quarta-feira, 30 de setembro de 2015

MOMENTO DE ACORDAR

O neurologista e escritor inglês Oliver Sacks , ao saber que estava com câncer em estado terminal, declarou que tinha de viver o restante de sua vida da maneira mais rica, profunda e produtiva que conseguisse.
Sua declaração repercutiu pelo mundo e se tornou um exemplo de sabedoria, altruísmo e de devoção e respeito aos seus semelhantes.
Em seu lugar, muitos teriam preferido gozar o resto de suas vidas de forma devassa. Outros teriam mergulhado nas drogas, ou passariam a seguir   rituais fervorosos de religiosidade.
Essa manifestação de Oliver Sacks me levou a refletir por que a proximidade tão iminente da morte despertou nele o desejo de manifestar ao mundo esse seu traço de viver com tanto vigor e intensidade.
Sim, porque essa já era sua forma de viver. Pessoas como Oliver Sacks sempre vivem suas vidas da forma mais rica, profunda e produtiva independentemente de qualquer circunstância.
Mas porque estou divagando sobre esse assunto?
Não estou na iminência da morte como Oliver Sacks mas sua mensagem me atingiu de forma tão impactante e intensa   que decidi repensar minha vida e passar a viver o restante de minha existência da maneira mais rica, profunda e produtiva que conseguir.
Essa é uma decisão que desejo dividir com meus amigos e companheiros.
Passarei a cuidar melhor de minha saúde, entrarei em uma dieta, farei mais exercícios físicos e recomeçarei a praticar dança de salão, que foi um dos grandes prazeres de minha vida e que abandonei há uns 20 anos.
Talvez não me dedique com tanto afinco ao blog. Ou, quem sabe se, pelo contrário, essas atividades lúdicas não me darão mais disposição e inspiração para me aprimorar como blogueiro?
A vida é um sopro e o nosso maior compromisso deve ser vive-la em plenitude e felicidade.
Todos nós já ouvimos falar de pessoas que, após sobreviverem a situações de extrema penúria e sofrimento, deram guinadas radicais em suas existências e conseguiram se libertar de condições infelizes que atormentavam suas existências. 
Muitas tomaram coragem para romper com relacionamentos pessoais fracassados, outras fugiram do ambiente estressante, violento e de poluição sonora e ambiental das grandes metrópoles e se mudaram para cidades pequenas, tranquilas, prazerosas e saudáveis.
Alguns abandonaram empregos aos quais estavam presos apenas por uma questão de sobrevivência, mas onde se sentiam infelizes, oprimidos e frustrados e passaram a se dedicar a outras atividades que resgataram sua paz de espírito, sua   autoestima e sua realização pessoal.
Enfim, essas pessoas acordaram para o real sentido da vida.
Por isso intitulei esta nota como “Tempo de Acordar”.
Este acordar implica em impedir que uma situação constrangedora, opressora e castradora se apodere de nossas vidas e comprometa nossa felicidade. É preciso reagir, é preciso encontrar uma saída, é preciso mudar essa realidade deletéria.
Ninguém vai fazer isso por nós.
Não adianta se lamentar, se amargurar e nem culpar  quem quer que seja, porque essas situações foram consequências de nossas opções de vida, são problemas que nós próprios criamos e dos quais cabe inteiramente a  nós se  libertar.
Muitos dos aposentados e pensionistas que se encontram em uma situação financeira tormentosa, podem analisar seus gostos, suas habilidades, suas preferências e suas características pessoais e aplicar esses traços em alguma atividade produtiva que os auxiliem em sua reestruturação financeira. 
Conheço pessoas que tem o pendor para a culinária e que, nestes momentos de crise, passaram a fornecer refeições para fora ou montaram restaurantes caseiros muito bem frequentados em suas próprias residências. Outros que gostavam de fotografia tornaram-se fotógrafos profissionais. O mesmo ocorre com várias pessoas que curtem marcenaria, costura, música, consertos de equipamentos eletrônicos, etc. Muitos passaram a dar aulas de informática e outros a dar aulas de línguas estrangeiras.
Existem muitas mulheres que trabalham em suas horas vagas como manicures, cabeleireiras, cuidadoras de crianças ou de idosos. Outras costuram e consertam roupas. Muitos são professores bem-sucedidos em várias especialidades. Outros são advogados e corretores.
Com a morte do marido, uma vizinha minha que sempre gostou de cachorros, montou um pequeno canil em casa.  Conheço muitos dançarinos que, nestes momentos bicudos, se tornaram dançarinos profissionais (os chamados dançarinos de aluguel) e passaram a usufruir de um bom rendimento extra.
