Caros Companheiros,
Enxergo sérios desafios em relação à governabilidade da
PREVI.
Não se trata somente da nomeação de novo presidente da instituição.
São vários assuntos.
Primeiramente, volto a me debruçar sobre o prejuízo avaliado
em R$ 15 bilhões no episódio de venda das ações da Mineradora VALE DO RIO DOCE
e compra de ações da Varejista MAGALU (Magazine Luiza), alvo de meu artigo “TEMPOS
NOVOS PARA A PREVI”, de 04.01.2023, neste blog.
Confesso que esperava por uma ação decisiva e abrangente da PREVI
para, no mínimo, alterar o quadro de operadores que causaram tamanho prejuízo e
expedir um comunicado contundente da instituição aos seus associados, noticiando
medidas saneadoras para evitar novos
episódios como esse no segmento de renda variável, que causou tamanha perda no patrimônio da
PREVI e de seus associados.
Mas NADA!! Nem uma palavra!! Imperou o “ESPÍRITO DE CORPO”!!
Se nada for mudado, só nos resta esperar por um novo e colossal
prejuízo!!
Não me atrevo a partilhar de futricas de que companheiros da
área seriam apadrinhados e protegidos de dirigentes da instituição e que essa
seria a razão para o mutismo de nosso
fundo de pensão.
Afinal de contas, não
foi apresentada nenhuma prova nem testemunho que corrobore tais fuxicos.
Há muito tempo não opero na Bolsa, mas existem algumas
premissas que são básicas, especialmente para INVESTIDORES pessoas físicas ou jurídicas
(que é o caso da PREVI).
Não faço comentários sobre especuladores.
Na minha opinião, ser especulador na Bolsa de Valores no
Brasil é para loucos ou gênios.
Como não sou nem um nem outro prefiro me manter afastado
dessa seara.
Aí vão dicas básicas para investidores: não comprar ações na
alta e só comprar ou recomprar na baixa para fazer um preço médio, até que a
Bolsa e as ações voltem a subir e não se tenha prejuízo.
Isso – evidentemente – só deve ocorrer com ações de empresas
sólidas e tradicionais e que não sejam abaladas por oscilações momentâneas no
mercado acionário.
Por isso, é preciso estudar meticulosamente cada ação antes
de investir.
Ações de mineradoras (que é o caso da VALE) são opções muito bem recomendadas para investidores por serem
respaldadas por commodities na área mineral.
Outro importantíssimo aspecto: Existem alguns segmentos no
mercado acionário que devem ser evitados por seu alto risco e instabilidade de
negócios.
Aí vão alguns: varejistas (caso da MAGALU e tantas outras que
já foram para a bancarrota), empresas aéreas, redes hoteleiras, setores de
turismo, shoppings e empresas de
construção.
No que tange especialmente à Mineradora VALE, as ações dessa empresa
caíram de preço em razão da crise imobiliária na CHINA, com a quebra da
incorporadora EVERGRANDE que parou de comprar minério de ferro usado em
construções.
A FANTASIA, outra construtora chinesa, recentemente também entrou
na mesma situação calamitosa que atingiu a EVERGRANDE.
Mas, a despeito dos problemas, não seria hora de vender as
ações da VALE.
Pelo contrário: a hora seria para comprar.
Primeiro: porque, em relação à crise imobiliária, o governo
chinês está tomando medidas duras e abrangentes para acabar com o problema.
Resolvida a situação o mercado imobiliário voltará a crescer e, paralelamente,
as compras de minério de ferro também aumentarão.
Fora isso, existem outros aspectos que certamente ajudarão a VALE.
As ameaças militares dos USA e outros países contra a CHINA vão
obrigar o governo chinês a incrementar a indústria de armamentos e indústria
naval, que são grandes consumidoras de ferro.
Outro exemplo (e essa é uma tese levantada por este
articulista): Os USA estão fechando –
sob estridentes protestos da CHINA - a
venda de 5 submarinos a propulsão nuclear para a AUSTRÁLIA, que vende minério
de ferro para a CHINA, através da mineradora australiana RIO TINTO.
Se a CHINA quiser retaliar a AUSTRÁLIA e os USA contra essa
compra de submarinos nucleares, ela pode voltar a comprar minério de ferro da brasileira
VALE e escantear a mineradora australiana RIO TINTO, apesar do alto custo do
frete e do seguro marítimos para o
BRASIL, visto a AUSTRÁLIA ficar em frente da CHINA e o BRASIL ficar do outro
lado do Mundo.
Para melhor conhecimento do ramo de ações, recomendo os cursos promovidos por LUIS BARSI
e sua filha LOUISE BARSI, consolidados por décadas de negócios bem sucedidos, que
promovem palestras no YouTube e cursos
de pós-graduação, em nível de MBA, nas
mais conceituadas universidades
brasileiras.
Penso que uma excelente medida que os dirigentes da PREVI poderiam tomar, seria premiar
altos executivos da área de renda variável com esses avançados cursos promovidos por LUIS BARSI e sua filha.
LUIS BARSI foi eleito pela imprensa especializada como o
maior e mais bem sucedido investidor pessoa física do mercado acionário no
Brasil.
É relevante dizer que, quando criança, a família de LUIS BARSI era muito
pobre e, para sobreviver, ele teve de vender balas nas ruas. Hoje sua fortuna pessoal está avaliada em 5
bilhões de reais.
Em razão da perda bilionária provocada na PREVI e que mostra
o primarismo na condução da área acionária da PREVI (renda variável) , penso
que a mudança em relação à presidência da instituição, seria uma medida a ser
tomada de forma isenta de interferência de partidos políticos, apadrinhamentos, e deveria ser conduzida de maneira extremamente equilibrada e com direção apuradamente técnica, seguindo as
exigências dos Estatutos da PREVI.
Ressalto que não tenho qualquer restrição de ordem pessoal em
relação ao Sr. JOÃO LUIZ FUKUNAGA.
Muito pelo contrário.
Em 25.11.2022, publiquei neste blog o artigo “BANCO DO BRASIL
DISTRIBUI LUCRO A ESPECULADORES A CUSTO DE SEUS CLIENTES”, em que reproduzo
nota de mesmo título, de 20.11.2022, de autoria de JOÃO LUIZ FUKUNAGA.
Em relação a essa nota, observo que, quando o Sr. JOÃO LUIZ FUKUNAGA
teceu críticas sobre supostos lucros extorsivos do BB, ele deixou de dizer que
o BB é obrigado, por injunção governamental, a executar uma série de serviços
que não dão qualquer retorno pecuniário ao BB.
O Sr. JOÃO LUIZ FUKUNAGA, em seu libelo, a par de suas críticas,
deveria ter citado esse aspecto do BB manter em funcionamento um imenso número
de agências no interior do Brasil, que só dão prejuízo, justamente para atender
à população menos aquinhoada, mais injustiçada e mais carente de serviços
básicos prestados pelo Estado.
Bancos privados e estaduais não estão sujeitos a essa
obrigação.
O outro aspecto em relação ao Sr. JOÃO LUIZ FUKUNAGA – e
volto a frisar minha admiração pelo seu excelente domínio do vernáculo – é sua audácia
em querer assumir um cargo para o qual não está preparado – apesar de sua
vivência na área sindical.
Adiante, repito colocações que estão sendo replicadas por grande número de associados da PREVI :
“Os méritos e conquistas do Sr. FUKUNAGA (e devem ser muitos),
na defesa de direitos e interesses do funcionalismo-BB, enquanto ativista sindical,
tem nosso aplauso e reconhecimento.
Porém, não preenchem os requisitos básicos exigidos
para se tornar PRESIDENTE de um dos maiores Fundos de Pensão existentes atualmente
– o maior da América do Sul e, certamente, dentre seus pares.
Ressalte-se sua absoluta falta de experiência nos
quesitos que constam no Artigo 55, inciso IV do atual Estatuto da PREVI:
(“IV- ter comprovada experiência no exercício de
atividade na área financeira, administrativa, contábil, jurídica, de
fiscalização, atuarial ou de auditoria).
