brasil está no Atoleiro” da revista “The Economist”, edição de 26.02.2015, para a América Latina:

Em sua campanha pela reeleição como presidente do Brasil, no ano passado, Dilma Rousseff pintou um quadro auspicioso da sétima maior economia do mundo. O pleno emprego, salários em alta e benefícios sociais eram ameaçados somente pelos perversos planos neoliberais dos seus oponentes. Dois meses depois de ela iniciar seu novo mandato, os brasileiros descobrem que foram logrados com falsas perspectivas.
A economia do Brasil está um caos, com problemas muito mais importantes do que o governo admite ou os investidores parecem registrar. A letárgica estagnação na qual o país mergulhou em 2013 vem se transformando numa recessão em grande escala e provavelmente prolongada. Os investimentos, com uma queda de 8% em relação ao ano passado, ainda poderão cair muito mais. O enorme escândalo de corrupção na Petrobrás, a gigante estatal do petróleo, envolveu várias das maiores construtoras do país e paralisou os gastos de capital em algumas áreas da economia, pelo menos até que os promotores e auditores concluam seus trabalhos. O real já perdeu 30% do seu valor em relação ao dólar desde maio de 2013, uma desvalorização necessária, mas que vai se somar à pesada carga dos US$ 40 bilhões de dívida externa de empresas brasileiras cujos prazos para resgate vencem este ano.
Escapar deste lodaçal será difícil mesmo com uma liderança política forte. Dilma Rousseff contudo é fraca. Ela venceu a eleição por uma margem muito estreita. Sua base política está desmoronando. De acordo com o Datafolha, seus índices de aprovação caíram de 42% em dezembro para 23% este mês. Dilma também é prejudicada pela deterioração da economia e pelo escândalo da Petrobrás, ligado a propinas de pelo menos US$ 1 bilhão pagas a políticos do Partido dos Trabalhadores e membros da sua coalizão. Durante grande parte do período a que se refere esse escândalo Dilma Rousseff presidiu o conselho de administração da Petrobrás. Para o Brasil conseguir recuperar alguns benefícios no seu segundo mandato, Dilma precisará encaminhar o país numa direção inteiramente nova.
Levy virá em socorro? Em grande parte, os problemas do Brasil foram provocados pelo próprio país. No seu primeiro mandato Dilma Rousseff adotou um capitalismo estatal tropical que envolveu negligência, contas públicas opacas, uma política industrial que debilitou a competitividade e de intromissão presidencial na política monetária. No ano passado sua campanha pela reeleição viu dobrar o déficit fiscal para 6,75% do PIB.
Dilma pelo menos reconheceu que o Brasil necessita de políticas mais favoráveis às empresas se o objetivo é manter o grau de investimento e o país voltar a crescer. Essa percepção é personificada pelo seu novo ministro das Finanças, Joaquim Levy, economista formado em Chicago e banqueiro, além de ser um dos raros economistas liberais do país. Mas como no passado o Brasil não tentou resolver prontamente as distorções macroeconômicas, Levy está às voltas agora com a armadilha da recessão.
Para estabilizar a dívida pública bruta, ele prometeu um colossal aperto fiscal de quase dois pontos percentuais do PIB este ano, com abolição dos subsídios para eletricidade e o restabelecimento do imposto sobre o combustível. Ambas as medidas ajudaram a empurrar a inflação para 7,4%. Ele também pretende reduzir os empréstimos subsidiados por bancos públicos para beneficiar setores e empresas.
Teoricamente o Brasil compensaria este aperto fiscal com uma política monetária mais frouxa. Mas diante do histórico passado de hiperinflação do país, como também de erros mais recentes - o Banco Central cedeu ao desejo da presidente, ignorou sua meta de inflação e estupidamente reduziu a taxa referencial em 2011-12 - o espaço de manobra hoje é limitado. Com a inflação acima da meta, o Banco Central não pode reduzir sua taxa básica em relação ao seu nível atual de 12,25% sem correr o risco de nova perda de credibilidade e corroer a confiança do investidor. Um aperto fiscal e taxas de juros altas significam mais sofrimento para famílias e empresas brasileiras e um retorno mais lento ao crescimento.
O que torna o ajuste perigoso é a fragilidade política da própria Dilma Rousseff. Oficialmente, ela conquistou uma maioria legislativa confortável, embora reduzida, na eleição de outubro. Mas o PT já vem protestando contra as medidas fiscais de Levy - em parte porque a campanha não estabeleceu as bases para elas. Dilma Rousseff sofreu uma derrota esmagadora em primeiro de fevereiro na eleição para o cargo politicamente poderoso de presidente da Câmara do Congresso. Eduardo Cunha, que venceu o candidato do PT, seguirá a sua própria agenda, e não a dela. O Brasil poderá entrar num período de governo quase parlamentar e esta não será a primeira vez.
O país enfrenta assim seu maior teste desde os anos 90. Os riscos são claros. Recessão e receitas fiscais em queda podem debilitar o ajuste preconizado por Levy. Qualquer recuo poderá levar a uma corrida ao real e um rebaixamento da nota de crédito do país, elevando os custos de financiamento para governo e empresas. E as manifestações em massa de 2013 contra a corrupção e os medíocres serviços públicos se repetirem, Dilma pode estar condenada.

Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

GOLPE BAIXO NA CALADA DA NOITE

Companheiros,

Dada a importância da matéria, retransmito-lhes a mensagem abaixo, de autoria do companheiro Betto Dias que me foi encaminhada em e-mail do colega Mário Bastos.

DÁ-LHES PETRALHAS.

Data: 22 de fevereiro de 2015 14:59
Assunto: MP 657-14

Polícia Federal entra em greve. Você, Cidadão desinformado , sabe por que? Pois bem, a presidente Dilma assinou o decreto  lei que deixa a Policia Federal SUBMISSA ao presidente da república ou seja, a Polícia Federal, a partir de ontem, não tem mais autonomia para investigar - essa é a candidata que quer acabar com a CORRUPÇÃO - dessa forma, a violência no País não vai acabar nem diminuir NUNCA ! As Polícias  não podem fazer nada! ISSO É UM ABSURDO !

Dilma editou a medida provisória 657-14 na calada da noite para que o Delegado Geral da Polícia Federal seja indicado sempre pelo Presidente. Dilma quer o controle absoluto da Polícia Federal para impedir investigações de CORRUPÇÃO. O POVO BRASILEIRO PRECISA DAR  UM BASTA nisso, seja contra a MP 657/14 que dará a Dilma O CONTROLE ABSOLUTO SOBRE A PF.  Você já está percebendo a série de manobras dos petralhas para livrarem os corruptos e corruptores do petrolhão e outros roubos que estão, ainda, sendo apurados.                                 

Acesse o site abaixo e registre seu protesto.

 www12.senado.gov.br/ecidadania

Se você não concorda, divulgue para seus contatos.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Divagações sobre o Debate da CASSI de 09.02.2015

