sábado, 30 de novembro de 2019

CONTESTAÇÃO A UM INACEITÁVEL E ABSURDO INCONFORMISMO

Caros Companheiros,

Confesso que fiquei pasmo com a vã   tentativa de alguns colegas em, teimosa e irracionalmente inconformados com a vitória incontestável do   “SIM”   na votação sobre a reforma estatutária na CASSI,  levantarem dúvidas sobre a lisura da votação ao alegarem que  os VOTOS  NULOS  deveriam ser incluídos como válidos, o que foge inteiramente a qualquer lógica.

Providencialmente, acabei de receber mensagem esclarecedora sobre o tema   do companheiro  GILBERTO SANTIAGO,
                                       

 atual Presidente do CONFI na AAFBB que, como sempre,  com sua visão crítica e lógica apuradas, coloca um ponto final a essa descabida e inútil tentativa de desqualificar a decisão do    “SIM” pelo Corpo de Associados.

Adiante reproduzo a nota de GILBERTO SANTIAGO.

Também   transcrevo nota de esclarecimentos da CASSI sobre o assunto.

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB



Manifestação de GILBERTO SANTIAGO de 30.11.2019

INCONFORMISMO DESCABIDO

Os inconformados estão procurando chifre em  cabeça de cavalo, permitindo que a emoção e o viés ideológico contaminem a razão e o bom senso.

Isto é, estão querendo ver o que não existe.

Fundamentam sua contrariedade no fato de que o Estatuto da CASSI (art. 73) manda que, na apuração, não se computem os votos em branco, mas não o faz com relação aos votos nulos.

Precisaria?

Claro que não.

Ora, se há determinação estatutária para não se computar os votos em branco, quando o votante se manifestou claramente em desacordo, tanto com o SIM como com o NÃO, com muito mais razão não poderiam ser incluídos aqueles que preferiram anular seus votos.

Esta fundamentação está tão óbvia que o Estatuto julgou ser desnecessário a explicitar.

Absurdo, portanto, seria excluir os votos em branco e incluir os nulos.

Não é possível que, divergências radicais, embora sob o manto da liberdade de expressão, venham se aproveitar de omissões ou interpretações equivocadas, com o intuito de invalidar a esmagadora maioria dos que optaram pela aprovação da proposta.

Concluindo: o Estatuto da CASSI em nenhum lugar determinou que os votos nulos fossem incluídos como válidos.

Apenas deixou de dizer, por desnecessário, que o voto nulo, como o próprio nome evidencia, e as diversas leis eleitorais estabelecem, não pode ser computado para fim nenhum.

GILBERTO SANTIAGO


Manifestação da CASSI.


sexta-feira, 15 de novembro de 2019

CASSI – Vote Certo!! Vote SIM!!

Companheiros,

Este intróito será breve.

A eleição para a proposta de ajuste da CASSI se processará de 18 a 28 de novembro corrente.

O que tinha de ser exposto para salvar a CASSI da derrocada já foi esmiuçado e discutido nos mínimos detalhes.

A massa de “fake news” e  opiniões estapafúrdias   jogadas na rede foi rebatida continuamente por dirigentes  da CASSI, do BB e por diversos representantes das entidades integrantes da  Mesa de Negociações.

Agora  a decisão é nossa!!

E as consequências dessa escolha que definirá a sobrevivência de nossa Caixa de Assistência também será de nossa inteira responsabilidade.

Que tenhamos um voto consciente.

Boa sorte para todos.

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

Seguem adiante mensagens do Presidente da CASSI,  DÊNIS CORRÊA
                                      

, e dos dirigentes da AAFBB,  NELSON LUIZ DE OLIVEIRA, Vice-Presidente de Administração - Vipad, ARI SARMENTO DO VALLE BARBOSA, Vice-Presidente de Finanças- Vifin e CARLOS FERNANDO DOS SANTOS OLIVEIRA, Vice-Presidente de Assistência aos Associados e de Representações - Vipar .


Mensagem do Presidente da CASSI, DÊNIS CORRÊA.

Colegas,

Estamos acompanhando um movimento de divulgação de informações desencontradas, vídeos desatualizados e análises incorretas sobre a proposta de recuperação da CASSI.

São as chamadas “fake news”, notícias falsas que tumultuam o processo e geram interpretações equivocadas que não auxiliam a CASSI a superar o momento mais delicado de sua história.

