segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ANABB em FOCO - 26.09.2016

Extraímos   do site   da   ANABB,   desta     data,   e transcrevemos adiante, a avaliação positiva daquela associação, em 19.06.2016,  da   minuta de  proposta do BB para o equacionamento do déficit da CASSI.
Junto com a aprovação da AAFBB, da FAABB, da CONTRAF, da CONTEC e de sindicatos que compõem a Mesa de Negociações, a proposta será submetida à aprovação das instâncias decisórias da CASSI e do BB e, CASO APROVADA, ENCAMINHADA PARA CONSULTA AO CORPO SOCIAL DA CASSI.
Fizemos  questão de colocar em formato maiúsculo e sublinhar o final do comunicado que diz “CASO APROVADA, ENCAMINHADA PARA CONSULTA AO CORPO SOCIAL DA CASSI”, para esclarecer terminantemente os associados da CASSI, e desfazer diversos comentários e opiniões equivocadas que circulam na internet em grupos de aposentados e funcionários da ativa do BB, de que a decisão de aprovação sobre a proposta apresentada pelo BB para o equacionamento do déficit  da CASSI, seria fruto de uma decisão unilateral dos órgãos que compõem a Mesa de Negociação.
Assim, frisamos mais uma vez, para que não paire qualquer dúvida sobre esse ponto, de que a decisão sobre a aceitação ou não da Proposta do BB para o equacionamento do déficit da CASSI caberá exclusivamente ao CORPO SOCIAL DA CASSI.
Expressamos nossa opinião pessoal de que, após mais de um ano e meio de intensas e extenuantes discussões, e tratativas em várias rodadas de negociação, essa foi a melhor proposta apresentada, e que ainda pode ser aperfeiçoada em pontos específicos.
Face a uma situação calamitosa que vem provocando descredenciamento de instituições e de profissionais da área de saúde, e de exiguidade de atendimento para os associados da CASSI, não seria mais aceitável nem tolerável protelar a solução desse problema que vem se estendendo por um tempo excessivo ao custo do sacrifício da saúde dos associados da CASSI e de suas famílias.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

O futuro da Cassi: ANABB avalia positivamente minuta de proposta para equacionamento de déficit
Após amplo debate com as entidades que compõem a Comissão de Negociação da Cassi, a ANABB informa aos associados que está de acordo com a minuta de proposta final apresentada pelo Banco do Brasil para equacionar o déficit do Plano de Associados da Cassi.
As entidades tomaram conhecimento da proposta final do Banco em reunião realizada no dia 5 de setembro. Na oportunidade, o Banco apresentou melhorias em relação ao que já havia sido proposto, principalmente em relação ao valor a ser investido na Cassi.
Após a avaliação e a concordância das associações representativas de funcionários e aposentados como ANABB, AAFBB e FAABB, além da Contraf, Contec e Sindicatos que compõem a Mesa de Negociação, a proposta será submetida à aprovação das instâncias decisórias da Cassi e do BB e, caso aprovada, encaminhada para consulta ao Corpo Social da Cassi.
A proposta apresentada pelo Banco contempla três grupos de ação e são os seguintes: o primeiro tratará de “Governança, Gestão e Operação”, o segundo de “Investimentos” e o terceiro fará o Acompanhamento dos Investimentos”.
As ações do primeiro grupo serão desenvolvidas em duas fases: serão realizados projetos estruturantes financiados pelo Banco para melhoria e revisão de processos e sistemas e para aperfeiçoamento do modelo de gestão e de governança. Essa fase de projeto (diagnóstico, modelagem e planejamento da implementação) se dará até dezembro de 2016.
A segunda fase de implementação irá até dezembro de 2017.
O segundo grupo de ações, “Investimentos”, objetiva prover de recursos financeiros para que a Cassi continue atuando. Até dezembro de 2019, a Cassi receberá R$ 40 milhões mensais para garantir suas operações essenciais, e serão assim divididos: o BB entrará com R$ 23 milhões por mês e os participantes da Cassi farão uma contribuição extraordinária de 1% mensal do salário/benefício, totalizando cerca de R$ 17 milhões.
O terceiro será de “Acompanhamento dos Investimentos”, o que significa que a Cassi fará uma prestação de contas trimestral ao patrocinador e, por meio das entidades que compõem a Comissão de Negociação, ao Corpo Social. Nessa etapa também haverá aperfeiçoamento do sistema de recrutamento e seleção.
Para garantir aos associados total conhecimento do que está sendo proposto, a ANABB realizará, em breve, um encontro com todas as entidades que integram a Comissão de Negociação e outras que desejarem. O objetivo da reunião é fazer uma exposição detalhada da proposta final do BB, de forma que os representantes das entidades possam dirimir todas as dúvidas e, assim, transmitir uma informação homogênea e confiável aos associados da Cassi de todo país.
Detalhamento das etapas:
De acordo com a proposta final apresentada pelo BB, a primeira etapa do acordo contempla a contratação de uma empresa especializada para o desenvolvimento de projetos para melhoria e revisão de processos e sistemas da Cassi; e aperfeiçoamento do modelo de gestão e governança. A empresa será contratada pelo Banco do Brasil, que arcará com os custos do contrato. Serão, no total, 16 meses para diagnóstico dos problemas e implementação das propostas.
O valor a ser investido mensalmente pelo BB – R$ 23 milhões – não será na forma de custeio, mas sim a título de ressarcimento de custos em programas de saúde vinculados ao Plano de Associados da Cassi. Os associados, por sua vez, vão investir R$ 17 milhões por mês. Veja Tabela 1.
Tabela 1: Proporcionalidade contributiva proposta no acordo
Categoria
Valor
(milhões)
% em relação aos
R$ 40 milhões

Participante

R$ 17

42,5%

Patrocinador

R$ 23

57,5%

Total

R$ 40

100%
A terceira etapa inclui a criação de uma nova estrutura de assessoramento ao Comitê de Auditoria (COAUD) e melhoria nos processos de recrutamento e seleção de colaboradores, bem como a implementação de melhorias no sistema de avaliação de desempenho operacional de todas as áreas da Cassi.

