sexta-feira, 28 de agosto de 2020

ANABB em FOCO- 28.08.2020

Caros Companheiros,

Já estava, desde 25.08.2020, com um artigo semipronto para lançar ontem neste blog mas, logo depois do café da manhã,  dei uma lida dinâmica nas notícias dos jornais, nos blogs e nos sites das associações.

Quando acessei o site da ANABB, me deparei com o artigo “Desconfiança do mercado com o IRB BRASIL que se agrava com atuação da SUSEP”, que me causou um verdadeiro choque.

Reli o artigo, até conseguir dimensionar a profundidade e a gravidade do assunto.

Parecia obra de ficção.

Era difícil de acreditar que tudo aquilo estivesse ocorrendo.

A manchete da mídia, até então, era a união dos maiores grupos criminosos do RJ, BA e SP para formarem um cartel com o intuito de  explorar as atividades criminosas mais rentáveis em escala empresarial.

Agora  isso é notícia sem importância,  de rodapé de jornal,  se comparada  a esse gigantesco escândalo financeiro na SUSEP, que atinge a BOLSA DE VALORES, investimentos externos e outras áreas, e que mobiliza, entre outros órgãos de fiscalização, o TCU (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO) e o MPF (MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL).

A própria SUSEP (SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS), órgão estatal que teria a função de FISCALIZAR o setor, está sendo investigada desde junho, pelo TCU (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO) por envolvimento em irregularidades.

Agora, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) também aponta a abertura de uma nova investigação em relação à atuação da SUSEP nesse esquema criminoso. 

A própria Superintendente da SUSEP, SOLANGE VIEIRA, está sendo alvo dessas operações investigativas.    

Além da SUSEP, o artigo atinge o BANCO DO BRASIL com a nota “TCU investiga transação entre o BTG PACTUAL e o BB”.

Sobre esse assunto, transcrevo adiante o   “Comunicado ao Mercado”, de 01.07.2020, firmado pelo Vice-Presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do BB, Sr. CARLOS HAMILTON VASCONCELOS ARAUJO, alvo de investigação pelo TCU (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO) e que foi  denunciado pelo Presidente da ANABB, REINALDO FUJIMOTO

                                       


, no site da associação.

Para acessar o “Comunicado ao Mercado de 01.07.2020, APERTE AQUI.

Para acessar a denúncia do Presidente da ANABB, REINALDO FUJIMOTO, de 02 de julho de 2020 - ANABB/ PRESI – 077/2020, APERTE AQUI.

Em tentativa de justificar essa estranha negociação entre o BB e o BTG PACTUAL, a Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais do BANCO DO BRASIL, publicou o Ofício DIRAO 2020/23, de 19.08.2020, em que o BB tenta dar uma justificativa plausível para esse acordo que causou tanto impacto.

Para acessar o Ofício DIRAO 2020/23, de 19.08.2020, APERTE AQUI.

Com certeza o TCU (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO) examinará esse documento com todo o apuro e profundidade.

No que tange ao assunto, já que o Sr. RUBEM NOVAES, 

                                         


quando do anúncio de sua saída do BB, fez críticas genéricas na mídia sobre o comportamento daninho e inescrupuloso  de pessoas dentro do Governo e disse que “tem muita gente com rabo preso trocando proteção” em Brasília, acrescentou que “tudo começou na reeleição de Fernando Henrique Cardoso” e “piorou muito nos anos do PT com mensalões e petrolões”.  

Por fim, disse que esse ambiente foi uma das razões apontadas para ele, RUBEM NOVAES, deixar o cargo.

Para acessar essa matéria, APERTE AQUI

Considero que, no atual ponto das investigações, seria importante que o Sr. RUBEM NOVAES desse nomes aos bois e apresentasse provas dessas ocorrências.

Lembre-se do ditado que diz que “não basta uma mulher ser fiel. Ela tem de parecer fiel.”

É importante afirmar que muitos de nós, funcionários da ativa do BANCO DO BRASIL, aposentados (eu incluso) e pensionistas, bem como associações e entidades de nossa área, demos um crédito de confiança ao Sr. RUBEM NOVAES, quando ele assumiu a Presidência do BB.