A realidade da CASSI tem sido amplamente noticiada aos associados: temos que apresentar um programa de saneamento para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador do Governo Federal, até o próximo dia 22.

E, esse documento, precisa obrigatoriamente conter medidas factíveis e que estejam devidamente explicadas e evidenciadas em projeções que demonstrem, mês a mês, como ocorrerá a recuperação de todos indicadores em desconformidade que originaram a direção fiscal, instaurada em julho.

Uma insuficiência que passa de R$ 900 milhões, considerando dados do balanço de agosto.

As projeções para o programa a ser entregue para a ANS precisam ser construídas com base na entrada de novos recursos.

Para isso será colocada em votação nova proposta, entre os dias 18 e 28 de novembro.

Caso a CASSI não consiga comprovar a recuperação, a ANS deverá cumprir as próximas etapas do processo de direção fiscal, podendo chegar à liquidação da carteira, prejudicando milhares de pessoas que dependem da assistência da Instituição.

Um rito que independe da CASSI ou de sua diretoria ou do patrocinador.

O controle é exclusivo do órgão regulador.

Assim, o que podemos é reiterar que a proposta é a alternativa para recuperar a Instituição.

Além disso, orientamos você que acesse os canais oficiais da CASSI, faça a simulação de como ficaria sua contribuição (site e aplicativo-app da CASSI e nos terminais do BB), leia o material disponibilizado e debata com os colegas.

Se ainda restar dúvidas, mande e-mail para propostacassi@cassi.com.br.

Precisamos conversar sobre os avanços dessa proposta, evitar erros de compreensão e avaliar a importância de contar com uma operadora de saúde que tem um rol de benefícios como os oferecidos pela CASSI.

Cientes de que a decisão do futuro da Caixa de Assistência é uma escolha dos associados, ressaltamos que a informação verdadeira e a transparência sobre a real situação da Instituição são imprescindíveis.

A CASSI está em risco e qualquer análise diferente disso não alcança a gravidade do momento. 

DÊNIS CORRÊA

Presidente da CASSI










quarta-feira, 6 de novembro de 2019

EM DEFESA DAS ASSOCIAÇÕES E DE SEUS AFILIADOS


Caros Companheiros,

O debate na rede sobre a decisão em relação à CASSI está se tornando um assunto altamente desgastante para todos nós.

É natural que os ânimos, muitas vezes, se exaltem e fujamos do racionalismo e do espírito fraternal e respeitoso com que devemos nos tratar mutuamente, mesmo que estejamos em lados opostos em relação à questão.

Mas quando surgem manifestações excessivamente raivosas, mentiras, infâmias e calúnias levantadas em relação a colegas que atuam em associações, grupos na internet e blogs, e que fogem do mínimo respeito mútuo que deve vigorar em nossos debates,  devemos reagir  de forma veemente contra tais excessos , pois tais acusações descabidas,  comprometem a imagem e a integridade de todos que atuam na defesa de princípios que consideram os mais adequados para a solução dos problemas vitais que ameaçam a própria existência da CASSI.

Não existe escolha fácil e nem ideal nessa questão da CASSI.

Repito aqui a precisa comparação levantada pela nossa Companheira ISA MUSA DE NORONHA em relação a essa questão:
                                     
“A solução dos problemas da CASSI não vai ser perfeita para nenhum dos lados e nenhum de nós. Estamos frente a uma verdadeira “ESCOLHA DE SOFIA”.

Quem assistiu a esse magistral e clássico filme de 1982, estrelado por MERRYL STREEP, baseado no romance de WILLIAM STYRON, pode entender a profundidade de opções a que um ser humano pode ser submetido e que podem comprometer o resto de sua vida.

Sem, evidentemente, fazer paralelo literal com o sofrimento e as consequências sofridas por SOFIA por sua escolha, reafirmamos que nem o SIM e nem o NÃO atenderão à integralidade de nossas demandas.

Trata-se, em linguajar coloquial, de escolher a menos ruim das opções.

Mas isso não justifica mentiras, agressões, e calúnias  entre os que participam de nossos debates.

Segue abaixo minha manifestação dada ao Companheiro DILSON PAULO OLIVEIRA PÉRES e, logo após,  a sua nota de    05.11.2019, publicada às 22.45h, na Rede-SOS-II-Cassi-Previ@googlegroups.com.

