sexta-feira, 23 de agosto de 2019

AAFBB em FOCO - 23.08.2019


Caros Companheiros,

Dia 21.08.2019, celebrou-se o almoço mensal da AAFBB.

Foi um encontro pródigo em novidades e boas notícias.

O tempo estava frio e chuvoso e, por isso, pensei que poucos companheiros comparecessem.

Mas, ao contrário de minhas previsões, o saguão no 10º andar, ficou completamente cheio.

Cheguei cedo na AAFBB em razão de vários assuntos para resolver, e fui direto para o CODEL.

Primeiramente, fui conversar com o MÁRIO BASTOS 
                                     

sobre alguns assuntos pessoais.

Também quis trocar ideias com o JOSÉ ODILON GAMA DA SILVA
                                     

sobre uma viagem que ele fez, mas ele se encontrava em uma reunião.

Em seguida, falei com a CÉLIA LARÍCHIA 
                                     

sobre um assunto que tinha abordado com ela anteriormente; ela aproveitou o ensejo para me informar que o Conselheiro LUÍS EDUARDO MACIEL tinha sido nomeado como novo Representante da AAFBB no Rio de Janeiro, no lugar do meu saudoso amigo NELSON LEAL.
                                     

Eu e o NELSON LEAL tínhamos opiniões políticas divergentes, mas nossa pauta de conversas era agradável e se centrava em assuntos da AAFBB, “causos do BB”, muitas piadas e “estórias da vida”. 

Na gozação, eu o chamava de “meu comuna predileto” e, ele a mim, de “amigo reacionário”, em meio a boas gargalhadas. 

Ainda sinto muita falta desse querido amigo e, desde sua passagem para o andar de cima, sempre que chegava na AAFBB, pedia ao ascensorista para me levar ao 11º andar, pois eu ía “conversar com meu amigo NELSON LEAL”.

O WALDYR ARGENTO
                                     
                                     
 me acompanhou até o 11º andar, onde fica o Espaço dos Aposentados, para me apresentar ao   LUÍS EDUARDO MACIEL.

Eu já o admirava   por seus esclarecedores apartes nos encontros dos conselheiros do CODEL.

É uma pessoa amigável, comunicativa, culta e participativa.

Atuou em diversas posições de relevância no BB, é professor universitário, e tem um domínio aprofundado de economia, administração de empresas, previdência social, BB, PREVI, CASSI e demais assuntos correlatos à nossa categoria.

Mal chegou ao espaço dos aposentados e já começou a fazer reformas.

O ambiente está com obras por todos os lados.

Conversou comigo sobre os diversos planos e projetos que vai implantar em sua administração.

Entre esses, pretende, o mais breve possível, reativar o salão de sinuca e promover um campeonato de alto nível. Pessoalmente, estou ansioso por ver esse projeto concretizado pois, na juventude, fui um apaixonado por sinuca.

LUIS EDUARDO MACIEL está cheio de energia, sonhos e disposição para as inúmeras mudanças que se propõe a fazer na Representação do Rio de Janeiro.

Gosto de gente entusiasmada, feliz e vibrante como o LUIS EDUARDO MACIEL.

Quando eu disse que ficaria satisfeito se ele concretizasse pelo menos parte de seus diversificados planos, me respondeu que eu não o conhecia, mas que podia ter certeza que ele não me decepcionaria, e que iria fazer muito mais do que ele próprio desejava naquele momento.

Parabenizo a AAFBB pela feliz escolha de LUIS EDUARDO MACIEL.

Desejo-lhe integral sucesso em sua nova missão e coloco este blog à sua inteira disposição para colaborar na consecução de seus nobres objetivos.

Depois fui me encontrar com a companheira RENÉE NOGUEIRA, advogada e diretora que atua na Vice-Presidência de Assistência aos Associados e Representações – VIPAR, que fica no 4º andar do prédio da AAFBB, para ser incluído na causa de restituição do ICMS nas contas de energia elétrica (LIGHT).

A RENÉE NOGUEIRA é uma profissional atenciosa, eficiente e que conhece a fundo a matéria.

