Caros Companheiros,
Acabei de voltar de
viagem e, como qualquer pessoa que retorna ao país, fiquei espantado pelo
avanço da Operação Lava-Jato no Brasil em tão curto espaço de tempo.
Nos Estados Unidos, as
notícias sobre o México, a América Central e América do Sul, resumem-se à crise
na Venezuela e ao muro entre os Estados Unidos e México.
Sobre o Brasil, li uma pequena
nota de rodapé de jornal, noticiando a libertação do José Dirceu. Não sei
porque deram notoriedade a esse fato. Afinal de contas, entre mil, talvez só um
americano tenha ouvido falar de José Dirceu.
Os assuntos que realmente
bombavam na mídia dos Estados Unidos, eram o campeonato de futebol americano e
as investigações sobre a interferência russa na eleição do Trump.
Como sempre faço,
entrei em um bar e puxei conversa com o cidadão ao meu lado para praticar meu
inglês, enquanto saboreava um gostoso “draft” (caneca grande de chope).
Quando começamos a
conversar e disse que era brasileiro, para minha surpresa, ele manifestou um
grande conhecimento sobre a conjuntura internacional e sobre o Brasil.
Falou sobre o papel de
liderança do Brasil na América do Sul, discorreu sobre a Operação “Car Wash”
(Lava-Jato) mas, o que mais me impressionou, foi a comparação que ele fez entre
os Estados Unidos e o Brasil.
Disse que muitos
brasileiros consideram os Estados Unidos um modelo de civilização.
Mas afirmou que, embora
os Estados Unidos tenham grandes qualidades, são um país que nunca teve uma
geração sem guerras, é um país onde o porte de armas é um direito estabelecido
pela constituição, e a discriminação racial ainda é uma chaga na vida
americana. Acrescentou que o país tem cerca de 2,5 milhões de presidiários.
Já o Brasil, disse ele,
como qualquer país, tem seus problemas, mas tem muitas virtudes, como uma
integração racial sem paralelo no mundo, não tem guerras, e o povo prioriza a paz
e a qualidade de vida e não a competição acirrada e um consumismo desenfreado
como ocorre nos Estados Unidos.
Quando manifestei minha
admiração sobre seu conhecimento sobre nosso país, ele disse que já havia
visitado o Brasil no passado e, inclusive, tinha tido um longo caso amoroso com
uma brasileira.
Essa é uma exceção
entre os americanos.
Normalmente, o
americano médio tem um desconhecimento grande no que tange à cultura de outros
países.
Mas aprecio o espírito descontraído, comunicativo
e brincalhão dos americanos, muito embora não tenham a tradição de se abraçarem
e se tocarem como é comum aos brasileiros.
A minha segunda visita
foi ao Canadá, mais precisamente em Vancouver.
Diz-se que o Canadá tem
o mesmo progresso dos Estados Unidos sem os problemas dos Estados Unidos.
O Canadá é considerado
o país com o mais alto padrão de qualidade de vida do Mundo.
A educação básica é
gratuita nos níveis básico e médio.
No que tange à saúde,
pagam-se planos de assistência médica em que o cidadão é muito bem assistido.
Não sei precisar como é a assistência a pessoas de baixa renda, mas ressalto
que não vi mendigos nem mesmo pobreza aparente em nenhum lugar. Penso que seja residual o percentual da
população nessa faixa social, algo sem maior peso no serviço de assistência
social.
Em relação à
previdência social, existem planos de
aposentadoria privados muito bons. Mas muitos cidadãos optam por fazer planos
pessoais geridos por eles mesmos.
No Canadá não existe a
chamada carteira de trabalho, como existe no Brasil.
Lá, o sistema baseia-se
em contratos de trabalho, que funciona muito bem. Os contratos de trabalho se tornam
referências e curriculum, que acompanha e ajuda o cidadão por toda a sua vida
laboral.
O chamado trabalho
terceirizado que está sendo tão combatido aqui no Brasil, é uma prática
generalizada, e as pessoas que trabalham dentro desse sistema são bem
remuneradas.
Faço questão de frisar
que não estou fazendo apologia do sistema de trabalho terceirizado. Apenas
estou descrevendo como as coisas funcionam naquele país.
Pelo que verifiquei, o
nível salarial nas empresas é elevado o suficiente para se levar uma vida
tranquila, confortável, decente, e que satisfaz a todas as necessidades
primordiais das pessoas, desde à completa manutenção pessoal, moradia de bom
nível, saúde e educação.
O nível de
criminalidade é baixíssimo, poderíamos dizer, quase nulo.
O Canadá alcançou sua
independência plena há 150 anos.
Vancouver é uma cidade
belíssima.
Visitei estações de
esqui que contam com bondinhos para acesso às áreas mais altas. Pode-se
apreciar cachoeiras e quedas d’água estonteantes, em meio a uma rica vegetação
com árvores altíssimas.
Nos picos mais elevados,
com temperatura muito baixa, me informaram que existem ursos,
castores, raposas, lobos, ratos do gelo, e outros animais típicos da região.
Essas estações contam
com muitos hotéis, hospedarias, e restaurantes de alto nível, mas com preços
honestíssimos.
Essa é a razão porque
esses locais ficam lotados com milhares de visitantes para a prática de esqui e
outros esportes de inverno.
Por falar de esportes,
o hóquei no gelo é considerado o esporte nacional do Canadá.
Gostaria de ter assistido
à uma partida de hóquei; me disseram que é emocionante.
A filosofia local é incrementar
o turismo agradando o turista ao extremo.
Também visitei algumas
ilhas que se constituem em reservas florestais e parques nacionais magníficos.
Respeito absoluto pela flora e pela fauna locais, apesar do grande número de ciclistas,
trilhas e campings. Limpeza e segurança
absolutas.
Fiquei em um excelente
hotel em Richmond, um bairro de maioria chinesa em Vancouver, e que é um dos
centros universitários mais importantes do Canadá e do Mundo.
A comunidade chinesa é
muito seleta, reservada, elegante, rica e intelectualmente avançada. É um grupo
composto de pessoas que preponderam na área universitária, tanto como cientistas,
pesquisadores, pós-graduados e professores.
Também têm atuação majoritária
nos negócios, nas indústrias e nos setores financeiros locais.
Vancouver é uma cidade de
tráfego muito organizado e de limpeza extrema.
Nas chamadas “downtowns”
de Vancouver, predominam prédios residenciais inteligentes com 400 a 1000
apartamentos, em que tudo é controlado remotamente.
Não existem empregados
fixos, somente um administrador para cada prédio. E, milagrosamente, tudo
funciona de forma perfeita.
A limpeza, o silêncio,
a organização, e a segurança nos edifícios são completos.
Os elevadores, que
funcionam por controle remoto, só param no andar onde a pessoa reside. Você não
tem acesso a outro andar, a não ser que o morador de outro andar o acompanhe e
permita seu acesso pelo sensor de controle remoto.
Se for receber algum
visitante ou alguma encomenda, o morador tem de descer ao andar térreo e
abrir a porta de entrada do prédio por
controle remoto para o visitante entrar ou para pegar qualquer compra.
No andar térreo dos
prédios não existem portarias, nem ninguém para vigiar, ajudar, ou prestar
informações. A área térrea é arquitetada e decorada com luxuosos espaços
arborizados, com aquários, sofás e confortáveis poltronas.
É terminantemente
proibido fumar nas áreas comuns e, inclusive, dentro dos apartamentos.
Existem detectores de
fumaça no teto dos apartamentos, que registram se a fumaça é proveniente de
cigarros. Nas áreas comuns, além dos detectores de fumaça, existem câmaras que
registram tudo.
A multa é muito pesada para
aqueles condôminos que transgredirem as normas condominiais e fumarem dentro
dos prédios.
Se as pessoas quiserem
fumar têm de ir para a rua; no inverno, penso que seja um exercício de masoquismo sair de seus
apartamentos aquecidos com calefação, para fumar na rua, em uma temperatura
abaixo de zero, e no meio da neve pesada.
Por toda essa
praticidade e economia de mão de obra, as taxas condominiais são baixíssimas.
No caso de carros
alugados, quando da devolução dos veículos, se for verificado vestígio de
nicotina, a multa pode chegar a C$ 400.00.
Os bairros residenciais
são dentro do estilo dos luxuosos “suburbs” americanos. Casas de alto padrão
com amplos jardins, sem cercas, e ruas arborizadas, silenciosas, largas e
seguras.
A cidade não tem áreas
degradadas.
Impera um respeito
absoluto pelo cumprimento de horários, tanto pelos ônibus como pelo metrô.
Os pontos de ônibus têm
terminais eletrônicos que informam qual o horário exato em que o próximo veículo
vai passar. Britanicamente, tudo exatamente dentro do horário marcado, nem um
minuto aquém e nem um minuto além.
Ao ir pegar um ônibus,
o terminal mostrou que o próximo veículo chegava em 15 minutos. Para testar o
sistema, fui tomar um café em uma cafeteria próxima. Para meu espanto, faltando
1 minuto para o término do tempo, o ônibus chegou pontualmente.
A mesma coisa com o
metrô que, aliás, não tem condutores.
Em Richmond, os ônibus
têm indicativos em inglês e chinês. E, como nos Estados Unidos, tem apoio para
bicicletas na frente dos coletivos e elevadores para cadeirantes.
Fui a um banco, e havia
água gelada, café e chá para os clientes, além de amplo espaço com sofás,
poltronas e revistas. E era uma agência bancária popular.
A indústria da
reciclagem é muito ativa. Quase tudo é reciclado, desde papel, madeira, vidros,
plásticos e metais. Só não vi reciclagem de produtos orgânicos.
Existem postos para
recebimento de material reciclável em várias partes da cidade. Fui a um desses
postos e vi um chinês tirar de seu carro dois sacos grandes de garrafas de
plástico. Apurou uns C$ 40.00.
Existem shoppings
imensos, com uma grande variedade de produtos de todas as procedências, a
preços bem baixos. Como nos Estados Unidos, existem muitas promoções, e o
uso dos bônus e cupons de ofertas é um recurso intensamente
usado por toda a população.
As áreas de alimentação
contam com filiais internacionais de cadeias de fast-food, muitas ainda
desconhecidas no Brasil.
Prepondera a cozinha
chinesa com um toque japonês, o que torna a culinária muito variada e apetitosa.
Até agora sinto falta das
saborosas sopas bem quentes de legumes com camarões, lagosta, peixe, lulas e
polvo, servidas em largas tigelas, seguidas do prato principal que eram
generosas porções de salmão fresco preparado com óleo e ervas finas, com arroz
cremoso e legumes. Tudo regado com um bom vinho tinto/branco do Canadá. É para a
gente se babar. Dá vontade de pegar um avião e voltar ao Canadá só para
saborear novamente aquelas iguarias.
É importante frisar que
o Canadá é a terra do salmão, que tem um sabor especial, pois é pescado nos
rios e corredeiras, e não criado em fazendas de piscicultura.
Nos grandiosos shoppings,
que também contam com áreas de supermercado, pode-se apreciar a venda de imensas
lagostas, “crabs” (caranguejos gigantes pescados no fundo do mar), e peixes que
vivem nas profundezas oceânicas. Todos vivos e expostos em grandes aquários
para escolha dos clientes.
Os cinemas são
luxuosíssimos e caros. Mas existem as promoções baratas no meio da semana.
Existem outras
localidades de maioria indiana, judeus, ucraniana, etc. Todas também de alto
padrão.
E todos se vestem da
forma característica como em seus países de origem.
É admirável cruzarmos
pelas ruas com aquela diversidade humana, cada um com trajes típicos e falando
línguas diferentes.
O inglês prevalece como
língua oficial.
Na área de Quebec,
excepcionalmente, prepondera a língua francesa.
Como se pode ver, é uma
vasta miscelânea de nacionalidades, culturas, hábitos e línguas. Mas o
importante é que tudo funciona pacífica e perfeitamente.
Encontramos uma
brasileira de Belo Horizonte, que estuda e trabalha em Vancouver. E aí tomamos
conhecimento da existência de uma comunidade brasileira em Richmond.
O Canadá tem uma
política inteligente de imigração.
Suas portas estão
abertas para cidadãos de qualquer país.
Mas eles selecionam ao extremo
as pessoas que desejam imigrar para o Canadá.
O controle é severo e abrange
uma investigação completa da vida pregressa da pessoa, sua formação
universitária e experiência profissional, a condição para seu sustento no país,
vivência internacional, conhecimento de línguas, entre diversas outras
exigências.
Ou seja, o Canadá prioriza
a importação de cérebros.
Mas confesso que me
senti um tanto incomodado pela falta de
entrosamento social. Os brasileiros que se mudam para o Canadá, no início,
devem sofrer muito com o isolamento social.
Mas com o tempo, se
adaptam e formam seu círculo de amigos.
Como uma pessoa disse,
é fácil nos acostumarmos com o progresso, a segurança e a ordem. O caminho
inverso é que é traumático.
Não consegui enxergar outros
problemas além das adaptações iniciais e naturais em um novo país, e fiz, a mim mesmo, a pergunta que muitos estrangeiros
se fazem quando visitam o Canadá:
-O Canadá é o país
perfeito para se viver?
Certamente o Canadá tem
diversas outras virtudes, mas também deve ter seus próprios e peculiares
problemas.
Por tudo que expus acima,
recomendo a qualquer pessoa que não perca a oportunidade de visitar esse
fantástico país que é o Canadá. É uma experiência inesquecível que nos deixa
admirados e saudosos.
Agora que estou de volta
ao Brasil, ainda afetado pelo desagradável “jet lag”, devido às muitas horas de
voo, me deparo com toda essa ebulição que a Operação Lava-Jato está provocando
no meio político, na economia, e no país como um todo.
Pode parecer paradoxal,
mas esse verdadeiro furacão em que o país está mergulhado, me deixa satisfeito.
A nação está passando
por uma barreira de choque e sairá transformado desse processo.
O povo também mudará e será
o maior beneficiário dessa profunda revolução pela qual estamos passando.
Mas isso é matéria para
outro artigo.
Se há alguma mensagem
que gostaria passar para todos é que tenham fé no Brasil.
Este é o caminho.
Atenciosamente
Adaí Rosembak
Associado da AAFBB,
ANABB e ANAPLAB
Não estava entendendo sua ausência. Instrutiva e preciosa informação sobre o Canadá. Parece o lugar ideal onde residir. Isso, sim, é Ordem e Progresso. Não existiria, como base, uma ideal proporção entre PIB e população?
ResponderExcluirEdgardo Amorim Rego
Caro Ed,
ExcluirEu poderia falar muitas coisas mais sobre o Canadá, mas aí seria um tratado não um artigo.
Em relação à sua pergunta, pelo que li e fui informado, o Canadá teve um crescimento em 2016 em torno de 3,7%, o que é um índice invejável.
O Canadá é um grande parceiro dos Estados Unidos nas áreas sensíveis de TI aplicada à área militar e de segurança, informações, alta tecnologia e indústria de ponta. O Canadá e os Estados Unidos tem uma colaboração estreita nesses campos.
E continua tendo apesar das recentes rusgas causadas pelo Trump.
As universidades do Canadá estão entre as mais avançadas do Mundo e, como disse no artigo, eles tratam de atrair os melhores cérebros de todo o Mundo.
Confesso que não analisei essa parte técnica de relação PIB/população.
A população total do Canadá gira em torno de 33 milhões de pessoas, ou seja 1/10 da população americana, mas o Canadá não tem nichos de miséria que, por incrível que pareça, encontramos nos Estados Unidos.
Já viajei um pouco e nunca vi um país com tanto progresso, civilidade e organização social.
É de cair o queixo.
Abração deste admirador de seu blog
Adaí Rosembak
Caro Adaí,
ResponderExcluirAdmirável o seu relato, e compreendo bem o entusiasmo diante da organização, progresso e respeito mútuo dos países que você visitou.
Mas prefiro nosso sistema ainda em formação a aqueles paraísos.
Penso que, quando o regramento do comportamento da sociedade atinge um estágio como o descrito, ele impõe também a cada cidadão, em particular, uma disciplina maçante que acaba por tolher um bem maior, que é a liberdade de cada um.
Claro que a liberdade individual deve estar sempre sujeita à coletiva, mas ainda assim o excesso de regras será sempre um ponto questionável.
Mas, muito bom o artigo, valeu.
Lydio
Caro Lydio,
ExcluirConcordo com algumas de suas afirmações e discordo de outras.
Aprecio a nossa real mesclagem de raças; o Canadá não é assim.
Somos muito extrovertidos e, apesar, da crise e das mudanças pelas quais estamos passando, o povo é alegre e sorridente e parece estar sempre de bem com a vida quando, na verdade, não é assim. Ou seja,essa forma de encarar a vida, é mais uma virtude nossa.
O canadense não leva uma disciplina maçante. O que existe realmente é o respeito pelos seus semelhantes. E vigora o pensamento de que só com trabalho duro, estudo avançado e sério, espírito público. e honestidade, se consegue construir uma nação de alto nível.
O canadense leva boa vida, mora muito bem, se alimenta, se veste e se educa muito bem.
Pratica esportes mais do que aqui e também joga futebol como o brasileiro.
Tem uma vida cultural intensa, tem muitos teatros, bibliotecas e cinemas.
Existem muitos festivais de música e de filmes, cafés e choperias onde as pessoas se reúnem para jogar discutir qualquer assunto, sem qualquer censura,existem encontros culturais e políticos, enfim, tem de tudo.
Há um clima de confiança e segurança, e não de desconfiança e medo como ocorre aqui.É duro dizer isso sendo brasileiro.
Mas, infelizmente, é por tudo isso que não concordo com o que você diz.
Mas, como bom brasileiro,tenho muita fé e esperança em meu país,e penso que estamos passando por tempos de ajuste e que sairemos dessa situação muito melhores.
Em relação a regras e disciplina, cá para nós, aqui também existem regras mas elas não são seguidas. E muito menos a disciplina
Vamos ver aonde iremos chegar depois desse furacão que estamos atravessando.
Sonho em tempos melhores !!
Abração
Adaí Rosembak
Caro Colega,
ResponderExcluirGostei do seu comentário mas ele foi muito limitado.
Você acha que em um mês em um país dá para conhecer tudo?
Você teve uma ideia de turista e não de morador local.
Pense nisso.
Caro Anônimo,
ExcluirClaro que em um mês só se pode ter uma visão de turista.
Mas foi o que bastou para ter uma visão maravilhosa daquele país.
Sendo sincero, você acha que um turista que vem ao Brasil precisa de muito tempo para perceber pela miséria, violência e corrupção que vivemos - infelizmente, friso - que este país está doente e em mutação?
Desculpe-me, mas já trabalhei com apartamentos por temporada para estrangeiros e não há como negar a decepção da maioria deles.
Lamentavelmente é isso.
Adaí Rosembak