Atenciosamente

ADAÍ  ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB


Caro DILSON PAULO OLIVEIRA PÉRES,

Você pode votar SIM ou NÃO.
Cabe unicamente a você analisar os prós e os contras de cada uma das opções e votar de acordo com sua consciência.
O que você não deveria fazer é mentir e levantar calúnias contra companheiros que não conhece e que atuam diuturnamente nas associações.
A maioria é composta de ex-funcionários que vieram dos extratos mais humildes do BB. Grande parte se aposentou no posto efetivo.
A maioria dos que atuam dentro das associações, são meros associados ou conselheiros que fazem da graciosa e constante luta em defesa de nossos interesses, a razão de suas vidas.
Muitos, apesar das agruras financeiras, até reservam uma pequena parcela dos parcos rendimentos que auferem como beneficiários da PREVI, para atuar dentro ou fora das associações na defesa de nossas causas.
Grande parte de nossas conquistas é devida à atuação desses devotados e anônimos associados.
A maioria age dentro do sagrado princípio de "fazer o bem sem ver a quem."
Se não fosse pela atuação e dedicação desses companheiros, tenha certeza de que estaríamos em situação muito pior do que estamos, e o Governo já teria passado com sua implacável e impiedosa  máquina governamental por cima de todos nós.
Então, não seja mentiroso, injusto e ingrato em relação a esses colegas.
Alguns que trabalham em tempo integral na administração das associações, mais até do que quando estavam na ativa, atuam até com prejuízo de seus interesses pessoais e familiares.
E muitas vezes com reflexos negativos em sua própria saúde. 
Ganham um pró-labore sim.
E é mais do que merecido. 
Muitas vezes precisei obter informações para a elaboração de meus artigos e telefonei, fora do horário de expediente, para dirigentes da associação à qual sou afiliado - a AAFBB - e muitos continuavam em plena labuta e em exaustivas e demoradas reuniões para resolver assuntos complicados.
Isso nunca é mencionado, e nem são abordadas desgastantes viagens de dirigentes para representar as associações em encontros e simpósios em outras cidades, em detrimento de problemas familiares e pessoais. 
Aliás, debochadamente, muitos dizem que esses dirigentes estão fazendo “turismo”.
Para não dar motivos para que se levantem calúnias a esse respeito, em relação à minha pessoa, esclareço que não ganho nada. 
Muito pelo contrário, tenho muitas despesas com este blog e perco muito tempo estudando e elaborando matérias.
Procuro fazer dessa luta um motivo de prazer e orgulho pessoal por defender os interesses de nossa categoria, entre esses o meu, o seu e o de todos nós.
E esse prazer e orgulho são as auto retribuições     mais valiosas na defesa de nossas causas.
Paralelamente, essa atuação também me mantém ativo e me proporciona felicidade e saúde.
Pelas suas palavras, não seria cabível pedir compreensão e apoio à atuação dos companheiros de nossas associações; seria pedir demais.
Então, a única coisa que lhe peço é que seja respeitoso e não levante calúnias, mentiras, e acusações descabidas    à atuação das associações e de seus afiliados.
Para ser respeitoso basta ser anônimo.

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK


Em 05/11/2019 22:45, Dilson Paulo Oliveira Péres escreveu:
Venho acompanhando de longe esses debates e esses ditos defensores do SIM, assim foi em 2007 quando da alteração do estatuto que retirou do Banco a obrigatoriedade de assumir qualquer prejuízo da Cassi.   
Esses que seguem defendendo o sim, são os mesmos de sempre das altas cúpulas do Banco que aposentados se inseriram nas diversas entidades, que só fazem encher seus bolsos com os Honorários pagos por nós o que lhes garante sempre qualquer vantagem em caso de qualquer dificuldade.
Muitos tem cargos em mais de uma ou duas associações, com seus benefícios gerais, além dos valores das polpudas aposentadorias galgadas nos mais altos níveis de Direção do Banco. 
No mais os reles mortais que se danem.
É o que vejo que sempre fizeram e querem que assim continue.
Estou de acordo com o Dr. Apcuginotti,  meu voto é NÃAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOO, à alteração de estatuto. 
Concordo com elevação de contribuição nos moldes dos 40% x 60% do BB. e . Final.

Dilson Péres 

domingo, 3 de novembro de 2019

CASSI - RESPOSTA À NOTA DE NORTON SENG


Caros Companheiros,

A CASSI tem um prazo de 30 dias a partir de 22.11.2019, para apresentar um Programa de Saneamento à ANS-Agência Nacional de Saúde.