Ela me informou que, para participar da ação, basta apresentar cópias das  3 (três) últimas contas de energia e cópia da identidade.

A própria AAFBB se encarrega de obter junto à LIGHT as informações complementares sobre os valores das cotas anteriores de energia.

Recomendo a todos que entrem nessa causa, pois ela já rendeu bons caraminguás para muitos colegas.

Depois de todos esses encontros e compromissos, fui almoçar acompanhado do meu atual grande amigo e ex-chefe na CACEX, MÁRIO DE OLIVEIRA BASTOS.

À certa altura do  repasto, regado a bom vinho – TUDO PAGO POR CADA CONVIVA, FRISO!! – fui chamado pelo  JOSÉ MAURO MARTINS CORDEIRO, 
                                     

que chefia o VISEB (área de seguros)  na AAFBB, e que   também é meu dileto amigo,     guia  e orientador para resolver “pepinos” na área de seguros, segurança bancária, investimentos, etc, etc. 

O homem sabe de tudo e a fundo.

E se prontifica a ajudar a todos.

Outro dia, quando o abordei sobre uma cobrança irregular no meu cartão de crédito (aliás, sou vítima frequente desse golpe), ele me orientou a apagar o código de segurança de três números no verso do cartão, e anotar esse código em separado.

Quando cheguei em casa, fiz isso de imediato, pois tenho amigos que já tiveram os cartões furtados e os gatunos fizeram diversas compras utilizando-se do código de segurança.

Agora, nas palavras do JOSÉ MAURO, se eu tiver o cartão roubado, não corro mais qualquer risco, e posso sair por aí tranquilo, cantando e assobiando, como GENE KELLY, em “Singing in the Rain”.

O JOSÉ MAURO veio me solicitar  que eu noticiasse neste blog,  o lançamento pela AAFBB do novo seguro  (funeral) no valor mensal, pasmem, de SOMENTE R$ 2,94 (isso mesmo, dois reais e noventa e quatro centavos!!) por mês, que dá direito a uma cobertura de R$ 7.000,00, extensivo a todos os familiares, aí incluídos o titular, esposa, filhos menores, pai e mãe do titular.

É inacreditável esse preço. Ainda quero conversar com ele como conseguiram essa pechincha.

Para que façam uma comparação de custos, um amigo meu fez um seguro funeral pelo  qual paga  a  importância de R$ 62,75 por mês, que dá   direito   a    uma    cobertura    de    apenas 
R$ 3.000,00.

Então, caros companheiros, não percam tempo e procurem rapidinho o JOSÉ MAURO, no 6º andar da AAFBB, e façam o seguro funeral de imediato, antes que a seguradora se arrependa!!

Outra pessoa da área do JOSÉ MAURO, que quero conhecer pessoalmente é o LUIZ PEDRO DA SILVA GUEDES VARGUES, que trabalha no Setor de Sinistro e Pecúlio (SELIQ).

O LUIZ PEDRO é admirável pela presteza, cortesia e atenção com que atende os associados e presta informações pertinentes à sua área.

Tive a satisfação de ser atendido por ele várias vezes.

O almoço teve de entrada, uma deliciosa salada de batatas gratinada e o prato principal foi arroz de brócolis e carne assada com molho de madeira e champignon.

Pela primeira vez, faço um pequeno reparo sobre o almoço, que foi a escassez do molho de madeira e de champignon.

A carne estava macia, mas sem molho suficiente, ficou sem gosto.

Aliás, o segredo da cozinha francesa são os molhos.

A sobremesa foi salada de frutas com sorvete. Uma delícia.

Tudo regado com vinhos tinto e branco e outras bebidas.

Como havia outros encontros dos quais participariam os dirigentes da AAFBB, a Presidente do CADMI, LORENI DE SENGER 
tomou a palavra e fez uma exposição rápida das novidades em relação aos assuntos de nossa área.
                                        
Falou das difíceis conversações que se desenvolvem entre os componentes da Mesa de Negociações para encontrar uma saída para resolver  a carência financeira em que se encontra a CASSI, ainda mais considerando-se que em dezembro se esgota o prazo do Memorando de Entendimentos, quando o BB cessará de repassar R$  23 milhões por mês, e também deverá acabar nossa contribuição de 1% mensal, conforme estabelecido naquele acordo.

