sexta-feira, 26 de julho de 2019

MATÉRIAS INVERÍDICAS ou DISTORCIDAS SOBRE A CASSI


Caros Companheiros,

Em complementação ao artigo publicado neste blog em 24.07.2019, “DIREÇÃO FISCAL DECRETADA PELA ANS NA CASSI em 19.07.2019”, acabamos de   receber pela

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,em nome de DAISY DE FREITAS SACCOMANDI, a importantíssima mensagem “FAKES & BOATOS”, de autoria do Diretor da CASSI Colega LUIZ SATORU ISHIYAMA,
                            

a qual transcrevemos adiante, em que ele relata a ocorrência de matérias inverídicas e distorcidas que estão sendo divulgadas por veículos da imprensa, com vistas a denegrir a imagem de nossa Caixa de Assistência.
É importante, da mesma forma como foi solicitado que se fizesse  com o texto sobre a decretação da Direção Fiscal na CASSI, que esse alerta  seja divulgado da forma mais ampla possível para não deixar  que  a  imagem íntegra da CASSI seja maculada e que se evite a propagação de calúnias   e boatos que venham  a deturpar a  seriedade, honestidade e eficiência   das medidas a serem tomadas para restabelecer a sustentabilidade financeira e administrativa da instituição.
Todos pela CASSI!!

Atenciosamente

ADAÍ  ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB.

Colegas,

Estamos lendo várias notícias em jornais sobre a direção fiscal na CASSI, que não correspondem a verdade.

A imprensa mal informada e/ou mal-intencionada está publicando matérias distorcidas e/ou inverídicas sobre o tema.

Para esclarecimento, repasso abaixo mensagem do diretor LUIZ SATORU ISHIYAMA. 
 
Abraços
DAISY - SP-SP


Fakes & Boatos

Prezadas & Prezados,

A decretação da Direção Fiscal na CASSI é o fato mais notável deste ano no mercado da saúde do Brasil.

É a manchete do momento.

Logo, a imprensa vai usar esse fato para produzir seus furos de reportagem e, como sempre, irão declinar suas tendências para atender aos interesses dos grupos que lhes patrocinam, ou das ideologias que defendem.

As intermináveis linhas de suas matérias estarão apenas preocupadas em aumentar a sua audiência no afã de conquistar mais alguns milhões de leitores, pouco, ou nada, se importando com os associados da CASSI e seus dependentes.

Portanto, não fiquemos escandalizados se decapitarem a CASSI na guilhotina de seus fakes e boatos, sem qualquer julgamento ou direito de defesa.

O importante - o que realmente interessa à CASSI - é continuar fazendo o trabalho com a mesma dedicação e empenho que interrompeu os prejuízos iniciados em 2012, e vem produzindo superávits desde novembro/2018.

Fechamos o primeiro semestre/2019 com um superávit acumulado em torno de R$82.milhões.

Mas, atenção, não podemos comemorar, pois o déficit na margem de solvência acumulado nestes últimos sete anos, desde 2012, ainda é de aproximadamente R$760.milhões negativos.

Com a reprovação da segunda proposta em 27/05/2019, e com esse déficit na margem de solvência de R$760.milhões, a decretação da Direção Fiscal tornou-se inevitável.

Estes são os fatos!

Nada do que não era esperado desde o ano passado.

Sem conformismos, mas de maneira consciente, tenhamos resiliência para suportar a chuva de fakes e boatos que irão pulular nas mídias e redes sociais, por parte dos órgãos de imprensa, como na época em que nos bombardeavam com a “pecha de marajás”, nos idos dos anos 1980/90.

E, fundamentalmente, sejamos resilientes para nos desviar dos tiros que estão sendo dados dentro da nossa própria trincheira.

Pessoas que se aperfeiçoaram em agredir o Banco, as Entidades, e os Dirigentes da CASSI, e não se sabe exatamente por quais razões.

A única coisa que se sabe é que, até o presente momento, esses agressores ainda não apresentaram qualquer proposta de consenso para a recuperação da CASSI.

Apregoavam que era dever da ANS determinar a solução, porém, esclarecido que esta não é a missão da Direção Fiscal, agora fomentam seus fakes dizendo que a solução está com o Ministério Público.

Logo encontrarão outro ser, não eles próprios, que irá produzir a solução para a CASSI...

Prezadas & Prezados, a solução da CASSI está conosco.

A solução está com o Corpo Social.

Com cada um dos 168.000 associados com direito a voto.

Simples assim!

E por ser simples, com muito trabalho, dedicação e compreensão, chegaremos a uma proposta de consenso que resgatará a CASSI e a deixará mais forte para continuar sua trajetória por mais 75 anos.

Finalizando, assim como ocorre com os filhos revoltados, cabe aos pais compreenderem tais comportamentos, mesmo que improcedentes, pois só o tempo e as circunstâncias deverão trazer a desejável maturidade, se trouxer.

LUIZ  SATORU  ISHIYAMA


Enviado por: Daisy FSacc <dfsacc@gmail.com>








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__,_.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

DIREÇÃO FISCAL DECRETADA PELA ANS NA CASSI em 19.07.2019



Caros Companheiros,

Em relação à Direção Fiscal decretada pela ANS na CASSI, em 19.07.2019, reproduzimos adiante a matéria que nos foi encaminhada pelo MOVIMENTO SEMENTE DA UNIÃO – MSU, na pessoa de DAISY DE FREITAS SACCOMANDI, em que é retratada a manifestação do Diretor da CASSI, companheiro LUIZ SATORU ISHIYAMA, 
                             

em que ele traça uma visão objetiva do que ocorre dentro  de nossa CAIXA DE ASSISTÊNCIA, e das medidas que serão tomadas para regularizar a situação de sustentabilidade financeira da instituição.
É motivo de alívio para todos a nota do MSU de que não teremos Intervenção e sim uma Direção Fiscal, o que afasta o receio de muitos associados de que a CASSI pudesse ser alienada para algum grupo privado com consequências imprevisíveis para todo o corpo de associados.
Mais uma vez ressaltamos que é sumamente importante que todos os associados leiam e analisem detalhadamente o que ocorre dentro da CASSI e o que advirá das medidas saneadoras apresentadas para a reestruturação da instituição.
Boa Leitura!

ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB
  

Caros colegas,

Sobre a direção fiscal decretada pela ANS no dia 19.07.2019, repassamos abaixo a publicação do diretor LUIZ SATORU ISHIYAMA. Destacamos que Direção Fiscal não é intervenção e solicitamos que leiam o comunicado com especial atenção.