Enfim, é um número imenso de atividades de toda ordem que podem propiciar uma boa renda complementar até que as pessoas normalizem suas situações financeiras.
Muitas dessas funções podem ser exercidas em horas vagas e em suas próprias residências.
Também existem muitas maneiras de fazer economia.
Logo após a guerra, os franceses passaram a cortar os cabelos de seus membros familiares em casa, que é um hábito que muitas famílias francesas mantêm até hoje. Comer fora? Nem pensar. É um prazer que só voltou a imperar na França quando do retorno ao tempo das vacas gordas no pós-guerra.  O uso de bicicleta na Europa é muito difundido o que faz com que muitas pessoas se desfaçam de seus carros em momentos de crise. Os europeus, de forma geral, costuram e consertam suas roupas, poupando-as até o ponto de terem de comprar roupas novas.
Tive uma amiga francesa que me disse que os brasileiros não economizam porque nunca passaram por guerras.  Respondi que fazíamos economia sim, mas não ao ponto de sermos sovinas como os franceses. E que, ao contrário dos franceses, teríamos vergonha e não orgulho de ter passado por guerras.
Ironicamente, acho que uma das poucas atividades que dá muito trabalho, traz despesas e, às vezes, ainda causa problemas, é a de blogueiro.
Como blogueiro, eventualmente arrumo desafetos por divergências de pontos de vista, mas, por outro lado, faço muitos amigos e luto por causas nobres que podem reverter em benefício de toda a categoria de aposentados.
Já me chamaram de puxa-saco, lambe botas, baba ovo e cronista social; já alcunharam este blog de ‘’blog de m...”, ”blog inútil’’ , etc.
Fico até satisfeito com esses “elogios”. É sinal que estou colocando o dedo na ferida.
Acho que qualquer pessoa precisa de elogios, incentivos e ajuda em suas atividades.
Por isso considero que o mínimo que posso fazer é usar este blog de forma positiva, apoiar as associações e elogiar companheiros que atuam em diversas frentes para defender de forma incansável, destemida e determinada nossos interesses e nossas causas.
Sobre esse aspecto, transcrevo adiante dois artigos aparentemente contraditórios do filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, “Adulação” e “Reconhecimento”, nos quais ele aborda com perspicácia aspectos controvertidos da “arte” de apoiar e elogiar pessoas:
Adulação
Quando colocamos um livro no mercado, quando fazemos um projeto e deixamos que ele seja desenvolvido pelas pessoas, quando estamos em alguma atividade de gestão pública ou privada, quando formamos filhos e filhas, enfrentamos um grande perigo, que é a adulação. E é um perigo para o adulado. Porque a pessoa que adula, a que faz um elogio exagerado, me impede de ter uma visão crítica sobre o que estou pensando. Ela faz com que haja uma redução da capacidade de correção de rota.
Como ninguém é capaz de fazer tudo certo, o tempo todo, de todos os modos, o adulador é um inimigo muito poderoso.
O pensador Tácito dizia que os aduladores são o pior tipo de inimigo. Porque eles reduzem a capacidade de rever, de reinventar, de refazer.
O adulador, ao dizer que aquilo que eu fiz, escrevi, cantei, mostrei é o melhor, aquele que fica o tempo todo me bajulando, prejudica a minha capacidade de reinterpretar, de melhorar, de me elevar a um patamar superior.
Ainda que todo afago no ego seja gostoso e todo elogio quando merecido nos faça bem, é preciso distinguir o que é elogio do que é adulação, aquilo que nos deixa de olhos vendados.

Reconhecimento
Quem não gosta, como estudante, como profissional, como irmão, como filho, da ideia de reconhecimento? Quem não gosta de ser lembrado, elogiado e afagado naquilo que faz? O reconhecimento é uma das formas de incentivo e quem lida com pessoas sabe o quanto isso é importante. A própria palavra “reconhecimento” significa conhecer de novo.  Eu sou aquilo que faço. E quando alguém acha positivo aquilo que faço, isso me anima, me dá vitalidade, me faz crescer.
Há pessoas, porém, que acham que, se ficarem elogiando, vão enfraquecer a outra pessoa. Isto é uma tolice. O reconhecimento faz com que a pessoa se sinta bem e ganhe força. No entanto, Aristóteles, grande pensador grego do século IV a.C., tem uma frase clássica: “O reconhecimento envelhece depressa”. Porque a nossa necessidade de animação, de nos conhecermos como pessoas que têm importância, que têm valor também para outras pessoas, é frequente no dia a dia.