A partir de janeiro, com R$ 50 milhões a menos de receita, a CASSI terá de encontrar uma solução viável para resolver sua situação financeira, sob pena da ANS tomar as providências cabíveis previstas na legislação para resolver o problema.

LORENI DE SENGER, embora não quisesse dramatizar a situação, teve de ser objetiva e sincera em relação ao assunto.

Chegou a abordar os artigos 43 a 46, e 83 do Estatuto da CASSI, e a Resolução Normativa (RN) 393 e o PEONA (Provisão para Eventos Ocorridos e não Avisados) da ANS, que abordam dispositivos legais a respeito da metodologia atuarial para operadoras de grande porte.

Em seguida, falou sobre a boa novidade na área de seguros que é o aditivo à apólice 646449, destinada aos novos seguros de vida, para receber em vida o equivalente a 50% do seguro contratado, com limite máximo de R$ 100.000,00 para o resgate. 

Em verdade essa alteração pode ser classificada como um novo seguro.

No final, LORENI DE SENGER discorreu sobre a sede campestre em Xerém e ressaltou que muitas mudanças estão sendo introduzidas e vários eventos estão planejados com o intuito de promover a frequência dos associados. 

Quando elogiei essas iniciativas, ela quase que me intimou a comparecer em Xerém. 

De fato, eu enalteço muito a sede campestre, mas pouco tenho ido  lá.

Para não alongar sua saída, deixei de dizer que tenho outros compromissos de ordem social aqui no Rio nos fins de semana, mas estou planejando ir a Xerém em um próximo evento.

Fui direto para o Espaço dos Aposentados no 11º andar.

A “galera” – umas 15 pessoas - estava toda lá em volta do Portal, que estava com toda a corda e contava uma piada após a outra.

Ainda consegui ouvir a piada do garçom que metia o dedo na comida do cliente. 

Essa foi demais. Fiquei com o estômago doendo de tanto rir.

Caro LUIZ EDUARDO MACIEL, vá se acostumando!!  

O Espaço dos Aposentados tem figuras fora de série.

É um lugar sensacional.

Por isso é que  sempre vou lá.

Boa Leitura!!