Então não nos desaponte.

Esta é a hora de botar a boca no trombone e apontar esses personagens deletérios que o cercavam.

Lembre-se que esses não terão a menor piedade e respeito à sua pessoa.

Serão eles que o jogarão na fogueira, se necessário for.

Aí vai uma constatação:

“Não há como fugir da situação em que se encontra”.

Por fim, a última dica:

“Enfrente o problema de frente e com altivez, tenha dignidade, conte tudo e seja leal com os colegas do BB.”

Boa Sorte.

 

Como surpresa adicional, no mesmo Comunicado da ANABB de 25.08.2020, é publicada a nota “BANCO DO BRASIL quer reduzir PLR (Participação nos Lucros e Resultados) do programa próprio”, sobre tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores por parte do Ministro da Economia PAULO GUEDES.

 

Desculpamo-nos junto aos companheiros que acessam este blog, pela extensão do artigo.

Não existe outra forma de colocar tudo às claras pois, como diz o conhecido adágio, “o diabo se esconde nos detalhes”.

Boa Leitura!!

 

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB e ANABB

 

ANABB

Artigo publicado em 25.08.2020, às 06.00h, no site do jornal “A TARDE”:

                                     



“Desconfiança do Mercado com o IRB BRASIL se agrava com atuação da SUSEP”

 

Às vésperas de divulgar o balanço do segundo trimestre, no próximo dia 28 de agosto, o IRB Brasil Resseguros (IRBR3) enfrenta a desconfiança do mercado após ter, em 2020, um dos piores anos de sua história. Situação que foi agravada pela atuação da Superintendência de Seguros Privados (Susep) - órgão estatal que tem a função de fiscalizar o setor.

 

Atuação essa que levou o Tribunal de Contas de União (TCU) a investigar, desde junho, a existência de irregularidades na Susep. Agora, também o Ministério Público Federal (MPF) sinaliza a abertura de uma nova investigação. Entre os alvos dessas apurações está a superintendente da Susep, Solange Vieira.

 

Apesar desse quadro, na última sexta-feira, as ações ordinárias da IRB Brasil lideraram os ganhos do Ibovespa, com uma alta de 9,99%. Mas, os analistas recomendam muita cautela já que as perspectivas para a empresa são cada vez mais incertas.

 

Isso em razão de uma peculiaridade do IRB Brasil. Apesar do bom desempenho na venda de ações no pregão de sexta, os papéis da IRB também foram os mais alugados nesse mesmo dia. Isso significa que boa parte dos investidores aposta mesmo é na queda do ativo da empresa.

 

Quando calculada a relação entre o número de ações em circulação no mercado e a quantidade de papéis alugados, chega-se a um total de 17% para a IRB, bem acima de outros ativos como Ecorodovias ON, que ocupa o segundo lugar do ranking com 13%, mesma quantidade de Usiminas PNA.

 

Os números de aluguel de ações são calculados a partir da análise dos papéis negociadas BTC (Banco de Títulos CBLC) - uma operação em que investidores doam seus ativos para outros investidores.

 

Estes, que recebem o ativo, desejam apostar na baixa destes papéis. Assim, o cálculo é feito considerando que, quanto mais ações estão sendo doadas (ou tomadas) para aluguel em relação ao total de papéis em circulação no mercado, maior a probabilidade de que o mercado esteja apostando em massa no recuo de um ativo.

 

Nesta segunda-feira, 25, mais uma má notícia para empresa: a Squadra Investimentos divulgou uma carta reafirmando sua aposta em queda das ações do IRBR3. De acordo com a gestora, a nova administração do ressegurador tem tomado decisões voltadas para o crescimento ao invés de “encolher e reestruturar”.

 

Essa é a terceira carta da Squadra falando sobre problemas na IRB este ano. Em fevereiro, a gestora questionou a rentabilidade apresentada pelo ressegurador. Os documentos desencadearam uma série de eventos na empresa que culminaram com a troca da gestão e o aumento de capital.

