domingo, 23 de junho de 2019

RETROPIA


Caros Companheiros,

A indefinição sobre os destinos da CASSI é uma situação que está angustiando muitos associados da instituição.
Têm aqueles colegas que nos recomendam relaxar e não nos preocupar com o assunto pois sempre será encontrada uma solução, mesmo que não venha no tempo certo e não seja a ideal. 
Essas pessoas, evidentemente, não se defrontam com qualquer problema sério e urgente de saúde.
Não chamo isso de solução; pode no máximo ser chamado de um “arranjo” ou “jeitinho” para sair de um problema momentâneo sem maior gravidade.
Decididamente isso não é uma alternativa cabível para resolver  problemas   graves em uma instituição como a CASSI, dentro de condições dignas e aceitáveis.
Outros frente a doenças e complicações sérias e urgentes de saúde, lançam desesperados  pedidos de socorro pelas redes de funcionários, apelando para a concessão pela CASSI de atendimento médico especializado e prioritário  à sua pessoa ou a membros da família.
É a esses que mais devemos focar nossas atenções e nossas energias.
Nessas situações emergenciais temos de ser rápidos e objetivos.
É   o que ocorre no momento com o imperioso esforço para a aprovação urgente da nova proposta de sustentabilidade da CASSI, que foi aceita pela maioria das entidades que compõem a Mesa de Negociações, mas que não foi aprovada na votação do Corpo Social da CASSI, por não ter atingido o quórum mínimo.
Entre as instituições que aprovaram a proposta, estão a AAFBB e a ANABB, as duas maiores associações de funcionários da ativa e de aposentados do BB.
Como frequentador da AAFBB no Rio, estou sempre conversando e procurando me informar com colegas sobre assuntos de nosso interesse, principalmente com aposentados que comparecem àquela associação nos almoços mensais e frequentam o Espaço dos Aposentados. São pessoas atuantes que marcam presença, oferecem sugestões e orientam outros associados a recorrerem a setores da AAFBB de apoio aos associados e de orientação jurídica, para obter informes mais abalizados no sentido de agilizar  seus pleitos junto à CASSI.
Observo como é constrangedor aos dirigentes da entidade se verem impedidos de prestar orientações precisas sobre esse assunto, justamente porque a última proposta votada pelo corpo social da CASSI não foi aprovada porque não atingiu o quórum mínimo.
Aí, como tantos outros companheiros, me sinto frustrado e revoltado e – perdoem-me a franqueza - principalmente com os aposentados, que não conseguiram se mobilizar para defender seus próprios interesses.
Compreendemos muitas das dificuldades naturais que se abatem sobre os aposentados e abominamos as absurdas barreiras burocráticas que foram colocadas (propositalmente?) pelos responsáveis pela votação para prejudicar ainda mais o pleito (vide o artigo “Uma Denúncia Séria”, de 04.06.2019, neste blog).
Ainda me revolto – e aí fica óbvia minha opção – com as justificativas de muitos associados que optaram pelo NÃO na votação.
Pelas redes de funcionários, muitos justificam seus votos apoiados em premissas do passado – que não voltam mais  -  em que o BB, a CASSI, nós mesmos e o Mundo eram outros.
Tudo mudou e continua mudando cada vez mais rápido e temos de nos adequar a essa   realidade que se renova constantemente.
Nessa hora bate a angústia, pois a realidade à nossa frente não permite mais equívocos, delongas e postergações descabidas.
Foi num momento de desalento como esse que me defrontei com o magistral artigo “RETROPIA”, de autoria do Companheiro GILBERTO SANTIAGO,
                                     

ex-presidente da AAFBB, publicado no site dessa associação.
O artigo, que reproduzo adiante, apresenta de forma precisa e isenta essa dicotomia entre o passado e o futuro,  que se reflete constantemente em nossas decisões.  
Neste momento, mais uma vez, repetimos que este é um momento vital para a sobrevivência da CASSI.
Boa Leitura!!