O tempo é escasso e não enxergamos qualquer saída criativa e salvadora que resolva de forma definitiva e ideal a situação em que nossa Caixa de Assistência está mergulhada.

Grupos de debates e apresentações na internet, a mídia de forma geral, associações de funcionários do BB, outras entidades ligadas aos nossos interesses, inúmeros sites, blogs e a própria Mesa de Negociações que vem tratando desse assunto em diversas rodadas  vêm, há tempos,  discutindo intensamente esse assunto.

Face à diversidade de opiniões, sempre procuro selecionar e me debruçar mais atentamente em manifestações de colegas,  que apresentam aspectos mais consistentes sobre a objetividade da  matéria.

Um desses companheiros por quem tenho grande admiração, apesar de nossas divergências sobre o tema - ele defende o NÃO e eu sou partidário do SIM – é o NORTON SENG, que      não conheço pessoalmente, mas  que um dia terei o prazer de o encontrar em um dos seminários de nossa categoria.  
                                   
                                      
Adiante apresento seu artigo “A CASSI, o Benefício Definido, a Contribuição Definida e o seu Futuro”, de 03.11.2019 e, logo após,  exponho minhas  considerações, desta data, em que rebato alguns aspectos de  sua exposição.

Boa Leitura!!

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB



Artigo de NORTON SENG

Em 03/11/2019 00:04, NORTON SENG escreveu:

“A CASSI, o Benefício Definido, a Contribuição Definida e o seu Futuro.”


Se a CASSI lhe diz respeito e se você deseja votar lastreado na verdade e na razão, e sem a influência de terceiros, leia, com atenção, o que segue e - ainda com maior cuidado - o texto, a seguir, da autoria da colega ANA VIRGÍNIA, onde ela, de forma direta e didática, expõe fatos que o farão constatar a realidade e, assim,  ter a convicção da importância de dar um voto consciente e sem a influência de terceiros ou de grupos.

Para começar, observe que o patrocinador afirma no seu balanço que a CASSI é um plano de BD - Benefício Definido e não faz nenhum sentido os associados abrirem mão desse direito e aceitar, entre outras imposições, o congelamento da participação do BB em 4,5 %.

E observe que, com a manutenção do instituto do BD o banco jamais poderá se negar a contribuir com a parte dele para solucionar o déficit financeiro da CASSI, contudo com o CD – Contribuição Definida, o problema passaria a ser só dos associados.

Observe, também, que o banco tem responsabilidade por esta crise da CASSI, entre outros fatores, em decorrência da compressão de salários, descomissionamentos, retirada de direitos, reestruturações, contenção dos concursos, e todos esses planos recentes de incentivo às aposentadorias.

Além do mais, o banco deseja aumentar seu poder na direção da CASSI, enquanto, curiosamente, quer congelar (diminuir) sua parcela no custeio do nosso plano.

Também está claro que os associados não se recusam a pagar mais, desde que a proporção contributiva (60/40) seja mantida e não haja alterações no estatuto que atingirão os associados.

E a divisão do déficit da CASSI deverá ser, também, na proporção 60/40, entre o banco e os associados, o que propiciará o equilíbrio financeiro sem a quebra da solidariedade, mantendo a CASSI como sempre foi, como um plano de Benefício Definido.

Mas pelas proposições feitas parece que o patrocinador busca reduzir suas provisões financeiras e, para tanto, precisará reduzir sua participação no custeio do nosso plano de saúde.

O que deixa entrever que esse seria um forte atrativo no caso de um futuro processo de privatização da empresa.

E o banco sabe que o voto NÃO, antes e acima de tudo, tem o condão de inviabilizar a privatização da empresa.

E mostra-se óbvio que nenhum de nós, associados, deseja que seja declarada a insolvência (incapacidade de honrar os compromissos assumidos) da CASSI o que significará a sua liquidação.

Portanto, não se trata de má vontade, ou de voto SIM ou de voto NÃO mas, unicamente, de não se negociar o inegociável ou, seja, não permitirmos que ocorra alteração do estatuto o que, se por acaso acontecer, significará a extinção sumária do nosso plano de saúde.

O que nenhum de nós deseja.

Agora, LEIA e, se julgar procedente, repasse o esclarecimento da colega ANA VIRGÍNIA.