Não se pode reconhecer de maneira falsa. Não se pode apenas fingir um elogio para que a outra pessoa se sinta bem, porque isso é cinismo. Mas é preciso reconhecer de maneira contínua para que a pessoa saiba a importância que tem e, sobretudo, para que siga melhorando.

Os artigos de Mário Sérgio Cortella nos colocam em uma encruzilhada.  É muito tênue a linha que separa a adulação do reconhecimento. Muitas vezes já me perguntei se fui adulador quando me referi elogiosamente a uma pessoa.  E outras tantas vezes já me arrependi de não ter elogiado alguém sobre seu valor pessoal ou sobre algum feito de relevância de sua autoria.
O jeito é publicar o que nossa consciência aponta, mesmo que sejamos mal interpretados.
Como norma geral procuro ser pródigo em meus elogios e extremamente limitado em minhas críticas.
Porque poupar elogios bem colocados a pessoas que lutam de forma bem-sucedida pelos nossos interesses?
E porque massacrar ainda mais alguém que cometeu um erro do qual se arrependeu e que está de consciência pesada?
Voltando ao título desta nota “Momento de Acordar”, temos de sempre e reiteradamente, lembrar aos aposentados e pensionistas do BB que, apesar de todas as limitações e problemas impostos pela idade, a defesa de nossos interesses é um problema vital de sobrevivência nosso, de nossos familiares e de todos os companheiros aposentados.
Se não nos juntarmos às associações e aos grupos organizados na rede e apoiarmos seus dirigentes, com quem contaremos para combater tantas ameaças que pairam sobre nossas cabeças?   
Com mais ninguém !!!
As associações têm sites, tem jornais, tem boletins informativos, tem revistas.  Se não pudermos sair de casa por motivos vários, podemos fazer consultas, esclarecer dúvidas e mandar nossas sugestões, críticas, avaliações e reclamações para as associações por meio de telefonemas, cartas (podem ser escritas a mão ou em máquina de escrever) e mensagens por e-mail.  Todo esse material é meticulosamente analisado pelos diversos departamentos técnicos dessas entidades que avaliarão a viabilidade   de implementação dessas colaborações.
Como aposentado, também com limitações, lembro a todos os companheiros que a história é repleta de exemplos de atrocidades humanas de toda ordem em que os que não tiveram forças para acompanhar o passo de seus grupos foram os primeiros a serem dizimados.
Estamos longe dessa situação, portanto vamos acordar e partir para a luta.
O que não podemos, sob nenhuma hipótese, é nos mantermos alienados ao que ocorre à nossa volta.
Depois não adianta se lamentar porque será tarde.
É importante que os companheiros mais idosos participem dos almoços promovidos pela AAFBB no centro da cidade. São oportunidades ímpares para reencontrarem antigos companheiros e se inteirarem das novidades sobre assuntos vitais de nosso interesse.
Quando necessitarmos de informações também podemos acessar diversos espaços dos sites das associações.
O site da AAFBB conta, entre outras, com as colunas “Antenado” e “Notícias” que são excelentes fontes de referência. O site da ANABB tem as colunas “CASSI em debate” e “Notícias”. A ANABB também conta com o espaço “Vídeos ANABB” em que são colecionados vídeos muito esclarecedores sobre os assuntos de interesse dos aposentados e pensionistas da PREVI.
Também podemos acessar os sites de diversas outras associações de funcionários que nos prestam informações relevantes.
Esta conclamação aos funcionários aposentados e pensionistas para que sejam mais participativos em relação aos seus próprios interesses é um recado que já transmitimos várias vezes neste veículo e que sempre tornaremos a reprisar até que ele penetre na consciência de cada aposentado como se fosse por um processo de osmose.
Esperamos que essa mensagem frutifique para a mobilização dos funcionários aposentados e das pensionistas   para a defesa de seus interesses e para a    felicidade, saúde e bem-estar de seus familiares.

Adaí  Rosembak - Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

AAFBB em FOCO - 11.09.2015

Cada associação de funcionários e aposentados do BB tem suas próprias características.
Assim não considero recomendáveis e nem éticas comparações de atuações entre associações que frequentemente aparecem em grupos de funcionários na internet.
Por isso, como rebate a uma dessas críticas, enalteço o sofisticado trabalho atual da AAFBB na modernização de seus recursos de mídia e comunicação com os associados.