Grande Abraço em Todos

ADAÍ  ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

NEM UTOPIAS E NEM RETROPIAS


Caros Companheiros,

Às vezes, perguntamo-nos se vale a pena lutar contra a teimosia de alguns que insistem em enveredar por um caminho que se apresenta absolutamente inviável na defesa de nossos interesses.
Chegamos até a supor que possam existir outros interesses que os impeçam de levantar a vista para descortinar diferentes perspectivas de solução para um determinado problema.
É o que acontece atualmente com a questão da CASSI.
Em determinado ponto da vida não temos mais fôlego, paciência e nem vontade de manter discussões acaloradas na defesa de determinados princípios.
Essa pendenga da CASSI atingiu esse nível.
Preferimos recuar e apreciar o espetáculo de camarote.
Ou impera a lógica dos fatos, ou seja o que Deus quiser.
Isso tudo me leva de volta aos meus 19 anos, quando era um esquerdista empedernido, dono de verdades absolutas, e disposto a mudar o mundo na marra.
Quanta loucura se faz quando jovem.
É o tempo das ilusões.
A respeito, tem uma frase que diz:
“A juventude é um defeito que a velhice corrige.”
É importante fazer uma revisão do passado para entender o momento presente.
Naquele período, envolvido pelo fervor de mudar a sociedade pelo comunismo, decidi ir estudar em Moscou na Universidade Patrice Lumumba.
Entrei em um curso intensivo de russo no Curso Berlitz, que ficava no prédio onde se situa o Cinema Odeon, na Cinelândia.
Minha professora, Vera Neverova, um dia, me levou a um encontro com “amigos” na Rua Barão do Flamengo.
Ela me disse que era uma reunião de “intelectuais”.
Havia professores universitários, jornalistas, muita gente da “área de Humanas”, muitos jovens barbudos, e outras figuras estranhíssimas.
Em meio a uma fumaceira asfixiante, se debatiam teses teóricas complexas e em tom doutoral, sobre os rumos a tomar para a tomada do poder no Brasil e na América Latina pelas “forças progressistas”.
Um blá-blá-blá sem fim, cansativo e chato.
Eu já havia lido vários livros sobre marxismo e comunismo.
Mas uma coisa é ler uma obra teórica, que você pode analisar, discordar ou aceitar, outra é participar por horas de um grupo de pessoas fanatizadas por um objetivo confuso e indefinido, e que se julgam os donos de verdades supremas e inquestionáveis.
Cheguei a afirmar com os meus botões que aquilo não era um debate, era uma guerra de egos.
No meio daquela sala atulhada de tipos exóticos, que se digladiavam verbalmente na defesa de princípios e “certezas” sem fim, comecei a questionar tudo aquilo.
A qual público pretendiam atingir? 
Quantos milhões de seres humanos deveriam morrer para a implantação daquela nova ordem por meio de uma guerra civil? 
De onde viriam os armamentos, os recursos e o dinheiro para suprir “os mártires da Revolução Comunista”, que se pretendia implantar?
Àquela altura, já me encontrava completamente dividido em relação ao meu projeto  de estudar na Rússia.
Foi quando, de repente, estourou a Revolução de 1964.
O Consulado da Rússia, suspendeu de imediato o atendimento aos interessados em estudar naquele país.
Corriam muitos boatos   nas ruas.
Mas nada era publicado nos jornais.
Por precaução, dei fim aos meus livros de marxismo.
Coisas estranhas aconteciam.
Os jornais, em espaços de cobertura política, em lugar de notícias políticas colocavam receitas de bolo.
A censura era pesada.
Os piquetes e greves que tomavam o país antes de 31.03.1964, cessaram completamente.
Cabo Anselmo, que todos admiravam e que era um ídolo da esquerda, e que liderou a sublevação dos Marinheiros na Central do Brasil, que muitos consideram que foi o movimento que precipitou o início da Revolução, simplesmente sumira.
Tempos depois, soube-se que ele era um informante das forças de segurança, infiltrado dentre os marinheiros, e que dedurou muitos dirigentes de grupos terroristas de esquerda.
Agora, no YouTube, vi várias entrevistas com Cabo Anselmo.  
Está irreconhecível.
Até porque o Delegado Sérgio Fleury, que comandava forças policiais de anti-terrorismo,  lhe deu dinheiro para fazer operações plásticas para dificultar seu abate por participantes de grupos terroristas.
De repente, de 31.03.1964 a 01.04.1964, ao acordar, a sensação que o homem comum teve era de que estava em outro país.
As manchetes dos jornais em 01.04.1964, eram as mais auspiciosas possíveis.
De um dia para o outro, tinha acabado o noticiário sensacionalista, não se anunciavam mais greves, a economia entrava em ordem, os Estados Unidos davam apoio integral ao golpe, o dólar havia desabado de preço, etc, etc.
Ilusoriamente, parecia que o país estava em absoluta paz e progresso.
Mas, à boca pequena, pipocavam notícias de toda ordem sobre o que ocorria nos subterrâneos da sociedade.
Decidi ir trabalhar em Volta Redonda.
Lá a coisa também tinha sido braba, embora o Rio fosse o centro dos boatos sobre a ação das forças armadas para reprimir grupos que recorriam à violência e ao terror para reagir contra a nova ordem implantada.
Tive um amigo, que era um esquerdista fanático, com quem tinha boas conversas e que, de repente, sumiu.  
Tempos depois, uma pessoa que também o conhecia me contou que ele havia entrado na clandestinidade.
Embora fugindo ao introito deste artigo, que é a CASSI, trago esses assuntos à baila, para mostrar como podemos errar em nossas avaliações e decisões na vida, e quão danosas podem ser as consequências desses equívocos em nossas existências.
É o que pode acontecer com a CASSI no presente momento.
Para enfatizar o assunto CASSI, que é o foco desta nota, reproduzo adiante o magistral artigo “RETROPIA”, de 05.04.2019, de autoria de  GILBERTO SANTIAGO,
                                    

notável escritor,  companheiro e dirigente da AAFBB, e que se encaixa como uma luva no contexto da problemática pela qual passa a CASSI na presente quadra.
Boa Leitura!!
Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

GILBERTO SANTIAGO
RETROPIA
Há um fenômeno importante, pelo menos no mundo ocidental. 
É a retropia, uma fantasia que não se atém a um futuro almejado, mas sim a um passado idealizado, reduto dos saudosistas e dos que ignoram a dura realidade, desconsiderando as novas circunstâncias que passam a reger todos os passos de nossas vidas. 
É um apego anacrônico, eis que transfere para o presente valores do passado, que não podem mais subsistir em um mundo em plena evolução.
Em recente artigo, Fernando Gabeira ressalta o termo e suas interações.  
Suas palavras:
“O diálogo com um idealista retrópico é muito difícil pois tende a considerar qualquer argumento, mesmo o mais racional e objetivo, como uma submissão, desconfiado do que lhe pareça o vazio medíocre da ausência de uma utopia. 
Olho tudo isso com tranquilidade, pois conheço muita gente fixada em certos períodos do passado”.
E conclui:
“Quando se tem a pretensão de governar comportamentos, fica impossível encontrar um modus vivendi.
Grupos e mentalidades muito fechados tendem a considerar as críticas como um esforço conspiratório”.
Nem utopias, nem retropias.
Os fatos e as novas circunstâncias, com o correr dos tempos, se impõem como fonte de reflexão sobre as nossas convicções.
Quando, nos momentos difíceis, tivermos que tomar decisões que possam alterar nossas vidas (e, por vezes, o destino dos outros), iremos certamente confrontar o que podemos mudar e o que nos obriga a aceitar, dentro da realidade que nos cerca.
Com sabedoria e bom senso para perceber a diferença. 
GILBERTO SANTIAGO

terça-feira, 13 de agosto de 2019

FUTURO DA CASSI


Caros Companheiros,

Serei breve em minha introdução.

Estamos nos defrontando com a realidade da intervenção da ANS na CASSI, sob o pomposo nome de Direção Fiscal.

Pela sua importância, repasso adiante, mensagem sobre o assunto do Presidente do Conselho Deliberativo da CASSI, Companheiro SÉRGIO FARACO.
                            


É de suma importância que, para a sobrevivência da CASSI, usando as próprias palavras de SÉRGIO FARACO em seu arrazoado, coloquemos a mão na consciência  e decidamos se desejamos ou não a continuidade da assistência que a CASSI nos proporciona.

Para tanto, é necessário que tenhamos juízo e coloquemos vaidades, querelas e questões menores de lado e decidamos corretamente.

Reflitam serena e profundamente sobre o assunto e tomem a decisão mais adequada sobre a matéria!

Ninguém mais será responsável pelo futuro da CASSI a não sermos nós mesmos.

Mais uma vez coloco a máxima judaica que diz:

“QUEM POR TI, SENÃO TU?”

Boa Leitura !!

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB


SÉRGIO FARACO

Circula pelas redes sociais mensagem dizendo que a CASSI, por ser autogestão, não está sujeita à alienação da carteira e que ela tem 24 meses para se ajustar por força da RN 307 da ANS.

Esse entendimento é totalmente improcedente e muito perigoso porque pode levar os associados a tomarem decisões erradas.

A RN 307 não trata do regime de Direção Fiscal e sim de anormalidades menos graves.

Anormalidades graves ensejam a Direção Fiscal, que é regulada pela RN 316 e que prevê sim a alienação da carteira e não excepciona as entidades de autogestão.

Instalada a Direção Fiscal, a diretora que assumiu tem prazo de até 90 dias para solicitar todos os documentos e informações, realizar auditoria, elaborar seu relatório conclusivo e enviá-lo à ANS, sem dar conhecimento de seu conteúdo à CASSI. (Art. 6º da RN 316).

Concluído seu relatório, a Diretora Fiscal determina que a CASSI apresente dentro do prazo de 30 dias o PROGRAMA DE SANEAMENTO.

Ela frisou que não é um Plano e sim um programa, que tem que ser elaborado com base em dados reais e comprováveis.

Recebido o Programa ela o avalia e o remete à ANS.

O Programa terá que incluir os balancetes mensais projetados dos 24 meses seguintes demonstrando que mensalmente as insuficiências vão sendo corrigidas e que até a metade do prazo pelo menos 50% tenha sido atingido.

Compete à Diretora Fiscal propor à ANS a adoção de medidas, dentre as quais chamo a atenção para o Art. 6º, inciso VII, alínea "f": "a alienação da carteira da operadora ou a concessão de portabilidade especial a seus beneficiários, ou a decretação da liquidação extrajudicial ou o cancelamento da autorização de funcionamento ou do registro provisório, nas hipóteses previstas nesta Resolução."

Chama a nossa atenção o Art. 10 que diz:
Art. 10. O Diretor da DIOPE decidirá sobre a aprovação, rejeição, cumprimento ou cancelamento do Programa de Saneamento, intimando a operadora de sua decisão. (Redação dada pela RN nº 401, de 25/02/2016)
§ 1º Se aprovado, será proposto à Diretoria Colegiada da ANS o encerramento do regime de direção fiscal, permanecendo o Programa de Saneamento sob o acompanhamento da área de regimes especiais da DIOPE. (Redação dada pela RN nº 401, de 25/02/2016)

§ 2º Se não apresentado, rejeitado, não cumprido ou cancelado o Programa de Saneamento, poderá ser determinada pela Diretoria Colegiada da ANS a alienação da carteira da operadora, a concessão de portabilidade especial a seus beneficiários, a decretação de sua liquidação extrajudicial ou o cancelamento da autorização de funcionamento ou do registro provisório.

É absolutamente impossível a CASSI apresentar o Programa de Saneamento demonstrando que as irregularidades serão corrigidas paulatina e mensalmente durante os próximos 24 meses com base na arrecadação que o Estatuto atual permite (inclusive sem as receitas do Memorando de Entendimentos a partir de jan/2020).

“Consequentemente, para que o Programa atenda sua finalidade e possa ser aceito pela ANS, é rigorosamente indispensável que o Patrocinador e os Associados aprovem alteração estatutária que estabeleça a receita necessária para efetivamente sanear a situação econômica e financeira dentro do prazo de 24 meses.”

Essa decisão tem que ocorrer durante o período em que a Diretora Fiscal estará elaborando seu relatório (no máximo 120 dias), de modo que a Diretoria Executiva tenha tempo hábil para elaborar o Programa de Saneamento baseado em receita definida pelo Estatuto, cuja alteração terá que ter sido aprovada por 2/3 dos Associados votantes, sob pena de o Programa ser rejeitado pela ANS.

É demasiadamente importante que todos se conscientizem de que daqui a 150 dias (120 + 30), a continuidade ou não da CASSI não estará mais nas mãos do Patrocinador e do Corpo Social e sim do colegiado da ANS, caso não seja aprovada a tempo a alteração estatutária.

Portanto, este é um momento decisivo, em que todos nós, Associados, Patrocinador, integrantes da governança da CASSI, temos que colocar a mão na consciência e decidirmos se desejamos ou não a continuidade da assistência que ela nos proporciona.

Lembremo-nos de que, em caso de alienação da carteira, se houver interessados, nenhuma operadora do mercado irá aceitar sem cobrança por dependentes, por faixa etária, coberturas acima do rol da ANS, etc.

Além disso, não opinaremos sobre a condução da assistência e nem sobre os reajustes anuais. 

A propósito, matéria do jornal Folha de São Paulo, do dia 25/7/2019, informa que planos coletivos da Amil, Sul América, Bradesco e outras, administrados pela QUALICORP, tiveram reajuste de 19,98% nos boletos deste mês.

Os beneficiários não têm a quem reclamar, ou aceitam ou saem do plano.

Tenhamos juízo e coloquemos vaidades, querelas e questões menores de lado e decidamos corretamente.

E que os divulgadores de informações inverídicas com o objetivo de evitar a aprovação de alteração estatutária se contenham e se curvem ao interesse coletivo.

SÉRGIO FARACO