Meu Carnaval foi bem animado.
Fiquei dividido entre a telinha  da Globo e a  telinha  do meu computador. Na primeira, assistia aos desfiles das escolas de samba e, na segunda,  assistia aos 7 vídeos sobre o debate sobre a CASSI, promovido na AABB-DF, em 09.02.2015 ,  cedidos por Leopoldina Correa e com chamada de Isa Musa de Noronha., Presidente da FAABB. Ao comentar isso com um amigo ele  falou da dificuldade de compatibilizar coisas tão distintas, desfiles de escolas de samba com discussão sobre orçamento da CASSI  e  disse que nunca tinha visto um gosto tão eclético e  estranho como o meu.
O debate sobre a CASSI  contou com a presença de 103 colegas, de 63 entidades de 26 Estados.
Antes de ver os vídeos, li o artigo “CASSI – Na UTI – Existe Salvação?” , de 15.02.2015, do companheiro Antônio J. Carvalho, em seu “Blog do CARVALHO”. Aliás, parabéns ao colega Carvalho pelo tão bem elaborado resumo.
No debate , o aspecto “Solidariedade” foi enfatizado várias vezes, sempre dentro do princípio de Karl Marx,  “De cada qual, segundo  sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades” , retratado em seu “Crítica ao Programa de Gotha”, de 1875.
Ocorre que estamos em 2015 e não em 1875, e estamos nos defrontando contra um estado opressor e espoliador que, por meio de uma organização como o BB, que já cobriu tantos rombos causados  por financiamentos a empreendimentos mal projetados, por benesses governamentais a setores privilegiados  do governo  e por desvios e interferências governamentais, agora tenta cobrir esses prejuízos achatando despudoradamente os rendimentos do   indefenso e dedicado  funcionalismo do Banco, que é a base humana que gera o sucesso  do BB e que deveria ser o mais protegido e respeitado.  Paralelamente, tenta eliminar a assistência da CASSI aos associados aposentados e pensionistas, a  despeito de acordos celebrados em passado recente. E ainda aposta contra o princípio da “Solidariedade”, jogando aposentados contra o pessoal da ativa e vice-versa.
Em razão dessa política maléfica , já se ouvem muitos  aposentados reclamarem   do paradoxo de, embora pagarem as maiores contribuições, não disporem de assistência odontológica, enquanto os funcionários na ativa, que pagam menores contribuições à CASSI (em razão do achatamento salarial) , contarem com essa regalia.
Esse é justamente o objetivo do BB : causar a cizânia, a divisão e a discórdia entre os dois grupos.
Agora, também contrariando dispositivos consagrados, o BB quer que o pessoal da ativa e os aposentados, aumentem suas contribuições à CASSI de 3% para 4,5% .  Ressalte-se que essa é  uma solução paliativa pois, mais adiante, teremos de arcar com  outros aumentos no percentual para enfrentar os custos sempre crescentes de despesas médicas.
Aos aposentados que, em repetidas apresentações nos vídeos, expõem   sua revolta pelo saque ilegal e  imoral  pelo BB de cerca de 70 bilhões de reais dos recursos da PREVI ao tempo que impede que uma pequena parcela desse butim, que alguns classificam como gorjeta,  venha a amparar a CASSI , atrevemo-nos a dizer que , dentro da atual conjuntura, suas vozes não encontram amparo. 
Sim, porque vivemos em uma situação de FATO e NÃO de DIREITO.
NÃO  de DIREITO, porque   está aí, à nossa frente, afrontosamente,  impunemente, escandalosamente  e,  em pleno vigor,  a ilegal e imoral Resolução 26, que é uma ABERRAÇÃO  JURÍDICA. 
E, de FATO, estamos nós, inutilmente, a bradar aos céus por uma Justiça que nunca chega, que nunca alcançamos e que nunca vemos, talvez por ser tão transparente.
Então Companheiros, ou caímos na realidade ou seremos esmagados. 
Temos de mudar nossa forma de lutar. 
Os altos executivos do BB e da PREVI estão se lixando para o que pensamos ou deixamos de pensar. Somos apenas um “detalhe” da questão.
O que de fato importa são os altos rendimentos como aposentados que a condição de estatutários vai lhes proporcionar.
Em relação a esse tema, é do total interesse desses estatutários que a solução desse problema vá para as calendas.
Já de longa data,    como uma bola de pingue-pongue, esse assunto vai para a PREVI, volta para a PREVIC, vai para o BB, volta para a PREVIC, vai de novo para a PREVI e vai e volta... e o tempo passa.  E cada vez mais e mais estatutários aposentam-se com altos salários. 
A novidade mais recente foi a aposentadoria de  Aldemir Bendine, que brindou a categoria dos marajás estatutários com uma perspectiva de aposentadoria que deixa no chinelo a aposentadoria de um presidente da República. Isso tudo poderia ser feito se o BB arcasse com os custos da aposentadoria de seus altos executivos, mas quem vai ter de aguentar com essa farra é a PREVI à revelia das  normas que disciplinam o assunto.
Voltemos à nossa CASSI.
O encontro foi organizado pelas entidades que tem maior representação nacional como ANABB, FAABB, AAFBB, CONTRAF, CONTEC e APABB.
Na mesa de expositores encontravam-se Célia Laríchia e Sérgio Riede,  respectivamente representantes da AAFBB e ANABB e Isa Musa de Noronha , pela FAABB. Representando a CASSI estavam William Mendes e Mirian Fochi.
Destaco a exposição de Célia Laríchia no vídeo 6, em que ela apela para a necessidade de urgência na tomada de decisões em razão da ampla pauta de tópicos a serem examinados  na reestruturação da CASSI e pelo fato de, já em abril ou maio do corrente ano, as reservas ainda disponíveis do Plano Associados chegarem ao seu limite. Célia Laríchia também abordou a necessidade de união dos aposentados para defender  o aspecto “solidariedade”,  que é uma característica básica do Plano Associados e que é um dos pontos que o BB tem em mira eliminar em sua estratégia de ataque à CASSI.
Já  Sérgio Riede ,no vídeo 7, foi muito objetivo em suas colocações ao alertar a todos para o tato e a objetividade na forma de conduzir as tratativas com o BB, visto que, apesar do Banco afirmar que não pretende deixar de apoiar  a CASSI , o Banco tem condições de, a qualquer momento,  abandonar o Plano Associados da CASSI e adotar um plano independente para os funcionários da ativa.
Essa situação nos deixa muito apreensivos pois, como bem disse Miriam Fochi, os aposentados centram suas atenções nos problemas concernentes à PREVI quando os óbices que atingem a  CASSI   são  tão ou mais importantes.
Ressalto aqui que, pela sua importância e magnitude,  as duas grandes associações que lideram nossas lutas na PREVI e na CASSI, são a ANABB e a AAFBB.
São como dois gigantescos porta aviões  cercados  por naves de apoio por todos os lados.
E, para nossa felicidade, à frente dessas entidades,  contamos com representantes experientes, dedicados, bem preparados e afeitos à luta na defesa de nossos interesses.
Como estamos no Carnaval, utilizo-me da terminologia momesca para abordar a formação do grupo que vai  discutir o assunto CASSI  com  o BB.
 Sugiro como comissão de frente no grupo  da AAFBB, Célia Larichia, Gilberto Santiago , José Odilon Gama e Ari Sarmento. No grupo  da ANABB, que conheço menos, a sugestão é para Sérgio Riede, Fernando Amaral, Teresa Godoy e Douglas Scortegagna. Evidente que componentes de outras alas podem ser remanejados para a comissão de frente dos grupos  à critério da direção das escolas, digo associações.
Em relação ao pessoal da AAFBB,  sinto-me mais seguro nas minhas indicações por residir no Rio e ter contato mais estreito com o pessoal daquela associação.
Quando   for a Brasília reservarei um espaço na minha agenda para visitar a ANABB e conhecer alguns companheiros pessoalmente.
Ainda no que diz respeito à AAFBB, por ter escrito duas notas sobre aquela associação (AAFBB Em Foco) , um companheiro me abordou para falar sobre elogios que fiz a dirigentes daquela associação e, na lata, me perguntou se eu tinha algum interesse “especial” na AAFBB.
Imagine o que perguntaria se não fosse um companheiro !!
Esclareci que, como qualquer ser humano, gosto de ser bem tratado e elogiado por minhas ações e  por minhas escassas  virtudes. E, por seguir o princípio de tratar os outros como gostaria de ser tratado, sempre procuro ressaltar as virtudes e as realizações pessoais de meus amigos e companheiros.  Ademais, tenho como norma não ter parcimônia com  elogios ao tempo em que  procuro ser extremamente contido em minhas críticas. E, ainda ,  defendo com veemência meus amigos  de ataques injustos de outrem. 
Em relação aos meus interesses na AAFBB, na CASSI,  na PREVI ou em quaisquer outras entidades , reitero que almejo unicamente  defender os interesses  dos aposentados e pensionistas  do BB e dos associados da CASSI.   E, ao defender os direitos desses companheiros, também defendo meus próprios direitos.  Este blog  me proporciona  condições para atingir esses objetivos.
Ademais, para eliminar de vez qualquer dúvida residual daquele companheiro, disse que  me sentiria absolutamente violentado se, em razão de fazer parte da administração de alguma associação ou entidade, me visse obrigado a castrar minha  liberdade de expressão ou limitar meus comentários e críticas, para não contrariar interesses ou ferir suscetibilidades de ordem corporativa.
Este blog é meu passatempo predileto. Escrever é uma atividade solitária e  é uma forma de extravasar angústias e conflitos  interiores, desejos irrealizados e sonhos muitas vezes utópicos, perfeccionistas e inatingíveis.
Por isso gosto de escrever e este hobby me proporciona esse prazer incomensurável. Quando concluo um artigo é como se tivesse concluído uma obra prima – pelo menos é o prazer que sinto.
Outros podem se sentir desinteressados, chateados  ou entediados ao ler  minhas notas – isso é problema deles.
A  AAFBB considero como uma “base de operações”. 
Na sala dos aposentados, no 11º andar, sinto-me como se estivesse em casa. Após o almoço, sempre vou ler  naquelas poltronas extremamente confortáveis e, muito comumente, me deixo levar pelos braços  de Orfeu e tiro uma soneca relaxante e revigorante. E, depois, nada melhor do que um saboroso cafezinho.
Procuro limitar minhas idas a outras salas porque são ambientes de trabalho e não gosto de perturbar o trabalho alheio.  Afinal de contas, hoje em dia, sou um vagabundo, nas palavras do FHC.
Mas, às vezes, traio esse princípio ao me atrever  a  interromper a labuta de companheiros mais experientes  quando procuro apoio e orientação (como, por exemplo,  o  Gilberto Santiago) para minhas notas no blog.  Ainda na AAFBB, vou ao departamento jurídico procurar ajuda em áreas legais, vou à biblioteca, troco ideias com uns e outros, vou aos bailinhos recordar os meus tempos de frequentador assíduo da Estudantina,  pratico um esporte (sinuca) e, fundamentalmente, procuro me relacionar  da forma mais fraterna  possível com pessoas que aprecio e com quem tenho relações amigáveis.
Conviver com amigos é um dos mais salutares  e agradáveis prazeres na vida.
Voltando mais uma vez ao assunto CASSI.
Declinarei de me aprofundar em aspectos técnicos e comentários mais rebuscados sobre o Encontro da CASSI em 09.02.2015.
Ver os vídeos do encontro (um total de 7) e ler o artigo “CASSI – NA  UTI  - Existe Salvação” do Carvalho no “Blog do Carvalho” , já é mais do que suficiente para o  domínio  da matéria.  Os vídeos estão disponíveis no blog Olhar de Coruja , estão no site da FAABB ou podem ser acessados pelo e-mail faabb@hotmail.com
Para encerrar, coloco este blog à disposição de todos os companheiros para suas críticas, opiniões  e colaborações para a solução dos problemas da CASSI
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB
           