O exemplo mais flagrante desse profícuo esforço de atualização é a nova formatação do Jornal da AAFBB que passou a se denominar “CONEXÃO AAFBB”. Esse novo informativo que, oficialmente, foi lançado pela Presidente da AAFBB Célia Maria Xavier Laríchia em 13.07.2015, quando da visita à AAFBB do Presidente da PREVI, Gueitiro Matsuo Genso, introduziu novidades que permitem que as informações cheguem aos associados em um formato mais moderno, completo, com diagramação mais refinada, novas seções e com um maior número de páginas. Todas essas mudanças permitem uma maior interação entre a direção da AAFBB e os seus associados.
E as inovações não vão parar por aí.
Está sendo cuidadosamente elaborada uma atualização do site da AAFBB com os mais avançados recursos de TI (Tecnologia de Informação) para propiciar aos associados um acesso   mais rápido e objetivo aos assuntos que são de interesse dos associados. É importante que essas mudanças no site da associação se foquem principalmente em uma maior interação entre a  direção da AAFBB  e os seus associados, principalmente o segmento dos aposentados.
Em relação a esse aspecto, em conversa informal com José Odilon Gama da Silva, Vice-Presidente do VIPAR, na Sede Campestre da AAFBB em Xerém, ele me falou das dificuldades que a AAFBB encontra para a comunicação com os aposentados, que são as mesmas que as demais associações enfrentam.
Para começar, só poucos aposentados acorrem às associações.
O esforço maior tem sido o de as associações procurarem os aposentados.
Assim mesmo, conforme confirmou José Odilon Gama da Silva, as iniciativas da AAFBB, tem tido um retorno muito limitado.
As razões são várias: muitos aposentados têm problemas de locomoção e de visão, outros têm necessidades especiais, existe o medo de deslocamentos pela violência nas ruas, assistência contínua a outros familiares, etc. 
Enquanto José Odilon falava, lembrei-me de um colega muito idoso que morava em minha rua e a quem ocasionalmente eu fazia companhia. Qual foi minha surpresa quando, ao lhe fazer uma visita, ele estava redigindo uma carta em – imaginem - uma “máquina de escrever”.
Fiquei tão surpreso que lhe perguntei se ainda encontrava no mercado fitas tintadas, se ainda existia algum técnico que fizesse consertos na máquina, etc.  Primeiramente, ele escrevia o texto em rascunhos a mão que ficavam quase ininteligíveis com tantas anotações, retificações, correções e acréscimos e, só depois, datilografava cuidadosamente o texto final. Parecia que eu tinha voltado à idade da pedra.
Dali em diante, o convidei a ir à minha casa e passei a redigir seus textos no “moderno invento”, “o computador”.  Ele ficou maravilhado pois eu fazia as correções no próprio computador sem necessidade de rascunho. Depois, ficou ainda mais surpreso, quando encaminhei tudo pela outra maravilha da tecnologia da informação, “a internet”. No final me perguntou se a mensagem ia chegar ao destino. E eu respondi: “Já chegou !!”
Sugeri ao José Odilon que a AAFBB adotasse para o contato com os aposentados, o uso do TELEMARKETING ATIVO, um recurso muito utilizado por grandes grupos com os seus clientes.
O TELEMARKETING ATIVO tem evoluído muito ultimamente visando justamente atingir públicos específicos ou que se localizam em áreas distantes.
Essa comunicação direta entre centros de TI e telefones é processada por meio de gravações com textos muito objetivos, interessantes e de fácil compreensão, e que conta com comunicadores com voz pausada, agradável, quase que melodiosa e muito envolvente. Não há como fugir à irresistível atração desses cantos de Ulisses.
Um ponto importante a se observar quanto à aproximação com os aposentados é também procurar o contato com seus parentes mais próximos que, comumente, são quem os ajudam na assistência na área de TI, para detalhar os assuntos pertinentes à PREVI e à CASSI e ressaltar a necessidade da participação dos aposentados.
Pela fisionomia do José Odilon penso que a sugestão foi bem avaliada e acolhida e acho que a  semente vai germinar.
Outro aspecto positivo sobre a atuação da AAFBB, que abordei em minha nota “AAFBB em FOCO, de 24.08.2015”, é a Sede Campestre em Xerém.
Ali já foram sediados inúmeros encontros para discutir assuntos de interesse de funcionários da ativa e de aposentados do BB que contaram com a participação de dirigentes de associações de todo o Brasil.