 

Papel da Susep

 

Como a Susep contribuiu para essa aposta na queda do ativo do IRB Brasil? Durante todo ano, o IRB Brasil foi alvo de escândalos envolvendo sua contabilidade e principais executivos. Mas, apesar de ser o regulador primário do setor de resseguros, a Susep não emitiu nenhuma manifestação diante das notícias e relatórios que apontavam fraude no ressegurador.

 

O primeiro grande “alerta” das fraudes na contabilidade e na gestão do IRB Brasil foi justamente dado pela Squadra, em novembro de 2019. No relatório de fevereiro, a Squadra se baseou no balanço do ano de 2019 da empresa. Segundo o documento, os números apresentados pelo IRB o colocavam em patamar superior ao de resseguradoras maiores, presentes em países com mercados mais pujantes e mais desenvolvidos.

 

Depois veio escândalo de proporções internacionais. Falsas informações divulgadas à imprensa especializada de que o bilionário americano Warren Buffet teria adquirido participação relevante no ressegurador brasileiro - tudo com o intuito de inflar artificialmente o valor das ações, acabaram levando à queda dos principais executivos da companhia em março de 2020.

 

A nova gestão que assumiu o IRB Brasil também submeteu a empresa a auditorias que descobriram fraudes na contabilidade da gigante do mercado de resseguros. Mas foi apenas em maio deste ano que a Susep decidiu “intervir na gestão”, impondo uma direção fiscal. Nenhum dos problemas jamais havia sido identificado nas fiscalizações habituais da Susep, cuja obrigação é acompanhar de perto esse mercado altamente concentrado.

 

Mesmo enquanto os escândalos se multiplicavam no noticiário, a Susep continuava paralisada diante dos problemas divulgados, sem que a superintendente do órgão pudesse alegar desconhecimento. Isto porque os laços que a família de Solange Vieira possui com o IRB Brasil Re são fortes e antigos. O esposo dela, Rogério Muniz Costa Acquarone, foi gerente jurídico do IRB por mais de seis anos (2005-2011).

 

A rigorosa auditoria interna da nova direção da IRB apontou ações fraudulentas de ex-dirigentes e manobras contábeis ilegais. A apuração forçou a revisão do balanço de 2019 da companhia. A auditoria levantou suspeita ainda de que membros da alta administração do ressegurador teriam causado prejuízos de até R$ 70 milhões com a venda irregular de imóveis do IRB.

 

Tais irregularidades só vieram à tona graças a dois processos abertos, em maio deste ano, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apurar irregularidades nas demonstrações financeiras e conflito de interesses nas negociações de ações e as providências adotadas pela nova gestão da companhia.

 

Mudança de rumo

 

A Susep acompanhou à distância, durante meses, a crise na empresa. Enquanto isso, as ações do IRB cotadas em cerca de R$ 37, em novembro de 2019, após o escândalo envolvendo Warren Buffet, chegaram a meros R$ 8 - até então o menor valor histórico.

 

Mas, em maio deste ano, a Susep subitamente anunciou com alarde, na sua página na internet, que estava impondo direção fiscal ao IRB – o que contribuiu para que as ações da empresa despencassem ainda mais. Foi a primeira vez que a Susep fez isso em sua história.

 

Dessa forma, a impressão inevitável para muitos no mercado foi de que a Susep agia no sentido de aumentar a turbulência e não de buscar equilíbrio para o setor. Isso em razão de, no meio do furacão que atingiu a maior resseguradora do mercado brasileiro, o BTG Pactual participar de uma ousada aposta na queda das ações da empresa, investindo alto no “aluguel de ações” para tentar faturar com a crise que atingiu o IRB Brasil.

 

O jornal Estado de S. Paulo revelou que o BTG foi um dos principais detentores de papéis alugados do IRB Brasil. Isso num universo em que foram alugados cerca de 100 milhões de papéis da empresa, uma máxima histórica, em uma operação que envolveu cifras nas casas dos bilhões de reais.

 

Para um aporte nesta proporção, o investidor precisa ter absoluta certeza de que a ação estará mais barata do que o valor da data do aluguel. O que só aumenta as suspeitas em relação a atuação da Susep e a operação deflagrada pelo BTG Pactual.