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Um Retrato do Juiz SÉRGIO MORO

       Veja quem é o Juiz da Operação Lava-jato, a quem podemos comparar a
       Joaquim Barbosa.
Dono de estilo reservado, caráter ilibado, honestidade implacável e hábitos simples, o JUIZ da Vara Federal de Curitiba-PR entrou para a história do nosso país ao levar EXECUTIVOS PODEROSOS ligados ao PT de EMPREITERAS FAMOSAS para a CADEIA e se mostrar implacável no combate à CORRUPÇÃO da PETROBRÁS e da POLITICA brasileira. Sempre que alguém o compara com Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sérgio Moro desconversa. Ou melhor, silencia.
O juiz da 13ª vara federal criminal de Curitiba, que ganhou notoriedade à frente das investigações da Operação Lava-Jato, não gosta desse tipo de comparação nem de especulações sobre o seu futuro.
Há alguns anos, rejeitou sondagens para se tornar desembargador, o que para muitos é degrau natural para galgar a última instância do Judiciário. Moro afastou-se da oferta por desconfiar de tentativa de cooptação por parte de um figurão da política nacional que temia virar réu num inquérito que chegou à sua mesa. Não fosse isso, ele daria outro jeito de recusar a oferta por acreditar que ainda há muito o que fazer na prim eira instância.
Eleito pela REVISTA  “ISTO É” o "BRASILEIRO do ANO", SÉRGIO MORO não mostra sedução pelo poder da toga.
De hábitos simples, ele faz parte de uma rara safra de juízes que encararam a magistratura como profissão de fé.
Não dá entrevista, nem posa para fotos. Dispensa privilégios. Vai para o trabalho todos os dias a bordo de um velho Fiat Idea 2005, prata, bastante sujo e repleto de livros jurídicos empilhados no banco de trás. Antes, chegou a ir de bicicleta.
"Quando eu chego aos lugares, ninguém imagina que é o Sérgio Moro", conta, sorrindo.
Apesar de ter se tornado o inimigo número 1 de poderosos, prefere andar sem guarda-costas.
Quem sempre reclama é a esposa, a advogada Rosângela Wolff de Quadros Moro, procuradora jurídica da Federação Nacional das Apaes, instituição dedicada à inclusão social de pessoas com deficiência. A "sra. Moro" teme pela segurança do marido, e dela mesma, afinal o magistrado se mostrou implacável com a corrupção ao encurralar integrantes do governo do PT e levar, numa ação inédita, executivos das maiores empreiteiras do País à cadeia.
Nascido em PONTA GROSSA - há 42 anos, Moro é filho de Odete Starke Moro com Dalton Áureo Moro, professor de geografia da Universidade de Estadual de Maringá - morto em 2005.
Antes de ingressar na Magistratura, seguiu os passos do pai. Integrou o mesmo Departamento de Geografia da UEM e também deu aula nos colégios Papa João XIII e Dr. Gastão Vidigal.
Obteve os títulos de MESTRE e DOUTOR em DIREITO do Estado pela Universidade Federal do Paraná. Seu orientador foi Marçal Justen Filho, um dos mais conceituados especialistas em licita ções e contratos. Cursou o Program of Instruction for Lawyers na prestigiada Harvard Law School e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro no International Visitors Program, promovido pelo Departamento de Estado americano.
Sérgio Moro criou varas especializadas em crimes financeiros na Justiça Federal e traz no currículo outras operações de peso. Presidiu o inquérito da operação Farol da Colina, que desmontou uma rede de 60 doleiros, entre eles Alberto Youssef.
A investigação fora um desdobramento do caso Banestado, que apurou a evasão de US$ 30 bilhões de políticos por meio das chamadas contas CC5.
Ciente de que os mecanismos de lavagem de dinheiro evoluem e se tornam cada vez mais complexos, Moro não para de estudar.
É um aficionado pela histórica "Operação Mãos Limpas". Quando a compara com a Lava Jato, não tem dúvidas: "É apenas o começo".
O caso que marcou para sempre a política italiana foi deflagrado por um acordo de delação, mecanismo inaugurado anos antes nos processos contra a máfia. Após dois anos de investigações, a Justiça italiana havia expedido 2.993 mandados de prisão contra empresários e centenas de parlamentares, dentre os quais quatro ex-premiês.
Num artigo sobre o caso italiano em 2004, Moro exalta os chamados "pretori d'assalto", ou "juízes de ataque", geração de magistrados dos anos 1970 na Itália que ganharam espécie e legitimidade ao usar a lei para "reduzir a injustiça social", tomar "posturas antigovernamentais" e muitas vezes agir "em substituição a um poder político impotente".
O juiz SÉRGIO MORO se identifica com essa geração e vê no Brasil de hoje um cenário semelhante e propício ao combate à CORRUPÇÃO

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Super Aposentadorias do BB na mira da PREVIC

Dada a relevância do tema , reproduzimos adiante a nota publicada hoje, dia 13.02.15, no Monitor Mercantil, pelo jornalista Sérgio Barreto Motta em sua coluna “Primeira Linha” , que trata do assunto inconcluso dos Estatutários no BB.
Super Aposentadorias do BB na mira da PREVIC
Há alguns anos, os beneficiários do maior fundo de pensão do país, a histórica Previ, travam uma luta contra o poder do Governo. Desde que foi criada, em 1904, a Previ só fez crescer e se consolidar. No entanto, na era do PT, as coisas começaram a azedar, pois executivos, com altos salários e baixo tempo de contribuição, começaram a pressionar por maiores aposentadorias, que, a médio prazo, podem gerar desequilíbrio no bilionário fundo. 
Após muitos embates, o pessoal da Previ conseguiu, em 2008, a fixação de um teto - já alto, pois inacessível à maioria dos funcionários - de R$ 37 mil. Pois adivinhem quem, à frente do BB, acabou com esse teto? Aldemir Bendini. Agora, informa-se que ele se aposenta com base em salário de R$ 62,4 mil, o dobro dos ganhos de Dilma Rousseff e mais do que os honorários de Barack Obama. Bendini não é o único beneficiário dessa distorção, mas há o agravante de que ele está sendo beneficiado por decisão dele mesmo. Está no mesmo caso Ivan de Souza Monteiro, vice do BB que virou diretor da Petrobras e que deixa o banco com salário-base de R$ 55,8 mil. 
O bom-senso indica que um teto é essencial, pois fundo algum suporta pagar salários a nível de presidentes da República por décadas a fio. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), mandou o BB se responsabilizar pelos super-salários, mas um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que teria de ser assinado caiu no esquecimento. Na era Mantega, a Fazenda ajudou a adiar a decisão, pois o ministro apoiava o pagamento mais alto. Pode ser que, com Joaquim Levy, esse absurdo seja sustado.      
O BB foi fundado em 1808, por Dom João VI e, assim, conta com largo volume de entidades em sua defesa. Diretora de uma delas, a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do BB, Isa Musa de Noronha diz que as superaposentadorias decorrem de "empilhamento de salários que o plano não suporta" - e diz aguardar o TAC.Fernando Amaral, vice-presidente da ANABB, comenta que "tais valores não são permitidos aos funcionários". 
Assim, as super aposentadorias, embora contestadas pela Previc, continuam válidas. Como um dos beneficiários, Bendini, agora está nas manchetes e seu caso chama a atenção para o problema e pode, até, ajudar na campanha dos aposentados, pois seus altos ganhos passarão a ser analisados com lupa.
Adaí Rosembak 
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Uma Análise das Ações da Petrobrás