Por último, não poderia deixar de abordar neste arrazoado, um
aspecto de sua trajetória de ativista sindical que causa assombro e calafrios nos
associados da PREVI, que é seu profundo envolvimento com os segmentos da classe
política, em especial o PT, que tem desafiado muitas das premissas legais e econômicas fundamentais a serem
implantadas neste país para que o Brasil escape de sua mediocridade, e assuma um papel
de relevância no contexto global.
Confesso que votei no LULA.
E não me arrependo.
Espero firmemente que ele consiga colocar o BRASIL dentro de
uma trajetória de sucesso, depois do desencanto de BOLSONARO, que considero a
personalidade mais medíocre e deletéria que já ocupou a posição de Presidente
da República.
Aplaudo a reação e revolta de LULA contra os altíssimos juros praticados no Brasil.
Tal nível de juros é um absurdo que deixa o país em
situação econômica desesperadora.
Também me regozijo com a visita de LULA para a CHINA com uma gigantesca comitiva de empresários; até gostaria que ele levasse mais gente.
Rezo com fervor para que ele tenha absoluto sucesso, traga uma enxurrada de
investimentos para o BRASIL e leve o país a trilhar com pompa e sucesso a Rota da Seda no
novo século.
Mas LULA, como todo ser humano, deu tropeçadas,
principalmente depois de exaltar a atuação criminosa do MST, que ocupou
propriedade produtiva da SUZANO.
Outra falha grave de LULA,
foi apontar DILMA ROUSSEF para
presidir o Banco dos BRICS.
Desculpem-me a sinceridade, mas ela é uma mulher deselegante,
inábil, grosseira, e absolutamente despreparada para ocupar um cargo de tal relevância.
Atrevo-me a perguntar se, com toda “sua habilidade pessoal”, ela conseguirá falir o Banco dos BRICS.
Caro companheiro JOÃO LUIZ FUKUNAGA, para ser presidente do
maior fundo de pensão da AMÉRICA LATINA, que administra um patrimônio de cerca
de 250 bilhões de reais, a premissa básica é estar acima de toda essa
mediocridade.
Se houvesse algum compromisso solene a ser fundamentalmente
respeitado na assunção de um cargo dessa magnitude, seria o distanciamento de quaisquer facções políticas.
E aí não vai qualquer ironia ou ofensa.
Infelizmente, a realidade é que Vossa Senhoria está visceralmente ligado ao PT.
Por mais que queira, não vejo como conseguir escapar dessa situação.
Em um encontro sobre fundos de pensão na AAPBB, conversei com
um participante do POSTALIS, que foi um fundo de pensão levado à bancarrota
pela corrupção desenfreada.
Até hoje seus participantes pagam para cobrir o descaminho
provocado no fundo.
Esse participante, desencantado e desesperado, me confessou
que tinha inveja da PREVI, cujos associados eram pessoas participativas, bem
esclarecidas, preparadas tecnicamente, dedicadas e aguerridas na defesa de seus interesses e do
patrimônio da instituição.
O que ocorreu no POSTALIS nunca teria ocorrido na PREVI.
É para evitar a
repetição de uma outra quebra como o POSTALIS que a escolha da maioria dos participantes da PREVI recai
sobre a companheira ISA MUSA DE NORONHA, que é uma guerreira que já tive a
honra de defender em diversos artigos.
Temos outros representantes ilustres, relevantes e bem-preparados,
mas, incontestavelmente, a pessoa mais capaz, experiente e preparada para presidir
a PREVI é ISA MUSA DE NORONHA.
Caro Companheiro JOÃO LUIZ FUKUNAGA, para finalizar, tenho
mais que o dobro de sua idade e, e uma vida repleta de desafios, lutas, ilusões
e desilusões, e com todo o respeito pela sua exitosa carreira sindical, rogo
para que tenha a grandeza pessoal de renunciar a essa nomeação e a ceda a ISA
MUSA DE NORONHA que, de fato, é quem a merece.
Abraços e felicidades para todos.
Atenciosamente
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB e ANABB