Cordialmente,

MOVIMENTO SEMENTE DA UNIÃO - MSU

Curta  nossa página:


SOBRE A DIREÇÃO FISCAL?
BEM VINDA!

Prezadas & Prezados,

Informei ontem, 22/07/2019, após a comunicação oficial da CASSI de que a ANS havia decretado a Direção Fiscal, publicada no DOU de 19/07/2019, que o fato já estava dado, e que seria apenas uma questão de tempo.

Após sete resultados negativos, de 2012 a 2018, que consumiram mais de R$ 1,13 bilhões de nossas reservas nesse período, e com a margem de solvência negativa de cerca de R$ 760.milhões, posição em junho/2019, a decretação da Direção Fiscal tornou-se inevitável.

Os resultados positivos construídos em novembro e dezembro/2018, após diversas ações implementadas ao longo do ano passado, e intensificadas a partir do segundo semestre/2018 não foram suficientes para recompor os índices monitorados em níveis satisfatórios na avaliação da ANS.

Apesar dos resultados positivos do primeiro semestre/2019, que acumularam cerca de R$80.milhões até junho/2019 e que melhoraram os indicadores financeiros, a reprovação da segunda proposta na votação encerrada em 27/05/2019 determinou a decretação da Direção Fiscal.

A margem de solvência negativa em torno de R$760.milhões acumulada desde 2012 salta aos olhos de qualquer entidade fiscalizadora, e o não ingresso de recursos adicionais pela reprovação da proposta, que supririam esse saldo negativo, definiram a decretação da ANS.

Como ficará a CASSI após a instalação da Direção Fiscal a partir de 22/07/2019?

Continuará trabalhando com a mesma dedicação e afinco para continuar produzindo os bons resultados iniciados no segundo semestre/2018, para garantir a assistência à saúde dos associados e seus dependentes.

Não há qualquer atraso no pagamento das faturas da rede credenciada.

Com o superávit já acumulado, e que se somará aos superávits que certamente iremos continuar produzindo com o programa de ações aprovado pelo Conselho Diretor em 26/06/2019, é possível estimar que o pagamento das faturas e a prestação de serviços será viável até o final deste ano.

A Direção Fiscal equivale à recuperação judicial, antiga concordata, na qual a operadora sob esse regime deverá apresentar à ANS um plano de recuperação para recompor suas reservas, melhoria dos índices monitorados com o consequente equilíbrio financeiro e técnico calculado atuarialmente.

Qual o caminho para se alcançar esse equilíbrio financeiro e técnico?

Conforme esclarecimentos da própria ANS, a Direção Fiscal irá fazer um levantamento “in loco” da situação financeira e técnica da CASSI, solicitará todos os documentos e informações necessários para o mister, num período de até 90 dias.

Concluído o diagnóstico, teremos 30 dias para apresentar um programa de recuperação.

Esse programa de recuperação será monitorado mensalmente pelas respectivas áreas da ANS, durante 365 dias, a contar da data da instalação da Direção Fiscal, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.

As diversas ações em curso, iniciadas no final de 2017 e intensificadas a partir do segundo semestre/2018, somadas às ações de curto e médio prazo aprovadas pelo Conselho Diretor em 26/06/2019, serão a base desse programa a ser apresentado para a ANS, dado que vêm produzindo resultados efetivos a partir do final do ano passado.

Obviamente deverão ser agregadas outras recomendações emanadas pela Direção Fiscal, após o seu diagnóstico a ser entregue nos próximos 90 dias, e, assim, consolidaremos o programa de recuperação.

Por que essa certeza de que a CASSI já vem no rumo certo desde o ano passado?

No primeiro semestre/2019 economizamos, deixamos de gastar, cerca de R$ 180.milhões em relação ao mesmo período de 2018, que, somados ao superávit acumulado de cerca de R$80.milhões, posição em junho/2019, representa um resultado positivo de cerca de R$260.milhões neste primeiro semestre/2019, evolução que foi lembrada pela própria Diretora Fiscal, no primeiro dia de reunião, ontem, na sua apresentação à Diretoria da CASSI.

Contudo, é preciso lembrar que no final deste ano se encerra a vigência do Memorando de Entendimento firmado em nov/2016, que aporta cerca de R$50.milhões mensais oriundos do 1% de contribuição adicional por parte dos associados, e do RTE por parte do Banco.

Cerca de R$600.milhões anuais a menos!

Aí, sim, infelizmente, a partir de janeiro/2020 a CASSI poderá se tornar inviável, ou, na pior das hipóteses, assim como qualquer empresa em recuperação judicial, haverá a necessidade de promover medidas drásticas para ajustar as despesas assistenciais às receitas limitadas a 7,5%, somatório dos 4,5% de contribuição patronal, e dos 3% de contribuição dos associados.

Para que a CASSI possa continuar a oferecer o mesmo padrão assistencial a partir de janeiro/2020, haverá a necessidade do aporte adicional de recursos, estimados em torno de 14,5% sobre os rendimentos (salários do pessoal da ativa + benefícios dos aposentados), conforme cálculos que subsidiaram a proposta reprovada em 27/05/2019.

Não há mágica!

A saída será a aprovação de uma nova proposta de consenso entre as partes, CASSI, Corpo Social e Banco, que viabilize esses recursos adicionais para recompor os indicadores e proporcionar o desejável equilíbrio financeiro e técnico.

Tal proposta para que tenha efeito a partir de janeiro/2020, deverá ser aprovada, no máximo, até o final de novembro/2019.

Está em curso a implantação de diversas melhorias nos processos em todas as Diretorias, tais como a centralização de atividades das Unidades Estaduais e CliniCassi, com o objetivo de otimizar recursos e informatizar tais processos; desenvolvimento de diversos aplicativos e melhorias em TI; reorganização da rede própria e rede credenciada; e, fundamentalmente, um novo modelo assistencial baseado na APS-Atenção Primária à Saúde, pedra angular da ESF-Estratégia de Saúde da Família, com foco na prevenção, e não na doença após a sua ocorrência.

Todas essas ações também necessitam de recursos adicionais para incrementar e dar velocidade em suas implantações, bem como promover o treinamento maciço de todos os funcionários que estão promovendo a reorganização da rede própria e credenciada, pois os recursos escassos que economizamos neste primeiro semestre não serão suficientes para dar seguimento a esse conjunto de melhorias.