Considero que está se fazendo uma apreciação muito precipitada em relação à situação da Petrobrás.
Muitos que compraram ações e cotas de fundos da Petrobrás (eu comprei cotas do Fundo BB) hoje encontram-se desgostosos com o prejuízo e revoltados por terem sido enganados pela propaganda promovida pelo Governo e pela Petrobrás.
Sabe-se que investir em bolsa de valores é uma operação de risco sujeita à instabilidade do mercado.
Mas, mesmo dentro dessa imprevisibilidade, existem regras que não podem ser desrespeitadas.
Lamentavelmente, não é o que ocorre no Brasil.
Nos USA, as regras são rígidas e a SEC (Securities and Exchange Commission) e o Departamento de Justiça atuam severamente para combater desvios e crimes no mercado acionário. A polícia invade escritórios de corretagem e prende operadores que saem algemados na frente de todos.
Lá manipuladores de mercado que se utilizam de informações privilegiadas (insider tradings) e outros golpistas no mercado mofam nas cadeias.
Aqui, Naji Nahas que quebrou a Bolsa de Valores em 1989, depois foi ser cicerone de investidores árabes junto a presidentes e altas autoridades no Brasil. Nos USA, com certeza, estaria trancafiado em uma cela de presídio.
Os que adquiriram ADRs (American Depositary Receipts), que são negociados na Bolsa de New York, estão protegidos pelas duras leis americanas. É o resultado salutar da disciplina no mercado acionário americano.
Os que compraram ações ou cotas de fundos da Petrobrás aqui no Brasil encontram-se abandonados à própria sorte .
E ainda ficamos revoltados e incrédulos, à mercê de boatos , especulações , indecisões e laços pessoais dentro do Governo quanto às mudanças a serem feitas na Petrobrás para recuperar a empresa.
Graça Foster e toda a diretoria já deveriam ter saído da Petrobrás há muito tempo.
Muito embora, devemos ressaltar, que o buraco em que se encontra a Petrobrás não foi causada só pela roubalheira e pela corrupção generalizada dentro da empresa.
Foi resultante principalmente pela política míope e equivocada do Ministro Guido Mantega que forçou a Petrobrás a vender combustível no mercado interno abaixo do preço de compra no mercado internacional para combater a inflação.
Retardou-se o desfecho da saída de Graça Foster em razão de sua amizade com a Presidente da República.
As ações da Petrobrás caíram.
Finalmente Graça Foster entrega o cargo junto com parte da diretoria. Permanecem dois diretores como lembrança da lambança.
As ações subiram.
A mudança da diretoria da Petrobrás é entregue a Joaquim Levy.
São sugeridas figuras proeminentes do mercado para dirigir a Petrobrás como Rodolfo Landim, Antônio Maciel Neto, Henrique Meirelles ou Roger Agnelli.
As ações continuaram em alta.
Mas, dia 06.02.2015, o PT faz uma festa para comemorar seus 35 anos.
Parte da mídia e a oposição são acusadas de quererem destruir a Petrobrás quando o que fazem é tentar colocar a Petrobrás nos eixos através de suas denúncias.
O Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de ter desviado US$200 milhões para o partido, que teve sua casa invadida e foi levado pela PF para depor, foi aplaudido fervorosamente pela militância do partido como um exemplo a ser seguido. Lula declara-se “indignado” com a condução coercitiva da Polícia Federal.
A Presidente da República, que nem deveria estar presente naquele evento, por respeito aos demais partidos de sua base governamental e às instituições da República que investigam o petrolão , fez discurso enfático a favor do PT.
Naquele mesmo dia ela nomeiou Aldemir Bendine como presidente da Petrobrás.
As ações desceram.
Feliz do Joaquim Levy que não foi lembrado e nem teve de tomar a frente desse furdunço.
E ainda mais satisfeito porque não teve de aturar o Guido Mantega – o mesmo que afundou a Petrobrás – que, como Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás , votou pela nomeação do indicado pela Presidente !!
Haja estômago !!!
Consideramos descabida a tese de que deveria ter sido nomeado um “nome do mercado.” Muitos grupos privados nomeiam executivos que saem do governo. Da mesma forma que muitos executivos da iniciativa privada são nomeados para o governo.
As dúvidas sobre Aldemir Bendine residem basicamente na sua ligação estreita com Dilma Rousseff e Lula. Isso o leva a estar umbilicalmente ligado ao PT o que fatalmente interferirá no processo de investigação e saneamento promovido pelas autoridades.
Ademais, Bendine é acusado pela compra de um terreno em dinheiro vivo e pela metade do preço e, também, é denunciado por um ex-motorista seu de ter feito diversos pagamentos em dinheiro vivo. Essa acusação gerou uma investigação por lavagem de dinheiro.
Bendine também pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal após ser autuado por não comprovar a procedência de R$ 280mil na sua declaração de Imposto de Renda.
Mas o pior é que o MPF encaminhou um pedido de abertura de inquérito policial para investigar um empréstimo concedido à socialite Val Marchiori pelo BB, no valor de R$ 2,79 milhões por meio de uma linha de financiamento (Finame) do BNDES. Consta que Val Marchiori tem restrição impeditiva de crédito no seu cadastro, o que não permitiria a operação.
Quando eu estava lendo documentos sobre o assunto uma menina viu a foto da socialite e disse que ela era igualzinha à sua barbie. Mas isso é uma apreciação da menina ...
As ações devem continuar em baixa.
Pelo menos até a conclusão da investigação pelo MPF.
Assim, por caminhos tão tortuosos, o processo de saneamento e reestruturação da empresa é mandado para as calendas.
E, idem, a tão esperada revalorização dos investimentos de nossos minguados caraminguás em ações e fundos da Petrobrás.
Por isso não ponho fé na opinião de um companheiro de que esse é o momento certo para comprar ações da Petrobrás porque ela está em baixa.
Sou macaco velho que não põe a mão em cumbuca.
Prefiro esperar o desfecho desse imbróglio do que investir mais da minha mufunfa nessa urucubaca.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