As partes realçadas no texto dela são de minha autoria.
__________________________________

Pessoa, conforme eu prometi, darei algumas explicações sobre Benefício Definido - BD, Contribuição Definida - CD e Cálculo Atuarial.

Primeiro vamos considerar que os planos de previdência complementar e planos de saúde fechados são mantidos financeiramente por um (ou mais) patrocinador e pelos participantes, que podem ser chamados de associados.

Para facilitar, toda vez que eu me referir a CONJUNTO estou falando de patrocinador + participantes.

Nos planos de Benefício Definido, como é o Plano 1 da PREVI e como é a CASSI, o compromisso assumido é com um objetivo definido em Estatuto + Regulamento. 

Quem assume esse compromisso, objetivamente?

O CONJUNTO.

Por que o CONJUNTO?

Porque, embora quem vá adotar os procedimentos necessários para que o objetivo seja alcançado é a entidade (PREVI ou CASSI), quem se responsabiliza pelos meios (financeiros) necessários para o atingimento do objetivo é o CONJUNTO.

Como exemplo, no Plano 1 está definido que cada participante se aposenta com um valor (tem 3 formas de cálculo, mas vamos pegar a mais comum para facilitar): 90% da média dos salários dos últimos 36 meses (isso em resumo, pois há mais detalhes).

Então qual é o objetivo da entidade?... permitir que cada um se aposente com esse valor.

E o que acontece se o valor dos ativos da entidade não for suficiente para fazer com que todos os participantes se aposentem com esse valor?

O CONJUNTO é chamado para fazer o aporte de um valor que cubra o montante necessário para conseguir que todos se aposentem.
Intuitivamente, todos sabemos disso.

Por isso o Plano 1 da PREVI é chamado de "Plano de Benefício Definido".

Porque o benefício (aposentadoria com 90% da média dos 36 últimos salários) tem que ser concedido pela entidade, ela não pode simplesmente chegar e dizer "não vou pagar 90% da média porque não tenho dinheiro, vou pagar só 60%, porque é o que dá para pagar". 

A PREVI não pode fazer isso justamente porque o Plano é Benefício Definido. 

Para diminuir nosso benefício ela tem que nos convencer, via mudança do estatuto.

Se o dinheiro não der, a PREVI aciona o CONJUNTO  para aportes (extraordinários) e o Banco não pode se negar a contribuir com a parte dele, que, no momento, é igual à do participante (1 x 1).

Essa parte do Banco já foi o dobro da do funcionário (2 x 1), mas na alteração do estatuto de 1997, por votação, aceitamos que o Banco reduzisse a contribuição dele.

Por isso, é preciso tomar muito cuidado com votações de estatutos.

Aí vem a diferença do Plano Futuro, que também é da PREVI, mas é de Contribuição Definida.

Todo mundo que entrou no BB a partir de 1998 só pode ter acesso a esse plano.
Como ele funciona?

Patrocinador se compromete a contribuir mensalmente com um determinado valor, e o funcionário também se compromete a contribuir mensalmente com um determinado valor.

O valor da aposentadoria do funcionário não terá qualquer ligação com o salário que o funcionário estiver recebendo na ocasião da aposentadoria, mas será o rendimento mensal proporcionado pela soma das contribuições do Banco + Funci, aplicado no mercado financeiro (simplificando).

É uma espécie de Brasilprev em que o BB contribui com uma parte.

E na CASSI?

O objetivo da CASSI é a prestação de assistência em saúde a funcionários, aposentados e seus familiares elegíveis.

Esse objetivo está no Estatuto e ele é o BENEFÍCIO DEFINIDO que a CASSI tem que entregar a seus associados.

Aí alguns vão dizer: mas isso é só uma frase, isso não tem valor monetário, não tem como quantificar, transformar isso em dinheiro.

Mas tem como quantificar, transformar isso em valor monetário, por meio de uma metodologia chamada Cálculo Atuarial.

O cálculo atuarial é complexo, mas, simplificando, ele traz a valor presente (como se estivesse sendo gasto hoje) todas as perspectivas de gasto com cuidados médicos e assistenciais que a CASSI terá com seus associados até que pereça o direito do último associado vivo.

É um cálculo estatístico, ou seja, ele faz projeções para uma população maior baseado nos dados que ele tem de uma amostra significativa.

Por exemplo: 10% dos participantes terão doença cardíaca e vão gastar $$ em tratamento; 5% terão câncer e vão gastar $$ em tratamento; a média de ultrassonografias é de 1,5 por participante por ano; 20% dos associados são obesos e terão pressão alta, e por aí vai.

Aí, eles calculam o custo financeiro do global dos participantes da CASSI em termos de cuidados médicos.

É claro que isso que eu descrevi é uma simplificação extrema, mas é somente para que todos possam entender.

Esse Cálculo Atuarial representa um valor que é da responsabilidade do CONJUNTO (ou seja, do Patrocinador BB + Nós, associados).

Se o valor das contribuições mensais não for suficiente para cobrir esses gastos com saúde, o Patrocinador e os Associados terão que fazer aportes (contribuições) extraordinárias, até reunir o montante suficiente para cobrir esses gastos.

Hoje, o BB teria que contribuir com uma vez e meia o valor que o Associado teria que contribuir.

Então, pelo Estatuto atual da CASSI, a responsabilidade do Banco é cobrir qualquer rombo na CASSI fazendo um aporte extraordinário de 1,5 vezes o de todos os associados juntos.

Supondo que o déficit seja, então, esse Cálculo Atuarial, ele representa o valor presente (como se tivesse que ser gasto hoje) com todos os cuidados médicos que a CASSI ainda vai proporcionar a seus associados.

O Banco tem que registrar esse valor nos seus balanços, por imposição do BACEN e da CVM.

Aí é que está o X da questão.

Como o valor é alto (na casa dos bilhões), isso torna o Banco menos atrativo para o mercado (diga-se Bolsa de Valores).

Isso é o que se chama de Passivo Atuarial.

Passivo é uma obrigação registrada contabilmente.

Significa que o Banco terá que pagar algo a alguém (no caso, à CASSI).

Atuarial, porque é quantificado por meio de um Cálculo Atuarial, conforme explicado acima.

O Banco quer se livrar de ter que apontar esse Passivo Atuarial nos seus balanços, porque isso diminui seu Patrimônio Líquido e consequentemente sua Alavancagem (capacidade de emprestar dinheiro, simplificando).

Ou seja, ele fica em condições mais desvantajosas que outros bancos, para operar.

Complementando: a responsabilidade do Banco, pelo estatuto atual, não é só com a contribuição de 4,5% sobre o valor da Fopag mais benefícios dos aposentados.

Nem com qualquer outro percentual sobre essa Fopag mais benefícios.

A responsabilidade do BB (assim como a nossa) é contribuir com o valor necessário e suficiente para que todos os associados da CASSI tenham assistência médica nos moldes já existentes (cobertura ambulatorial e hospitalar, remédios, etc).

Assim, se para isso ele tiver que contribuir com 15% da fopag e nós com 10%, é assim que será, porque é isso que o Estatuto diz, em síntese (mas não com essas palavras).

Se o BB conseguir transformar o Plano CASSI Associados em Contribuição Definida, a coisa muda de figura.

O BB passa a se responsabilizar somente pelo valor de contribuição mensal que estiver escrito no estatuto, e das duas uma: ou a CASSI passa a reduzir os parâmetros do nosso atendimento em saúde, para se adequar ao dinheiro que ela tem, ou ela mantém esses parâmetros mas pede para nós, associados, contribuirmos com muito mais que hoje (e o BB estará isento dessa contribuição adicional).

Ou então uma mescla das duas, ou então, e pode acontecer, a CASSI declara sua insolvência (incapacidade de honrar os compromissos assumidos) e será liquidada.

Na minha opinião, não adiantará nada a gente concordar nesse momento com um ajuste no estatuto para aceitar a contribuição definida, achando que com isso a gente salva a CASSI e tem ela por um período mais longo de tempo.

Não adiantará nada porque os gastos com saúde continuarão subindo muito mais que a inflação e que o aumento dos salários, porque é assim que funciona a inflação médica, por uma série de fatores que já elenquei no grupo hoje de manhã.

Então, vai chegar uma hora que a CASSI vai abrir as pernas novamente, mesmo que se faça um aporte grande hoje.

E aí a parte mais poderosa economicamente, que é o Banco, já não será responsável por nenhum aporte extraordinário (lembre-se que tínhamos aceitado a Contribuição Definida) e tudo cairá nas nossas costas, e, adivinhem, nós não teremos condição financeira de salvar a CASSI.

Por tudo isso, temos que ser espertos nos momentos em que nos for sugerida uma alteração estatutária, seja na CASSI, seja na PREVI.