Esses simpósios com certeza seriam inviabilizados se os dirigentes das entidades não encontrassem um espaço tão agradável e de custo tão baixo para se hospedar quando dos deslocamentos de seus estados para participar desses encontros no Rio de Janeiro.
Cada associação luta a seu modo. A ANABB tem se destacado em seu site com os excelentes vídeos apresentados pelo seu Presidente Sérgio Riede e por seu Vice-Presidente de Relações Institucionais Fernando Amaral, em que são discutidos os problemas de sustentabilidade da CASSI. Outro exemplo bem sucedido é o movimento “NÃO PASSARÃO”, promovido pela AFABB-RS, presidida pelo companheiro José Bernardo de Medeiros Neto.
Apesar do imenso esforço e de diversas ações desenvolvidas pela direção das associações para conscientizar os associados sobre as medidas implementadas em benefício das causas e dos interesses dos próprios associados, nota-se um desconhecimento generalizado de muitas dessas iniciativas entre seus filiados.
Tive a oportunidade de me encontrar na Sala dos Aposentados, no 11º andar da Sede da AAFBB, com companheiros que, apesar de serem associados da AAFBB há anos, estavam comparecendo  à sede da associação pela primeira vez.
Um deles me confessou que estava na cidade para conversar com um advogado sobre um problema de locação de um imóvel. Perguntei se, antes de ir ao advogado, ele tinha ido obter informações sobre o assunto no departamento jurídico da associação. Surpreendentemente, o companheiro me perguntou se a AAFBB tinha um departamento jurídico para atender aos associados.
Em outra oportunidade foi um outro aposentado que estava com dúvidas sobre uma causa de interesse dos aposentados.
Dessa vez, dei uma informação mais precisa. Além de informar que a AAFBB também dispunha de uma área legal específica para esses casos, citei o Waldyr Argento, que foi um ex-colega na CACEX e hoje é o chefe do setor jurídico da AAFBB. Doravante, quando encontrar outro companheiro com esse tipo de problema, além do Waldyr Argento, também citarei o Eraldo Campos, que é assistente jurídico do contencioso e que, além de “saber tudo” sobre os processos relativos aos aposentados, é uma pessoa extremamente simpática.   
Volto a frisar que, dentro de minha visão, com a adoção de um sistema sofisticado de TELEMARKETING ATIVO, essas limitações para um mais amplo e melhor relacionamento da direção da AAFBB com seus associados serão muito reduzidas ou poderão ser completamente eliminadas.  
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

ANABB e FAABB em FOCO - 10.09.2015

Transcrevemos adiante importantíssima mensagem de 08.09.2015, de Isa Musa de Noronha, Presidente da FAABB, em que ela tece considerações abrangentes sobre a atual situação de sustentabilidade da CASSI. 
Em sua nota, Isa Musa de Noronha recomenda que se assista aos vídeos produzidos e apresentados   por Fernando Amaral Baptista Filho, Vice-Presidente de Relações Institucionais da ANABB.
Essa iniciativa de Fernando Amaral Baptista Filho se enquadra no mesmo molde dos vídeos produzidos por Antônio Sérgio Riede, Presidente da ANABB e que abordamos nas notas “ANABB em FOCO”, de 13.06.2015 e 21.06.2015.
Fernando Amaral Baptista Filho já se provou um excelente orador em inúmeras outras oportunidades e, neste trabalho, se supera pela amplitude e detalhamento dos tópicos abordados.
É importante ressaltar que essa matéria é apresentada de forma objetiva e é facilmente assimilável por qualquer associado da CASSI mesmo aqueles que não tenham aprofundamento em relação ao assunto.
Esperamos que o trabalho seja reproduzido dentro da possível brevidade no site da ANABB, no espaço “Vídeos ANABB”.
No momento os vídeos podem ser acessados neste blog, pelo blog “Olharcoruja.blogspot.com.br”, no Google, ou diretamente no  Youtube  pelo link

Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

Às
Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil 
Sr. Presidente, 
Consideramos de máxima importância que cada Associação mantenha seus associados bem informados a respeito da CRISE CASSI.
Não está descartada a hipótese da FAABB recorrer à justiça para fazer valer nossos direitos e a manutenção da responsabilidade do Banco do Brasil sobre nossa saúde. O BB criou página específica onde divulga vídeos com suas teses e tem jogado pesado em marketing para influenciar e intimidar os associados querendo forçar a sua chantagem de que só negocia se ficar livre da responsabilidade pó laboral definida pela Deliberação CVM 695/2012.