INFLAÇÃO - Um Breve Ensaio

Há uns dois anos atrás escrevi um artigo sobre inflação.
Agora, em razão do recrudescimento da inflação no Brasil e de conversas com várias pessoas  que levantam a tese de  que  um “pouquinho de inflação” recolocaria a economia do país em ordem ,  republico o texto com algumas supressões e  acréscimos adequando  o artigo ao   atual momento que vivemos.
Para começar,  sou absolutamente contrário à teoria de que “um pouquinho de inflação” não causa efeitos nocivos na economia de um país.
Considero que   “um pouquinho de  inflação” para solucionar problemas momentâneos em  um país que já passou por um processo de  alta inflação , é o mesmo que oferecer um “pouquinho de cocaína” ou “um trago de cachaça” para um viciado que acabou de passar  por um tratamento  de desintoxicação.
O Brasil está com problemas sérios que vão exigir medidas drásticas de correção.
Mas temos aspectos e características positivas que nos ajudarão a vencer esses desafios.
Temos um grande território com ampla diversidade de recursos naturais.
Não temos guerras nem atritos sérios com nossos vizinhos.
Pelo contrário,  o Brasil sempre procurou manter uma política de paz, ajuda, cooperação e boa vizinhança com todos os países que nos cercam. Não temos disputas fronteiriças.
Nossa população é o resultado de uma miscelânea de raças e etnias. Não temos grupos de etnias diferenciadas e segregadas dentro do território brasileiro. A política brasileira é de integração e inclusão do povo como um todo.
Convivemos em harmonia e paz com uma diversidade imensa de costumes, culturas, religiões e credos sem qualquer conflito.
Temos o problema seríssimo de bolsões de pobreza, falta de uma educação abrangente e de alto nível , problemas diversificados na área de saúde e alto nível de criminalidade.
Isso sem falar dos  conhecidos desafios com os quais nos defrontamos  na área econômica. Mas, apesar desses obstáculos, conseguimos criar  um  parque industrial e tecnológico forte e diversificado  no território brasileiro.
Não temos radicalismos religiosos e nem políticos, aqui não ocorrem atos terroristas, não temos bolsões  de população segregada como ocorrem em países no Oriente Médio, na Índia com os chamados “impuros”, nos  “ghettos”  em cidades de países desenvolvidos ou nos “banlieues” em Paris.
Em nosso país falamos uma única língua, que é o português , o que não ocorre em muitos países onde se falam grupos diferenciados de línguas e inúmeros dialetos locais, tornando difícil o entendimento entre   pessoas de  áreas diferenciadas.
Não temos problemas de secessão em nenhuma área do país como, por exemplo,  a ameaça de separação dos catalães e dos bascos na Espanha, a divisão da Yugoslávia depois da extinção da URSS ou, mais ameaçador ainda, a hipótese de  esfacelamento da Federação Russa, como o próprio  Presidente Putin chegou a comentar.
Somos um país com democracia estabelecida.
Na América do Sul, felizmente, ao contrário da Zona do Euro, ainda não estabelecemos prematuramente uma moeda única no continente antes de  cada país estar preparado de per si para esse importante  passo de integração regional.
Temos todas as premissas para  superar nossas limitações e nossos problemas e para sermos uma nação próspera,  com  índole pacífica  e com um povo unido.
Por tudo isso, me atrevo a dizer  , em um autêntico e convicto tom de ufanismo, que somos um país e um povo predestinados à ordem, ao progresso e à paz.
Para tanto, temos de nos acautelar  contra problemas  que possam vir  a ameaçar esse caminho de progresso e desenvolvimento.
E a inflação, apesar de termos superado um processo de alta inflação que atormentou esta nação por tantos anos, continua a ser sempre uma ameaça contra a qual temos de estar alertas.
Temos de considerar, conforme já foi comentado por tantas personalidades de relevância, que somos um povo de memória curta.
Ao abordarmos o assunto  inflação   com jovens universitários de áreas como economia, administração ou direito, notamos um   desconhecimento mais aprofundado da matéria.  Pior ainda quando conversamos com jovens de nível educacional mais baixo. Muitos sequer sabem o que é inflação.
Por essa razão, reproduzo esta limitada exposição, fruto de um árduo, demorado e elaborado  trabalho de pesquisa.
Não tive a pretensão de fazer uma análise  aprofundada de qualquer aspecto.
Muito pelo contrário. Procurei sintetizar ao máximo possível a abordagem do tema, apresentando aspectos interessantes e relevantes do assunto para não tornar a leitura  cansativa e entediante. 
Em relação aos aposentados e pensionistas do BB,  também temos de estar atentos.
Com a  dificuldade do  Governo em aumentar a carga tributária em contraste com  o aumento  dos gastos governamentais,  os recursos da PREVI tornam-se um alvo atraente.
Então vamos direto ao assunto.
No Brasil, o pico da inflação foi o período de 1986 a 1994, com índices superiores a 1000% ao ano.
De julho de 1965 a junho de 1994 ,  o índice foi de 1,1 quatrilhão por cento, ou seja, inflação de 16 dígitos em 3 décadas ou, mais precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%.
O auge de inflação mensal foi junho de 1994, com 46,58% ao mês.
O país passou por quatro reformas monetárias e, a cada uma, cortaram-se três zeros do valor monetário corrente, ou seja, um descarte de 12 dígitos no período.
Para amortecer os efeitos do impacto da inflação ,  criou-se a correção monetária que era aplicada em salários, aplicações financeiras , valores de bens de consumo, etc.
Surgiram as aplicações baseadas no overnight,   que tinham correção de um dia para o outro.
O mercado imobiliário , no meio dessa ciranda financeira , passou a trabalhar cotando os valores dos imóveis em dólares norte-americanos. Só podia ser dessa forma pois, se assim não o fosse, a partir do estabelecimento do preço fixado inicialmente até o desembaraço da papelada, emissão de certidões, pagamento de emolumentos e taxas, pagamento de imposto de transmissão,  lavratura  de escritura da compra do imóvel  para, só então, ser efetivado o desembolso do financiamento final , o comprador iria pagar uma  fração do valor real  do imóvel.
A classe média até dispunha de mecanismos  de defesa.
Fazia seus gastos e  investia  o restante de seus recursos na compra de dólares ou em depósitos com correção monetária mais juros.
A compra de dólares sempre foi uma boa opção em épocas de crise mas, principalmente naqueles dias, corria-se um sério risco pois, frequentemente, surgiam  derrames de notas falsas no mercado.
A correção monetária era uma ilusão que encobria uma inflação galopante que superava qualquer aplicação financeira por mais rentável que fosse, mas que viciou toda a sociedade com o mesmo efeito que a cocaína exerce sobre  um viciado que, gradativamente, vai precisando de  doses maiores da droga  para se satisfazer.
Por mais absurdo que pareça, em razão dessa ciranda financeira, muitos    lamentaram  a estabilização monetária advinda com o Plano Real.
Quem mais sofria nesse processo era o pobre,  que recebia seu minguado salário  no último dia   do mês e que, quando ia ao supermercado no primeiro dia do mês seguinte, gastava 40% a mais do que no dia anterior.
Sim, porque durante toda a noite do último dia do mês, as “remarcadoras” ou “maquininhas”, trabalhavam ininterruptamente etiquetando as mercadorias com novos preços baseados no novo índice fornecido pelo Governo. E, por via das dúvidas, os supermercados sempre aumentavam os preços um pouco acima do índice oficial, realimentando e incrementando a espiral  inflacionária.
Por essa razão, passei a pagar o salário de minha secretária do lar logo que recebia meus proventos no dia 20. Dessa forma, ela tinha um aumento de  50% em sua renda, pois ganhava, na sua caderneta de poupança,  a correção de 10 dias até o fim do mês e mais o índice de inflação mensal (em torno de 40%)  que sempre era anunciado no fim do mês e que os supermercados aplicavam de imediato nas mercadorias.
Um dia ela até me agradeceu pelas lições que eu lhe dei sobre inflação.
A alegria durou pouco pois as remarcações passaram a ser semanais e, após  um tempo, diariamente e a qualquer hora. Na  frente dos clientes, despudoradamente, os empregados dos supermercados  remarcavam os produtos.
Depois de um tempo, perdeu-se a noção do valor monetário das coisas.
Quanto custava uma caixa de fósforos?  5 ,  15  , 50  ou 100 cruzeiros?  E um sabonete?  20, 30, 100 ou 300 cruzeiros? Assim, era preciso  pesquisar os preços rapidamente antes que os mesmos fossem aumentados.
A diferença de preços entre um estabelecimento e outro,  poderia ser  o dobro, o quádruplo ou até mais. Se o preço fosse muito baixo, era conveniente comprar todo o estoque mesmo que não se precisasse de tão grande quantidade da mesma mercadoria.  Depois era o caso de vender o excesso para os vizinhos por um preço maior e ainda sair ganhando na negociação.
Coitado do comerciante que, por desmazelo , por excesso de escrúpulos ou por respeito aos seus clientes, não remarcasse os preços dentro daqueles índices obscenos.  Quando fosse adquirir novos estoques de  mercadorias, os preços certamente seriam muito superiores aos   valores pelo qual  havia vendido as mercadorias para seus clientes anteriormente. Levaria prejuízo pelo pecado de ter sido “escrupuloso ou  ético” com sua clientela.
Era preciso estar atento ao se preencher um cheque, pois a denominação do valor do padrão monetário mudou tantas vezes, que  corríamos o risco de nos confundir e colocar uma denominação equivocada no cheque, ou seja, trocar cruzeiro por cruzeiro novo, ou cruzado, ou cruzado novo, ou cruzeiro real, ou real.
As pessoas    passaram a dispender grande parte de sua atenção às suas aplicações financeiras, em detrimento de suas atividades específicas.
A figura mais importante em qualquer área  era  o gerente financeiro, e não os dirigentes ou especialistas de qualquer outro setor .
A compra  de imóveis   sempre foi um refúgio  seguro para a aplicação de capitais. Mas, em razão de leis obsoletas e de medidas protecionistas demagógicas tomadas pelo Governo para proteger os locatários contra os efeitos da inflação, alugar imóveis passou a ser um péssimo negócio que desorganizou e desestimulou os  investimentos na área  imobiliária.
