quinta-feira, 19 de março de 2015

A Importância da Informação

Muitos companheiros nos perguntam porque, ao invés de nos debruçarmos somente sobre assuntos inerentes  aos nossos interesses,  nos aventuramos a tecer  discussões sobre economia e política nacionais e até internacionais.
É fundamental considerarmos que não somos uma ilha. Todos os nossos problemas e interesses estão intrinsicamente ligados aos rumos da política e da economia  do país e do mundo como um todo.
Os interesses dos aposentados e pensionistas da PREVI obedecem às mesmas diretivas que regem todos os demais fundos de pensão do país.
Mas os associados da PREVI, pelo fato de terem sido bancários estão mais preparados para lidar com problemas de ordem burocrática, fiscal, contábil, legal e outros,  que são matérias inerentes ao desempenho da função bancária.
A par disso, contamos com o apoio de  grandes associações como ANABB , AAFBB, AFABBs,  e outras, que contam com dezenas de milhares de associados e que defendem nossos interesses.
Essas associações possuem sites e jornais que mantém os associados sempre atualizados com os assuntos pertinentes à classe.
Lembro-me que, quando compareci  a uma assembleia extremamente tensa do AERUS que discutia os rumos da categoria com  o interventor nomeado pelo governo, um aeroviário fez um aparte muito objetivo sobre uma das razões que levaram os beneficiários e pensionistas do AERUS àquela trágica situação. Disse ele que, como comissário de bordo, vivia literalmente no ar em relação aos  assuntos burocráticos pertinentes à sua categoria. O tempo em terra era para fazer cursos de aperfeiçoamento em sua área e  descansar para voar novamente. Pagava religiosamente suas contribuições para o fundo de pensão mas não acompanhava os assuntos relativos à sua categoria. Em suma, era um desinformado.
O mesmo acontece com beneficiários de outros fundos de pensão que prefiro omitir.
Pelas razões acima expostas é que, nas minhas notas, sempre estendo minhas considerações além dos limites de nossos exclusivos interesses, para que tenhamos uma visão global do contexto em que estamos inseridos  o que, certamente,  evitará que incorramos em erros devido à ignorância de aspectos importantes que não sejam  abordados.
Adiante transcrevo o artigo “Algum erro é dose” da jornalista Miriam Leitão , publicado na edição de 18.03.2015, do jornal O Globo. Também publico texto de mensagem encaminhada àquela articulista em que teço algumas observações sobre seu tão bem elaborado texto.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB


Cara Miriam Leitão,

Sou um leitor assíduo de sua coluna no O GLOBO.
Tenho o blog ADAIROSEMBAK.BLOGSPOT.COM.BR e, frequentemente, reproduzo suas matérias sempre citando seu nome e  o veículo O GLOBO.
Gostei muito de seu artigo “Algum erro é dose”, na edição de 18.03.2015 do O GLOBO, em que você expõe detalhadamente todo o corolário de ações catastróficas  tomadas no primeiro Governo de Dilma Rousseff.
Mas  considero que não foram  erros mas sim medidas premeditadas e meticulosamente executadas. Sim, porque erro pode ser o resultado de um gesto involuntário, de uma falha eventual sem dolo e sem qualquer objetivo pré-determinado.
Não foi o que ocorreu no primeiro período de Dilma Rousseff. Foram medidas econômicas meticulosamente planejadas e ardilosamente implementadas   com o objetivo precípuo  de inviabilizar qualquer perspectiva de sucesso da oposição na eleição que se avizinhava.
Pouco importava se, dessa forma, se comprometesse a saúde econômico-financeira do país e se incrementasse o desemprego e a miséria de seu povo.
Esse era apenas um detalhe  irrelevante   frente ao objetivo maior que era a vitória da candidata nas eleições.
Logo não é adequado dizer que houveram erros.
Foram manobras intencionais e com objetivos definidos.
Houve dolo. Foram cometidos delitos, a presidente mentiu despudoradamente  e o povo foi enganado.
Causou-me estranheza que esse aspecto   não fosse ressaltado em sua magnífica nota bem como não fosse citado o papel crucial  de Guido Mantega que foi  o grande  desestruturador da economia brasileira.
Aliás, não é só sua coluna nem somente O Globo  que não noticiam essas mazelas.
É a imprensa de forma geral.
Todo o foco da mídia debruça-se basicamente na corrupção, principalmente na Petrobrás com a operação Lava-Jato ,  que foi outro aspecto deplorável do  péssimo primeiro Governo de Dilma Rousseff.
De resto só me resta lhe parabenizar pelo oportunismo, objetividade e seriedade de seu artigo.