Ao longo dos 16 meses de negociação, a Comissão de Negociação, formada pelas entidades de representação dos funcionários ativos e aposentados, e entidades de representação sindical, trabalhou para construir consensos em torno de diversas propostas de solução apresentadas para a Cassi, dentre os quais a de investimentos no Modelo de Atenção Integral à Saúde, a da manutenção do princípio da solidariedade como premissa fundamental do Plano de Associados, a da corresponsabilidade entre o BB e os associados e, ainda, a manutenção da garantia de cobertura para funcionários ativos, aposentados, dependentes e pensionistas.

No acordo proposto, não haverá alteração estatutária. A consulta ao corpo social é necessária para autorização do débito da contribuição extraordinária. As responsabilidades do Banco estão sendo mantidas, bem como a garantia estatutária da proporcionalidade contributiva de 1 (associados) x  1,5 (BB). Os programas sociais PAF e PAD, por exemplo, também estão sendo preservados.
Diferença na contribuição:
A ANABB compreende eventual preocupação de associados em relação ao aumento das contribuições. Por isso, fez um breve levantamento sobre o impacto que a contribuição extraordinária trará para o bolso dos associados. Mesmo sabendo das dificuldades, a ANABB destaca que a minuta do acordo foi ajustada de forma que os funcionários da ativa, aposentados e pensionistas tivessem o menor impacto possível em seus orçamentos. No entanto, é importante enfatizar que sem essa contribuição extraordinária e o aporte do BB ficaria muito difícil encontrar soluções para assegurar um futuro sustentável para a Cassi. 

O levantamento feito pela ANABB levou em consideração os salários dos participantes entre R$ 3 mil e R$ 20 mil. Tendo em vista a atual contribuição dos associados na Cassi que é de 3% e a contribuição extraordinária de 1%, a diferença entre o que se paga hoje e o que se pagará, caso a proposta seja aprovada pelo Corpo Social da Cassi, vai variar entre R$ 30 e R$ 200. Por exemplo, para o associado que ganha mensalmente R$ 4 mil, é descontado R$ 120 para a Cassi. No período de ajuste (até dezembro de 2019), esse valor passa a ser de R$ 160,00, ou seja, uma diferença de R$ 40,00 entre o que é cobrado hoje e o que está sendo proposto. 
Veja mais exemplos na Tabela 2.
Tabela 2 - Impacto Mensal da Contribuição Extraordinária até dezembro de 2019
Faixa de Renda
Percentual Atual
Contribuição extraordinária
Diferença Mensal
3,00%
+ 1 % (extra)
R$ 3.000,00
R$ 90,00
R$ 120,00
R$ 30,00
R$ 4.000,00
R$ 120,00
R$ 160,00
R$ 40,00
R$ 5.000,00
R$ 150,00
R$ 200,00
R$ 50,00
R$ 7.000,00
R$ 210,00
R$ 280,00
R$ 70,00
R$ 10.000,00
R$ 300,00
R$ 400,00
R$ 100,00
R$ 15.000,00
R$ 450,00
R$ 600,00
R$ 150,00
R$ 20.000,00
R$ 600,00
R$ 800,00
R$ 200,00


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

AAFBB em FOCO - 23.09.2016



RESPOSTA A UM COMENTÁRIO – 23.09.2016

Companheiros,

Mais uma vez sou alvo de um comentário ofensivo na rede de funcionários, ao qual dei a devida resposta em meu blog.
Gostaria de ter mantido esse assunto restrito ao blog.
Mas, não satisfeito, o comentarista publicou seu comentário na rede, mais precisamente no (bbfuncionários) resumo 4308, de 23.09.2016.
Como não tenho vocação para ser uma GENI (como gosto do Chico Buarque nesse aspecto), transcrevo adiante o comentário e a minha resposta dentro do  mesmo nível de argumentação.
Registro que passagens como essas são corriqueiras para quem tem um blog.
Recebo um número imenso de mensagens e comentários ofensivos, os quais deleto.
Mas asseguro a todos, quer gostem ou não, que não abdicarei de me expressar de pronto, vigorosa e livremente em defesa das posições que considero certas, e que continuarei a reagir dentro da medida adequada contra qualquer agressão do qual seja alvo.
Esse é o exercício pleno da liberdade de expressão em uma democracia.

Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ABABB, AFABB-RS e ANAPLAB

 23 de Set de 2016 12:27 am . Enviado por:

Que farra, hein Adair?!... Uma lição prática de bom-viver...
 Nada como a abundância de corrente da acumulação...
Só faltou fazeres referências às marcas, cepas, regiões e safras dos bons vinhos, e aos porventura serviços de porcelana, prata e linho...
Fico pensando até num maître de escuro tropical inglês e em garçons de libré.
Tudo com o nosso minguado dinheirinho, cada vez menor a cada mês, na hora de contarmos as merrequinhas para o arroz,o feijão e a cachaça no supermercado...
Congratulações!!!... Vive la republique!!!... des Princes...
Um abraço lumpensino deste mendiant...
Zilton Tadeu

Resposta deste blogueiro:
22 de setembro de 2016 21.15h
Caro Zilton Tadeu,
Esses almoços na AAFBB não são gratuitos.
São PAGOS e bem pagos. E do PRÓPRIO BOLSO de cada companheiro que vai a esses convescotes.
Não se preocupe porque NADA é PAGO COM SEU DINHEIRO E NEM COM O DINHEIRO DE NENHUM OUTRO ASSOCIADO.
Eu não bebo nada alcóolico.
Mas, se um colega uma vez por mês, tomar um pouco de vinho também PAGO de seu próprio bolso, não considero isso um pecado.
Não existem serviços de porcelana, prata e linho.
Muito menos maitre de escuro tropical inglês e garçons de libré.
São pratos simples e baratos de louça e os garçons nem gravata usam.
Mas a comida é boa e gostosa e é preparada por uma equipe dedicada e amiga.
É um ambiente alegre, descontraído, caloroso e acolhedor.
Tenho um imenso prazer de comparecer a esses almoços.
São momentos em que desfruto da companhia de ex-colegas do BB com os quais trabalhei há décadas atrás.
Podemos não ser ricos, mas não somos medíocres e procuramos ser alegres e manter o alto astral.
E, o mais importante nesses encontros, é ouvir e discutir com dirigentes que se dedicam com denodo, muito esforço e inteligência para resolver os sérios problemas que atingem nossa categoria.
Seria muito importante que você fosse a um almoço como esse.
Se você está nesse miserê que você proclama, eu pago seu almoço... e, se quiser, com vinho.
Ou melhor, não vá a esse almoço e nem à associação.
Você não será bem-vindo. Você vai nos constranger.
Você está delirando. Vá se tratar. Vá a um psiquiatra.
Não gosto de ter pena de ninguém. Não me faça ter pena de você.
Durma bem e procure ser feliz.
Adaí  Rosembak

P.S.: Aproveito este ensejo, para recomendar a todos, independentemente de qualquer opção política ou ideológica, a leitura do eletrizante livro “ALERTA VERMELHO”, de BILL BROWDER.
Baseado em fatos reais. Esse livro mostra o ambiente atual da Rússia Capitalista, sob o comando de VLADIMIR PUTIN.
O livro, que nos prende da primeira à última página, mostra fotos dos personagens envolvidos na diabólica trama que gerou a Famosa Lei MAGNITSKY, em defesa dos direitos humanos dentro dos Estados Unidos.
É uma leitura imprescindível para advogados, diplomatas, políticos, financistas, estudiosos de relações e comércio internacionais e pesquisadores da área, que queiram entender a complexidade das relações entre países na atualidade.
BILL BROWDER colocou vários vídeos no YouTube, que provocaram uma reação internacional contra o assassinato de Sergei Magnitsky, que era seu advogado em Moscou.
Uma outra mostra desse caso, pode ser vista no site “WWW:RUSSIAN-UNTOUCHABLES.COM/ENG

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

AAFBB em FOCO - 21.09.2016

Mais uma vez tive o imenso prazer de ir ao almoço mensal promovido  pela AAFBB aos seus associados.
Esses encontros são momentos de congraçamento e alegria.
A Presidente da AAFBB, Célia Laríchia, abriu o evento, comunicando que, ao final do repasto, seriam dadas informações importantes sobre assunto de interesse da categoria.
Ato contínuo, convidou   o chefe da área da cozinha que comunicou as opções do almoço.
O cardápio não poderia ter sido mais saboroso: peixe ao molho de camarão/ ou filé mignon ao molho madeira, salada de palmito, purê de batata e arroz com legumes.
A salada de palmito estava -  simplesmente -  divina.
De sobremesa, sorvete de creme ou mamão.
Fiquei sentado junto dos amigos Mário Bastos, Nelson Leal e Waldyr Argento. Uma turma do barulho.
O Mário estava à toda carga.
Alegre, alto astral, e com um repertório de estórias e piadas sem fim. Fiquei dividido entre rir ou almoçar.
Ele foi de camarão e filé mignon. Tudo regado a bom vinho. Alguém o chamou de glutão (Será que foi o Nelson?).
Não concordei, e retruquei que o Mário era uma pessoa de “papilas gustativas acrisoladas que tinham volúpia por acepipes ambrosíacos”.
O Gilberto Santiago apareceu para nos cumprimentar e, dentro de seu estilo diplomático, aproveitou para recomendar que eu focasse este blog, nos assuntos concernentes à PREVI e à CASSI, que nos atingem diretamente, e procurasse evitar temas de ordem política que, por espinhosos que são, muitas vezes, provocam discordância e mal-estar entre companheiros.
Tenho consciência de que, assuntos como política, religião e futebol, são opções pessoais que despertam paixões e que, até dentro de um mesmo núcleo familiar, devem evitar serem discutidos, sob pena de provocarmos conflitos e criarmos um ambiente desagradável.
Mas permito-me discordar de meu amigo Gilberto Santiago em um aspecto.
Religião e futebol são opções de cada pessoa, que tem de ser respeitadas e que não devem ser contestadas por quem quer que seja.
Mas a política, embora seja escolha de cada pessoa, não se restringe à seara de um único indivíduo e vai atingir, de forma vital, toda a sociedade.
A ação política, pode levar à miséria ou ao engrandecimento de uma sociedade.
Pode provocar guerras ou trazer a paz.
Por essa razão, o processo de impeachment exacerbou tanto as emoções da população, e provocou tantos choques pelo acirramento de posições entre os que eram a favor ou contra àquela decisão.
Este blogueiro, por também estar envolvido emocionalmente nessa contenda, também se viu no direito e, diria, até no dever de, como cidadão,  lutar e defender o que julgava certo.
Mas esse foi um momento que passou.
Independentemente de nossos princípios ideológicos ou políticos, estamos em outra realidade e temos um país por construir.
Por essa razão, é que, nos últimos artigos deste blog, procuramos nos centrar na reestruturação e fortalecimento da CASSI e da PREVI, que são os mais importantes focos de nossa categoria.
Espero que tenha atendido ao alerta do companheiro Gilberto Santiago.

Aprovação da proposta final do BB para a CASSI
A Presidente da AAFBB, Célia Laríchia, ao final do almoço, tomou a palavra para comunicar a todos que o assunto a ser discutido com os associados, seria a aprovação pela AAFBB da proposta de reestruturação da CASSI feita pelo BB.
Ato contínuo, chamou a colega Loreni de Senger, Conselheira Deliberativa da CASSI e Vice-Presidente do Conselho Deliberativo da AAFBB, que tem participado de todas as rodadas de negociação com o BB, para expor o assunto com mais detalhamento.
Loreni de Senger explicou que essas negociações com o BB já se estendem por um ano e meio.
Em 05.09.2016, o BB apresentou proposta para equilíbrio financeiro da CASSI às entidades que compõem a Mesa de Negociações (AAFBB, ANABB, FAABB, CONTRAF e CONTEC).
Os integrantes da Mesa, por unanimidade, concordaram que a proposta do BB, reunia condições de ser encaminhada à deliberação de cada uma das cinco entidades, as quais dariam sua posição final ao BB em encontro a ser marcado.
Se a proposta for aprovada, será assinado um Memorando de Entendimentos entre Mesa de Negociações e o BB. Esse processo passará pelos órgãos de governança da CASSI (Diretoria e Conselho Deliberativo) para deliberação e, finalmente, será formulada a consulta ao Corpo Social, a quem cabe a decisão final.
Em resumo, a parte financeira da proposta é a seguinte:
O ingresso mensal de recursos será de R$ 40 milhões, sendo que o BB entrará com R$ 23 milhões mensais até dezembro/2019, e os associados com uma contribuição extraordinária de 1% mensalmente, o que corresponde a R$ 17 milhões mensais, também até dezembro de 2019.
O BB pagará integralmente a consultoria que será contratada para estudar/ajustar/acompanhar o projeto de estratégia de saúde da família, que será implementado nesse período.
O presidente do CODEL, Gilberto Santiago, fez uma intervenção para concordar com a decisão de aprovação da AAFBB à proposta a ser encaminhada à Mesa de Negociações, mas fez observações sobre índices de reajuste dos valores a serem aportados pelos associados e pelo BB. Também foi perguntado se a proposta esclarecia de forma clara se esses reajustes seriam feitos, e dentro de quais índices.
Loreni de Senger voltou a tomar a palavra e esclareceu que esses índices seriam reajustados dentro das condições mais favoráveis aos associados.
A seguir, Loreni de Senger, voltou a abordar aspectos relacionados à proposta apresentada pelo BB, principalmente de detalhes sobre a implementação de suas três etapas, e que já foram objeto, neste blog, da nota “AAFBB em FOCO”, de 13.09.2016.
Ao final, colegas fizeram algumas perguntas e o convescote foi coroado com um discurso do querido companheiro Bento, que sempre é finalizado com  salva de palmas de todos os presentes.
Voltamos a lembrar aos associados para acessarem o site da AAFBB que sempre   publica novos comunicados a respeito da reestruturação da CASSI e nos mantém atualizados sobre outros assuntos relevantes de nosso interesse.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

AAFBB em FOCO - 13.09.2016

AAFBB aprova proposta final para a CASSI
Companheiros,
Estamos passando por um processo de mudanças tão impactantes e rápidas no cenário político e econômico brasileiro que mais parece um filme em projeção acelerada que mal conseguimos acompanhar.
Essa situação nos passa angústia e insegurança sobre o que ainda vem pela frente e de como seremos atingidos no desenrolar desse processo.
A melhor forma de encarar esse momento é voltar nossas atenções para os nossos nichos de interesse que, diríamos, constituem a micro-política, cujos efeitos vão nos atingir em razão da macro-política.
Por essa razão, transcrevemos adiante o artigo “AAFBB aprova proposta para a CASSI”, de 13.09.2016.
Particularmente, emitimos nossa opinião pessoal de que, neste momento de tanta turbulência na vida política do país, essa foi a melhor e mais sábia decisão tomada pela AAFBB sobre a CASSI, que é um tema que vem sendo discutido há muito tempo, e que já foi alvo de várias rodadas de negociação.
Como se diz no linguajar popular, “o mar não está para peixe”, ou “é melhor um pombo na mão do que dois voando”.
Não podemos esquecer que a CASSI é um órgão em constante mutação e que, no futuro, nos defrontaremos com novos desafios que poderão nos trazer resultados mais profícuos do que os ora alcançados.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB


AAFBB aprova proposta para a CASSI

Na tarde desta segunda-feira, 12/9, foi apresentada na reunião do Conselho Deliberativo da AAFBB, conduzida por seu Presidente Gilberto Santiago, a proposta final entregue pelo Banco do Brasil à Mesa de Negociações da Cassi, visando ao equilíbrio financeiro da entidade.
A Presidente do Conselho Administrativo Celia Larichia, que representa a Associação na Mesa, apresentou o detalhamento da proposta aos Conselheiros Deliberativos, prestando todos os esclarecimentos necessários, tendo sido a mesma aprovada integralmente pelo Conselho.
Também participou da reunião, a Conselheira Deliberativa da Cassi e vice-presidente do Conselho Deliberativo da AAFBB, Loreni de Senger, prestando informações relevantes para subsidiar a decisão do Conselho.
Entenda a tramitação da proposta:
Após um ano e meio de reuniões o BB apresentou em 05/9/16 proposta para equilíbrio financeiro da Cassi às cinco entidades nacionais que compõem a Mesa de Negociações (AAFBB, ANABB, FAABB, CONTRAF e CONTEC), formada com o objetivo de discutir alternativas para a sustentabilidade da Caixa de Assistência.
Os integrantes da Mesa, por consenso, entenderam que a proposta apresentada pelo BB reúne condições de ser encaminhada às instâncias de deliberação de cada uma das cinco entidades, as quais darão sua posição final ao BB em reunião a ser agendada.
Sendo aprovada pela Mesa de Negociações, o próximo passo será a assinatura de um Memorando de Entendimentos entre a Mesa e o BB. O processo tramitará pelos órgãos de governança da Cassi (Diretoria e Conselho Deliberativo) para deliberação, e finalmente será formulada a consulta ao Corpo Social, a quem cabe a decisão final.
Resumidamente, a parte financeira da proposta é a seguinte:
O ingresso mensal de recursos será de RS 40 milhões, sendo que o BB entrará com RS 23 milhões mensais até dezembro/2019 e os associados com uma contribuição extraordinária de 1% mensalmente até dezembro 2019, o que corresponde a RS 17 milhões mensais.
O BB também pagará integralmente a consultoria que será contratada para estudar/ajustar/acompanhar o projeto da estratégia de saúde da família, que será implementado durante esse período.
Acompanhe na íntegra a proposta apresentada pelo BB.
A proposta integral contempla 3 etapas:
– a primeira, a de Governança, Gestão e Operação, com desenvolvimento de projetos de melhoria e revisão de processos e sistemas, com o apoio de empresa de consultoria especializada, visando o aperfeiçoamento do modelo de gestão e de governança;
– a segunda com investimentos de cerca de 40 milhões de reais mensais, até dezembro de 2019, sendo 1% do salário ou benefícios dos associados ativos, aposentados e pensionistas, e 23 milhões mensais, até dezembro de 2019, mais o pagamento da consultoria especializada pelo Banco do Brasil.
– a terceira etapa, chamada de Acompanhamento dos Investimentos, prevê a prestação de contas trimestral pela Cassi, ao Patrocinador e ao Corpo Social, por meio das entidades representativas que compõem a Mesa, em relação ao andamento dos projetos a serem desenvolvidos.
Está prevista também instituição de uma estrutura de assessoramento ao Comitê de Auditoria (COAUD), além do aperfeiçoamento do sistema de recrutamento e seleção dos funcionários da Cassi, bem como a implementação de melhorias no sistema de avaliação de desempenho operacional de todas as áreas da Caixa de Assistência.
Ao longo de 16 meses de negociação, a Comissão de Negociação formada pelas entidades de representação dos funcionários ativos e aposentados trabalhou para construir consensos em torno da Cassi, dentre os quais o investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde através da Estratégia Saúde da Família, manutenção do princípio da solidariedade como premissa fundamental do Plano de Associados, a corresponsabilidade entre BB e associados e, ainda, a garantia de cobertura para ativos, aposentados, dependentes e pensionistas.
Durante as negociações foi feito acompanhamento dos recursos financeiros da Cassi e negociadas soluções de reforço de caixa, como a antecipação dos recursos do 13º, proposta ao Banco, que fez com que os recursos disponíveis fossem suficientes para o pagamento dos compromissos com os prestadores de serviço e a manutenção do atendimento aos associados.
Nos debates com o BB, após a apresentação da proposta, os representantes das entidades cobraram do Banco que o ponto de partida dos projetos a serem desenvolvidos sejam os de ações estruturantes já debatidos na Mesa de Negociação, e que a peça orçamentária da Cassi para o próximo exercício deverá prever a estimativa de investimentos no Modelo de Estratégia Saúde da Família.

domingo, 11 de setembro de 2016

OPERAÇÃO GREENFIELD - Comunicado 4 - 11.09.2016

Mudança no Comando da PREVI
Adiante reproduzimos o artigo “Governo mudará o comando da PREVI, maior fundo de pensão da América Latina”, de autoria do jornalista Antônio Temóteo, publicado no “Blog do Vicente”, na seção de Economia, nesta data, no jornal Correio Braziliense.
O autor da matéria cita “assessores do Presidente Temer”, mas não cita nomes e nem a área do governo de onde extraiu a matéria, assim não podemos confirmar se é uma notícia fidedigna ou se é mais um boato plantado na mídia com o intuito de desestabilizar a PREVI e denegrir seus dirigentes.
A Operação GREENFIELD está em pleno andamento e nenhuma autoridade governamental se manifestou a respeito do assunto.  
Portanto, achamos prematuro fazer ilações precipitadas sobre a matéria que, além de prejudicar a PREVI, venham a levar pânico a seus beneficiários, dependentes e pensionistas.
De qualquer forma, temos de estar atentos, pois o Governo Temer precisa apresentar resultados rápidos para reverter a situação desesperadora e caótica em que se encontra a economia do país, herança do governo anterior.
Nesse afogadilho para tomar medidas para ajustar a economia, muitos erros surgirão em razão da precipitação e de pressões diversas.
Assim, devemos estar alertas para detectar situações que venham a agredir nossos interesses e devemos nos manter preparados para lutar pelos nossos direitos.
Um exemplo claro desse tipo de conduta açodada, foi o recuo do Ministério da Fazenda no intuito de mudar regras do FGTS, que prejudicariam os trabalhadores.
Voltamos a repetir que é fundamental que surja uma oposição responsável dentro do Congresso para fazer um contraponto com os partidos políticos que formam a base do governo.
A oposição atual está totalmente desestruturada diante do impacto do impeachment, e o que se vê são as mesmas figuras políticas viciadas que foram derrotadas naquele processo, completamente perdidas, a fazerem constantes protestos de rua com o slogan de “Fora Temer” e com o intuito de promover eleições imediatas, já que não conseguiram salvar Dilma Rousseff do cadafalso.
Novas eleições só serão em 2018 e ponto final.
Querer rasgar a Constituição, afrontar os Poderes Judiciário e Legislativo, promover protestos seguidos, muitos apoiados por black-blocs, que só prejudicam e enfurecem a população é uma atitude irracional.
A oposição precisa se reinventar para lutar pelos reais objetivos da classe trabalhadora, lutar pelos seus direitos e seu bem-estar.
O povo quer que o país seja colocado nos eixos.
O povo não quer colocar fogo no país e nem provocar um banho de sangue.
O povo quer progresso, quer empregos, quer casa, quer segurança, quer boa alimentação, quer saúde e boa educação para seus filhos.
O povo quer que o país saia da situação em que nos encontramos, resultado de utopias políticas ultrapassadas, corrupção desenfreada em todas as esferas, desestruturação econômica que arrasou empresas estatais e privadas, causou desemprego de milhões de pessoas em uma escala jamais vista no país, desmoralizou a imagem do país no exterior, e acabou com a competitividade da nação.
O povo quer, como está expresso em nossa bandeira, “Paz e Progresso”.
Por isso, rezamos pelo surgimento de uma oposição reestruturada, revitalizada, atuante e antenada com os reais objetivos de nosso povo e nosso país.
ADAÍ  ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

“Governo mudará o comando da PREVI, maior fundo de pensão da América Latina”
A Operação Greenfield, que investiga fraudes bilionárias nos fundos de pensão de estatais, fará mais novas vítimas.
O governo já definiu que mudará o comando da Previ, dos empregados do Banco do Brasil.
Assessores do presidente Michel Temer detalharam que Gueitiro Matsuo Genso, que comanda a maior entidade fechada de previdência complementar da América Latina, com R$ 163,1 bilhões de patrimônio, será substituído.
Um executivo com perfil técnico, com trânsito com a cúpula do banco e do Ministério da Fazenda, deve ser o escolhido para o posto. 
Genso tomou posse no cargo em fevereiro de 2015, indicado pelo então presidente do banco, Alexandre Abreu. Técnico sem vinculação partidária, o presidente da Previ será trocado em meio à estratégia do governo de cortar os laços com todos os ocupantes de postos chaves que receberam a aprovação da ex-presidente Dilma Rousseff.
O processo foi acelerado com a Operação Greenfield. Genso não é investigado pela Polícia Federal (PF), nem pelo Ministério Público (MP), mas não tem respaldo político do governo para permanecer no posto. 
A chegada de Genso coincidiu com o fim dos anos de bonança do fundo.
Mesmo sem ser o responsável direto pela escolha das aplicações que acarretaram o déficit de R$ 16,1 bilhões acumulado no ano passado, foi durante a sua passagem que a entidade precisou se desfazer dos R$ 12 bilhões de superávit acumulado até 2014 para cobrir um rombo que superaria os R$ 28 bilhões. 
Pelas normas do setor, caso a Previ apresentasse déficit de até 8,1% de sua reserva matemática — o equivalente a R$ 11 bilhões —, não haveria necessidade de equacionamento. Após um ajuste de precificação, o déficit caiu para R$ 13,91 bilhões. Desse valor, subtrai-se o limite aceito para então se chegar ao valor que deverá ser equacionado, de R$ 2,91 bilhões. Para saná-lo, serão necessárias contribuições adicionais de participantes e da patrocinadora por até 18 anos. Até julho, o rombo total tinha caído para R$ 14,44 bilhões. 
A Previ explicou que R$ 13,4 bilhões do déficit se devem à perda de valor das ações de Vale, Banco do Brasil, Neoenergia, Petrobras e Bradesco.
Entre os investimentos investigados na Operação Greenfield está a Invepar, empresa criada em 2000 que administra diversas concessões entre rodovias, aeroportos e metrôs. 
O fundo de pensão detalhou que a Invepar sofreu com a queda do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos três anos, que implicou menor tráfego de carros e caminhões pelas suas concessões rodoviárias e redução da oferta de voos.
Outro ativo da Previ investigado pelo MPF e pela PF é o Fundo de Investimento em Participações (FIP) Sondas, que controla a Sete Brasil. Na época de sua criação, o fundo aportou R$ 180 milhões na empresa, mas não aumentou a participação. A Sete está mergulhada em dívidas e os recursos investidos foram provisionados como perdas. 
A Previ ainda é cotista do FIP Global Equity — com R$ 82 milhões —, que aplica em construção e venda de imóveis residenciais e comerciais, também investigado pela Greenfield.
A entidade alegou que, ao perceber que o gestor não cumpria seu papel, liderou o processo de substituição e está tentando reaver os valores investidos. 
Brasília, 07h30min
fonte.....http://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/governo-mudara-o-comando-da-previ-maior-fundo-de-pensao-da-america-latina/

sábado, 10 de setembro de 2016

OPERAÇÃO GREENFIELD - Comunicado 3 - 10.09.2016

VISÕES SOBRE a GOVERNANÇA da PREVI e das DEMAIS EFPCs .
Em razão da Operação GREENFIELD, muitas reformas deverão surgir no modelo de governança da PREVI e das demais EFPCs.
A respeito desse tema, exponho adiante as opiniões dos companheiros JOÃO ROSSI NETO e ARISTOPHANES PEREIRA, que abordam esse assunto.
Extraí essas peças do blog do colega ARI ZANELLA que, com muita oportunidade, publicou as reflexões dos companheiros citados.
É natural que surjam contestações a aspectos pontuais sobre as colocações em foco, até porque não existe nenhum sistema imune a desvios e influências externas.
É fundamental para a seriedade da governança da PREVI e de qualquer outro fundo de pensão, que suas gestões sejam absolutamente transparentes e que existam mecanismos independentes de fiscalização e intervenção, como está ocorrendo no momento com a Operação GREENFIELD.
Consideramos importante que opiniões desse nível venham à baila e que contribuam para a implementação de gestões cada vez mais aprimoradas da PREVI e das demais EFPCs.
ADAÍ  ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB


OPINIÃO DE JOÃO ROSSI NETO SOBRE ELEIÇÕES NA PREVI

É NECESSÁRIO APRIMORAR A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS EPFCs DEFINIDAS NA LC 108/2001, RETIRANDO OS GESTORES DOS PATROCINADORES E DOS FUNDOS DE PENSÃO, RECRUTANDO TODOS OS TITULARES NO MERCADO SOB O CRIVO DA MERITOCRACIA.

Sempre fui contra o processo eleitoral para escolher os representantes dos participantes e assistidos na PREVI. Como essa exigência é regulamentada na LC 108/2001, nada se podia fazer a não ser cumpri-la, conquanto alterações no seu texto dependeriam da vontade do governo e este não tinha interesse em modificá-la.
Em consequência do Voto de Minerva conferido aos patrocinadores por essa mesma lei e sempre utilizado em favor destes, em prejuízo dos interesses dos associados, os nossos eleitos, por mais experientes, trabalhadores e bem-intencionados que fossem, por falta de autonomia (voo de pato) e poder de decisão, nada podiam fazer e, de fato, não fizeram ao longo de todo o tempo, e nenhum tipo de melhoria foi agregado aos nossos benefícios, derivado da atuação direta dos eleitos.
Nem mesmo conseguiram elevar o prazo do Empréstimo Simples para 180 meses ou mais, no caso da PREVI, com o escopo de reduzir o valor das prestações e satisfazer as necessidades dos tomadores.
De outra parte, impedidos por um Regulamento Interno leonino, uma espécie de mordaça, um pacto de silêncio forçado, “interna corporis”, onde os eleitos sequer passam para o Corpo Social os resultados de votações de matérias polêmicas que os afetam financeiramente dentro dos fundos, em patente e flagrante falta de transparência, independente da presença dos representantes eleitos no calor dos acontecimentos.
As decisões estratégicas ou não, obrigatoriamente ficam intramuros e a “Caixa-Preta” permanece hermeticamente fechada e protegida. Os gestores que quebrarem o pacto de honra e promover a divulgação de assuntos internos, sobretudo os eleitos, estarão sujeitos a processo administrativo disciplinar que poderá culminar com a perda do cargo.
Neste contexto, com a sonegação das informações, os associados somente tomam ciência de irregularidades e de operações espúrias nos fundos através da imprensa e, assim, não há o que denunciar após os fatos consumados.
Com aparência de normalidade e legalidade no papel, em tese, e calçadas que são as autorizações dos investimentos em análises técnicas viáveis, mas falseadas, kafkianas, encomendadas e pagas para ludibriar os requisitos de segurança da governança corporativa, o Conselho Fiscal avaliza os balanços sem apor restrições.
Tais análises técnicas são produzidas por Consultorias Técnicas sem ética e idoneidade, empresas essas que cometem o crime de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro, posto que contribuem decisivamente para facilitar o recebimento de propinas.
Assim, poderemos dormir na boa-fé e na doce ilusão de que a saúde financeira do fundo é boa quando, por trás e subterraneamente, hajam conspirações, tramas torpes e ardilosas, capazes de arrombar o caixa e dilapidar o patrimônio a ponto de torná-lo insuficiente para garantir e honrar a quitação das aposentadorias.
Maquiagens e contabilidade criativa, principalmente no final do ano, poderão fabricar números da demonstração contábil fictícios, mercê da aplicação de precificação superestimada na valoração dos ativos para esconder os rombos e escamotear a situação real de déficit.
Por não ser efetiva, assídua, eficiente e eficaz, a fiscalização feita pela PREVIC não detecta os delitos ilícitos no seu nascedouro e dá tempo para que manobras e desvios do dinheiro dos aposentados para finalidades estranhas à sua finalidade específica (pagamento das aposentadorias) se materializem ao arrepio do artigo 102, da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso).
Via de regra, os cargos mais elevados dos fundos são ocupados por pessoas indicadas pelos patrocinadores, oriundas invariavelmente de partidos do Governo e de seus aliados, de modo que a escolha não é técnica e tampouco passa pela meritocracia, e isto facilita o conluio com os empresários do aquário federal e do balcão das negociatas com o Chefe do Poder Executivo e todos se locupletam via do enriquecimento ilícito.
Para acabar com a farra dos recursos dos fundos de pensão em negócios espúrios, de grande risco, retorno nulo, liquidez inexistente e sem rentabilidade, arquitetados por políticos e empresários desonestos, através de análises técnicas viciadas, é fundamental que se coíba o aparelhamento nas EFPCs, nos cargos de gestores, por partidos políticos dos Governos de Plantão.
Para que isso seja implementado, entendo que o PLP 268/16 é raso, superficial e carece de aprofundamento. A meu ver, os titulares dos cargos nos Conselhos Deliberativo e Fiscal e na Diretoria Executiva, tanto os dos patrocinadores, como os dos associados, deveriam ser recrutados no mercado, mediante rigoroso processo seletivo, onde se priorizaria o notório saber dos candidatos em Previdência Complementar Fechada como condição precípua para serem contratados.
Além de eliminar o cabide de emprego de ambos os lados, eliminaria a eleição no âmbito dos fundos e afastaria, em caráter definitivo, o arraigado e pernicioso uso político.
É óbvio que os patrocinadores seriam os mais afetados, em especial porque perderiam poder e espaço de manobras para manipular os recursos ao seu inteiro e exclusivo talante. Tal providência resultaria em decisões técnicas na execução da política administrativa e financeira nos fundos e certamente os riscos das maracutaias prosperar seriam extintos.
Tais organizações criminosas estão sempre inovando e criando novos dutos para operacionalizar os roubos, difíceis de serem identificados, porquanto não deixam impressões digitais, recibos e são desvendados somente com o auxílio das delações premiadas.
Eliminando-se o esquema delineado na LC 108/2001 para o preenchimento dos cargos de dirigentes dos fundos e, alternativamente, recrutando todos os titulares no mercado, com profundos conhecimentos em cálculos atuariais e na Previdência Complementar como um todo, se esvaziaria o objetivo das quadrilhas, as quais iriam bater com a cara na porta fechada.
(JOÃO ROSSI NETO - Aposentado de Goiânia-GO)

Opinião de ARISTOPHANES PEREIRA.

Prezados Colegas,
Sou da PREVI desde janeiro de 1952, há 64 anos, quando ingressei no antigo Banco do Brasil, por concurso público, pois naquela época não havia a figura, tão bem-sucedida, nos dias de hoje, do "Menor Aprendiz".
Estou aposentado há 32 anos.
Tenho, assim, motivos de sobra, para marcar a antiga CAPRE, ou a contemporânea PREVI, como uma instituição onipresente em minha vida, até o fim dela, e na continuidade de minhas viúvas.
A crise policialesca que se abate, agora, sobre grandes fundos de pensão das, também, grandes empresas estatais, atinge a PREVI, mas de raspão. Com justiça, dela cobra-se, apenas, a explicação de pequenos pecados veniais, em poucas e moderadas aplicações, num ou noutro investimento malsucedido. O que se pode tolerar, dentro da margem de erro de "3 pontos percentuais, para mais, ou para menos”.
Devemos, nessas circunstâncias, reconhecer a correta atuação da PREVI, nas aplicações pontuais, ainda que não minimizemos os riscos dos excessos, nos limites de aplicações em Renda Variável - justamente as mais vulneráveis à volatilidade do Mercado e às influências externas.
Lembro, a propósito, em meus longínquos tempos de Diretor de Planejamento, as solicitações – que entravam por um ouvido e saiam pelo outro – para levar à PREVI um ou outro projeto de investimento...
Crítico severo, sob diversas formas de manifestação, de comportamentos e ações da PREVI, pode parecer que minha solidariedade, agora, à mesma PREVI, soe desarrazoada e incoerente. Digo que não! Quando afrontei a PREVI, para esclarecer o Renda Certa, quando me rebelei contra o “acordão” do BET; quando me revolta ficar sem um ano do BET e, ainda, pagar “contribuição”, ou, ainda, quando me associo aos reclamos dos “PDVistas”, dentre outras questões mal resolvidas pela PREVI, como o injusto ESimples, sempre o fiz e faço, coletivamente, e no âmbito das questões “interna corporis”. Roupa suja, lavamos em casa.
Por outro lado, seria ingenuidade pensar que tudo são flores, pois sei, também, no âmbito doméstico, das controvertidas e injustas atitudes de nossa PREVI Plano1, sob a tutela do BB-Patrocinador. A Resolução 26 e os 7,5 bilhões do superávit foram e continuam a ser um ESTUPRO legal e uma clamorosa apropriação indébita. Certo é que, depois da ruptura de 1999, nasceram uma outra PREVI Plano1, carimbada para morrer, e um novo Banco do Brasil Futuro, sem afinidades funcional e afetiva. Aquela antiga cumplicidade – a que se referia o saudoso presidente Colin, em nossas conversas – do antigo BB, com sua única PREVI, findou, e o divórcio alimenta, hoje, interesses divergentes e antagonismos entre os “participantes” e o “eixo BB-PREVI”. 
A despeito desse quadro de complexos e estranhos relacionamentos, há que se atentar para um objetivo maior que é a preservação da PREVI Plano 1, a nossa PREVI, dura com os seus assistidos, benevolente com “os sem teto”, mas bem-intencionada e cuidadosa, na gestão externa de nosso patrimônio. Tudo em meio a esse redemoinho de incompetências, conflitos de interesses e indefinições políticas, que empurraram o nosso pais para uma gravíssima e complexa crise, ainda sem equacionamento e solução.
É hora de sermos todos PREVI. Depois a gente se acerta.
Cordialmente,
ARISTOPHANES PEREIRA.

Texto igualmente postado no prestigioso Blog do Medeiros.
09/09/16 01:17