 

Analistas veem investimento na empresa como sendo o pior

 

O IRB Brasil RE é considerado atualmente pelos analistas o pior investimento em renda variável do país. Para entender como a companhia chegou onde está, é importante traçar um paralelo sobre onde estava o IRB Brasil antes da crise e o que aconteceu com o ressegurador.

 

A empresa é especializada em resseguro. Em termos gerais, ele assume o compromisso de indenizar outras seguradoras por prejuízos que possam ocorrer em decorrência de suas apólices. Em troca, recebe parte dos prêmios.

 

Fundada como estatal em 1939, a empresa se chamava apenas Instituto de Resseguros do Brasil. Em 1996 tornou-se uma sociedade de economia mista e passou a se chamar IRB Brasil Resseguros S.A. Em 2007, o IRB perdeu o monopólio de mercado e, em 2013, foi privatizado.

 

Em 2017, a empresa abriu capital. Na época, assumiu a oitava posição entre os dez maiores resseguradores do mundo em valor de mercado.

 

Em 2019, o IRB Brasil era uma das mais desejadas do mercado. Segundo dados da Sabe Invest, a companhia apresentou crescimento consistente de 2016 a 2019, com aumento acumulado do patrimônio de 8,7%, crescimento das receitas em 12,3%, Ebitda (+20,1%) e lucros crescendo 20%.

 

As dívidas da companhia também eram equilibradas, com uma alavancagem de 2,3 vezes o patrimônio. Até 2019, a companhia tinha participação do governo. Em julho daquele ano o BNDES e o BB Seguros se desfizeram da sua participação, que era equivalente a 11,7% da companhia.

 

“A empresa se tornou 100% privada e isso trouxe também uma certa pressão. Hoje podemos avaliar que talvez o governo e o Banco do Brasil não pularam do barco por acaso”, disse Ilan Arbertman, analista da Ativa Investimentos, em entrevista ao jornal Valor Econômico. Em 2020, as ações da companhia tiveram seu pico de preço no dia 22 de janeiro, quando foram vendidas a R$ 44,90.

 

A crise da resseguradora começou no dia 2 de fevereiro de 2020, quando a gestora Squadra divulgou a carta questionando os lucros extraordinários. E a resposta da empresa  não foi considerada satisfatória pelo mercado.

 

 

 

“Em meio ao caos da companhia, no dia 28 de fevereiro, lideranças da resseguradora afirmaram que a Berkshire Hathaway, gestora de Warren Buffet, estaria interessada em investir no IRB”, contou Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante Investimento, ao site  InfoMoney.

 

O otimismo não durou muito. No dia 3 de março, Buffet desmentiu o fato ao mercado. As ações da companhia despencaram para R$ 28 e, depois, para R$ 19,05 com o anúncio de demissões. No dia 21 de março ocorrem mais demissões e a saída de conselheiros. Com isso, as ações deixam o patamar dos R$ 19,05 e tiveram queda livre, para R$ 7.

 

Em  maio, novos problemas surgiram para trincar ainda mais a confiança dos investidores com o anúncio da Susep  de que iria abrir uma investigação contra o IRB. No dia 26 de maio, a CVM abriu um inquérito para investigar o conflito de interesses com a Squadra, e a falta de transparência na divulgação de informações da companhia.

 

Para completar, no dia 29 de maio, as ações foram rebaixadas para A- no rating da AM Best que apresenta os riscos para o investidor.

 

TCU investiga transação entre o BTG Pactual e o BB

 

O BTG Pactual, fundado pelo ministro da Economia Paulo Guedes, tem acumulado problemas e escândalos em sua trajetória. O mais recente foi a aquisição de uma carteira de R$ 2,9 bilhões do Banco do Brasil (BB) por cerca de  R$ 371 milhões. A suspeita levantada por partidos políticos e sindicatos foi justamente a de que o BB vendeu barato demais a carteira de crédito.

 

A operação foi anunciada no início do mês de julho, sob a gestão do então presidente do banco, Rubem Novaes, que entregou no final do mesmo mês o pedido de demissão à  Paulo Guedes.

 

Logo depois de anunciado o negócio, a  Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigasse a operação de venda da carteira de crédito de R$ 2,9 bilhões.

 

Diante das denúncias, o subprocurador-geral do Ministério Público no Tribunal de Contas (TCU), Lucas Rocha Furtado, apresentou  junto ao Tribunal um requerimento pedindo a apuração das irregularidades na venda.

 

Em entrevista ao grupo A TARDE, Furtado explicou que o TCU ainda não começou a apurar o negócio. “A investigação vai ser feita dentro da representação que fiz ao tribunal. A última informação –  e acredito que não tenha mudado –  é que nada aconteceu”, observou.

 

No TCU, o projeto terá como relator o ministro Bruno Dantas, mas segundo a assessoria de comunicação do Tribunal, “ainda não há deliberações” sobre o processo.

 

Para Lucas Furtado, a operação chama a atenção por várias circunstâncias. Primeiro, porque foi a primeira vez que o BB realiza uma cessão de carteira. Na representação, ele também citou a diferença “aparentemente desvantajosa” de ceder créditos de R$ 2,9 bilhões por menos de 13% desse valor nominal –  “o que, no mínimo, pode suscitar questionamento no sentido de se tratar de antieconômico, ou mesmo retratar situação de dano ao erário”.

 

Representação

 

Na representação, o subprocurador-geral também apontou a falta de transparência do BB em detalhar melhor a operação. “Não fica claro se o valor da carteira cedida de R$ 2,9 bilhões é justo, pois o BB não explica qual o tipo da carteira e menciona somente que ela é ‘majoritariamente em perdas’, bem como não resta explicitado qual seria o lucro do BTG na operação”, pontuou.

 

Além da ANABB, a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos da Câmara, que tem entre seus integrantes o líder da bancada do PT na Câmara,  deputado Enio Verri (PT-PR), também defendeu a apuração do fato.

 

Verri,  juntos com outros  parlamentares do PT – entre eles Zé Carlos (MA), Erika Kokay (DF) e João Daniel (SE) - protocolaram no início do mês contra o ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, pedindo abertura de inquérito e responsabilização criminal por prejuízo financeiro causado por ele quando ainda estava no comando da instituição.

 

 “Qual a razoabilidade do Banco do Brasil ter alienado essa Carteira de Crédito por 12,8% seu valor estimado quando o próprio conglomerado do BB possui a empresa Ativos S.A. que tem obtido taxas de retorno e sucesso da ordem de 23% segundo o balanço de 2019 do próprio Banco do Brasil?”, questionou Enio Verri.

 

Os deputados apresentaram ainda o argumento do diretor executivo da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga, de que a transação realizada pelo ex-presidente do Banco do Brasil foi péssima para a instituição.

 

“A Ativos (S.A.) consegue compor mais um novo patrimônio em praticamente quatro anos. É uma empresa que dá uma excelente rentabilidade ao BB, e não faz sentido ceder uma carteira para um fundo privado. Há muito ainda o que ser explicado sobre esse episódio e ainda sobre uma suposta concorrência com quatro empresas especializadas divulgada à mídia pela direção do banco logo após a repercussão do repasse da carteira de crédito”, disse o dirigente sindical.

 

Titular tem carreira ligada a políticos

 

A titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Solange Vieira, trilhou sua carreira ligada a indicações feitas sempre pelo ex-ministro e presidente do BTG Pactual, Nelson Jobim. Ela ocupou posições no Ministério da Previdência e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). E era dela a responsabilidade de monitorar as operações do IRB Brasil.

 

Recentemente, ela foi protagonista de uma série de situações controversas. Entre elas, um infeliz comentário sobre o efeito da pandemia da Covid-19 sobre as contas públicas do Brasil. “É bom que as mortes se concentrem entre os idosos. Melhorará nosso desempenho econômico, reduzirá nosso déficit previdenciário”.

 

A Susep é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A autarquia é vinculada ao Ministério da Economia e Solange é apontada também como aliada do ministro Paulo Guedes.

 

A frase atribuída à superintendente foi passada pelo epidemiologista Julio Croda, que era chefe do departamento de imunização e doenças transmissíveis do Ministério da Saúde. A informação também foi corroborada por outra autoridade.

 

Esse não é o único fato polêmico na trajetória da dirigente. Em fevereiro, a Polícia Federal esteve na sede do BNDES para realizar uma diligência. O alvo foi Solange, já cedida à Susep. Lá, os agentes recolheram o computador e documentos. De acordo com informações, ela é alvo de uma investigação interna por parte da corregedoria do órgão, embora exista suspeita de que os supostos ilícitos cometidos não tenham ocorrido enquanto atuava no banco.

 

 A ligação histórica da superintendente da Susep com o presidente do Conselho do Banco BTG, Nelson Jobim, diante do cenário da atuação tardia da Susep, permeada de estardalhaços, em conjunto com a atuação expressiva do Banco BTG apostando firmemente contra as ações do IRB pode levar o MPF, a CVM e o MP do TCU a iniciarem uma nova frente de investigações.

 

 

 

 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

ANABB em FOCO - 25.08,2020

Caros Companheiros,

 

Mais uma vez nos unimos à campanha da ANABB contra a privatização do BANCO DO BRASIL S.A.

 

Segue adiante o artigo extraído do site da ANABB, desta data, que noticia que a campanha popular contra a privatização de empresas públicas e de economias mistas LUCRATIVAS, que contou com a liderança da  ANABB, por ter recebido mais de 20.000 apoios, pode se tornar Projeto de Lei no SENADO FEDERAL.

 

Por ter recebido 20.374 apoios, a campanha se tornou a Sugestão Legislativa nº 20, de 2020 e vai ser debatida entre os Senadores.

 

Mais uma vez registramos   a iniciativa e o esforço da ANABB e, especialmente, a figura de seu Presidente, o Companheiro REINALDO FUJIMOTO, 

                                       

para a consecução dessa primeira vitória.

 

Agora cabe a todos nós, funcionários da ativa, aposentados e pensionistas, lutar junto aos nossos representantes no PODER LEGISLATIVO para que essa primeira vitória, a Sugestão Legislativa nº 20, seja bem sucedida e venha a ser transformar em Projeto de Lei no SENADO FEDERAL.

 

Enfatizamos que a sobrevivência do BANCO DO BRASIL e, consequentemente, a PREVI e a CASSI, vai depender do esforço coletivo e individual de todos nós.

 

 A Sugestão Legislativa nº 20, de 2020, foi apenas o primeiro passo.

 

À Luta Companheiros!!

 

ADAÍ ROSEMBAK

 

Associado da AAFBB e ANABB

  

 

ANABB

Iniciativa popular contra a privatização pode se tornar Projeto de Lei no SENADO FEDERAL.

Por ter recebido mais de 20 mil apoios, o tema se tornou Sugestão Legislativa nº 20 de 2020 e vai ser debatido entre os senadores.


Artigo no site da ANABB em 24.08.2020, às 16:56h.

Compartilhe: 

O espírito de coletividade é uma marca do BANCO DO BRASIL.

Prova disso foi a mobilização em torno da proposta de Ideia Legislativa, disponível no Portal E-Cidadania do SENADO FEDERAL, contra a privatização de empresas públicas e economias mistas lucrativas. 

O tema foi colocado para votação e alcançou 20.374 apoios.

Com isso, se tornou a Sugestão Legislativa nº 20 de 2020.  

A ANABB fez uma ampla divulgação do assunto no site e nas redes sociais, chamando os associados para exercerem esse papel cidadão. 

Agora, essa Sugestão Legislativa foi encaminhada para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e aguarda a designação de relator.

O tema será debatido pelos senadores que devem se manifestar em relação ao projeto apresentado, por meio de um parecer.

Se o parecer for favorável, a Sugestão Legislativa passa a tramitar no SENADO como Projeto de Lei.

Para ser tornar uma Sugestão Legislativa e ser encaminhada a CDH, o tema precisa receber no mínimo 20 mil apoios. 


IMPORTÂNCIA DAS IDEIAS LEGISLATIVAS

As ideias legislativas são importantes ferramentas de participação da sociedade nas casas legislativas.

No SENADO FEDERAL, até o momento, 78 ideias já foram debatidas pela CDH, sendo que 27 foram transformadas em Projeto de Lei ou PEC.

Entre essas ideias está a instituição do décimo quarto salário emergencial aos aposentados durante a pandemia. 

O tema recebeu mais de 20 mil apoios e foi transformada na Sugestão nº 11, de 2020.

A ideia foi adotada pelo Senador PAULO PAIM, na forma do Projeto de Lei n° 3657, de 2020.

A ANABB vai acompanhar a tramitação do assunto, mas os associados também podem acessar o site do SENADO FEDERAL e continuar opinando sobre o assunto.

 

Basta clicar no link abaixo.

 

ACOMPANHE A SUGESTÃO nº de 2020

Fonte: Agência ANABB

domingo, 23 de agosto de 2020

UMA ANÁLISE TÉCNICA POSITIVA EM RELAÇÃO AO BANCO DO BRASIL

Caros Companheiros,

Tive a agradabilíssima surpresa de receber pelo companheiro Mário Magalhães, via whatsapp, a análise técnica “Análise – BBAS3 – Ações – Análises e Recomendações – XP Investimentos”, (conteúdos.xpi.com.br),  em que o  Grupo XP INVESTIMENTOS, um dos mais importantes e poderosos do país e que, inclusive, é credenciado para operar  na NYSE  (NEW YORK STOCK EXCHANGE),  recomenda  à sua seleta  clientela investir em ações do BANCO DO BRASIL.

Esse é um comunicado  realista  que  nos deixa  orgulhosos em relação à empresa à qual dedicamos nossas vidas.

Ademais, essa criteriosa e bem abalizada análise desmonta opiniões depreciativas, e sem embasamento técnico de membros do governo que, por ignorância ou interesses não revelados, em vão tentavam desqualificar o BB para o venderem por inteiro ou aos pedaços  na bacia das almas.

Felizmente, algumas dessas aves despreparadas e de mau agouro já saltaram do barco.

É com imenso prazer que repasso a todos os companheiros do BB, da ativa ou aposentados, e ao público em geral, essa relevante apreciação técnica, realista e  de  alto nível.

Boa Leitura e bom proveito!!

 

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB e da ANABB


Análise do Grupo XP INVESTIMENTOS

BANCO DO BRASIL (BBAS3): Barato, defendido e digitalmente competitivo.

BANCO DO BRASIL é a nossa ação preferida do setor bancário, com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 43,00. 

Acreditamos que o preço atual implica uma destruição de valor não coerente com a atual posição defensiva do banco, criando assim uma oportunidade de valor. 

Também acreditamos que o banco seja digitalmente competitivo, uma vantagem relevante à medida que os novos participantes digitais se tornam concorrentes ferozes.

Operacionalmente defendido. 

Com empréstimos consignados e rurais representando 40% da carteira, acreditamos que os ativos do BBAS estão bem defendidos. 

Por outro lado, seu passivo se beneficiou do movimento de depósitos de clientes que buscaram liquidez, com poupanças, depósitos à vista e a prazo crescendo consideravelmente no início do ano, enquanto seu índice de capital nível I e de cobertura permanecem altos. 

O banco ainda é menos dependente da receita de serviços, sua tesouraria é basicamente passiva (menos arriscada) e está menos exposto ao câmbio devido ao menor patrimônio líquido no exterior.

Digitalmente competitivo. 

O BANCO DO BRASIL foi o primeiro a entrar no mundo digital. 

De 2012 a 2019, o BANCO DO BRASIL investiu R$ 24 bilhões em tecnologia, o que resultou em um banco digitalmente competitivo. 

Para exemplificar, o banco possui a maior penetração em celulares Android, bem como o maior número de usuários ativos entrando no app. 

Por fim, o BB ainda possui boas avaliações de usuários e uma estratégia omnichannel que acreditamos ser coerente.


P/PL: múltiplos atrativos
Divisão da carteira de crédito
Chart

Fontes: XP Investimentos, Bloomberg.

Fontes: XP Investimentos, Companhia.