Temos entendimento diverso, mais claro e mais justo, pois nos apoiamos em cláusulas pétreas consubstanciadas na Constituição no Artigo 5° - “XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Para todos aqueles que tomaram posse no BB antes de 1996, a responsabilidade do BB quanto a assistência à saúde é cláusula contratual, portanto, ato jurídico perfeito. Como defendemos a isonomia, estendemos essa sua responsabilidade sobre todos os associados CASSI.
Vários colegas têm manifestado seu entendimento sobre a questão e temos divulgado para que todos firmem seus conceitos.
Somente com nossa posição firme e serena poderemos fazer frente ao poder opressor do Banco do Brasil.  
CASSI – A CRISE E OS DEBATES 
            Fernando Amaral, atual vice-presidente da ANABB, apresenta suas reflexões sobre a crise CASSI.
            São vídeos curtos, onde Amaral interage com diversos companheiros e didaticamente expõe seu entendimento sobre o déficit e possíveis soluções.
            Os interessados podem assistir na íntegra ou em capítulos. Para acessar todo o conteúdo, acesse esse primeiro link: 

O ANDAMENTO DAS NEGOCIAÇÕES COM O BANCO DO BRASIL 
NEGOCIAÇÃO DA CASSI  
Em negociação com o Banco do Brasil no dia 04 de setembro, as Entidades de Representação dos funcionários da ativa e aposentados voltaram a discutir propostas de caráter emergencial com impacto no fechamento das contas da Cassi em 2015. 
O BB apresentou dados sobre recursos que poderiam ser repassados à Cassi, provenientes de acertos do PAS - Programa de Assistência Social, que seriam devidos pelo banco à Cassi. A diretoria da Cassi havia montado um grupo de trabalho para apurar os dados e levantar documentos com esse objetivo. 
Também foi informado de recursos que entrariam na Cassi provenientes de recolhimento de contribuições sobre benefícios do INSS que não estavam no convênio e outros recursos que estão sendo apurados dentro da Cassi. 
Segundo o banco, estas medidas, juntamente com outras que já estão sendo discutidas na Cassi reforçarão o caixa daquela entidade de forma a não consumir a totalidade das reservas livres nos próximos quatro meses. 
NEGATIVAS 
O banco apresentou negativa quanto à proposta de contribuição sobre valor a ser distribuído da PLR, antes do repasse aos funcionários. Foi alegado que poderia fazer somente depois de individualizada a distribuição. Diante disso, os representantes dos funcionários solicitaram que houvesse também a contribuição patronal. 
O banco afirmou que não fará neste momento nenhuma antecipação de contribuição, como foi sugerido na negociação, da parte patronal sobre o 13º salário de novembro de 2015. 
As propostas de contribuições para a Cassi sobre acordos judiciais, acordos de CCP e CCV, inclusive a parte patronal, foi negada veementemente pelo banco, alegando risco jurídico e impactos em futuras discussões sobre a integralização de benefícios de aposentadoria.  
Os representantes dos funcionários questionaram as justificativas do banco, uma vez que não tem acontecido decisões judiciais neste sentido. Seria tão somente a negativa do BB em não querer contribuir a parte patronal sobre os acordos. 
NOVAS PROPOSTAS 
Considerando as dificuldades colocadas pelo banco na proposta de contribuição sobre a PLR, foi proposto que houvesse então uma contribuição sobre o lucro líquido do BB, conforme consta na minuta de reivindicações dos funcionários. O banco falou que a proposta é inviável por ter impacto muito alto na contabilização do valor no balanço do BB, devido à resolução da CVM. Os funcionários questionam as justificativas do banco, uma vez que se trata de contribuição que não impacta nas contribuições futuras do BB à Cassi. 
As entidades cobraram que o banco faça a antecipação das futuras contribuições sobre o saldo do BET para reforçar um pouco mais o caixa da Cassi até o final do ano, de forma a evitar situações que envolvam falta de atendimento em alguns locais. 
Esta antecipação de contribuição sobre o saldo do BET não onera em nada os funcionários, uma vez que os valores já seriam descontados quando os funcionários se aposentarem. 
Os representantes dos funcionários apresentaram uma lista de remunerações pagas pelo banco que não tem nenhuma contribuição para a Cassi, como os bônus dos executivos, o PDG e as indenizações do PAET. O Banco afirma que tem dificuldade na proposta, que valores seriam muito pequenos, mas que vai fazer a análise. 
PROPOSTA APRESENTADA  
Os representantes dos funcionários reafirmam a proposta apresentada ao Banco do Brasil pelos representantes dos eleitos pelos Corpo Social na Cassi, referendada pela comissão negociadora das entidades e pelos trabalhadores no 26º Congresso Nacional dos Funcionários do BB: 
- dois Aportes, de 300 milhões de reais, sendo um em 2015 e outro em 2016, para cobertura dos déficits até início do projeto piloto de ampliação da Estratégia Saúde da Família e implantação das medidas estruturantes; 
- Aporte extraordinário de 150 milhões para implantação do projeto piloto.  
Para Wagner Nascimento, coordenador da mesa de negociações, foi importante termos achado algumas soluções emergenciais, mas o número de negativas do BB ainda é muito grande. O banco teima em querer usar a resolução da CVM para justificar tudo. Percebemos que temos disposição de apresentar e debater propostas, mas o banco não quer pôr a mão no bolso, nem para questões emergenciais. (Fonte: CONTRAF CUT)
                       POSIÇÃO DA FAABB 
O sentimento é de que o Banco do Brasil, vendo rechaçada sua intenção de repassar para a CASSI os riscos atuariais expressos pelos 5,830 bilhões que é forçado provisionar em Balanço, estressa a negociação colocando toda sorte de óbice às medidas emergenciais sugeridas, coerentes, legítimas e em última instância nada mais são do que a obrigação do BB com a assistência à saúde de ativos, aposentados e pensionistas. 
Notem que o BB confessa dever à CASSI valores provenientes de acertos do PAS - Programa de Assistência Social. Isso traduz sua mais cruel face de gestor irresponsável, pois participando da gestão, falha com seus compromissos legais. 
A Deliberação CVM 695 transformou-se em principal desculpa do Banco do Brasil para evitar discutir qualquer alternativa de desembolso e assim, continua a ameaçar com o rompimento de suas responsabilidades quanto a saúde de ativos, aposentados e pensionistas. Ora, a CVM não trata de saúde. A CVM regula o que cada empresa tem a obrigação legal de consignar em balanço referente a seus compromissos assumidos e inalienáveis. A CASSI e nós, associados, não temos nada com isso. A CASSI tem a função de atuar preventiva e efetivamente na promoção e manutenção de nossa saúde, pois trata-se de compromisso do BB firmado em contrato de trabalho dos pré-1996, e principal atrativo para angariar interessados ao ingresso no BB.   
A FAABB entende que o Banco do Brasil quer levar a situação CASSI a impasses que não interessam ao funcionalismo e desmerecem sua história de banco público. Trata-se de atitude irresponsável de seus atuais gestores. Gestores chegam e vão, mas o BB fica! Assim devemos nos manter firmes, para que eventuais posições dos atuais gestores não tragam prejuízos irreparáveis a todos os associados CASSI. A FAABB reafirma sua posição de que há princípios inegociáveis, que são: 
1.         PREMISSAS:
a.         Manutenção do Princípio da Solidariedade.
b.         Manutenção da responsabilidade atuarial do BB.
c.         Manutenção do Programa de Assistência aos Crônicos
d.         Manutenção do Programa de Medicamentos 
Da Premissa Manutenção da Solidariedade 
Nós, trabalhadores, criamos a Cassi para que todos contribuíssem conforme suas possibilidades e usassem na medida de suas necessidades. Faz parte de nosso espírito associativista/mutualista, interagir com ações que garantam a todos que o benefício existirá quando cada um precisar. De sorte que esse é um príncípio inatacável que devemos preservar. 
Da Premissa Manutenção da responsabilidade atuarial do Banco do Brasil. 
A mesma Deliberação CVM que o Patrocinador BB usa como argumento para querer repassar à CASSI, os 5,830 bilhões que é obrigado a provisionar como compromisso pós-laboral, define muito bem em seus artigos 26 e 30:
 “Art. 26. Benefícios pós-emprego incluem itens como, por exemplo, os seguintes:
(a) benefícios de aposentadoria (por exemplo, pensões e pagamentos únicos por ocasião da aposentadoria); e
(b) outros benefícios pós-emprego, tais como seguro de vida e assistência médica pós-emprego. ”  
O Patrocinador BB não contribui para os aposentados junto ao Plano de Saúde CASSI por liberalidade. Ele continua contribuindo, porque assim está obrigado. A mesma Deliberação CVM assim disciplina em seu art. 30 letra “a: é obrigação de a entidade patrocinadora oferecer os benefícios pactuados aos atuais e aos ex-empregados.” 
Aceitar os 5,830 bilhões de reais proposto pelo Patrocinador, além de doar direitos dos aposentados - a CASSI passará a assumir o risco atuarial que hoje é ônus do Banco do Brasil.  
2. Reafirmamos que a cobertura do déficit 2014 e 2015 é de responsabilidade do BB. 
A responsabilidade do Patrocinador BB no atual déficit é aferida pela sua política salarial de arrocho no passado e pelas constantes alterações nos Planos de Cargos e Salários de seu pessoal da ativa. Aposentados e pensionistas estão atrelados ao reajuste do Benefício PREVI/INSS que nos últimos anos ficou em torno de 6,0%, sendo que, no ano de 2013 o reajuste da PREVI foi de apenas 3,87%. O funcionalismo da ativa, ultimamente, tem recebido cerca de 2 pontos percentuais acima da inflação, mas, no passado o Banco praticou um arrocho salarial, e as sequelas ficaram. De sorte que concluímos que a defasagem nos benefícios e salários do pessoal da ativa são os principais fatores que vêm inviabilizando o custeio do Plano CASSI ASSOCIADOS. Haja vista que, a contribuição de 3% dos associados, acrescida da do patrocinador de 4,5%, ao longo dos anos, tem demonstrado que, nesse nível, elas já não são insuficientes para tornar o Plano equilibrado. 
3.         CUSTEIO SUBSEQUENTE: 
a.         Manutenção da contribuição atual:
i.          3% dos associados
ii.         4,5% do Banco;
b.         Estabelecimento de piso de contribuição com base no parâmetro de 7,5% calculado sobre o salário médio pago pelo Banco, consideradas todas as verbas de natureza remuneratória. A diferença positiva entre esse piso e 7,5% da remuneração de cada associado  deverá ser coberta pelo Banco; 
Exemplificando: Supondo-se que o salário médio (consideradas todas as verbas) pago pelo Banco seja de R$ 6.000,00, temos que a contribuição para a CASSI, de 7,5%, é de R$ 450,00. Se a remuneração do associado nº 1 for de R$ 4.000,00, a receita da CASSI será de R$ 300,00, caso em que o Banco cobrirá a diferença positiva de R$ 150,00 (450 – 300). Se a remuneração do associado nº 2 for de R$ 8.000,00, a receita será de R$ 600,00. A diferença será negativa de R$ 150,00 e portanto não haverá cobertura do Banco, mas também ele não poderá reduzir a contribuição dele em R$ 150,00. 
O estabelecimento de piso para as contribuições do Banco se justifica pelo fato de que ele rebaixou o salário de ingresso ao nível mais baixo do mercado, porém oferece como salário indireto o plano de saúde da CASSI a um custo extremamente baixo, de modo que a receita por ela auferida, de 7,5%, é absolutamente insuficiente em face da assistência a que ela está obrigada a prestar. Em qualquer parte do mundo salário indireto é custeado exclusivamente pelo empregador.
c.         Os eventuais déficits apurados ao final de cada ano, serão cobertos no exercício seguinte, em 13 parcelas compartilhadamente, como  segue: 
i.          Pelo Banco – 60%
ii.         Pelos associados – 40%  
Se mesmo aplicando as medidas saneadoras, como redução de despesas administrativas e adoção do modelo de atendimento denominado “Modelo Integral de Atenção à Saúde”, a ser implementado através da “Estratégia de Saúde da Família”, mantendo-se os Programas PAC e PAF, ainda assim em função dos custos saúde historicamente crescentes a CASSI Plano Associados vir a apresentar déficits futuros, somente então se aplica a fórmula de cobertura na mesma proporção das contribuições: 60% e 40%, em parcelas. 
4.         GESTÃO - Medidas a adotar como condição prévia para qualquer alteração estatutária: 
Tomadas as medidas sugeridas e superado o déficit atual, nenhuma reforma estatutária será submetida ao Corpo Social sem que antes se faça auditorias independentes na área Administrativa e na área Operacional (Processos). 
a.         Auditorias independentes:
i.          Na área Administrativa
ii.         Na área Operacional (Processos)

5.         MEDIDAS DE LONGO PRAZO:
a.         Aperfeiçoamento do sistema administrativo.
b.         Adoção do modelo de atendimento denominado “Modelo Integral de Atenção à Saúde”, a ser implementado através da “Estratégia de Saúde da Família”.
c.         Não extinção do PAC e do PAF 
Atenciosamente
Isa Musa de Noronha