Não há terrorismo, nem temor em relação à Direção Fiscal, cujo fato já estava dado, como foi dito acima, pois apenas a adiamos com os bons resultados a partir do final de 2018.

Dado que não compete à ANS promover qualquer ingerência, caberá à CASSI desenvolver o programa de recuperação, após a entrega do diagnóstico da Direção Fiscal, rumo ao equilíbrio financeiro e técnico, como já vimos implementando desde o ano passado.

Todos os 2.700 funcionários da CASSI, desde a Sede, passando pelas 27 Unidades Estaduais e 66 CliniCassi estão plenamente conscientes da dedicação e do empenho que deverão nortear as ações em busca da recuperação da nossa querida Senhora de 75 anos, para que ela continue a prestar a assistência à saúde de seus associados e dependentes por mais 75 anos. OU MAIS !

Forte abraço a todos!

LUIZ SATORU ISHIYAMA


REPASSE ESTA INFORMAÇÃO/NOTÍCIA
"Somos responsáveis não apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer!" - Molière
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Veja  essa discussão na Web, em
https://groups.google.com/d/msgid/acorda-bb-informativo-k/CAL-3Lzwh3--QFO78Hf%3DnaNtLzToWOTmuVM6YM7zFECJX9_Fzfg%40mail.gmail.com.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

UMA VISÃO DA CHINA ATUAL



Caros Companheiros,

Transcrevo adiante o excelente artigo de 20.07.2019, do Colega JOÃO CARLOS LAGO NETO,
“QUARENTA ANOS DAS REFORMAS DE DENG XIAOPING
E O RENASCIMENTO DA CHINA COMO POTÊNCIA”
, em que ele transcreve um esboço do pesquisador JOSÉ EUSTÁQUIO DINIZ ALVES, sobre a trajetória da CHINA moderna e aponta algumas das razões que a tiraram  da condição de uma das nações mais atrasadas do mundo para, em 40 anos,  a elevarem à condição atual de superpotência somente rivalizando com os ESTADOS UNIDOS.
Embora parabenize o trabalho do autor, permito-me acrescentar adiante algumas outras características da cultura e da civilização chinesa que possibilitaram a   CHINA  dar  esse salto espantoso, e que ainda trará grandes transformações e surpresas para toda a humanidade:

- Formação espiritual, social e civilizatória baseada no CONFUNCIONISMO, TAOISMO, BUDISMO e XINTOISMO, que valorizam elevados princípios de formação pessoal, social e familiar.
Com base em novas pesquisas e recentes indícios, estudiosos indicam que a formação da CHINA efetivamente começou há mais de 10.000 anos. 
Apesar dessas novas descobertas, mas lastreados   em evidências concretas, as autoridades chinesas estabeleceram em 5.800 anos o início da civilização chinesa.
Assim, a CHINA tem experiência histórica, cultura, e elevados princípios de formação  que nenhum outro país tem.  

- Predomínio de 92% da etnia HAN em todo o território chinês.
A etnia HAN é uma massa humana unida, determinada, disciplinada e com objetivos comuns.
Alguns de seus traços são a dedicação fervorosa ao trabalho, ao estudo e à família, a persecução de objetivos comuns a toda à sociedade e o apreço, respeito e devoção aos seus elevados  princípios filosóficos e culturais.
Encarando-se sob esse prisma, pode-se dizer que a etnia HAN forma uma grande família com características próprias diversas de qualquer outra etnia.
Os demais 8% da população estão distribuídos em cerca de 56 etnias em todo o país.
A etnia mais problemática são os uigures na Província de XINJIANG no extremo oeste da China, que professam o islamismo e que, até anos atrás tinha grupos radicais cujos membros  chegaram a cometer atos terroristas pleiteando a independência da região de XINJIANG.
A CHINA acabou com esse problema exercendo um amplo, sofisticado e duro programa de combate ao terrorismo e a movimentos separatistas. 
Muitos elementos envolvidos em atos terroristas foram fuzilados e outros foram presos em centros de reabilitação.
A outra medida que mudou radicalmente a formação étnica, política e econômica da região foi a concessão de generosos incentivos sociais, econômicos e financeiros para a transferência de cidadãos da etnia HAN para XINJIANG.  Com isso cerca de 20 milhões de chineses da etnia HAN se transferiram para aquela região, o que descaracterizou e mudou a base étnica de XINJIANG e a aproximou do poder central da CHINA, dominado pela etnia HAN.
Esse exemplo mostra a determinação do governo chinês de não permitir que a CHINA seja novamente invadida, saqueada,  retalhada e dividida entre  nações invasoras  estrangeiras, principalmente as  europeias.
Chineses mais idosos se lembram com revolta e amargura do período de humilhação da CHINA em que clubes de estrangeiros em PEQUIM ostentavam placas com os dizeres “É proibida a entrada de cachorros e chineses”.
Hoje, MACAU passou do domínio de PORTUGAL para a CHINA, e o mesmo aconteceu com HONG-KONG que saiu das mãos da INGLATERRA e voltou ao controle da CHINA.
Só falta TAIWAN, que a CHINA considera uma província rebelde.
Com essas medidas, a CHINA assegurou a integridade de seu território, abortou movimentos separatistas, deu fim a atos terroristas e trouxe progresso para XINJIANG.
O exemplo chinês deve servir de exemplo para o BRASIL, antes que nosso território seja esfacelado pela criação de “nações indígenas independentes”, cujos grupos indígenas serão verdadeiramente dominados e explorados pelas mesmas nações europeias, como FRANÇA e ALEMANHA, que colocaram a CHINA de joelhos no passado.