PME como % da carteira de crédito
Usuários ativos mensais | 1T19 vs. 1T20
21%
Chart
Chart
10%
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Image
Image
Image
Image
Image
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Fontes: XP Investimentos, Companhia.

Fontes: XP Investimentos, SimilarWeb.

Oportunidades

Carteira agro pode ser uma fortaleza. 

O segmento agro representa 27% da carteira do BANCO DO BRASIL, e acreditamos que isso seja uma vantagem comparativa em momentos de crise, além de possivelmente proporcionar ganhos sustentáveis no longo prazo.

·       Menor inadimplência.   

 Embora menos rentáveis, os empréstimos agrícolas são adequados para tempos de crise, pois apresentam um índice de inadimplência historicamente menor.

·       Benefícios fiscais. 

  Como algumas de suas linhas agrícolas possuem benefícios fiscais, o banco possui uma alíquota efetiva mais baixa do que os pares.

·   Economicamente interessante. 

  O setor é mais produtivo que o resto da economia desde 1996, com crescimento maior do que o do PIB mesmo em momentos de crise (cresceu 17% em 2017).

·       Vantagens comparativas. 

 O BB tem um domínio histórico no segmento, com dois terços de market share, uma vez que o banco era responsável pelo financiamento do setor. 

  Como resultado, o banco desenvolveu tecnologia, relacionamentos e processos superiores ao resto do mercado para atender clientes do ramo.

Não baseamos nosso cenário base em nenhum dos assuntos aqui. 

No entanto, também existem oportunidades em: i) venda de subsidiárias; ii) ganhos de eficiência; e iii) privatização.

·       Valor oculto via subsidiárias. 

  Se excluirmos de seu preço e valor patrimonial as participações do banco na Cielo e Banco da Patagonia, o múltiplo P/PL ficaria ainda mais atrativo.

·       Parcerias são uma oportunidade. O banco anunciou uma joint venture em investment banking com o UBS e a intenção de fazer outra parceria no ramo de gestão de recursos. Acreditamos que tais mudanças sejam positivas no sentido de aproveitar melhor os segmentos e diminuir problemas relacionados a recursos humanos (contratação, dispensa, remuneração etc.).

·       Nem tatu, nem cobra, privatização. O ministro da Economia e o CEO do banco já expressaram que o governo deveria vender ou perder o controle do BANCO DO BRASIL. Podemos pensar em pelo menos dois resultados possíveis: i) menores riscos relacionados a recursos humanos; e ii) um múltiplo melhor, uma vez que o banco tradicionalmente negocia a ~40% de desconto em relação a seus pares privados.

Riscos e Governança

Porém, existem riscos comuns a uma empresa estatal. Como uma estatal, o banco apresenta claras desvantagens quando comparado aos pares privados, tais como: i) pouca flexibilidade na contratação devido a exigência de concurso público, o que é especialmente negativo para contratação de bons profissionais de tecnologia; ii) inflexível também na dispensa, mesmo de colaboradores com desempenho aquém do esperado; iii) remuneração pouco atrativa, devido ao limite de quanto um funcionário público pode receber; e iv) maior nível de burocracia e de agências de controle governamentais.

Riscos políticos. 

Por fim, acreditamos que exista um risco político relacionado a governança do banco devido ao controlador ser o estado, o que é especialmente preocupante devido à imprevisibilidade dos governos e ao possível uso do BANCO DO BRASIL como ferramenta de política monetária.

Valuation

Utilizamos um modelo de desconto de dividendos como metodologia de avaliação, que resultou em um preço-alvo de R$ 43 por ação.

Como percebemos os riscos políticos do BBAS superior ao dos pares, usamos beta de 1,5 para o banco. Conseqüentemente, temos um custo de capital de 14,0% para descontar os dividendos do BBAS. Para modelar a perpetuidade, usamos uma taxa de crescimento sustentável de 6% e ROE de 14%, implicando um pagamento de 57%.

Também fizemos uma análise de cenário com as principais partes móveis, como: i) impactos de limites na margem financeira; ii) maiores impostos corporativos; e iii) pressão da concorrência em receitas de serviços.