Essas medidas governamentais    prejudicaram novos locatários que não conseguiam imóveis  para alugar.
Os proprietários preferiam manter os apartamentos fechados, arcando com despesas de condomínio , IPTU e outros encargos , do que alugar e ter problemas de difícil solução. 
Só depois que se criou a denúncia vazia e os aluguéis voltaram a ser contratados e reajustados de acordo com  a realidade dos índices inflacionários, o   mercado  imobiliário se reorganizou e voltou a ser um investimento atraente.
Transcorreram-se mais de 20 anos e, com a adoção do Plano Real no Governo Itamar Franco, que teve como implementador o então  Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, que veio a ser eleito presidente do Brasil justamente pelo seu papel à frente do Plano Real, a inflação foi extirpada.
Adiante, abordaremos a inflação de forma sucinta, em seus aspectos mais relevantes ao redor do mundo.
Na América Latina, o caso mais notório foi a Bolívia que, em 1985, teve um índice de inflação de 12.000% ao ano, causada por uma  política demagógica  do  Governo de Hernan Siles Suazo.  Também tivemos  o Peru que, entre julho de 1990 e agosto de 1990, teve uma hiperinflação diária de 5%, no Governo de Alan Garcia.
A  pior  hiperinflação   no Mundo foi registrada na Yugoslavia,  de 1993 a 1994, mas, devido às guerras , ao esfacelamento  da nação  e à sucessão de  diversos padrões monetários criados para  acompanhar a espiral hiperinflacionária, o assunto é muito impreciso, difuso e complexo  para ser  descrito com precisão. Por curiosidade, citamos a inflação registrada em janeiro de 1994 – sim, um único mês -  que chegou à   taxa de  313.000.000.000 %. 
Sobre o assunto, recomendamos a leitura de “Yugoslavia's Hyperinflation, 1993-1994: a Social History”, de James Lyon.
Também  citamos  a hiperinflação na Hungria, entre Agosto de 1945 e Julho de 1946, considerado o segundo pior exemplo no Mundo, mas  um dos menos conhecidos e pesquisados , por uma inexplicável carência de testemunhos e informações.
Entre Agosto de 1945 e Julho de 1946, o nível geral de preços subiu a uma   taxa de 19.000% por mês, ou 19% por dia .
Em julho de 1946 , a taxa  de hiperinflação chegou a  207% ao dia.
Finalmente, em 01.08.1946, conseguiu-se sanar a hiperinflação.
O “pengô” , a moeda da época na Hungria,  foi substituído pelo “forint” e, pasmem,  1  “forint” passou a valer 400 octilhões de “pengôs”, ou seja, 29 zeros depois do 4.
Em símbolos numéricos   é:
400.000.000.000.000.000.000.000.000.000 pengôs  =  1 forint
A cotação do dólar americano passou a ser  11,74 forint.
Mas daremos mais atenção à hiperinflação  na Alemanha,  de 1919 a abril de 1923,  que foi a que recebeu maior cobertura noticiosa na história, e a que foi mais  analisada e pesquisada   pelos mais relevantes  centros de pesquisas econômicas e as mais  importantes universidades  do Mundo.
Não temos a mais remota intenção de, nesta limitada abordagem, fazer um relato minucioso sobre   qualquer aspecto  específico da hiperinflação na Alemanha.
O assunto é muito vasto para ser descrito e, para tanto, seria necessário um livro, ou melhor, uma coleção de livros.
Nos limitaremos a apresentar  os aspectos mais chocantes e surpreendentes e, basicamente, seus efeitos na vida do cidadão comum da Alemanha naquela época.
O gigantismo  da economia alemã , o seu   vigor e sua influência na Europa e no Mundo , como o é ainda hoje, os vários fatores que desencadearam o processo inflacionário, tais como o gasto astronômico com o esforço de guerra na Primeira Guerra Mundial ,as cláusulas abusivas do Tratado de Versalhes , a ocupação do Vale do Ruhr pela França e os gastos no pós-guerra para recuperar a Alemanha, foram as razões determinantes para os mais apurados estudos  sobre a  hiperinflação alemã,   e suas consequências sobre praticamente todas as áreas de atividades humanas.
A  inflação alemã  começou durante  a Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha investiu a  astronômica  cifra de 160 bilhões de marcos no financiamento da guerra.
A única forma de levantar essa colossal soma foi adotar medidas completamente fora dos padrões  ortodoxos conhecidos até então.
O Banco Central Alemão (Reichsbank) , em  31.07.1914, por sua própria iniciativa , aprovou uma medida provisória que suspendeu o lastro ouro para emissão de  papel-moeda,   face  ao esforço para cobrir os gastos de guerra.
Em 04.08.1914, foi confirmada por lei, a suspensão da conversão de papel-moeda em ouro.
Sem a convertibilidade  em ouro, a emissão de marcos perdeu qualquer barreira que freasse seu crescimento.
Para que se tenha uma avaliação da grandiosidade do que era 160 bilhões de marcos para financiar a guerra, estima-se que,  em 1913, haviam 13 bilhões de marcos em circulação na Alemanha e, no fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, esse volume chegou a 60 bilhões de marcos.
Mas, durante o período de guerra, esse aumento na emissão de papel-moeda não foi suficiente para cobrir os gastos governamentais.
A forma a que o governo recorreu foi obter empréstimos junto à população.
O Governo Alemão lançou  bonds (títulos) do Governo Alemão no mercado.
Os alemães compraram esses títulos  na certeza de ser  um investimento seguro, confiantes na vitória da Alemanha  a curto prazo.
O débito do Tesouro Alemão passou de 5 para 156 bilhões de marcos.
Isso ainda não era suficiente e o Governo, apesar dos alertas em contrário,  incrementou  a política de emissão  de papel moeda.
A pujante produção industrial e agrícola da Alemanha entrou em descompasso com a expansão monetária.
Estava criado o mecanismo básico  da inflação -  volume de dinheiro cada vez maior  sem o crescimento correspondente na  oferta de bens.
Apesar da derrota da Alemanha, ao contrário do que previa o povo alemão, o Governo não estava falido , mas o crédito estava restrito e a inflação continuava em seu curso  ascendente.
A depreciação monetária,  em seu início, estimulou a economia.
Com o preço baixo do marco em relação às outras moedas,  as exportações alemãs dispararam.
Em um ano, o crescimento industrial subiu 20%.
Em 1922, o desemprego caiu a 1% e  os  salários aumentaram.
A inflação era  considerada a tábua de salvação da economia.
Em sentido contrário, os USA e a Inglaterra conseguiram estabilizar suas moedas , embora ao custo do desemprego de um quinto de sua massa de trabalhadores.
A política econômica alemã de incremento à inflação,  em pouco tempo se revelaria   equivocada.
O aumento do  déficit orçamentário e os crescentes pagamentos de juros limitaram cada vez mais  a economia do Estado.
Paralelamente,  a gigantesca  reparação de guerra a que a Alemanha foi submetida era um peso excessivo para o país  suportar.
O Tratado de Versalhes, firmado em 20.01.1920, que estipulou as duras condições de reparação de guerra,   foi  classificado por muitos como uma    irracionalidade e falta de sensibilidade, pois   inviabilizava  a reestruturação e o soerguimento da Alemanha.
Entre algumas das  cláusulas  leoninas do Tratado de Versalhes,  estava o desmembramento e a anexação  de diversas partes do território alemão para várias das  nações vencedoras.
A postura absolutamente intransigente e rígida da  França em todas as discussões e tratativas, foi classificada pelos historiadores como uma vingança pela sua derrota na Guerra Franco-Prussiana (ou Guerra Franco-Germânica) de 1870-1871.
O Congresso dos USA, na época, não concordou com  diversas cláusulas  e, sensatamente, recusou-se a ratificar o Tratado de Versalhes.
O economista inglês John Maynard Keynes, denunciou o Tratado de Versalhes como ruinoso para a Alemanha e para a prosperidade global. Ele classificou o Tratado de Versalhes como uma tentativa de destruir a Alemanha pelo revanchismo francês.  
Em 1921, os aliados impingiram à  Alemanha o pagamento de 6.600.000.000 de libras esterlinas  como reparação de guerra, uma quantia descomunal que a Alemanha se propôs a pagar  com dinheiro e fornecimento de bens.
Como mais um  castigo adicional, que extrapolava os já duríssimos termos do Tratado de Versalhes, os aliados não aceitaram o pagamento da     reparação de guerra com a moeda alemã corrente na época, o Papiermark, sob a alegação de que o marco estava extremamente enfraquecido em  razão da Alemanha haver financiado seu esforço de guerra através de fundos emprestados.
O país foi forçado a vender grandes somas de marcos em troca de divisas estrangeiras que eram aceitas como pagamento de reparação de guerra. 
Essa  política governamental de comprar divisas estrangeiras a qualquer preço, para cumprir com seus compromissos,  disparou  o processo de inflação.
Finalmente, para piorar a já calamitosa situação da Alemanha, como o Governo Alemão colocou objeções aos severos termos do Tratado de Versalhes,  alegando que o pagamento de 132 bilhões de marcos excedia a  capacidade de pagamento da Alemanha, os aliados deram um limite de seis dias para o Governo Alemão aceitar as condições impostas ou a região industrial do Vale do Ruhr seria ocupada. A Alemanha não pôde pagar e, em janeiro de 1923  , a França   e a Bélgica invadiram a Alemanha e ocupou a região industrial do Vale do Ruhr com uma força militar de 100.000 soldados,   tomando controle das minas e da indústria pesada alemã.
Esse foi o golpe de misericórdia  que acabou por asfixiar o esforço de recuperação da  economia alemã.
Além de ser impedida  de ganhar divisas pela exportação de carvão, a Alemanha foi forçada a obter seu combustível  no exterior, pagando em divisas estrangeiras.
A partir daí a inflação tomou velocidade cada vez maior e foi,  nesse exato momento, que entrou em um processo de  hiperinflação.
De 1914 a 1921, a Alemanha já sofria do que os economistas chamam  “alta inflação” , ou seja, quando o índice vai até 50% ao mês.
Somente para comparação, relembramos que o auge da inflação no Brasil foi junho de 1994, quando o índice foi de 46,58 % ao mês.
A partir de 1921, o processo de hiperinflação instalou-se e começou a  acelerar.   A partir de agosto de 1922 a novembro de   1923,  ela chegou a  322% ao mês.
Em média, os preços quadruplicavam a cada mês, durante os 16 meses de hiperinflação.
O auge da hiperinflação foi em outubro de 1923 , quando o índice  chegou a 41% ao dia.
Em 16.11.1923, a cotação do dólar americano chegou à  cifra de quatro trilhões e duzentos bilhões de marcos.
O Reichsbank continuava a imprimir mais e mais papel-moeda mas não deu conta da  demanda.
Em 17.07.1923, foi aprovada  uma lei que permitia a impressão privada de dinheiro como uma medida de emergência.
Essa lei autorizava que, daquela data em diante, vários estados da Alemanha, distritos administrativos,  condados, cidades, estradas de ferro, bancos e grandes grupos privados,  imprimissem suas próprias moedas.
Como  resultado dessa  lei, um total de  5.849  localidades , instituições governamentais e grupos empresariais emitiram um total de 70.000 diferentes tipos de notas de papel-moeda.
Somente o grupo Deutsche Reichsbahn em Berlim e suas filiais regionais, emitiram  256 padrões de papel-moeda.
A hiperinflação ganhou ainda mais impulso  e mergulhou em uma espiral incontrolável.
De súbito, o marco despencou  em queda livre, cada vez mais rápido, até chegar a números fantásticos de um milionésimo, bilionésimo, trilionésimo de seu valor original.
Toda a confiança no marco sumiu à medida que os preços subiam mais e mais rápido, ultrapassando a capacidade das prensas de emitir papel-moeda.
No auge da hiperinflação, 300 fábricas de papel-moeda estavam trabalhando a toda carga e 150 companhias impressoras operavam as prensas dia e noite para atender à demanda de dinheiro.
A miséria e a fome grassavam por todo o território alemão.
Milhões de famintos e doentes vagavam sem destino pelas ruas.
As doenças de pulmão, o raquitismo e a tuberculose tornaram-se epidêmicas, principalmente  na população jovem. Os idosos faleciam rapidamente.
Greves , passeatas e  conflitos de rua com a polícia passaram a ser uma rotina.
A opinião pública culpava os franceses pela sua desgraça e miséria.
Apartamentos eram sublocados para se conseguir renda extra  e as calçadas das ruas ficavam amontoadas por pessoas sem teto.
Os comerciantes se recusavam a atender franceses e os alemães cruzavam a rua para evitar se encontrarem com franceses. 
Uma das consequências  da perda da confiança no marco foi a venda rápida   dos títulos do Governo Alemão que, anteriormente, tinham sido tão disputados e valorizados  pela população durante a guerra.
Tinham virado papéis sem valor.
Os empregados vinham para as empresas e fábricas com grandes sacolas para, no fim do dia, guardarem o dinheiro do pagamento  e o gastarem  de imediato antes que a cotação da moeda mudasse.
Depois, os trabalhadores passaram a ser pagos duas vezes ao dia, e tinham um intervalo no meio  do dia para fazer suas compras.
Logo após, passaram a ser pagos três vezes por dia e suas mulheres vinham às portas das fábricas pegar o dinheiro e saiam correndo para fazer as compras.
Muitas empresas, a pedido dos empregados, passaram a fazer o pagamento não em dinheiro mas em bens de consumo.
Os profissionais liberais, como médicos, dentistas e outros, não aceitavam o pagamento em dinheiro mas sim em salsichas, ovos, manteiga, pão, carvão , roupas ,  joias,  ou o que   fosse.
Dada a rapidez de mudança de preços , as lojas não colocavam mais os preços nas vitrines.
Quando do falecimento de pessoas, a cremação tornou-se extremamente cara devido ao preço do carvão; optou-se  pelo enterro convencional em caixões.
Até nessa área foram enxergadas formas de cortar custos. Os caixões passaram a ser fabricados  mais baixos, de tal forma  que o nariz do defunto encostava na  tampa do caixão. Esses caixões eram  chamados, ironicamente, de “espremedores de narizes”.
Depois de um tempo, as cotações do marco passaram a ser  informadas de hora em hora.
Registros espantosos surgiam .
Uma pessoa foi tomar um café, cujo preço era 5.000 marcos e, depois de ler o jornal, pediu outro café. Foi cobrada em 14.000 marcos.
O garçom explicou que, entre o intervalo de um café e outro, o preço do café havia aumentado . Se o cliente tivesse pedido os dois cafés ao mesmo tempo, a conta teria sido 10.000 marcos.
De manhã, podia-se pagar  50.000 marcos por um jornal e, à tarde, 100.000.
Um casal foi ao teatro  e, ao levar o dinheiro, o valor dos tickets já tinha  triplicado  de preço e a importância não cobria sequer o valor da condução de retorno para casa.
Uma família vendeu sua casa para emigrar para a América. Ao chegar ao Porto de Hamburgo, eles não puderam viajar pois o dinheiro não era mais suficiente para pagar a viagem e sequer para pagar o retorno à cidade de onde tinham vindo.
Uma pessoa tinha uma conta em um banco com saldo de 60.000 marcos. Pouco tempo depois, recebeu uma carta do banco comunicando o encerramento da conta por ser  antieconômico manter uma conta com saldo tão baixo e  juntavam  uma nota de 1.000.000 de marcos para encerrar a conta  ao cliente. Explicavam  que o banco não dispunha mais  de notas com valor tão baixo como 60.000 marcos. De fato, pois à época, já eram impressas notas de 500.000.000 de marcos.
Um carteiro, indiscretamente, contou que interceptou cartas contendo notas de moedas estrangeiras. Com poucas notas comprou duas casas e um piano. O restante do dinheiro  ele doou para uma igreja para se penitenciar do pecado.
As pessoas compravam duas garrafas de cerveja de cada vez porque o seu preço poderia subir antes que ela viesse a se descongelar.
Pagavam-se  milhões  de marcos para uma pessoa guardar o lugar na fila dos supermercados.
Logo após as portas dos supermercados abrirem, as prateleiras  se esvaziavam e os supermercados não conseguiam  repor as mercadorias com velocidade suficiente para acompanhar a  procura desenfreada.
Nos bondes, pagava-se a passagem com milhões de marcos.
Preferia-se andar de táxi do que de ônibus, pois no táxi o pagamento da viagem era pago no final do percurso.
Caminhões transportavam dinheiro do  Reichsbank para outros bancos, sem  proteção adequada, como se fossem caminhões de lixo.
Pequenas empresas transportavam em carrinhos de mão, às pressas pela rua, o dinheiro do pagamento de seus empregados.
Encontravam-se cédulas de 100.000 marcos na sarjeta. Chegou a um ponto em que  notas de dinheiro entupiam bueiros de rua.
Mendigos usavam as notas achadas na rua para fazer fogueiras para se aquecer no inverno.
As donas de casa passaram a usar notas de marcos em seus fogões e lareiras, pois o preço do carvão superava de muito o valor das  cédulas.
Em lugar de cobrir as paredes com papel de parede ou de usar palha nos colchões usavam-se notas de dinheiro.
Um cadarço de sapato custava mais do que,  anteriormente, custava o próprio sapato,  ou mais precisamente, o que custava a própria sapataria com todo seu estoque de sapatos.
O conserto de um encanamento, custava o mesmo  do que antes custava a  casa inteira.
Um carrinho de mão valia mais que o valor do que custava toda a fábrica.
O escambo passou a ser a modalidade comum de negociação.
O que importava era a aquisição de bens materiais, pois isso é que tinha valor. Adquiriam-se, o mais rápido possível, mercadorias de toda ordem: comida,  joias, objetos de arte, estatuetas, quadros, porcelanas, roupas, sapatos, casacos de pele ou de tecido, livros, móveis, etc. Tudo era  “matéria”.
Os preços perderam todo o controle. Perdeu-se a noção do valor de qualquer coisa. Era o absoluto caos financeiro.
Em Outubro de 1923, 3 ovos ou uma bisnaga, custavam 600.000.000 de marcos.
Um mês depois, uma bisnaga estava sendo vendida a 80.000.000.000 de marcos !
Poucos dias depois, essa mesma bisnaga custava 500.000.000.000 de marcos !!
Não se roubava mais dinheiro, se roubavam bens.
Um homem encheu um carrinho de mão com  pacotes de marcos e foi à padaria comprar um pão. Entrou na padaria para ver quais pães estavam à venda e os respectivos preços. Quando voltou para pegar o dinheiro, os pacotes de dinheiro encontravam-se no chão mas o carrinho tinha sido levado.
Lojas, padarias, armazéns, perfumarias, magazines, e todo tipo de estabelecimento comercial eram alvos de constantes assaltos, principalmente à noite.  Os ladrões levavam o máximo de mercadorias mas abandonavam  o dinheiro que ficava espalhado pelo chão.
O escritor alemão Ernst Erich Noth, contava que seu avô acumulara dinheiro durante toda a vida para financiar seus estudos. Após a morte de seu avô, Ernst Erich Noth recebeu como herança 8.000 marcos depositados em um banco. Quando seus pais sacaram o dinheiro no banco só conseguiram comprar um pão, 500 gramas de margarina e 60 gramas de café.
Os que dispunham de  moeda estrangeira eram os grandes oportunistas e aproveitadores.
Tripudiavam sobre a miséria que os cercava.
Desfilavam em carros luxuosos com motoristas uniformizados, trajando roupas finas e caras ,com joias valiosas, fumando charutos da melhor procedência e, com uma única nota de US$ 100.00, compravam fileiras de casas.
Os miseráveis os xingavam e esticavam os dedos e punhos cerrados em sua direção.
Era um tempo de absurdos.
Repentinamente, grandes fortunas tradicionais foram à bancarrota e surgiram espertalhões e golpistas que, do dia para a noite, se tornaram os novos ricaços.
Não se respeitava qualquer regra, norma moral ou lei.
Acima de todos os afortunados , pairava, majestosamente, a figura de Hugo Dieter Stinnes.
Um gênio das finanças e dos negócios, era neto de um modesto empresário em Mulheim e filho de um já proeminente  industrial, também chamado Hugo.
Hugo Dieter Stinnes teve uma sólida  formação no mundo dos negócios , cursou as melhores escolas de finanças ,  e se especializou na área de mineração.
Em 1890, ele herdou de seu pai uma mina de carvão e outras empresas na área de finanças.
Com  apurado faro empresarial, ampliou seus interesses em diversas ramos, como mineração, siderurgia, empresas de navegação e de transportes,     e destacou-se , sobretudo,  na imprensa, onde criou um gigantesco grupo , que abrangia grande parte dos mais importantes jornais da Alemanha.
A partir de 1920, usou do poder de seu império de informação  para atacar contínua e furiosamente o Tratado de Versalhes.
Com isso conquistou a simpatia do povo alemão.
Entrou na política, foi eleito para o Reichstag, passou a ser um formador de opinião  e criou um partido político, o DVP- Partido do Povo Alemão.
Com seu refinado instinto financeiro, vislumbrou  com muita antecedência o surgimento da hiperinflação e seus efeitos na economia alemã.
Confiante    nessa visão e com o  apoio dos inúmeros amigos e aliados   que contava no Governo e no Reichstag , a par de  sua influência na imprensa,   adquiriu,  com o aval  do  Governo Alemão, colossais quantidades de divisas estrangeiras, para  pagar a prazo em parcelas fixas  em marcos alemães.
Com as divisas estrangeiras, adquiriu o mais rápido possível e sem regatear, grandes empresas, conglomerados industriais inteiros , bancos e grupos financeiros. Investiu suas divisas em todas as áreas, desde  energia, mineração, siderurgia, armamentos, comunicações,  construção, transportes terrestres, aviação, estradas de ferro, estaleiros e empresas de navegação, imensas  áreas para agricultura e plantação de florestas, etc.
Enfim, adquiriu rapidamente tudo que encontrava disponível para venda em toda a Alemanha.
Pouco tempo depois, dispendeu um irrisório valor  em marcos alemães para pagar as divisas  , pois o marco alemão  tinha virado pó.
Dessa forma, seu império econômico e industrial cresceu em níveis inimagináveis.
Sua influência e seu poder , na Alemanha e no exterior,   se ampliou de forma extraordinária.
A fortuna desse magnata foi dimensionada, à época,  em um quarto de toda a Alemanha.
Passou a ser classificado de “O Rei da Inflação”.
Em 1923, a revista americana Time, o chamou de “O Novo Kaiser (imperador) da Alemanha”, para descrever o alcance de sua influência política e sua imensa fortuna.
Quando faleceu em 10.04.1924, aos 54 anos, em razão de uma operação na bexiga, entre outros vultosos investimentos , seu império econômico abrangia 4.500 companhias e  3.000 fábricas.
Junto à  desintegração do marco, ruíram  todos os valores mais nobres e respeitados pelo povo alemão : a disciplina, a ordem pública, a limpeza e conservação do patrimônio público, o respeito à lei, o respeito ao próximo,  a organização,  os valores morais, a dedicação  extrema ao trabalho árduo, o asseio e a disciplina pessoais, a devoção religiosa  luterana , os valores morais,  o fervor patriótico, o incremento e a   valorização da cultura e das artes, a dedicação aos estudos e a pesquisas em todas as áreas,  o alto nível educacional, e tantos  outros  nobres valores que  são característicos  do povo alemão.
Perdeu-se o respeito ao hino nacional,  à bandeira e a todos os outros símbolos nacionais.
A Alemanha e seu povo eram ridicularizados no exterior e o povo passou a ter vergonha de si mesmo.
A Alemanha estava à beira da desintegração e seu povo mergulhado no desespero, na desorganização social e prestes a entrar em um processo de loucura coletiva.
Viviam-se momentos de absoluto desvario e devassidão.
Não havia freio e respeito em relação a  mais nada.
A criminalidade disparou.
Vivia-se um dia após o outro,  em uma esbórnia sem limites, em uma excitação e  euforia  contínuas e descontroladas, como se cada dia fosse o último da vida.
O consumo de drogas, as mais perigosas, perdeu o controle. O consumo  de bebidas alcoólicas subiu a níveis alarmantes. As doenças venéreas  se alastraram de forma assustadora.
As orgias e bacanais coletivos tornaram-se  corriqueiros e aconteciam todas as noites, misturando  homens  e  mulheres de todas as idades, travestis,  lésbicas, e todo tipo de pervertidos, degradados e degenerados, que se trocavam e transavam de todas as formas  sem qualquer controle ou prevenção.
Muitos desses concorridos bacanais eram feitos à noite, ao ar livre,  em cemitérios.
Tudo isso misturado com   drogas pesadas, bebidas e música estridente.
Os  mais absurdos e abusivos excessos, taras e perversões  ,  superavam de longe o que se conhecia das bacanais dos tempos de Sodoma e Gomorra, de Calígula  e de Nero.
Moças e rapazes , de todas as classes ,  se exibiam e se ofereciam nas ruas, à noite ou ao dia, para qualquer orgia ou prática sexual, por mais abjeta e estranha que fosse, com quem fosse, e com quantos fossem. Muitas vezes nem era por dinheiro, mas sim por pura devassidão num caminho  de autodestruição.
As moças  se vangloriavam   do detalhamento   de    suas experiências ,  as mais depravadas e bizarras   , quer fossem  imaginárias ou reais. Quanto mais chocantes fossem os relatos,  mais impactantes os efeitos.
Os princípios de vida que balizavam o comportamento da população naquele período de desvario eram:  “uma prostituta na família é melhor que um filho morto; roubar é preferível a passar fome; não passar frio é mais importante que conservar a honra”.
Berlim passou a ser a cidade da perversão, da perdição, do crime  e do vício.
Mas essa era uma imagem absolutamente falsa e distorcida da Alemanha e de seu povo.
Vivía-se  um período de absoluto descontrole, loucura e infelicidade, completamente avesso e estranho  à formação, ao espírito  e ao caráter  alemão .
Por baixo de toda aquela degradação desenfreada,  o povo alemão ansiava, ardorosamente, desesperadamente e rapidamente,  pelo retorno às suas origens, à ordem e à disciplina, que eram as bases da alma e da vida dos alemães.
A Alemanha estava em uma situação desesperadora.
Os fazendeiros recusavam-se a receber o pagamento de suas colheitas em forma de papel-moeda.
A colheita de 1923 permanecia estocada nos silos das fazendas enquanto os supermercados nas cidades estavam vazios.
A fome começou a se alastrar e o Governo previu uma  guerra civil.
O Governo ameaçou intervir para resolver a questão.
Em 09.11.1923, o líder do Partido Nazista, Adolf Hitler, tentou tomar o poder em Munique e, dali, marchar sobre Berlim.
O tempo corria e as autoridades tinham de tomar providências urgentes.
E isso ocorreu, com uma engenhosa operação financeira, promovida pelas autoridades alemãs, para restaurar o valor do marco. 
Em 13.08.1923, Gustav Stresemann foi nomeado Ministro da Economia , em meio ao caos da hiperinflação.
Em 26.09.1923, ele suspendeu sete artigos da Constituição Alemã e declarou o Estado de Emergência.
Essa medida  criou uma situação comparável a uma ditadura militar. 
Em 15.10.1923, foi criado o Rentenbank, com poderes de tomar todas as medidas para criar e disciplinar a emissão de uma nova moeda, com valor equivalente ao marco com lastro ouro de antes da guerra, chamado “gold mark”.
Esse plano foi elaborado por  Hjalmar Schacht, então Diretor do Darmstadt & National Bank com o apoio do Ministro das Finanças, Hans Luther.
Em 12.11.1923, o Ministro das Finanças Hans Luther, nomeou Hjalmar Schacht como     Secretário da Moeda do Reich.
Em 15.11.1923, a impressão de papel-moeda antigo cessou.
Em 16.11.1923, os primeiros marcos com padrão ouro  com a cotação de antes da guerra começaram a surgir.
Em 20.11.1923, cada novo marco, “rentenmark”, passou a valer um trilhão de marcos antigos.
Em 22.12.1923, Hjalmar Schacht, foi nomeado presidente vitalício do Reichsbank, cargo que ocupou até 02.04.1930.
A hiperinflação tinha sido contida e a Alemanha tinha retornado ao sistema monetário de padrão ouro.
Mas, o Rentenbank não tinha  barras de ouro em seus cofres, mas somente títulos de crédito na forma de hipotecas de propriedades e títulos da indústria alemã. 
Assim, a moeda tinha o valor  do padrão ouro mas não era conversível.
Mas isso não importava.
O que valia era que a hiperinflação tinha cessado e a confiança na moeda tinha sido restabelecida.
Os fazendeiros aceitaram o novo marco, os silos foram esvaziados e os supermercados foram reabastecidos rapidamente.
A crise havia sido  resolvida e o fantasma da guerra civil desaparecera.
A hiperinflação estava morta !!!
Em Agosto de 1924,  um novo marco foi colocado em circulação, na cotação de 1 marco novo para 1 marco antigo.
Foi criado um Banco Central independente que fiscalizava e disciplinava a emissão de papel-moeda.
Foi iniciada uma reforma fiscal pelo Governo que, entre outras medidas,  tinha como meta  reduzir drasticamente a emissão de papel moeda e ajustar as despesas do Governo dentro do limite do Orçamento.
Foram entabuladas conversações de alto nível, bem sucedidas e que, através de vários acordos, modificaram as Cláusulas do Tratado de Versalhes e as condições  de pagamento das reparações de guerra
Hjalmar Schacht, que foi o homem que tirou a Alemanha do caos, trabalhava de forma disciplinada e obsessiva , em condições  extremamente simplórias.
O pomposo  “Gabinete de Trabalho do Secretário da Moeda do Reich”  era uma pequena sala nos fundos do Ministério das Finanças , com uma janela com vista para o quintal.  Essa sala tinha sido usada durante muito tempo como depósito de roupas sujas. Era um tanto sombria, com pintura velha e tinha um  fedor acre de roupas de chão sujas e velhas, que impregnava o ambiente.
O mais simples funcionário de qualquer repartição pública se sentiria incomodado e  se recusaria a trabalhar em um lugar insalubre como aquele.
Hjalmar Schacht dispunha de  uma mesa, uma cadeira e um telefone,
E como trabalhava Hjalmar Schacht ?
Chegava muito cedo no trabalho e saía tarde, quando pegava o último trem que ia para o subúrbio.
Comia frugalmente ali mesmo.
Fumava muito. Não  recebia e nem mandava cartas.  Telefonava intensamente todo o tempo , trocando ideias com banqueiros, ministros de economia, economistas, financistas,  e todos os que o pudessem  ajudar sobre tudo o que se  relacionava com moeda e finanças. 
Não recebia ninguém. 
E continuava a fumar !
O  fedor acre de roupas sujas e velhas se misturava ao cheiro  de nicotina o que contaminava todo  o ambiente .
Mas Hjalmar Schacht não se importava com isso e continuava a trabalhar de forma frenética. Era incansável.
Sua única companhia era  sua secretária, Fraulein Steffeck.
Foi esse homem simples,  sem vaidades e  trabalhador compulsivo que tirou o país do caos da hiperinflação e que  deu nova vida à Alemanha.
Mas, foi durante aquela magnífica operação  financeira e econômica de Hjalmar Schacht que tirou a Alemanha do caos, que  nasceu o ovo da serpente.
Haviam sido criadas  as condições para a ascensão do nazismo.
Paradoxalmente, Hjalmar Schacht que tirou a Alemanha do abismo, foi nomeado por Adolf Hitler como Ministro da Economia do III Reich onde permaneceu de 1934 a 1937.
Por essa razão , foi preso e julgado no Tribunal de Nuremberg.
Mas foi inocentado de acusações sobre atentado aos direitos humanos, desrespeito à vida ou atos de guerra.
Muito certamente, nossos brilhantes economistas  se apoiaram em muitas das    teorias e ideias em que Hjalmar Schacht se baseou e nas ações tomadas por esse  economista genial , para criar o Plano Real.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB