sábado, 1 de agosto de 2015

SUSTENTABILIDADE DA CASSI - Informe 1 - 02.08.2015

A discussão sobre a sustentabilidade da CASSI é um tema que vem sendo intensamente debatido em diversos encontros entre representantes de entidades de funcionários da ativa, aposentados e pensionistas da PREVI com representantes do patrocinador Banco do Brasil.
Também é foco de blogs, de sites de associações e de discussão em vários grupos na internet.
Este blog tem procurado fazer uma cobertura objetiva e sucinta desses encontros, das apresentações e da evolução dos assuntos debatidos, que são de vital interesse para todos os associados e pensionistas da PREVI.
Mas a abrangência, a complexidade da matéria e a progressão constante dos temas discutidos são fatores que trazem grande dificuldade para que se façam relatos resumidos sob pena de se comprometer o entendimento mais aprofundado da matéria e de sonegar detalhes de extrema importância sobre os assuntos abordados.
Visando a atingir da melhor forma possível o objetivo a que nos propomos, que é informar, principalmente aos associados e pensionistas da PREVI, a evolução do tema em debate, decidimos criar o quadro “Sustentabilidade da CASSI – número e data”, onde procuraremos expor em artigos curtos, as novidades sobre o assunto.
Se a amplitude, a evolução e a dinâmica do tema o exigirem, criaremos um blog específico para abordar assuntos relativos à CASSI.
Neste número 1 (hum) de “Sustentabilidade da CASSI”, enfocaremos a visão institucional das duas principais associações, a ANABB e a AAFBB. 
Em outros informes apresentaremos comentários de dirigentes de outras entidades e de participantes de grupos na internet.
Esperamos que, com mais essa modesta participação, possamos contribuir para encontrar as melhores soluções para problema tão aflitivo que atinge os associados e pensionistas da  CASSI.
ADAÍ ROSEMBAK – Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

ANABB
Em nossas notas “ANABB em Foco”, de 13.06.2015 e 21.06.2015, fizemos uma apresentação dos 5 (cinco) excelentes vídeos produzidos pela ANABB e apresentados por seu presidente Sérgio Riede, em que ele aborda todo o leque de problemas pertinentes à CASSI. 
Em 28 e 29.07.2015, Sérgio Riede promoveu debates sobre a CASSI, nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, a convite de Ricardo Maeda, coordenador do Conselho de Usuários local e dos diretores regionais da ANABB, Celson Matte, Valmir Canabarro e Ênio Friedrich.
Em Porto Alegre, a reunião aconteceu na sede da AFABB e foi aberta pelo presidente da entidade, companheiro José Bernardo de Medeiros.
Levamos ao conhecimento da  direção da ANABB  que, em conversa com  associados da ativa, aposentados e pensionistas da PREVI , foi manifestado o desejo de   que esses encontros no RS também tenham sido gravados e esses vídeos venham a ser apresentados no site da ANABB.
AAFBB
Na AAFBB, o Presidente do CODEL, Gilberto Santiago, em 08.07.2015, expressou sua opinião sobre a sustentabilidade da CASSI no excelente artigo “Cláusulas Pétreas”, que está no espaço “Antenado”, no site da associação. O companheiro Gilberto Santiago expôs o assunto de forma brilhante, objetiva e sucinta. Recomendamos a todos os associados da PREVI, independentemente de serem ou não sócios da AAFBB, que acessem o site da associação, no espaço “Antenado” e se inteirem das relevantes matérias ali expostas para se manterem atualizados sobre os assuntos de nosso interesse.
Já a presidente da AAFBB, Celia Larichia, esteve presente, no dia 24 de julho, em nova rodada de negociação com o Banco do Brasil, sobre a sustentabilidade da Cassi, realizada em Brasília.
Primeiramente faremos um resumo do evento e  exporemos a visão de Célia Laríchia, que é a posição institucional da AAFBB.

Resumo da reunião

No início, foram lembrados os consensos já firmados entre os negociadores representantes dos associados e o Banco. Entre esses consensos, estão a necessidade da implementação do Modelo de Atenção Integral à Saúde em plenitude, a manutenção da solidariedade e da garantia dos atuais direitos de ativos, aposentados e pensionistas (o que ainda gera muitas dúvidas para os representantes das entidades).

Foram feitos diversos questionamentos relativos à proposta de transferência para a Cassi da provisão para o pós-laboral existente no balanço do Banco. Foi expresso que um grande contingente de associados avalia que isso significa o rompimento de garantias hoje existentes.

Banco do Brasil reafirma posicionamento

O Banco reiterou posicionamento de que não há qualquer intenção de deixar os aposentados desamparados e que a transferência para a Cassi do fundo de R$ 5,83 bilhões garante o aporte mensal dos 4,5% hoje de responsabilidade do BB para os atuais aposentados e para os ativos que vierem a se aposentar. Afirmou que a contribuição adicional de 0,99% (ou outro percentual que vier a ser acordado) na contribuição do BB para os ativos representa uma antecipação, durante o período laboral, de contribuição que vai permitir que a Cassi tenha à disposição valor equivalente aos 4,5% da contribuição mensal que hoje o Banco faz para os aposentados.

O diretor Carlos Neri afirmou que o BB concorda com a inclusão deste compromisso no estatuto da Cassi. Ficou de trazer uma proposta de redação na próxima reunião, para ser examinada pelos negociadores representantes dos associados.

Além disso, o BB reiterou a disposição de fazer aporte para as ações estruturantes do Modelo de Atenção Integral à Saúde, bem como de participar do rateio de eventuais déficits futuros, desde que consiga se desvencilhar da obrigação de fazer as provisões previstas na CVM 695.

Os negociadores dos associados ficaram de continuar os debates com suas bases e de oferecer sugestões de medidas concretas que garantam ao conjunto dos participantes os seus direitos inalienáveis. Há consenso entre todas as entidades que participam da mesa de que não há negociação que passe pela supressão de direitos de ativos, aposentados e pensionistas.

Aproveitando a oportunidade da reunião com o Banco, diversos integrantes da mesa levantaram problemas de atendimento à saúde que começaram a ocorrer com maior frequência e gravidade em decorrência do regime de contingenciamento do orçamento da Cassi. Foi pedida ao Banco maior flexibilidade dos conselheiros deliberativos indicados pelo BB nos casos excepcionais que vão à apreciação do Deliberativo, quando se trata de questões que deixam participantes sem atendimento, visto que envolve sérios riscos à saúde de todos.

O BB lembrou que as reservas da Cassi estão acabando e que existe uma decisão unânime do Conselho Deliberativo da Cassi de contingenciar o orçamento. Mas afirmou que seus indicados já têm aceitado aprovar algumas exceções em casos que coloquem em risco a saúde dos participantes e que vai ficar atento aos casos futuros.

Ficou acertado que a próxima reunião de negociação deve ocorrer em meados de agosto.

Posição da AAFBB

Na visão da presidente Celia Larichia, que representa a AAFBB na mesa de negociações, a transferência do valor de R$ 5,8 bi para um Fundo na Cassi (provisão para o pós-laboral exigida pela CVM 695), poderá significar que o BB se exima de suas responsabilidades junto aos aposentados. “Em que pese alguns avanços obtidos nas últimas reuniões com o patrocinador, essa ainda é a nossa grande preocupação. Não vamos concordar com propostas que permitam que qualquer segmento, seja da ativa, aposentados ou pensionistas, fique sem o atendimento integral à saúde. O ônus de qualquer decisão não pode recair sobre os associados”, afirma Célia Larichia.
A AAFBB ratifica as premissas consideradas inegociáveis:

* manutenção do princípio de solidariedade;

* manutenção/garantia de responsabilidade do BB pelo atendimento à saúde dos funcionários da ativa, aposentados e pensionistas, sem perda de direitos adquiridos;

* em caso de déficit futuro, o rateio não poderá ser efetuado apenas entre os associados;

* ampliação do Modelo de Atenção Integral à Saúde, conforme projeto dos dirigentes eleitos.

Todas essas questões que envolvem a sustentabilidade da Cassi foram relatadas pela presidente Celia Larichia e pela conselheira deliberativa da Cassi e vice-presidente do Codel, Loreni de Senger, em reunião do Conselho Deliberativo da AAFBB, ocorrida em 13 de julho, tendo sido registrado pelos presentes que esse deve ser o assunto prioritário na pauta da Associação, pois afeta a vida de cerca de 200 mil famílias do universo Banco do Brasil.
A AAFBB lembra seus associados da necessidade de estarem atentos ao desenrolar dos acontecimentos, em busca de informações e de esclarecimentos para suas dúvidas, pois qualquer proposta que envolva alteração estatutária será objeto de consulta ao Corpo Social.

16 comentários:

  1. Sr. Adaí!

    As informações aqui apresentadas já foram amplamente veiculadas em outros espaços, e não vejo em que mais possam acrescentar. Não seria interessante que o artigo fosse, na verdade, sua opinião pessoal acerca desse "imbróglio" todo? Fica a dica.

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    1. Caro Anônimo,

      Esse foi o primeiro informe da série.
      Tive de fazer uma apresentação do que pretendo fazer além de relatar um retrospecto dos artigos que já redigi em relação ao assunto. Dei um enfoque maior nos cinco vídeos feitos pela ANABB tendo a frente o Sérgio Riede, que foi um trabalho de primeira linha.
      Tem muito material para ser exposto e discutido.
      Embora não participe dos encontros que discutem o assunto procurarei, dentro de minhas limitações, apresentar minha opinião pessoal sobre as matérias enfocadas até porque o blog é administrado por mim.
      É importante analisar que determinados assuntos não podem ser relatados com a mesma profundidade com que são discutidos nos simpósios das entidades.
      O objetivo do blog é atingir a massa de associados que não tem um aprofundamento da matéria.
      De qualquer forma, fico extremamente grato pelas suas observações que foram muito objetivas.

      Um abraço

      Adaí Rosembak

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  2. PORQUE O SENHOR SÓ DÁ AS OPINIÕES DOS DIRIGENTES DAS ASSOCIAÇÕES? ELES SÃO UM BANDO DE POLÍTICOS QUE SÓ ENXERGAM O PRÓPRIO UMBIGO. OS ASPOSENTADOS QUE SE LIXEM.

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  3. Caro Anônimo,

    Os dirigentes das associações são nossos representantes goste deles ou não.
    Note que no comentário acima não fiz elogios às pessoas dos dirigentes mas tão somente expressei seus pontos de vistas como representantes das associações, que passam dessa forma a ser o ponto de vista institucional das entidades.
    Os dirigentes são pessoas que antes de emitirem suas opiniões que, repito, passam a ser a expressão institucional das associações, consultam os associados e os demais membros dirigentes das agremiações.
    Não são meras manifestações pessoais, são as expressões da organização, são as expressões institucionais.
    Não concordam com sua qualificação em relação aos dirigentes.
    Todos somos políticos, você é e eu sou.
    E procuramos defender os grupos aos quais estamos ligados.
    Ninguém quer que os aposentados se lixem. Só não é feito melhor porque as condições não o permitiram.
    Mas a luta pelos nossos interesses continua.

    Adaí Rosembak

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  4. Colega Adaí, parabens e obrigado por nos proporcionar uma leitura que é de fácil compreensão, sobre um assunto de grande relevancia, que é Cassi.

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    1. Caro Luiz Fernando,

      Estou procurando modelar essa série sobre a CASSI em termos simples e objetivos justamente para atingir a massa de associados.
      Um incentivo e reconhecimento por esse esforço é muito importante e é um estímulo para que continuemos em nosso trabalho.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  5. O QUE NOS ESPERA?

    http://www.nasdaq.com/symbol/vale/interactive-chart
    Clique na opção 5Y (cinco anos)

    O gráfico que aparece por acaso lembra um lado de uma construção encontrada no Egito antigo?

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    1. Caro Anônimo,

      Desculpe a sinceridade. Mas o que tem a ver o gráfico com os problemas da CASSI?

      Adaí Rosembak

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  6. Caro Adaí Rosembak,

    A nosso ver, existiria um relacionamento entre os problemas da Cassi, da Previ, da Vale, e, finalmente, dos associados da Previ. No caso, o gráfico da Vale sugere que a tendência de tais créditos bursateis é de baixa (desmonte da pirâmide). Conseqüentemente, como tais créditos bursateis (Vale) têm peso considerável no portfólio da Previ, racionalmente somos levados a concluir que no futuro ali teremos problema. Em nossa tratativa oferecemos uma visão alternativa da Bolsa em contraponto a aquela visão sugerida pelos economistas (fundamentos, mimetismo, convenções, etc.). Em síntese, a nosso ver, a Bolsa seria apenas uma conspiração. Neste sentido, o desmonte da pirâmide das ações da Vale sugeriria que os perdedores da sugerida conspiração seriam os trabalhadores (associados dos fundos de pensão).

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    1. Caro Anônimo,

      Vou lhe confessar uma coisa: nunca mais na minha vida investirei em bolsa.
      Principalmente aqui no Brasil .
      Nos Estados Unidos a lei funciona. Quem for insider trading e fizer operações irregulares vai para a cadeia no ato.
      A polícia entra nas corretora e algema o meliante dentro da empresa.
      Aqui, os malandros se dão bem.
      Veja os casos de Naji Nahas, Eide Batista e agora a Petrobrás.
      Mais uma vez os bagrinhos entraram de gaiato.
      É isso.

      Adaí Rosembak

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  7. Se desmontada a pirâmide estaremos todos nós (donos dos 60% em ações), repousando no VALE DOS REIS, envoltos no linho real.

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    1. Caro Anônimo,

      Entendo sua preocupação.
      Espero que depois da Lava-Jato a economia se recupere. O que não vejo é uma perspectiva de curto prazo.
      Acho que essa operação Lava-Jato ainda vai se aprofundar muito. Pode estar certo de que muita coisa vem por aí.
      Nesse meio tempo a economia vai continuar andando de lado. E, naturalmente, a bolsa vai junto.
      O último investimento (investimento ???) meu foi em um fundo de ações no BB com ações da Petrobrás.
      Só estou perdendo.
      Conheço muita gente que se arrasou.
      Na minha opinião investir em ações é tarefa para estudiosos do ramo, e deve ser implementada por grandes grupos.
      Não por pessoas físicas.
      Não creio que a PREVI afunde em seus investimentos. Evidente que a rentabilidade vai ser bem menor. E podem ocorrer perdas pontuais.
      Mas, como um todo, penso que os investimentos da PREVI estão sendo bem encaminhados.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  8. Senhor Adaí!

    acho que se a Vale desandar, tudo irá para o brejo, inclusive a Cassi, pois a Previ (donde saem contribuições para ela, através dos benefícios pagos aos "assistidos") sofrerá impactos inimagináveis.
    Pense nisto, antes de execrar uma contribuição de alguém que tem um olhar além do nosso mundinho.

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    1. Prezado anônimo: muito grato por suas palavras de elogio. Entretanto, mesmo que seja do nosso conhecimento a tendência primária do mercado, lamentavelmente não conhecemos a tendência secundária desse mesmo mercado. Tal afirmativa deve ser enfatizada, pois tal nível da tendência é dominado pelos especuladores, também conhecidos por Tubas. Neste sentido, sugerimos a leitura do item 4 de nossas pílulas, conforme se segue:

      Entretanto, nítidas evidências de manipulação planejada podem ser encontradas nos itens 8, 9, 10 e 44 da abordagem dos “fluxos”.

      Portanto, fortemente voltamos a solicitar a realização de depósitos em nossa conta de poupança, o que por seu turno, irá viabilizar o fornecimento de informações adicionais de nossa tratativa (know why). Ademais, acreditamos que tais informações complementares muito serão úteis para os associados do Previ. Neste sentido, seguem novamente os dados de nossa conta de poupança:

      CEF - Agencia 1532
      Tipo de conta: 013
      Número da conta: 14.167.1

      https://drive.google.com/file/d/0B9XGyMFsJ0D8bGhpNzNZeXo0Z0lUWmxqekQxc3JIZDd5VnpB/view?pli=1

      PS. Não entendemos como execração os comentários do distinto bloguista Adaí Rosembak.

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    2. Caro anônimo das o7.49h de hoje,

      Em nenhum momento quis execrar sua contribuição.
      Seu comentário foi muito pertinente.
      Apenas disse que, eu, como pessoa física, não vou mais aplicar em bolsa.
      Esse é um tipo de aplicação para estudiosos e experts na área.
      E eu não sou.
      A última aplicação foi em um fundo de ações da Petrobrás no BB há uns 5 anos.
      E sou estou perdendo.
      Prefiro outras aplicações.
      Conheço muita gente que arrasou a vida na bolsa.
      São os bagrinhos.
      Os grandes tubarões se enriqueceram. É o caso de Nagi Nahas.
      Outros como Eike Batista manipularam o mercado para escapar das suas falcatruas.
      E está aí o arraso da Petrobrás.
      Essa foi minha exposição.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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    3. Caro Adaí Rosembak,

      Entendi perfeitamente o espírito de suas observações. Ademais, elas estão em sintonia com seus comentários anteriores. Neste sentido, no comentário acima o isentamos de qualquer intenção de execração.
      Um grande abraço

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