Não é simplesmente um ajuste de texto.

Nenhuma empresa inteligente movimenta mídia, funcionários e custos para "fazer um ajuste no texto".

O interesse sempre será econômico (redução de custos e riscos).”
___________________________

Decida não por ouvir dizer, mas com a sua consciência e ciente dos fatos tão bem relatados pela colega ANA VIRGÍNIA.

Afinal, o que que está em jogo é a preservação da sua saúde e dos seus familiares.

NORTON SENG
(02.11.2019)


Resposta de ADAÍ ROSEMBAK

Caro NORTON SENG,

Não pense que votarei SIM porque sou teimoso ou não compreendo a atual situação.

Os dados que a nossa colega ANA VIRGÍNIA expôs estão corretíssimos.

Adiante repito uma precisa colocação de nossa companheira ANA VIRGÍNIA:

"Não adiantará nada porque os gastos com saúde continuarão subindo muito mais que a inflação e que o aumento dos salários, porque é assim que funciona a inflação médica, por uma série de fatores que já elenquei no grupo hoje de manhã.
Então, vai chegar uma hora que a CASSI vai abrir as pernas novamente, mesmo que se faça um aporte grande hoje.
E aí a parte mais poderosa economicamente, que é o Banco, já não será responsável por nenhum aporte extraordinário (lembre-se que tínhamos aceitado a Contribuição Definida) e tudo cairá nas nossas costas, e, adivinhem, nós não teremos condição financeira de salvar a CASSI."

Para corroborar o que ANA VIRGÍNIA disse, coloco os dados de 2018 (que citei em artigos neste blog), em que os gastos com a saúde subiram 19% e nossos aumentos foram 5% para o pessoal da ativa e 2,06728% para os beneficiários da PREVI.

Por isso, não acho correto que chamem os que optam pelo SIM de desinformados ou de massa útil de manobra do patrocinador BB.

Recorrer à Justiça?

Temos aí o já velho exemplo da Resolução MPS/CGPC 26, de 29.09.2008, em que os beneficiários da PREVI foram garfados em R$ 7,5bi.

A última investida para reverter esse processo, que foi feita pela admirável associação AAPBB, até agora deu em nada.

Estamos encurralados. Não temos para onde correr.

Se votarmos NÃO mudaremos nossa situação em relação à CASSI e PREVI?

Não creio.

Observe que, propositalmente, também citei a PREVI.

Pense sobre esse aspecto específico.

Prefiro não me estender e nem me deprimir em relação à PREVI até porque, neste espaço,  estamos falando da CASSI.

Não enxergo o SIM  como uma solução definitiva pois, como ANA VIRGÍNIA expôs em sua excelente análise (e eu próprio também expus em meus artigos), essa  disparidade absurda entre irrisórios percentuais de aumento   que tivemos em 2018 e os absurdos  reajustes de aumentos de custo da saúde, que superaram aqueles em várias vezes, continuará a existir nos anos vindouros, e não vejo qualquer discussão séria e honesta para reverter esse processo.

E esse problema não ocorre só no Brasil. 

Acabei de ler um artigo sobre a manutenção de custos médicos nos Estados Unidos.
O ObamaCare foi para o brejo.

O implacável seguro saúde continua a prevalecer em todo o território americano.


Enquanto TRUMP propõe inflar o já astronômico orçamento do Pentágono para mais de US$ 800 bi,  o número de miseráveis e "homeless tents" aumenta cada vez mais nas cidades americanas.

Voltando ao Brasil e à CASSI, e falando não só honesta, mas realista e amargamente, senão houver mudanças estruturais no atual status quo, não vejo como desatar esse nó górdio.

Do jeito como a questão se apresenta, penso que o SIM retardará o fim da CASSI, da forma como ela existe atualmente.

Como consolo, ganharemos mais tempo e pode ser que, com a mudança das condições políticas e com o avanço das negociações, surjam condições mais favoráveis para discutir nossas questões.

A outra alternativa, que é o NÃO, acelerará ainda mais esse processo, pois   dará motivos para a ANS intervir de imediato na CASSI, gerando decisões duras, irreversíveis e sem mais delongas.

Perdoe-me por meu realismo, mas é como enxergo a atual situação de nossa Caixa de Assistência.

Atenciosamente

O amigo e admirador

ADAÍ ROSEMBAK