Adaí  Rosembak

Na economia, a presidente Dilma admitiu “algum erro de dosagem”, mas não disse de que medida falava. O descuido com a inflação levou o país ao estouro do teto da meta; os estímulos ao crescimento produziram rombo fiscal e o país parou de crescer; o populismo na energia acabou em tarifaço. Não foi “algum erro”. Foram vários. Não foi apenas a dose, o remédio estava errado.
Havia uma política econômica até a reeleição, e há outra, que começou a ser anunciada após as eleições. A segunda tem alguma chance de corrigir os efeitos deletérios da primeira. Mas o governo começa a dar sinais de que vai reduzir a dose das políticas de ajuste, admitindo, por exemplo, rever as correções da pensão por morte.
O ministro Nelson Barbosa falou, quando propôs a revisão desse item na nova política, que era necessário acabar com exageros no sistema brasileiro, já abolidos em muitos países do mundo. Mesmo assim, a viúva ou viúvo jovem não será desamparado. Se tiver 21 anos ou menos, terá três anos de pensão; se tiver de 22 a 32, terá seis anos. E assim progressivamente. A partir de 44 anos, a pensão é vitalícia. Agora, o governo está alterando essa proposta.
O governo começa a reduzir a dose das medidas que podem fazer o ajuste, mas não admite que fez uma overdose de subsídios e estímulos sem benefício algum para a economia. O Tesouro se endividou em quase R$ 500 bilhões para repassar ao BNDES, sem resultado na manutenção do crescimento. Os subsídios dados à indústria automobilística não tiveram efeito permanente. Das medidas de estímulo, a única com vantagens mais bem distribuídas pela economia foi a desoneração da folha salarial.
A equipe econômica anterior declarou ter desenvolvido uma nova atriz macroeconômica. Foi um equívoco redondo. Não era uma matriz, era a volta do mais velho dos defeitos, o governo gastar além da conta. Isso nos trouxe o resultado de sempre: a dívida bruta disparou, o déficit público ficou em nível insustentável e perigoso, o déficit em transações correntes cresceu muito. A inflação, ao ser reprimida através de populismo tarifário na eletricidade e na gasolina, desequilibrou as finanças das distribuidoras de energia e da Petrobras. Os preços ficaram irreais e, mesmo assim, a inflação permaneceu alta. Hoje, a nova equipe da mesma presidente fala em “realismo tarifário”.
O BNDES não vai mais receber aportes bilionários do Tesouro como antes, o Banco Central não tentará forçar uma taxa de câmbio com exposição excessiva no mercado futuro, não haverá mais reduções de IPI para carro, a gasolina não terá mais preço defasado. A nova equipe admite que a dívida aumentou, o déficit está alto e tudo isso precisa ser corrigido. Logo, não foi apenas um mudança de dose do remédio. Mudaram o diagnóstico e a receita.
A política econômica estava totalmente errada antes; a nova nega as premissas anteriores, ainda que não tenha proposto todas as medidas necessárias à correção. Mesmo assim, é a nova política que está sob ataque dos partidários da presidente, e ela é que está tendo sua dose reduzida nas negociações. A anterior não foi condenada. Pelo contrário, a presidente disse que os adversários da suas decisões econômicas queriam que as empresas quebrassem. Deveria ter revelado quem propôs a tal quebradeira.
E por falar em quebradeira, há muitas empresas hoje com sérios problemas financeiros, graves desequilíbrios entre passivos e ativos. Isso é, em parte, suspensão dos socorros do BNDES, dos quais haviam ficado dependentes e, em parte, derivado da avassaladora corrupção nos negócios entre empreiteiras, fornecedores e Petrobras. Sem os aditivos sequenciais nos contratos, para cobrir a incompetência gerencial de algumas e o custo das propinas, muitas empresas podem ter problemas.
A presidente Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso com a estabilidade da moeda. É bom que o faça, ainda que entre a palavra e o gesto haja bastante distância. Gastos excessivos, escondidos através dos truques contábeis promovidos pela equipe anterior, minam a estabilidade. Tarifas reprimidas, também. Leniência com a inflação no teto da meta, também. A política econômica estava errada. Não foi apenas uma dose a mais. 
Miriam Leitão - Colunista de O Globo

14 comentários:

  1. Excelentes as suas colocações, nobre colega. Creio que as medidas implementadas pelo governo nos últimos doze anos foram calculadas meticulosamente para gerar exatamente o caos e a miséria do povo brasileiro e, a partir disso, implementar medidas de força (fechamento do congresso e do STF, submissão total da imprensa, estatização dos meios de produção, expropriação de bens e propriedades, etc.) O maior exemplo disso é a Petrobrás : ninguem consegue ser tão incompetente a ponto de levar uma potência dessas à quase falência - tem que ter método para isso...

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    1. Caro Anônimo,

      Excelentes suas colocações.
      Por que não se identifica? Pessoas de seu nível tem de ser conhecidas.
      Você foi muito preciso em suas análises.
      Concordo plenamente que é preciso ter método, calcular tudo meticulosamente para causar tanto estrago, tanta perda e tanta infelicidade.
      E depois ainda dizer que foi um erro de dosagem.
      Só faltou nos chamar de imbecis e palhaços.
      Hoje mesmo vi o depoimento de Renato Duque na CPI do Lava-Jato. Ele teve a cara de pau de dizer que toda a sua fortuna foi fruto de seu trabalho.
      O mais lamentável disso tudo é que o povo se deixou enganar pelo falso canto de sereia.
      É triste.
      Um abração

      Adaí Rosembak

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  2. Certissimo Adai. Parabens.

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    1. Querida Vera Nunes,

      Grato pela concordância da matéria.
      É importante que tenhamos o incentivo de pessoas como você.
      Escreva quando e quanto quiser.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  3. Caro, suponho, ex-colega. Como suas mensagens chegam sem serem pedidas a meu endereço eletrônico sinto-me no direito de comentá-las pois me surpreende o hábito de alguns amadores de fazerem proselitismo político partidário sobre o já cansativo proselitismo jornalístico existente. A meu ver é um desnecessário 'mais do mesmo', uma busca disfarçada de alguns segundos de fama, um 'gancho' redundante sobre a 'opinião publicada' pelos conhecidos, e remunerados, jornalistas profissionais. abraços sergio castro

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    1. Caro Sérgio Castro,

      Lamento que minhas mensagens cheguem sem serem pedidas. Você pode as deletar ou ler. Mas, pelo visto, preferiu ler.
      Criei este blog não para fazer proselitismo político partidário mas para ajudar minha categoria de beneficiários e pensionistas da PREVI.
      Você pode ser defensor do PT ou de qualquer outro partido mas a atual situação calamitosa em que nos encontramos foi criada pelo partido de situação que é o PT. Se fosse outro partido eu também combateria com o mesmo vigor.
      Sou apartidário.
      Não sou jornalista político partidário e muito menos remunerado (muito pelo contrário, só tenho despesas com este blog). Sou um comunicador independente e defensor de minha categoria.
      Não procuro segundos de fama . Apenas, volto a repetir, defendo os interesses dos aposentados e pensionistas da PREVI. E, por extensão, os aposentados de outras categorias profissionais.
      Não peço concordância em relação ao que eu digo, peço apenas o respeito de exercer de minha maneira a democracia.
      Escreva discordando. Isso também é ser democrata.
      Afinal de contas estamos no mesmo barco e seja qual for o partido que estiver no poder o importante é defender nossos interesses.
      Um abração

      Adaí Rosembak

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  4. REPASSANDO A PARÓDIA QUE FIZ SOBRE O SAMBA DO AVIÃO, DE TOM JOBIM, NO ANO PASSADO:.

    "DE MIRIAM LEITÃO PARA ARMÍNIO FRAGA

    Minha alma canta
    Quando vejo Armínio Fraga
    Estou morrendo de saudade
    Juros, juros, juros pra ti
    Juros, juros também para mim

    Oh Fernando Henrique!
    Braços abertos para a turma rica
    Você é meu professor
    Pelos juros tenho amor
    A bufunfa vai jorrar
    Nesse país e ultramar
    Gente cheirosa a festejar
    Joias, perfumes franceses
    Champagne e coisa e tal

    Rio de Janeiro
    São Paulo
    Brasília
    Engordando o dinheiro
    Pra nossa família

    Meu Armínio Fraga
    Volte pra casa
    Empunhe essa bandeira
    Com Aécio e Eduardo (*)
    Vou mandando o meu petardo
    Eu derrubo essa teimosa
    Que é metida e muito prosa
    Que quer dar fim a nossa festa
    Taxas de juros bem altas
    É esse o nosso ideal
    Capital
    Tal, tal
    Carcará, ca, ca, capital
    Capital
    Carcará, ca, ca, capital

    (*) Na letra é Eduardo Campos, mas agora é Eduardo Cunha, um substituto à altura do falecido no misterioso acidente aéreo.

    Valho-me do ensejo para solicitar a quem interessar possa que retransmita à ilustre colunista Miriam Leitão, para responder, querendo. Á falta de resposta de Miriam, de seus professores e alunos, eu continuarei acreditando que todas essas pessoas não têm qualificação técnica ou moral para endossar as críticas dela à presidenta Dilma Rousseff.

    1. Como poderia dar certo - ou pelo menos não deixar um insolúvel problema - criar o real com o mesmo valor do dólar americano ao mesmo tempo em que a taxa básica de juros (incidente sobre a dívida pública do Brasil) foi estabelecida em 3,5% ao mês, enquanto a da dívida pública dos Estados Unidos era de 2% ao ano?

    2. Já que era assim, por que o dinheiro proveniente da venda de parte do patrimônio público avaliada em R$ 100 bilhões, em vez de liquidar a dívida interna pública do Brasil, então de R$ 60 bilhões, não evitou que essa dívida decuplicasse em apenas 8 anos, passando para R$ 600 bilhões, considerando-se ainda que o governo de FHC não investiu praticamente nada em educação, saúde, saneamento, transporte, telecomunicações, energia, segurança, Forças Armadas etc.?

    3. Por que o câmbio do dólar, que estava ao par no início do Plano Real, pulou para R$ 3,80 ao final do governo de FHC?

    4. Por que se registrou no governo de FHC a maior fuga de capitais da história do Brasil (somente com o "affaire" BANESTADO, foram US$ 30 bilhões remetidos ilegalmente para o exterior)?

    5. A se manter o mesmo ritmo de crescimento da dívida pública interna, ainda que com a taxa básica de juros de 24,5% (um pouco menor que a do início do Plano Real) ao final do governo de FHC, o Brasil teria ou não queria quebrado, ou, no mínimo, dado um calote?

    6. Se o objetivo principal do Plano Real era zerar a inflação - com o sacrifício de milhões de empregos, arrocho salarial, investimento praticamente zero -, por que a inflação subiu para 12,5% ao final do governo de FHC?

    Boanerges de Castro

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    1. Boanerges,

      Acho que você foi muito prolixo em seus comentários.
      Suas palavras dão margem a várias interpretações.
      Fiz comentários em relação ao artigo de Miriam Leitão discordando de alguns pontos colocados por ela.
      Quanto às críticas ao Governo FHC - já se passaram uns 13 anos - você as fez naquela época?
      Poderíamos começar a criticar outros governos passados. Quem tal criticar os portugueses que nos colonizaram?
      Vamos nos ater ao momento que vivemos e ao futuro. Por favor.

      Adaí Rosembak

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  5. Jorge Roriz - Jornalista20 de março de 2015 às 13:44

    É impressão minha ou o senhor prevê a volta da hiperinflação e o fim do Plano Real e quer culpar o FHC pela crise atual criada pelo "Luludilmopetismo?"
    Saímos de uma inflação de 80% ao mês e o Plano Real foi um bem croncretizado plano econômico.
    Apesar de todo desastre criado por incompetência e corrupção dos governos Lula e Dilma. Ainda assim, estamos em situação melhor do antes do Plano Real.
    O câmbio passou as ser flutuante, deixando devido a várias crises enfrentada na época de FHC que ameçavam o Plano Real.
    Mas a atual crise e a atual crise dívida interna e externa foi criada por assaltos ao país, má gestão e desvios bilionários de recursos, feitos durante o governo Lula e Dilma.

    Jorge Roriz - Jornalista

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    1. Caro Jorge Roriz,

      Primeiramente, desculpe-me não ter mencionado sua profissão , o órgão do qual faz parte e os seus telefones. São informações que o provedor se recusa a mencionar.
      Evidente que o seu comentário foi encaminhado ao Boanerges de Castro que foi o comentarista anterior.
      Aprecio Miriam Leitão imensamente. Frequentemente a cito em minhas notas.
      Concordo plenamente com tudo que você colocou.
      Ademais, como disse na minha resposta ao comentarista anterior temos de discutir o presente momento e não o passado.
      Não entendo alguns sectários políticos que insistem em revirar o passado em lugar de resolver o presente.
      Não se trata de defender partidos políticos nem A, B ou C. Se trata de colocar o Brasil nos trilhos.
      Este blog está à sua disposição.
      Volte a colaborar. Será uma honra para nós.
      Um abração

      Adaí Rosembak

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  6. Arildo Máximo da Silva21 de março de 2015 às 15:33

    Importância da informação? Ou tentativa de lavagem cerebral?

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  7. Caro Arildo Máximo da Silva,

    Se estivéssemos em uma ditadura - como na Coréia do Norte e agora na Venezuela - informações partidas de poderes subjugados a um ditador qualquer, podem ser consideradas como lavagem cerebral.
    Mas em uma democracia em que a informação é livre - como atualmente é no Brasil - você pode considerar como informação.
    Aqui você pode ler a opinião de quem quer que seja e fazer sua escolha pessoal se concorda ou não com aquela opinião.
    Podemos estar em crise econômica e política mas podemos nos orgulhar de viver em uma democracia.

    Um abraço

    Adaí Rosembak

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  8. "SANGREM PRESIDENTE/DIRETORES DA PREVI"


    Do R7

    Em meio à relação conturbada com o Congresso Nacional, o governo vai ter que evitar outro conflito: a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos fundos de pensão de estatais. Os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Carlos Sampaio (PSDB-SP) conseguiram reunir 113 assinaturas, das 171 necessárias, para investigar indícios de aplicação incorreta dos recursos e manipulação na gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e servidores públicos.

    O requerimento para a abertura da CPI dos fundos de pensão pede que sejam esclarecidos os "prejuízos vultosos" dos planos ocorridos entre 2003 e 2015. Estão na lista para serem investigadas a Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), a Petros (Petrobras), a Previ (Banco do Brasil) e o Postalis (Correios).

    Na edição desta segunda-feira (23), o jornal O Estado de S.Paulo informou que funcionários dos Correios tentam evitar, por meio de uma batalha judicial e pela força das greves, que os participantes do Postalis tenham uma redução de 25,98% em seus contracheques a partir de abril de 2015 pelo período de 15 anos e meio.

    A conta é resultado de um déficit atuarial de R$ 5,6 bilhões no Postalis - comandado por PT e PMDB — provocado por investimentos suspeitos, pouco rentáveis ou que não tiveram ainda rendimento passado ao fundo. Também sob influência dos dois partidos políticos, a Funcef e a Petros contabilizam prejuízos bilionários.

    O deputado Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara, disse que os funcionários dos Correios do País todo preparam vinda a Brasília nesta semana para pressionar os deputados a assinarem o requerimento da CPI dos fundos de pensão.

    Funcionários pagam rombo de fundo de pensão dos Correios

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    1. Caro Nivaldo Elias dos Santos,

      Particularmente, sou a favor de qualquer CPI.
      Mas temos de considerar que em qualquer CPI o que prevalece é quem faz o melhor teatro.
      Mas tudo é um teatro. Até um julgamento no STJ.
      No caso específico do Postalis é o fim do mundo. Tem de haver CPI, PF, TCU, STJ, Promotoria, etc, etc.
      E gente do calibre do Juiz Sérgio Moro.
      É isso.
      Concordo com tudo que você disse.
      Volte a fazer seus comentários.
      Você é uma pessoa bem informada.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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