-   Implantação de total, diversificado e sofisticado sistema de vigilância e acompanhamento em tempo real, de todos os cidadãos chineses.
Esse registro, em todo o território chinês, abrangerá os mínimos detalhes da vida dos cidadãos, tais como comportamento e hábitos pessoais, formação intelectual e técnica, atividades de lazer, de subsistência, de mobilidade, dados sobre saúde e características físicas, histórico de vida pregressa e de atuação profissional etc.
Para atingir esse objetivo, a CHINA já instalou cerca de 450 milhões de câmeras de reconhecimento facial e não se pode dimensionar a quanto chegará o número  desse avançado equipamento de vigilância, já que o atual intuito das autoridades chinesas é cadastrar detalhadamente todos os 1.400.000.000 de habitantes e os estrangeiros que visitam a CHINA.
Isso ajudará a estender o alcance de serviços de educação, segurança, saúde e toda a diversidade de serviços públicos, às mais distantes e remotas localidades no imenso território chinês, como nunca foi imaginado antes.
Esse registro por câmaras, em futuro próximo, possibilitará, “sem o uso de qualquer tipo de cartão”, operações em terminais bancários, o acesso a metrôs, trens, ônibus, aviões, e a qualquer meio de transporte, a entrada e compras em lojas e mercados, em estádios, centros de lazer, atendimentos hospitalares, etc.
Tudo será registrado, gravado e, no caso de operações bancárias e comerciais, faturado com o auxílio das câmaras.
Robôs, que transitarão entre as pessoas, em bancos e centros de comércio, farão atendimentos particularizados e prestarão todo tipo de informação.
Desaparecerão os vendedores, cartões de crédito, os tickets de metrô, os de cinema?
Certamente sim, mas surgirão muitos milhões de empregos em áreas tecnológicas, de vigilância e de controle.
Será este o momento da criação da aterradora e utópica figura do “O GRANDE IRMÃO”, retratada na magistral obra “1984”, escrita em 1949, por GEORGE ORWELL ?
Essa realidade já está perto de sua consolidação completa em toda a CHINA.
E ela já existe, em sua amplitude, na Província de XINJIANG devido aos controles impostos pelo governo central chinês, para combater o terrorismo e abortar movimentos separatistas.
O mais impressionante é que a massa da população chinesa da etnia HAN aprova entusiasticamente esse caminho.
É a consagração do princípio ditado por THOMAS JEFFERSON:
“O PREÇO DA SEGURANÇA É A ETERNA VIGILÂNCIA.”
Os chineses apreciam essa segurança e aplaudem essa cerrada vigilância, que proporciona um modo de vida feliz, sadio e seguro, que permite que se ande despreocupadamente com os filhos e familiares idosos pelas maiores cidades chinesas, sem qualquer medo com criminalidade, violência, ameaças, miséria, ou medo de consumir e se expor.
Esse modo de viver que abre as portas para uma vida mais feliz, mais segura, mais sadia, mais produtiva e mais tranquila, é o sonho da maioria dos cidadãos chineses.
Enfatizo o aspecto segurança, pois esse é o aspecto negativo que mais ameaça o BRASIL e os seus habitantes.
Todos os brasileiros têm medo de saírem às ruas e se encontram encarcerados por grades dentro de suas próprias casas.
Quantos de nós não compram um carro, não compram uma roupa mais elegante e evitam sair à noite por medo?
Qual a dimensão negativa dessa situação?
Quanto o comércio deixa de faturar, quais os reflexos emocionais dessa situação em nós e em nossos familiares?
Muitos entram em depressão, outros se vêm obrigados a levar os filhos às escolas que ficam perto de suas casas com medo de seus filhos serem vítimas da violência.
A vida noturna definha e muitos preferem gastar no exterior.
Esse tipo de vida gera doenças diversas.
Então, palmas ao controle e à ordem que impera na CHINA!

- Rigor da Lei.
Ele é seguido ao extremo na CHINA.
A CHINA é o país que mais executa criminosos no planeta. Mais do que o número de executados em todos os países do Mundo somados.
E, como é tradição na CHINA, a família do criminoso é obrigada a reembolsar o Estado pela munição gasta na execução de seu membro familiar.
Como já dissemos anteriormente, a família tem papel basilar na formação do cidadão chinês e, nos casos extremos previstos em lei, a execução de “uma ovelha negra” da família, representa um alívio e a libertação de um peso para a família.
Esse membro maligno poderia arrastar todos os familiares para o abismo e espalhar o medo, o vício, o terror e a carnificina na área em que vive.
Infelizmente, é o que acontece no BRASIL.
O Estado Chinês, ao adotar medidas radicais como essa, visa a fortalecer o espírito da nação e impedir a progressão do mal.
Voltamos mais uma vez a parabenizar o colega JOÃO CARLOS LAGO NETO pela apresentação deste sensacional artigo de autoria de JOSÉ EUSTÁQUIO DINIZ ALVES.
Mais uma vez, solicitamos a compreensão dos leitores para a extensão do presente trabalho sobre a CHINA.
Nada sobre a CHINA pode ser desprezado ou relevado a segundo plano.
Os efeitos do “despertar” desse gigante se estenderão a todo o planeta, o Brasil incluso.
Em 1816, Napoleão Bonaparte já previa que quando a CHINA acordasse o mundo tremeria.
A CHINA acordou há 40 anos e o mundo está abrindo os olhos para essa mudança ameaçadora, perturbadora e, ao mesmo tempo, auspiciosa.
Boa Leitura!!

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB


12 Dezembro 2018

"Uma CHINA como potência assertiva, dominante e autoconfiante (além de pouco democrática) é a nova realidade das relações internacionais", escreve JOSÉ EUSTÁQUIO DINIZ ALVES, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 10-12-2018. 

Eis o artigo: 
“Art. 1: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade” - 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10/12/1948)

“A religião para mim é ciência e a ciência é religião” - 203 anos do nascimento de Ada Lovelace (10/12/1815)
                                     


(Fonte: EcoDebate)

CHINA é o país mais populoso do mundo e, atualmente, tem a maior economia, quando medida em poder de paridade de compra. Mas isto não é novidade para o gigante asiático que sempre foi uma grande nação e, até mesmo, uma grande civilização.
Durantes milênios a CHINA foi líder em avanços científicos e tecnológicos, incluindo o desenvolvimento em áreas diversas como ciências naturais, engenharia, medicina, tecnologia militar, matemática, geologia e astronomia.
Entre as várias conquistas estão as 4 grandes invenções: a bússola, a pólvora, o papel e a tipografia.
A qualidade da cerâmica chinesa é reconhecida em todo o mundo.
Em termos de Filosofia, CONFÚNCIO (551 a.C. – 479 a.C.) é um pensador reconhecido globalmente até os dias de hoje.
Um símbolo do poder de empreender e mobilizar grandes recursos naturais e humanos é a Grande Muralha da CHINA, que começou a ser construída entre os anos de 220 e 206 a.C. por Qin Shi Huang, o primeiro Imperador da CHINA.
Ao longo do tempo a Grande Muralha foi ampliada e reconstruída, sendo que a maior parte do trecho existente nos dias de hoje foi obra da dinastia Ming (1368-1644).
Outro símbolo é a produção da seda e a comercialização mundial deste produto.
A CHINA começou a produzir seda por volta do ano 2700 A.C.
A sericultura e a produção da seda se transformaram em uma indústria próspera e que gerou um comércio global dinâmico, por meio da famosa ROTA da SEDA.
A CHINA também inovou na técnica de navegação e construção naval.
No século XV a frota chinesa era a melhor e a maior do mundo, consistindo em mais de 200 navios e cerca de 27.800 marinheiros e soldados.
O navegador ZHENG HE (1371-1433), navegou sete vezes pelo Sudeste Asiático e o Oceano Índico, entre 1405 até 1433. Portanto, muito antes dos portugueses, a CHINA já tinha uma capacidade naval superior aos demais países.
Contudo, o governo chinês da época não deu continuidade à navegação e preferiu reforçar as defesas no norte do país, contra as invasões mongóis.
A CHINA continuou uma potência mundial até o final do século XVIII.
Mas o declínio foi acentuado no século XIX, especialmente em função das ingerências ocidentais. O REINO UNIDO, que já dominava a ÍNDIA promoveu o comércio do ópio com a CHINA, o que levou à Primeira Guerra do Ópio em 1840 e ao estabelecimento de concessões forçadas. 
HONG KONG foi cedida aos britânicos em 1842 pelo Tratado de NANQUIM.
A Segunda Guerra do Ópio ocorreu entre 1856-1860.
As duas Guerras do Ópio (e o narcotráfico inglês) foram desastrosas para o povo chinês. A CHINA sofreu duas fomes extremas e teve a sua economia vilipendiada.
Diante do colapso da economia e do agravamento dos problemas sociais, a população se mobilizou – inspirada nas ideias revolucionárias de SUN YAT-SEN – e começaram a defender a derrubada da Dinastia QING e a proclamação da república.
Um levante militar levou à formação de um governo provisório da República da CHINA em NANQUIM, em 12 de março de 1912, sendo que SUN YAT-SEN foi designado o primeiro presidente do país.
Em 1925, CHIANG KAI-SHEK, assumiu o controle do   KUOMINTANG (Partido Nacionalista, ou KMT) e conseguiu reunir sob seu governo a maior parte do sul e do centro da CHINA. Entre 1931 e 1945 o JAPÃO invadiu a CHINA e anexou a MANCHÚRIA.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial a República chinesa entrou em guerra civil, sendo que o   Partido    Comunista             Chinês   (PCC),   liderado            por 
MAO TSÉ-TUNG (1893-1976), proclamou  a República Popular da CHINA, em primeiro de outubro de 1949.
Em dezembro de 1949, CHIANG KAI-SHEK e o que restava de seu governo refugiaram-se na ilha de FORMOSA, onde instalaram a China Nacionalista (TAIWAN).
O PCC conseguiu unificar a CHINA, mas implementou uma série de políticas que foram um desastre em termos econômicos e sociais.
O Grande Salto para Frente – programa lançado entre 1958 e 1960 – visava transformar a CHINA de um país agrário e atrasado em um país industrial, avançado e verdadeiramente socialista.
Mas o resultado foi uma catástrofe que deixou o país mais pobre e provocou a morte de cerca de 30 milhões de pessoas.
Na década de 1960, foi lançada a REVOLUÇÃO CULTURAL que gerou um caos no país e deixou a CHINA ainda mais pobre e isolada no mundo (especialmente depois que se afastaram da URSS).
O quadro começou a mudar quando o presidente dos EUA, RICHARD NIXON, se encontrou com o líder chinês, MAO TSÉ-TUNG, em fevereiro de 1972, formando uma aliança que isolou a URSS e passou a reconfigurar a ordem mundial.
Mas a CHINA viveu um momento de turbulência após a morte de MAO, em 1976, e a Ascensão da chamada “Gang dos Quatro” (que incluía a viúva de MAO).
O quadro só começou a mudar de fato    quando   DENG      XIAOPING   
conseguiu implementar as reformas, de dezembro de 1978, que reconfiguraram o papel da CHINA e possibilitaram a maior transformação já ocorrida em um país em um prazo tão curto de tempo.
Em dezembro de 2018, os chineses comemoram os 40 anos das reformas e 40 anos de crescimento econômico que possibilitaram a retirada de mais de 1 bilhão de chineses da pobreza e transformaram o país na maior economia do mundo (em poder de paridade de compra – ppp).
Do ponto de vista do     desenvolvimento econômico a China é o maior caso de sucesso (mas não do ponto de vista ambiental), o que só foi possível com as reformas de 1978.
Quando o círculo interno do Partido Comunista da CHINA endossou uma nova direção para o país em dezembro de 1978, poucos teriam imaginado as imensas mudanças que seriam desencadeadas. O esforço de DENGXIAOPING por “reforma e abertura” lançou a ascensão da CHINA  dos destroços da Revolução Cultural à primeira economia (medida em ppp) do mundo.
Em 29 de janeiro de 1979, a bandeira vermelha da CHINA foi hasteada na Casa Branca, quando o presidente dos EUA, JIMMY CARTER, recebeu DENG XIAOPING, o primeiro líder chinês a visitar os EUA desde a Revolução comunista de 1949. Essa visita simbolizou o fim do que DENG, então com 74 anos, descreveu como “período de desagrado entre nós por 30 anos”, mas também inaugurou uma nova era na geopolítica global.
Em    WASHINGTON,  DENG       e 
CARTER assinaram acordos trocando o reconhecimento diplomático dos ESTADOS UNIDOS DA REPÚBLICA DA CHINA, em TAIPEI, para a REPÚBLICA POPULAR DA CHINA, em PEQUIM.
DENG também estava interessado em aprender com os EUA sobre formas de modernizar a CHINA, fazendo paradas na Coca-Cola em ATLANTA, Boeing em SEATTLE e Johnson Space Center da NASA no TEXAS.
Estes eventos sinalizaram o fim do isolamento da CHINA em relação ao mundo, bem como a determinação de PEQUIM de abrir suas portas ao Ocidente capitalista e uma aliança preferencial com os EUA.
O jornal South China Morning Post (SCMP, 12/11/2018) pergunta:
“Foi a China que mudou o mundo ou o mundo mudou a China?”
Não há dúvida de que desde que DENG lançou a política de abertura em 1978, a CHINA transformou-se de uma economia agrária, atrasada e politicamente isolada, na maior potência e candidata a liderar a economia do mundo, sendo um ator fundamental da governança global.
Por exemplo, nos 30 anos de 1949 a 1978, apenas 200 mil chineses viajaram para o exterior.
Contudo, somente em 2017, eles fizeram 130,5 milhões de viagens no exterior, enquanto estrangeiros fizeram 139 milhões de visitas à CHINA.
As estatísticas falam muito sobre como a CHINA precisa do mundo e vice-versa (SCMP, 12/11/2018).
Com o objetivo de reconstruir a economia das ruínas da falência de três décadas de governo radical e ineficiente de  MAO TSÉ-TUNG,  DENG inaugurou uma nova diplomacia chinesa para se adequar à agenda doméstica de desenvolvimento econômico do país.
Ele observou que a paz e o desenvolvimento eram os dois temas principais do mundo, substituindo a doutrina revolucionária da diplomacia de “Três Mundos” de MAO.
A máxima de MAO era alinhar-se com as nações em desenvolvimento do “Terceiro Mundo”, unir as potências em desenvolvimento do “Segundo Mundo” e se opor às duas superpotências: o imperialismo americano e o imperialismo da União Soviética (URSS).
Na verdade, as relações entre CHINA e URSS vinham se deteriorando ao longo do tempo.
Então, a política externa chinesa tornou-se mais ativa, pragmática e flexível, com esforços concentrados na melhoria das relações com o Ocidente e especialmente com os EUA.
Além da visita de DENG aos EUA em 1979, o novo líder chinês fez uma viagem ao JAPÃO – na época a segunda maior economia do mundo capitalista – para declarar a promulgação do Tratado de Paz e Amizade CHINA-JAPÃO com o primeiro-ministro japonês Takeo Fukuda; e também uma visita a CINGAPURA (de Lee Kuan Yew), na qual ele copiou as sementes para a replicação do modelo de CINGAPURA no desenvolvimento futuro da CHINA.
DENG também melhorou as relações com outras potências ocidentais e as economias emergentes vizinhas – como os quatro tigres da Ásia: CORÉIA DO SUL, CINGAPURA e as comunidades chinesas de HONG KONG e TAIWAN.
DENG sugeriu que toda a política externa deve servir primeiro ao desenvolvimento econômico da CHINA.
Desde então, todas as administrações chinesas – de HU YAOBANG, ZHAO JIANG, JIANG ZEMIN e HU JINTAO– seguiram sua diplomacia pragmática.
No entanto, a década de relação cordial com o Ocidente sofreu um severo revés após a sangrenta repressão militar de PEQUIM contra o movimento nacional pró-democracia em 4 de junho de 1989, chamado de “O Massacre da Praça da Paz Celestial.”
O caráter autoritário do regime ficou às claras.
No entanto, DENG logo reafirmou o compromisso de PEQUIM com as reformas de mercado e a política de abertura em um plenário do partido no final de junho de 1989.
Outro choque aconteceu com o colapso mundial do socialismo e do bloco soviético no início da década de 1990, o que mudou drasticamente a geopolítica global ao deixar a CHINA como o último grande Estado governado pelo Partido Comunista.
Com o fim da URSS, a CHINA deixou de ser tão estratégica para o mundo capitalista.
Ao mesmo tempo, DENG XIAOPING se negou a liderar uma coalizão das esquerdas mundiais.
Internamente, ele também tentou despolitizar a diplomacia chinesa ao manter a política interna com seu famoso ditado de “não debater” as questões ideológicas, reafirmando o pragmatismo (“Não importa a cor do gato, desde que cace os ratos”).
Desta forma, PEQUIM ajustou sua diplomacia pós-Guerra Fria por meio de esforços para desenvolver relações com todas as nações, do Ocidente, com países do antigo bloco soviético, vizinhos, países da América Latina e da África, visando se fortalecer economicamente.
Contudo, os EUA e outras nações ocidentais passaram a dar mais ênfase nas questões políticas em suas relações com a CHINA. 
WASHINGTON tornou os direitos humanos uma condição prévia para garantir o status comercial da “nação mais favorecida” da CHINA, que se tornou uma questão anual de debate no Congresso dos ESTADOS UNIDOS na década de 1990.
O governo americano aprovou a viagem do presidente taiwanês LEE TENG-HUI aos EUA em 1995 – a primeira visita de um líder taiwanês desde o fim dos laços diplomáticos em 1979.
O    presidente    dos      EUA     BILL
CLINTON despachou porta-aviões para atravessar o estreito de TAIWAN e proteger a ilha.
Por outro lado, o colapso da UNIÃO SOVIÉTICA ajudou a reduzir as tensões ao longo das fronteiras do norte da CHINA e provocou uma retomada da amizade entre os antigos irmãos socialistas. 
PEQUIM e MOSCOU assinaram uma declaração de restauração de laços em 2001.
Foram retomadas as relações de amizade com vários países do antigo bloco soviético.
Assim, na era do pós-guerra fria, as tensões nas fronteiras da CHINA – como conflitos fronteiriços com o VIETNàe a ÍNDIA, a guerra civil no AFEGANISTÃO – com envolvimento soviético – e o confronto entre as duas COREIAS foram substancialmente reduzidos.
A CHINA melhorou as relações com todas as nações vizinhas, restaurou laços diplomáticos com a INDONÉSIA e estabeleceu relações diplomáticas com todas as outras nações asiáticas.
A CHINA até estabeleceu relações diplomáticas com ISRAEL, um inimigo histórico dos amigos árabes da CHINA no Oriente Médio.
As relações da CHINA com a EUROPA foram ainda mais tranquilas do que aquelas com os EUA e o JAPÃO.
Na era pós-DENG, desde 1997, JIANG ZEMIN e HU JINTAO continuaram a diplomacia “discreta” e pragmática.
A CHINA ganhou reconhecimento internacional por seu papel positivo na crise financeira asiática de 1997, ao mobilizar recursos para apoiar as economias asiáticas sitiadas.
PEQUIM também usou os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 como uma oportunidade para melhorar as relações com os EUA. 
JIANG, o presidente chinês na época, foi rápido em expressar solidariedade aos ESTADOS UNIDOS e em denunciar “todas as atividades violentas pelo terrorismo”.
A CHINA apoiou o apelo de WASHINGTON para cooperação internacional e ação conjunta, incluindo a adoção de resoluções do Conselho de Segurança da ONU condenando os ataques.
A preocupação de WASHINGTON com o terrorismo após o 11 de setembro e a necessidade de cooperação de PEQUIM deram à CHINA uma pausa prolongada.
A admissão da CHINA na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, foi um evento fundamental para o desenvolvimento chinês e só foi possível com o endosso dos EUA. Quando DENG lançou suas reformas econômicas, em 1978, a economia chinesa tinha apenas 5% do tamanho dos EUA, com um produto interno bruto per capita praticamente igual ao da ZÂMBIA. Desde então, a CHINA experimentou um crescimento médio do PIB de cerca de 10% ao ano até 2014, elevando o PIB per capita quase 50 vezes.
Em 2009, a CHINA se tornou o maior contribuinte para o crescimento econômico global e superou a ALEMANHA como o maior exportador do mundo em 2010.
Em 2011, superou o JAPÃO como a segunda maior economia do mundo.
Tornou-se a nação mais rica do mundo em termos de reservas estrangeiras, com cerca de US$ 3 trilhões.
Sua participação na economia mundial cresceu de apenas 1,8% em 1978 para impressionantes 18,2% em 2017 (SCMP, 12/11/2018).
Desta forma, a CHINA deixou de ser apenas uma economia emergente e retornou ao seu status de grande potência econômica global, que representou quase 30% da economia mundial nos séculos XV e XVI.
A diplomacia pragmática de DENG desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da CHINA. Seu boom econômico de quatro décadas de duração foi construído em sua adoção do capitalismo global, à medida que as empresas multinacionais transferiram suas linhas de produção para o país asiático, tornando a CHINA “a fábrica do mundo”.
Mas depois de décadas de alto crescimento e uma influência crescente no mundo, a política externa e o comportamento diplomático da CHINA passaram por uma tremenda transformação sob XI JINPING, que foi eleito secretário geral do Partido Comunista no final de 2012 e se tornou presidente em março de 2013.
Nenhum líder chinês, antigo ou contemporâneo, tem sido tão ativo quanto XI na diplomacia.
Com seu ambicioso “sonho chinês” de estratégia “Renascimento Nacional”, substituindo a “diplomacia discreta” de DENG, a CHINA tem sido mais pró-ativa e confiante no cenário mundial, com uma política militar e de segurança cada vez mais assertiva.
Durante seu primeiro mandato de cinco anos, XI atraiu muitos líderes estrangeiros para a CHINA e recebeu cinco grandes cúpulas mundiais.
E nenhum líder chinês fez mais viagens em tão pouco tempo: em seu primeiro mandato, XI fez 28 viagens ao exterior que o levaram a 56 países nos cinco continentes. Além disso, nunca antes a CHINA teve um impacto tão profundo no desenvolvimento econômico global, com as iniciativas Banco de Investimento Asiático em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), o Fundo da Rota da Seda, o Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco de Desenvolvimento do BRICS, além dos investimentos em projetos produtivos e infraestrutura em 112 países, fazendo parte da Iniciativa UM CINTURÃO, UMA ROTA, conforme mostrou artigo do NYT (18/11/2018)

                                                                         

Um cinturão, uma rota (Fonte: BRASILNAVAL.COM)
A CHINA continua tendo grandes   superávits       comerciais 
com o resto do mundo (o superávit comercial com os EUA pode atingir US$ 400 bilhões em 2018) e com este dinheiro consegue financiar sua expansão global e avança na produção de bens e serviços de alto valor agregado.
Os líderes de PEQUIM dizem abertamente que querem deixar para trás sua reputação de fornecedora de sapatos, roupas e brinquedos baratos.
E querem passar de país de mão-de-obra de baixo custo a um país de engenheiros e cientistas, deixando de ser a fábrica do mundo para ser o centro tecnológico do mundo.
Para fugir das tarifas alfandegárias, várias empresas chinesas estão mudando para o sudeste asiático (VIETNÃ, etc.) e para a  ÁFRICA  (ETIÓPIA, DJIBOUTI, etc.).
Por outro lado, hoje em dia, a CHINA é o país que mais forma doutores universitários e tem um plano para ser líder tecnológico, inclusive no campo da Inteligência Artificial:
MADE IN CHINA  2025”.
O salto da CHINA é tão intenso e impressionante queA, se fossem vivos, MAO TSÉ TUNG ficaria de queixo caído e DENG XIAOPING não acreditaria no sucesso tão ostentoso de suas reformas.
Mas é claro que todas estas realizações chinesas assustam o resto do mundo e, em especial, os ESTADOS UNIDOS.
A dita excepcionalidade americana não consegue aceitar uma CHINA excepcional e caminhando para ser a grande potência mundial do século XXI. Por conta do avanço irrefreável da máquina de produção e expansão chinesa os demais países reagem com inveja, com dúvida e com medo.
Na reunião do G20 na ARGENTINA, TRUMP e XI concordaram com uma trégua de 90 dias na guerra comercial (mas enquanto os dois países sentavam para conversar, a executiva MENG  WANZHOU da gigante das telecomunicações  HUAWEI era presa no CANADÁ a pedido dos EUA).
Os sinais indicam que dificilmente chegarão a um acordo que coloque fim aos desequilíbrios próprios de uma situação de potência ascendente (CHINA) e de potência descendente (EUA).
Não será fácil assimilar esta nova realidade da dinâmica econômica e política ocasionada pela maior presença do gigante oriental, que retoma a proporção do peso global que teve no passado e ressurge com uma força ainda maior, promovendo a “Orientalização” em substituição à hegemonia da “Ocidentalização”.
Na reunião do G20, na ARGENTINA, um fato pouco destacado no Ocidente, foi a reunião entre os líderes XI JINPING, VLADIMIR PUTIN e NARENDRA MODI para impulsionar a cooperação do “triângulo estratégico” que está reconfigurando a correlação de forças na EURÁSIA e buscando ser uma alternativa à governança global, como mostra a agência estatal chinesa XINHUA.
O protagonismo dessa reunião trilateral foi bem mais importante que a reunião do grupo BRICS, que fez   uma   reunião           protocolar
com as  presenças coadjuvantes de MICHEL TEMER do BRASIL  e de  CYRIL RAMAPHOSA da ÁFRICA DO SUL. O BRICS se apequenou e o RIC se agigantou.

Na década de 1940, o historiador britânico ARNOLD   JOSEPH TOYNBEE considerou que os ESTADOS UNIDOS e a UNIÃO SOVIÉTICA permaneceriam como as duas únicas grandes potências do mundo.
Nem a CHINA e a ÍNDIA – com suas “antigas civilizações” e “vastas populações, territórios e recursos” – seriam capazes de “exercer sua força latente” nas décadas seguintes.
Mas nem mesmo TOYNBEE conseguiu prever a formação do “triângulo estratégico” formado por CHINA, RÚSSIA e ÍNDIA.
No momento atual, existem muitos desafios a serem enfrentados.
No ano de 2019, a CHINA comemora os 100 anos dos protestos estudantis de PEQUIM, quando os universitários protestavam contra o TRATADO DE VERSALHES, que concedeu antigos territórios alemães na região aos japoneses. Este movimento contou com estudantes como CHOU EM-LAI e MAO TSÉ-TUNG e foram fundamentais para a criação do PCC, em 1921.
Ano que vem se comemora também os 70 anos da Revolução Comunista de 1949.
E, não menos controverso, os 30 anos dos protestos da PRAÇA DA PAZ CELESTIAL (TIAN’ANMEN), em 1989, quando a juventude se mobilizou contra o autoritarismo do regime comunista da REPÚBLICA POPULAR DA CHINA.
Muita coisa aconteceu na CHINA no último século.
O país cresceu e ganhou muitas amizades no tempo da “diplomacia discreta” recomendada por DENG XIAOPING, embora, para os vizinhos e o resto do mundo, o “Império do Meio” deixou de ser o “Panda simpático” para ser o “Dragão ameaçador”.
A política mercantilista chinesa, com seus imensos superávits comerciais, tem gerado atritos com o resto do mundo, especialmente com os EUA (inclusive provocando instabilidade nas bolsas de valores).
A CHINA está deixando de ser coadjuvante do teatro internacional para se tornar protagonista.
A prisão da executiva MENG WANZHOU, chefe de operações financeiras da HUAWEI, gigante de telecomunicações e com fortes relações com as forças armadas chinesas, é mais um capítulo da guerra comercial e que atinge uma área estratégia, pois se trata da disputa pela liderança da implantação da infraestrutura para a rede de internet móvel 5G, a Internet das coisas (IoT), Inteligência Artificial, etc. WANZHOU é filha do fundador da companhia e também vice-presidente do conselho consultivo da empresa.
A HUAWEI informou que tem pouca informação sobre as acusações e “não tem conhecimento sobre nenhuma infração cometida por MENG WANZHOU”.
A CHINA exigiu a libertação da executiva, alegando que a prisão foi possivelmente “uma violação de direitos humanos”.
A CHINA também ameaça retaliar o CANADÁ.
Os 90 dias de trégua na guerra comercial está posta em dúvida e a instabilidade econômica aumentou globalmente.
Para KARISHMA VASWANI, correspondente da BBC Asia Business:
É difícil exagerar o simbolismo e significado desse evento.
A Huawei é a joia da coroa da tecnologia chinesa e a Sra. Meng é efetivamente sua princesa. Mesmo que ainda não esteja claro quais são as acusações contra ela, isso não é simplesmente um caso sobre a prisão de uma mulher, ou apenas uma empresa.
Essa prisão poderia prejudicar materialmente a relação entre os EUA e a CHINA, possivelmente um dos momentos mais sensíveis entre os dois países em sua longa e tórrida história.
As luvas estão arriadas.
As coisas tomaram um rumo dramático para o pior” (06/12/2018).
Como mostrou artigo de JULIA HOROWITZ (CNN, 09/12/2018), o mundo está entrando em uma nova Guerra Fria (e que pode virar uma Guerra Quente).
O fato é que, no todo, a CHINA tende a fazer um divórcio da relação privilegiada que tinha com os EUA, desde a histórica visita de RICHARD NIXON e já busca um novo casamento de interesses com a RÚSSIA e a ÍNDIA.
Com as reformas de DENG XIAOPING a CHINA se aliou aos EUA (época da união econômica dos dois países, conhecida como CHIMÉRICA) para alcançar o padrão do Ocidente (enquanto a URSS era derrotada e saia de cena).
Já na nova Era de XI JINPING a CHIAN se desacopla dos EUA e se prepara para ultrapassar o Ocidente, disputando a liderança econômica, tecnológica e científica.
O professor GRAHAN ALLISON considera que as duas potências estão “destinadas à guerra”.
Uma CHINA como potência assertiva, dominante e autoconfiante (além de pouco democrática) é a nova realidade das relações internacionais.
Os próximos 40 anos serão de maior influência chinesa e Oriental.
E tudo isto está ocorrendo às claras.
Só não abre o olho quem não quer ver a nova reconfiguração global e os desafios que estão colocados à frente.

Referências:
Cary Huang. Over 40 years of diplomatic drama, a rising China opens up to, and transforms, the world, SCMP, 12/11/2018 
Derek Watkins, K.K. Rebecca Lai and Keith Bradsher, The World, Built by China, Nov. 18, 2018
PEH SHING HUEI. Friendly Panda, fiery Dragon: how China and ASEAN fell in (and out) of love, SCMP, 01/12/2018 
Julia Horowitz. Huawei arrest: This is what the start of a tech Cold War looks like, CNN, 09/12/2018 
ALVES, JED, A China continua tendo superávits recordes a despeito da guerra comercial de Trump, Ecodebate, 22/10/2018
ALVES, JED. China, nova potência mundial Contradições e lógicas que vêm transformando o país. Revista do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), China, nova potência mundial: Contradições e lógicas que vêm transformando o país. São Leopoldo, Nº 528, Ano XVIII, 17/9/2018
ALVES, JED. A ascensão da China, a disputa pela Eurásia e a Armadilha de Tucídides. Entrevista especial com José Eustáquio Diniz Alves, IHU, Patricia Fachin, 21 Junho 2018
ALVES, JED. O show de Xi Jinping na APEC e a reunião do G-20 na Argentina, Ecodebate, 28/11/2018 
ALVES, JED. Brasil: uma potência submergente, Colabora, 05/12/2018
FONTE..
http://www.ihu.unisinos.br/188-noticias/noticias-2018/585404-quarenta-anos-das-reformas-de-deng-xiaoping-e-o-renascimento-da-china-como-potencia