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

RETROPIA

GILBERTO SANTIAGO

Há um fenômeno importante, pelo menos no mundo ocidental.
É a “RETROPIA”, uma fantasia que não se atém a um futuro almejado, mas sim a um passado idealizado, reduto dos saudosistas e dos que ignoram a dura realidade, desconsiderando as novas circunstâncias que passam a reger todos os passos de nossas vidas.
É um apego anacrônico, eis que transfere para o presente valores do passado que não podem mais subsistir em um mundo em plena evolução.
Em recente artigo Fernando Gabeira ressalta o termo e suas interações.
Suas palavras:

“o diálogo com um idealista retrópico é muito difícil pois tende a considerar qualquer argumento, mesmo o mais racional e objetivo, como uma submissão, desconfiado do que lhe pareça o vazio medíocre da ausência de uma utopia.
Olho tudo isso com tranquilidade, pois conheço muita gente fixada em certos períodos do passado.”
E conclui:
“quando se tem a pretensão de governar comportamentos, fica impossível encontrar um “modus vivendi”.  
Grupos e mentalidades muito fechados tendem a considerar as críticas como um esforço conspiratório”.

Nem utopias, nem retropias.
Os fatos e as novas circunstâncias, com o correr dos tempos, se impõem como fonte de reflexão sobre as nossas convicções.
Quando, nos momentos difíceis, tivermos que tomar decisões que possam alterar nossas vidas (e, por vezes, o destino dos outros), iremos certamente confrontar o que podemos mudar e o que nos obriga a aceitar, dentro da realidade que nos cerca.
Com sabedoria e bom senso para perceber a diferença.  

sexta-feira, 21 de junho de 2019

CASSI - UMA VISÃO ABRANGENTE E ABALIZADA


Caros Companheiros,

Depois da última votação para tomada de posição em relação à sustentabilidade da CASSI, em que a falta de quórum nos levou novamente a um impasse  em relação ao assunto, continuamos no aguardo de novas iniciativas por parte dos dirigentes dos órgãos componentes da Mesa de Negociação sobre os rumos a tomar no que tange à atual situação de indefinição em que nos encontramos.
Em situações semelhantes, sempre caímos na situação retratada na máxima “casa em que não tem pão todos gritam, mas ninguém tem razão.”
Mas, embora não aja espaço para gritaria e devamos agir com racionalidade e cabeça fria, até porque não temos outra alternativa, devemos continuar a discutir acirradamente para encontrar as soluções que consideramos as mais justas e acertadas e que atendam às nossas necessidades da forma mais humanizada e abrangente.
Nesse sentido, este blog procura, de forma equânime e sensata, defender os interesses de nossa categoria, retratando a visão dos dirigentes das entidades que compõem a Mesa de Negociações sobre os problemas que se colocam frente à CASSI.
Assim, reproduzimos, adiante, nota de 20.06.2019, de autoria do Presidente do Conselho Deliberativo da CASSI, colega SÉRGIO FARACO, 
                                       

em que ele expressa sua visão sobre o tema em foco.
Boa Leitura!!

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

CASSI – IMPASSE, RISCO E MEDIDAS EMERGENCIAIS
Estamos presenciando um impasse na solução da grave situação em que se encontra a CASSI.
Sua eliminação exige de cada associado e dos formadores de opinião uma reflexão profunda, disponibilidade para compreender a realidade, para rever conceitos firmados e sinceridade na busca da melhor solução.
Quando o diagnóstico é errado, o tratamento dado é inadequado e a cura não é alcançada.
Muitos entendem que, pelo fato de o Banco designar o Presidente e o Diretor Financeiro, ele seja o maior culpado pela situação de desequilíbrio econômico e financeiro, se não o único, que ele não queira assumir essa responsabilidade e que pretenda transferir o ônus exclusivamente aos associados.
Esse entendimento é falso.
Não é a nomenclatura da diretoria que define as responsabilidades e sim o que dispõe o Estatuto.
A Diretoria de Finanças não gera despesas assistenciais, que representam mais de 90% do custo total.
Quem as gera são as duas diretorias ocupadas por diretores eleitos.
À Diretoria de Finanças compete receber as contas apresentadas pelos prestadores de serviço, conferir se o que está sendo cobrado tem amparo no Contrato firmado pela Diretoria de Planos, glosar o que eventualmente esteja sendo cobrado a mais e pagar o que é devido.
À Presidência não cabe firmar contratos que geram custos assistenciais e nem efetuar a conferência e pagamento das contas apresentadas pelos prestadores de serviço.
A consequência desse entendimento falso é da maior gravidade.
Gera, nos associados, o sentimento de que o Banco seja o culpado, não queira assumir sua culpa e force a barra para empurrar o ônus para os associados.
Nessas condições, desconfiam de tudo o que o Banco propõe e recusam, ainda que possa ser a solução mais adequada para os reais problemas da CASSI, portanto o que melhor atende aos interesses do Corpo Social.
O Banco conhece muito bem a realidade, não aceita assumir a culpa que lhe é imputada e por isso não atende integralmente as condições impostas pelos representantes dos associados.
Isso não é impor sua solução, é propor a solução para cada um dos problemas identificados, como eles de fato são.
Essa é a verdadeira causa do impasse.
É indubitável a corresponsabilidade do Banco pela falta de providências a tempo. Ele sabe disso e tem feito grande esforço para resgatar, daí não aceitar apenas mexer na receita e querer a eliminação de entraves ao aperfeiçoamento da gestão, à melhoria da eficiência operacional.
É fundamental que os associados tenham essa compreensão para que nova consulta, se houver, seja aprovada.
Se fosse realizada hoje, não seria, pois o discurso pelo NÃO continua o mesmo, inclusive por parte de ocupantes de cargos relevantes, o que não contribui para a reabertura de negociação reivindicada por várias entidades.
O fato é que, enquanto não for aprovada alteração estatutária que eleve a receita e elimine deficiências existentes, é iminente o risco de a CASSI não dispor de recursos para pagar todos os compromissos assumidos com os prestadores, o que certamente provocaria suspensão de atendimento por parte deles, inclusive daqueles que compreenderam a situação e concordaram em reduzir seus preços para que continuassem a receber em dia suas faturas.
Nada, absolutamente nada, é pior do que isso para os associados.
Diante desse quadro, pode a governança da CASSI cruzar os braços e esperar os acontecimentos?
Evidentemente, não.
Ela tem o dever de diligência.
Tem que fazer o que estiver a seu alcance para reduzir custos, principalmente assistenciais, além do que já tem feito com resultados positivos, porquanto elevação de receita está fora de seus poderes.
Certamente medidas de redução de custos assistenciais afetam os associados e devem ser adotadas a contragosto, porém visam evitar mal maior, são emergenciais, temporárias e deverão ser revertidas assim que forem aprovadas pelo Corpo Social as alterações estatutárias necessárias.
É importante ressaltar que, ao contrário do que muitos imaginam, a ANS não tem poderes para interferir no relacionamento dos associados com o Banco, muito menos para restabelecer a confiança do Corpo Social no patrocinador, sem o que não se pode vislumbrar vida longa à CASSI.
Em resumo, a continuidade das atividades da CASSI é possível e depende de os associados tomarem ciência de toda a realidade, abandonarem convicções equivocadas alicerçadas em premissas falsas, ainda que alardeadas por formadores de opinião igualmente equivocados, e sinalizarem claramente o indispensável reposicionamento. 
Enfim, o desfecho está nas mãos dos associados.
Esperemos que tomem a melhor decisão.

SÉRGIO  FARACO

20/06/2019

segunda-feira, 17 de junho de 2019

INFLAÇÃO MÉDICA - UM PROBLEMA QUE ATINGE TODAS AS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE


Caros Companheiros,

A alta dos custos médicos – hoje na faixa de 18,5% em comparação com o IPCA projetado para 4,1% neste ano – é um problema que se reflete de forma generalizada em todas as operadoras de saúde do país, o que inviabiliza um atendimento mais universalizado, aperfeiçoado e humanizado à população do país.
A CASSI não é exceção à essa regra perversa.
Frente a essa equação que não tem condições de fechar, qualquer acordo que se venha a celebrar com o BB para a sustentabilidade da CASSI, terá de ser revista, em futuro próximo, se esse desequilíbrio de cifras não passar por uma revisão estrutural.
Acabo de ler o artigo “AMIL trava queda de braço com hospitais para baixar custos”, publicado no jornal Valor Econômico, de 15, 16 e 17.06.2019, à página B6,  de autoria das jornalistas Beth Koike e Maria Luíza Filgueiras, da filial de São Paulo daquele diário.
É uma importante análise que merece ser lida por todos os interessados no assunto e, principalmente, os administradores e associados da CASSI.
Muito embora consideremos as diversas peculiaridades que nos diferenciam da AMIL, que é uma operadora privada, perguntamos se não é o caso dos dirigentes da CASSI  entrarem em contato com os administradores da AMIL e, em particular, com seu presidente, Senhor  DANIEL COUDRY,    que está à frente desse processo de mudança na AMIL, para que se adotem ações comuns e coordenadas visando   reequilibrar   a inflação dos custos médicos com o IPCA/IBGE ou, pelo menos, encontrar mecanismos viáveis  que venham a minorar os efeitos deletérios dessa absurda disparidade  entre custos médicos e o IPCA/IBGE.
Afinal de contas, ao ler o artigo, observamos que muitos dos problemas que atingem a AMIL e outras operadoras privadas na área de saúde, são os mesmos que atingem a CASSI e o universo de operadoras de saúde de empresas estatais.
Fica a sugestão.
Boa leitura a todos.

Atenciosamente


ADAÍ  ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

AMIL TRAVA QUEDA DE BRAÇO COM HOSPITAIS PARA BAIXAR CUSTOS.
“Saúde: Meta da controladora é fazer a “inflação médica”, na casa de 18 %, chegar ao patamar do IPCA até 2025”
Beth Koike e Maria Luíza Filgueiras – De São Paulo

A operadora de saúde Amil está sob pressão de sua controladora, a americana UNITEDHEALTH GROUP, para enxugar custos e voltar a ter lucros mais robustos.
Para que isso aconteça, a operadora trava uma queda de braço com os prestadores de serviço, em especial os hospitais, que representam mais da metade do custo médico do plano de saúde.
A meta da UNITEDHEALTH é que essa “inflação médica”, hoje na casa dos 18,5 % chegue ao mesmo patamar do IPCA, projetado em 4,1 % neste ano – e a AMIL precisa fazer isso até 2025.
A AMIL está propondo que prestadores de serviços como hospitais e clínicas compartilhem os riscos dos procedimentos médicos, adotando um novo modelo de remuneração.
Neste formato, batizado de orçamento ajustável, a operadora paga um valor fixo pelo procedimento – uma cirurgia ou uma radiografia, por exemplo.
Se ele for bem-sucedido paga-se um adicional após alguns meses. 
Caso contrário, ou seja, se o procedimento apresentar alguma intercorrência não previsível por protocolos médicos, o prestador recebe apenas o preço pré-acordado, cujo valor é calculado com base na média de preços praticada no ano anterior.
A disputa mais emblemática é com a Rede D`Or, que teve 15 hospitais descredenciados, totalmente ou parcialmente, pela AMIL.
A intenção da AMIL era cortar os hospitais da Rede D`Or para os planos de saúde mais baratos, substituindo por hospitais do próprio grupo.
A proposta foi mal recebida pela D`Or, que preferiu o rompimento.
Um hospital de traumatologia de Feira de Santana, na Bahia, e uma clínica geral em Fortaleza, no Ceará, foram informados sobre o novo modelo de remuneração, sem margem de negociação, disseram fontes.
“O próprio rompimento entre AMIL e D`Or mostra como a negociação está sendo abrupta”, diz um executivo do setor.
A AMIL nega que esteja impondo essa pressão e que todos os prestadores de serviço podem voltar a trabalhar com o modelo de “fee for service” quando quiserem -  neste sistema, a conta é aberta, ou seja, o hospital gasta o que achar que precisa   e manda a conta para a operadora do plano de saúde.
Atualmente, a AMIL tem 30% de suas contas médicas no modelo de remuneração ajustável, ou seja, quando o risco é compartilhado.
Quando se considera o modelo por pacote, ou seja, com preço fixo por cirurgia, esse percentual sobe para 50%.
A maior parte das operadoras e dos prestadores está migrando para o modelo por pacote – considerado o meio do caminho até se chegar ao modelo de compartilhamento de risco.
A AMIL não está sozinha na busca de um modelo que ajude a reduzir os custos dos planos de saúde.
Outras operadoras também buscam migrar do modelo de conta aberta para preços fechados por procedimento.
O Presidente da AMIL, DANIEL COUDRY, recebeu determinação de sua controladora, a americana UNITEDHEALTH GROUP, para baixar os custos para que a “inflação médica” atinja o mesmo patamar do IPCA/IBGE, o índice que mede a inflação oficial do país e que neste ano é projetado na casa de 4%.
COUDRY disse ao VALOR que os planos de saúde contratados a partir do segundo semestre já terão um custo hospitalar de 12,5%.
Esse percentual pode ter um acréscimo vindo de exames laboratoriais e clínicas, mas é bem menor do que a inflação médica projetada para este ano no país de 18,5%.
“Todas essas ações vão impactar o usuário final que terá um plano de saúde mais acessível.
O mercado perdeu 3 milhões de beneficiários nos últimos anos.
O que queremos é dar acesso ao plano de saúde.
Não podemos mais continuar com esse patamar de reajuste”, disse COUDRY.
“Operadora propõe novo modelo de remuneração, o orçamento ajustável, no qual os riscos são compartilhados”
Em meio a essa guerra de braço, os prestadores de serviço alegam que os hospitais do AMÉRICAS – grupo hospitalar da UNITEDHEALTH – não praticam o modelo de remuneração ajustável cm outras seguradoras e operadoras, apenas com a própria AMIL.
COUDRY rebate afirmando que 50% das contas médicas do AMÉRICAS são pagas via pacote ou ajustável.
Ainda segundo fontes, a AMIL enfrenta pressão de sua controladora para apresentar um melhor desempenho financeiro.
No ano passado, a operadora apresentou um lucro líquido de R$ 7,8 milhões para uma receita de R$ 21 bilhões.
Em 2017, a empresa havia apurado um lucro de R$ 54 milhões, o que parecia ser uma recuperação da operadora que amargou prejuízos acumulados de R$ 723 milhões entre 2014 e 2016.
Segundo COUDRY, a AMIL não está pressionando os prestadores de serviço devido a seu resultado financeiro, mas está seguindo uma estratégia da UNITEDHEALTH que não é exclusiva para o BRASIL e sim a todos os países em que a companhia atua.
O mercado brasileiro é o mais importante fora dos ESTADOS UNIDOS para a UNITEDHEALTH, que é considerada a maior empresa de planos de saúde do mundo.
O desempenho financeiro da AMIL vai na contramão do setor, que conseguiu melhorar seus resultados, no ano passado, mesmo num cenário com menos usuários de planos de saúde.
A AMIL é a única que mostrou uma queda – bem expressiva  - no lucro no ano passado, quando se consideram os resultados de suas rivais BRADESCO SAÚDE, SUL AMÉRICA e INTERMÉDICA (ver quadro nesta página).
Parte do desempenho mais fraco da AMIL é explicada pela carteira de planos individuais – são 525 mil usuários que representam 15% do total.
O reajuste desses convênios médicos é determinado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) que determina índices muito menores em relação aos praticados em planos de saúde empresariais.
COUDRY confirma que essa carteira de planos individuais tem um impacto grande no resultado.
Ele vem adotando várias ações para reduzir os custos – uma delas é oferecer um médico de família ao usuário, e, assim evitar idas desnecessárias ao pronto-socorro, onde o gasto costuma ser alto.
Atualmente, 330 mil usuários, incluindo todas as modalidades de planos de saúde, são acompanhados por um médico de família da AMIL.
O mercado do Rio de Janeiro foi o mais atingido pela queda de braço entre a AMIL e a Rede D’Or.
Já há clientes trocando o plano desta operadora por outros que oferecem hospitais como o COPA D’Or, um dos mais conhecidos no Rio.
“Alguns clientes já trocaram de operadora por considerarem a importância dos hospitais da REDE D’Or tanto no RIO quanto em SÃO PAULO.
Havia clientes que estavam no período de reajuste e outros no meio do contrato.
Normalmente, paga-se uma multa (neste último caso), mas a AMIL foi bastante compreensiva e não cobrou a multa”, disse THOMAZ MENEZES, Presidente da IT’S SEG, corretora e consultoria de planos de saúde com forte presença no RIO.
Para não perder mais clientes no RIO, a AMIL começou a liberar os hospitais do grupo como PRÓ-CARDÍACO e SAMARITANO – estes, até então, eram oferecidos apenas a convênios médicos mais caros.
Em alguns casos, como o contrato com o TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO, a AMIL estendeu o serviço de seus hospitais premium para quem não estava nesse perfil de plano e  ainda   fez um reajuste de 7% - abaixo da inflação médica do ano passado, de 11%, e abaixo do reajuste praticado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais, que foi de 10% no ano passado. “Um reajuste abaixo da média do mercado é negociado entre as partes, mas dá espaço para outros contratantes pleitearem isonomia de tratamento”, avalia ALESSANDRO ACAYABA, Presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB).
A Confederação Nacional de Saúde, segundo fontes, tem recolhido reclamações de associados.
A queixa é que a AMIL estaria usando seu “poder de barganha” e o fato de a REDE D’Or ter tido boa parte de seus hospitais descredenciados para pressionar hospitais menores.
Procurada, a Confederação não comentou.

terça-feira, 4 de junho de 2019

UMA DENÚNCIA SÉRIA


Caros Companheiros,

Acabei de receber a mensagem abaixo do ex-colega da CACEX,  JOSÉ MARIA TOLEDO, a qual coloco adiante e respondo.
Destaco que JOSÉ MARIA TOLEDO, hoje aposentado, foi um dos colegas mais íntegros, competentes, dedicados e inteligentes com os quais tive a honra de trabalhar.
Ombreamos na CACEX com MÁRIO de OLIVEIRA BASTOS e WALDYR ARGENTO, hoje  dirigentes da AAFBB, e tantos outros valorosos companheiros. 
                                   

JOSÉ MARIA TOLEDO continua atuante no Grupo Aposentados da CACEX, e sempre encaminha para as redes dos funcionários da ativa e aposentados do BB, artigos e notas impactantes e objetivas sobre os assuntos pertinentes aos nossos interesses.
O assunto que JOSÉ  MARIA TOLEDO ora aborda é extremamente sério e, se considerarmos o universo de aposentados que não votaram, o que provocou o não atingimento do quórum necessário de dois terços dos votantes, podemos até afirmar que a denúncia de JOSÉ MARIA TOLEDO é a causa matriz do problema que não permitiu atingir o limite percentual de dois terços  do quórum necessário para validar a votação sobre a CASSI.
Consideramos que esse fato não pode ser relegado a segundo plano e nem ignorado pelos dirigentes de nossas entidades e merece ser alvo de uma investigação séria e abrangente.
Houve dolo e planejamento premeditado ou falha no sistema   para impedir e prejudicar a votação dos aposentados?
Essas são perguntas que não querem calar.
O assunto deve ser investigado a fundo até que tudo seja completamente esclarecido, e não paire qualquer dúvida sobre a lisura da votação sobre a sustentabilidade da CASSI.
E, por fim, afirma-se:
Se o problema foi devido a falha técnica ou se houve ação premeditada e dolosa visando prejudicar a votação dos aposentados, é o caso de se processarem novas eleições sem vícios de qualquer espécie!!
Fica a questão no ar.

Atenciosamente

ADAÍ  ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

Eis a denúncia em sua íntegra:

ADAÍ, 
SOBRE A  “DERROTA NA CASSI” – ALGO DE ESTRANHO ACONTECEU COMIGO ....  TIRE SUAS CONCLUSÕES ...

EU NÃO CONSEGUI VOTAR.  ISSO MESMO! ...  Deixei pra votar nos 2 últimos dias.
Fui 2 vezes à Ag. Estilo 4240-4 Copacabana (onde mantenho minha c/c)  e 2 vezes à Ag. Copacabana Posto 6 (a que fica na esquina da rua Sá Ferreira).
Nada consegui, em 2 tentativas em cada agência, em dias alternados.
Segui os procedimentos (votação CASSI) e – no final cada tentativa (ainda que auxiliado por funcionários de cada agência) – aparecia a resposta inexplicável “NÂO DISPONÍVEL” ...
O meu sentimento – que não chego a afirmar – foi de algum tipo de sabotagem ( o que não comentei com ninguém) ...   Em quantas outras agências e com quantos outros colegas tal fato teria ocorrido? ...

Grande abraço,
Toledo

segunda-feira, 3 de junho de 2019

SITUAÇÃO DIFÍCIL DE ENGOLIR


Caros Companheiros,

Depois da derrota na CASSI por falta de quórum mínimo, sentimo-nos como que nocauteados, não pelo voto NÃO que, se fosse o caso de ter vencido, seria uma posição absolutamente legítima, que teríamos de aceitar, da mesma forma como foi a derrota do SIM em 2018, por refletir a decisão da maioria dos votantes.
Desta vez o SIM venceu. 
Mas, no nosso entender, por um dispositivo estatutário absolutamente absurdo e desfocado da realidade, perdemos por não atingirmos o quórum mínimo de dois terços dos votantes.
Ou seja, o SIM GANHOU, MAS NÃO LEVOU.
O que fazer agora?
Pelo que lemos nas redes, estão surgindo tentativas de reabrir novas negociações com o BB para se pensar em uma saída para essa sinuca de bico.
Como sair dessa situação?
Marcar nova consulta ao corpo social? Isso não teria sentido pois o quórum mínimo, novamente e certamente, não seria atingido.
Mudar as disposições estatutárias que mude o quórum decisório para maioria simples?
É um processo burocrático complexo e demorado que exigiria novas rodadas de discussões e votação junto ao corpo social.
Isso é possível?
Inicialmente, parece-nos que seria necessária uma análise jurídica sobre a matéria.
Como ficaria a sustentabilidade financeira da CASSI nesse ínterim?
Que posição a ANS tomaria frente a todo esse contexto?
Pergunta-se:
Por que tudo isso está ocorrendo?
Justamente pela notória falta de mobilização dos aposentados, motivo  tantas vezes levantado pelo Companheiro GILBERTO SANTIAGO,
                                   

ex-presidente da AAFBB, em decisões de pendengas no passado.
Embora participe da direção da AAFBB como conselheiro, acompanho o hercúleo e extenuante esforço dos dirigentes dessa associação na defesa de nossas causas.
O mesmo ocorre nas demais entidades.
Essa situação é frustrante para todos nós, associados e dirigentes de agremiações.
É importante que tenhamos fé, energia, e estejamos informados de tudo que ocorre em nosso meio e, principalmente, que lutemos com todas nossas forças em defesa de nossos interesses.
Corremos o sério risco de perder o controle da CASSI.
E aí não será a hora de culpar  a ninguém mais, a não ser a nós mesmos e à nossa omissão.
Parar de lutar é morrer antes da hora.
Novamente, cito o ditado judaico que diz:
“QUEM POR TI, SENÃO TU?”

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB