Caros Companheiros,
Transcrevo adiante o excelente artigo de 20.07.2019,
do Colega JOÃO CARLOS LAGO NETO,
“QUARENTA ANOS DAS REFORMAS DE DENG XIAOPING
E O RENASCIMENTO DA CHINA COMO POTÊNCIA”
, em que ele transcreve um esboço do pesquisador JOSÉ
EUSTÁQUIO DINIZ ALVES, sobre a trajetória da CHINA moderna e aponta algumas das
razões que a tiraram da condição de uma
das nações mais atrasadas do mundo para, em 40 anos, a elevarem à condição atual de superpotência
somente rivalizando com os ESTADOS UNIDOS.
Embora parabenize o trabalho do autor, permito-me
acrescentar adiante algumas outras características da cultura e da civilização
chinesa que possibilitaram a CHINA dar esse salto espantoso, e que ainda trará
grandes transformações e surpresas para toda a humanidade:
- Formação espiritual, social e civilizatória baseada
no CONFUNCIONISMO, TAOISMO, BUDISMO e XINTOISMO, que valorizam elevados
princípios de formação pessoal, social e familiar.
Com base em novas pesquisas e recentes indícios,
estudiosos indicam que a formação da CHINA efetivamente começou há mais de
10.000 anos.
Apesar dessas novas descobertas, mas lastreados em evidências concretas, as autoridades
chinesas estabeleceram em 5.800 anos o início da civilização chinesa.
Assim, a CHINA tem experiência histórica, cultura,
e elevados princípios de formação que
nenhum outro país tem.
- Predomínio de 92% da etnia HAN em todo o
território chinês.
A etnia HAN é uma massa humana unida, determinada,
disciplinada e com objetivos comuns.
Alguns de seus traços são a dedicação fervorosa ao
trabalho, ao estudo e à família, a persecução de objetivos comuns a toda à
sociedade e o apreço, respeito e devoção aos seus elevados princípios filosóficos e culturais.
Encarando-se sob esse prisma, pode-se dizer que a
etnia HAN forma uma grande família com características próprias diversas de
qualquer outra etnia.
Os demais 8% da população estão distribuídos em
cerca de 56 etnias em todo o país.
A etnia mais problemática são os uigures na
Província de XINJIANG no extremo oeste da China, que professam o islamismo e que,
até anos atrás tinha grupos radicais cujos membros chegaram a cometer atos terroristas pleiteando
a independência da região de XINJIANG.
A CHINA acabou com esse problema exercendo um amplo,
sofisticado e duro programa de combate ao terrorismo e a movimentos
separatistas.
Muitos elementos envolvidos em atos terroristas
foram fuzilados e outros foram presos em centros de reabilitação.
A outra medida que mudou radicalmente a formação étnica,
política e econômica da região foi a concessão de generosos incentivos sociais,
econômicos e financeiros para a transferência de cidadãos da etnia HAN para XINJIANG.
Com isso cerca de 20 milhões de chineses
da etnia HAN se transferiram para aquela região, o que descaracterizou e mudou a
base étnica de XINJIANG e a aproximou do poder central da CHINA, dominado pela
etnia HAN.
Esse exemplo mostra a determinação do governo chinês
de não permitir que a CHINA seja novamente invadida, saqueada, retalhada e dividida entre nações invasoras estrangeiras, principalmente as europeias.
Chineses mais idosos se lembram com revolta e
amargura do período de humilhação da CHINA em que clubes de estrangeiros em
PEQUIM ostentavam placas com os dizeres “É proibida a entrada de
cachorros e chineses”.
Hoje, MACAU passou do domínio de PORTUGAL para a
CHINA, e o mesmo aconteceu com HONG-KONG que saiu das mãos da INGLATERRA e voltou
ao controle da CHINA.
Só falta TAIWAN, que a CHINA considera uma
província rebelde.
Com essas medidas, a CHINA assegurou a integridade
de seu território, abortou movimentos separatistas, deu fim a atos terroristas
e trouxe progresso para XINJIANG.
O exemplo chinês deve servir de exemplo para o
BRASIL, antes que nosso território seja esfacelado pela criação de “nações
indígenas independentes”, cujos grupos indígenas serão verdadeiramente dominados
e explorados pelas mesmas nações europeias, como FRANÇA e ALEMANHA, que
colocaram a CHINA de joelhos no passado.
- Implantação de total, diversificado e
sofisticado sistema de vigilância e acompanhamento em tempo real, de todos os
cidadãos chineses.
Esse registro, em todo o território chinês, abrangerá
os mínimos detalhes da vida dos cidadãos, tais como comportamento e hábitos
pessoais, formação intelectual e técnica, atividades de lazer, de subsistência,
de mobilidade, dados sobre saúde e características físicas, histórico de vida
pregressa e de atuação profissional etc.
Para atingir esse objetivo, a CHINA já instalou
cerca de 450 milhões de câmeras de reconhecimento facial e não se pode
dimensionar a quanto chegará o número desse
avançado equipamento de vigilância, já que o atual intuito das autoridades
chinesas é cadastrar detalhadamente todos os 1.400.000.000 de habitantes e os
estrangeiros que visitam a CHINA.
Isso ajudará a estender o alcance de serviços de
educação, segurança, saúde e toda a diversidade de serviços públicos, às mais
distantes e remotas localidades no imenso território chinês, como nunca foi
imaginado antes.
Esse registro por câmaras, em futuro próximo, possibilitará,
“sem o uso
de qualquer tipo de cartão”, operações em terminais bancários, o acesso a metrôs,
trens, ônibus, aviões, e a qualquer meio de transporte, a entrada e compras em
lojas e mercados, em estádios, centros de lazer, atendimentos hospitalares,
etc.
Tudo será registrado, gravado e, no caso de
operações bancárias e comerciais, faturado com o auxílio das câmaras.
Robôs, que transitarão entre as pessoas, em bancos
e centros de comércio, farão atendimentos particularizados e prestarão todo
tipo de informação.
Desaparecerão os vendedores, cartões de crédito, os
tickets de metrô, os de cinema?
Certamente sim, mas surgirão muitos milhões de empregos
em áreas tecnológicas, de vigilância e de controle.
Será este o momento da criação da aterradora e
utópica figura do “O GRANDE IRMÃO”, retratada na magistral obra “1984”, escrita em 1949, por GEORGE
ORWELL ?
Essa realidade já está perto de sua consolidação
completa em toda a CHINA.
E ela já existe, em sua amplitude, na Província de
XINJIANG devido aos controles impostos pelo governo central chinês, para
combater o terrorismo e abortar movimentos separatistas.
O mais impressionante é que a massa da população
chinesa da etnia HAN aprova entusiasticamente esse caminho.
É a consagração do princípio ditado por THOMAS JEFFERSON:
“O PREÇO DA SEGURANÇA É A ETERNA VIGILÂNCIA.”
Os chineses apreciam essa segurança e aplaudem essa
cerrada vigilância, que proporciona um modo de vida feliz, sadio e seguro, que permite
que se ande despreocupadamente com os filhos e familiares idosos pelas maiores
cidades chinesas, sem qualquer medo com criminalidade, violência, ameaças, miséria,
ou medo de consumir e se expor.
Esse modo de viver que abre as portas para uma vida
mais feliz, mais segura, mais sadia, mais produtiva e mais tranquila, é o sonho
da maioria dos cidadãos chineses.
Enfatizo o aspecto segurança, pois esse é o aspecto
negativo que mais ameaça o BRASIL e os seus habitantes.
Todos os brasileiros têm medo de saírem às ruas e
se encontram encarcerados por grades dentro de suas próprias casas.
Quantos de nós não compram um carro, não compram
uma roupa mais elegante e evitam sair à noite por medo?
Qual a dimensão negativa dessa situação?
Quanto o comércio deixa de faturar, quais os
reflexos emocionais dessa situação em nós e em nossos familiares?
Muitos entram em depressão, outros se vêm obrigados
a levar os filhos às escolas que ficam perto de suas casas com medo de seus
filhos serem vítimas da violência.
A vida noturna definha e muitos preferem gastar no
exterior.
Esse tipo de vida gera doenças diversas.
Então, palmas ao controle e à ordem que impera na
CHINA!
- Rigor da Lei.
Ele é seguido ao extremo na CHINA.
A CHINA é o país que mais executa criminosos no
planeta. Mais do que o número de executados em todos os países do Mundo
somados.
E, como é tradição na CHINA, a família do criminoso
é obrigada a reembolsar o Estado pela munição gasta na execução de seu membro
familiar.
Como já dissemos anteriormente, a família tem papel
basilar na formação do cidadão chinês e, nos casos extremos previstos em lei, a
execução de “uma ovelha negra” da família, representa um alívio e a libertação de
um peso para a família.
Esse membro maligno poderia arrastar todos os
familiares para o abismo e espalhar o medo, o vício, o terror e a carnificina na
área em que vive.
Infelizmente, é o que acontece no BRASIL.
O Estado Chinês, ao adotar medidas radicais como essa,
visa a fortalecer o espírito da nação e impedir a progressão do mal.
Voltamos mais uma vez a parabenizar o colega JOÃO
CARLOS LAGO NETO pela apresentação deste sensacional artigo de autoria de JOSÉ
EUSTÁQUIO DINIZ ALVES.
Mais uma vez, solicitamos a compreensão dos
leitores para a extensão do presente trabalho sobre a CHINA.
Nada sobre a CHINA pode ser desprezado ou relevado
a segundo plano.
Os efeitos do “despertar” desse gigante se
estenderão a todo o planeta, o Brasil incluso.
Em 1816, Napoleão Bonaparte já previa que quando a
CHINA acordasse o mundo tremeria.
A CHINA acordou há 40 anos e o mundo está abrindo
os olhos para essa mudança ameaçadora, perturbadora e, ao mesmo tempo,
auspiciosa.
Boa Leitura!!
Atenciosamente
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB
12 Dezembro 2018
"Uma CHINA como
potência assertiva, dominante e autoconfiante (além de pouco democrática) é a
nova realidade das relações internacionais", escreve JOSÉ EUSTÁQUIO DINIZ ALVES, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em
População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências
Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate,
10-12-2018.
Eis o artigo:
“Art. 1:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em
espírito de fraternidade” - 70 anos da Declaração Universal dos Direitos
Humanos (10/12/1948)
“A religião para mim é ciência e a ciência é religião” - 203 anos do
nascimento de Ada Lovelace (10/12/1815)
(Fonte: EcoDebate)
A CHINA é o
país mais populoso do mundo e, atualmente, tem a maior economia, quando medida
em poder de paridade de compra. Mas isto não é novidade para o gigante asiático
que sempre foi uma grande nação e, até mesmo, uma grande civilização.
Durantes
milênios a CHINA foi líder em avanços científicos e tecnológicos,
incluindo o desenvolvimento em áreas diversas como ciências naturais,
engenharia, medicina, tecnologia militar, matemática, geologia e astronomia.
Entre as
várias conquistas estão as 4 grandes invenções: a bússola, a pólvora,
o papel e a tipografia.
A qualidade
da cerâmica chinesa é reconhecida em todo o mundo.
Em termos de
Filosofia, CONFÚNCIO (551 a.C. – 479 a.C.) é um pensador reconhecido
globalmente até os dias de hoje.
Um símbolo
do poder de empreender e mobilizar grandes recursos naturais e humanos é
a Grande Muralha da CHINA, que começou a ser construída entre os anos de
220 e 206 a.C. por Qin Shi Huang, o primeiro Imperador da CHINA.
Ao longo do
tempo a Grande Muralha foi ampliada e reconstruída, sendo que a maior parte do trecho
existente nos dias de hoje foi obra da dinastia Ming (1368-1644).
Outro
símbolo é a produção da seda e a comercialização mundial deste
produto.
A CHINA começou
a produzir seda por volta do ano 2700 A.C.
A
sericultura e a produção da seda se transformaram em uma indústria próspera e
que gerou um comércio global dinâmico, por meio da famosa ROTA da SEDA.
A CHINA também
inovou na técnica de navegação e construção naval.
No século XV
a frota chinesa era a melhor e a maior do mundo, consistindo em mais
de 200 navios e cerca de 27.800 marinheiros e soldados.
O
navegador ZHENG HE (1371-1433), navegou sete vezes pelo Sudeste
Asiático e o Oceano Índico, entre 1405 até 1433. Portanto, muito antes dos
portugueses, a CHINA já tinha uma capacidade naval superior aos demais países.
Contudo, o
governo chinês da época não deu continuidade à navegação e preferiu reforçar as
defesas no norte do país, contra as invasões mongóis.
A CHINA continuou
uma potência mundial até o final do século XVIII.
Mas o
declínio foi acentuado no século XIX, especialmente em função das ingerências
ocidentais. O REINO UNIDO, que já dominava a ÍNDIA promoveu o
comércio do ópio com a CHINA, o que levou à Primeira Guerra do
Ópio em 1840 e ao estabelecimento de concessões forçadas.
HONG KONG foi
cedida aos britânicos em 1842 pelo Tratado de NANQUIM.
A Segunda
Guerra do Ópio ocorreu entre 1856-1860.
As
duas Guerras do Ópio (e o narcotráfico inglês) foram desastrosas para
o povo chinês. A CHINA sofreu duas fomes extremas e teve a sua
economia vilipendiada.
Diante do
colapso da economia e do agravamento dos problemas sociais, a população se mobilizou
– inspirada nas ideias revolucionárias de SUN YAT-SEN – e começaram a
defender a derrubada da Dinastia QING e a proclamação da república.
Um levante
militar levou à formação de um governo provisório da República da CHINA
em NANQUIM, em 12 de março de 1912, sendo que SUN YAT-SEN foi designado o
primeiro presidente do país.
Em
1925, CHIANG KAI-SHEK, assumiu o controle do KUOMINTANG (Partido Nacionalista, ou
KMT) e conseguiu reunir sob seu governo a maior parte do sul e do centro da CHINA.
Entre 1931 e 1945 o JAPÃO invadiu a CHINA e anexou a MANCHÚRIA.
Com o fim
da Segunda Guerra Mundial a República chinesa entrou em guerra civil,
sendo que o Partido Comunista Chinês (PCC), liderado por
MAO TSÉ-TUNG
(1893-1976), proclamou a República
Popular da CHINA, em primeiro de outubro de 1949.
Em dezembro
de 1949, CHIANG KAI-SHEK e o que restava de seu governo refugiaram-se
na ilha de FORMOSA, onde instalaram a China Nacionalista (TAIWAN).
O PCC conseguiu
unificar a CHINA, mas implementou uma série de políticas que foram um
desastre em termos econômicos e sociais.
O Grande
Salto para Frente – programa lançado entre 1958 e 1960 – visava
transformar a CHINA de um país agrário e atrasado em um país
industrial, avançado e verdadeiramente socialista.
Mas o
resultado foi uma catástrofe que deixou o país mais pobre e provocou a morte de
cerca de 30 milhões de pessoas.
Na década de
1960, foi lançada a REVOLUÇÃO CULTURAL que gerou um caos no país e
deixou a CHINA ainda mais pobre e isolada no mundo (especialmente depois que se
afastaram da URSS).
O quadro
começou a mudar quando o presidente dos EUA, RICHARD NIXON, se encontrou
com o líder chinês, MAO TSÉ-TUNG, em fevereiro de 1972, formando uma
aliança que isolou a URSS e passou a reconfigurar a ordem mundial.
Mas a CHINA viveu
um momento de turbulência após a morte de MAO, em 1976, e a Ascensão da
chamada “Gang dos Quatro” (que incluía a viúva de MAO).
O quadro só
começou a mudar de fato quando DENG XIAOPING
conseguiu implementar
as reformas, de dezembro de 1978, que reconfiguraram o papel da CHINA e
possibilitaram a maior transformação já ocorrida em um país em um prazo tão
curto de tempo.
Em dezembro
de 2018, os chineses comemoram os 40 anos das reformas e 40 anos de crescimento
econômico que possibilitaram a retirada de mais de 1 bilhão de chineses da pobreza
e transformaram o país na maior economia do mundo (em poder de paridade de
compra – ppp).
Do ponto de
vista do desenvolvimento
econômico a China é o maior caso de sucesso (mas não do ponto de
vista ambiental), o que só foi possível com as reformas de 1978.
Quando o
círculo interno do Partido Comunista da CHINA endossou uma nova
direção para o país em dezembro de 1978, poucos teriam imaginado as imensas
mudanças que seriam desencadeadas. O esforço de DENGXIAOPING por
“reforma e abertura” lançou a ascensão da CHINA dos destroços
da Revolução Cultural à primeira economia (medida em ppp) do mundo.
Em 29 de
janeiro de 1979, a bandeira vermelha da CHINA foi hasteada na Casa Branca,
quando o presidente dos EUA, JIMMY CARTER, recebeu DENG XIAOPING, o
primeiro líder chinês a visitar os EUA desde a Revolução comunista de
1949. Essa visita simbolizou o fim do que DENG, então com 74 anos, descreveu
como “período de desagrado entre nós por 30 anos”, mas também inaugurou uma
nova era na geopolítica global.
Em WASHINGTON, DENG e
CARTER assinaram
acordos trocando o reconhecimento diplomático dos ESTADOS UNIDOS DA
REPÚBLICA DA CHINA, em TAIPEI, para a REPÚBLICA POPULAR DA CHINA,
em PEQUIM.
DENG também
estava interessado em aprender com os EUA sobre formas de modernizar a CHINA,
fazendo paradas na Coca-Cola em ATLANTA, Boeing em SEATTLE
e Johnson Space Center da NASA no TEXAS.
Estes
eventos sinalizaram o fim do isolamento da CHINA em relação ao mundo,
bem como a determinação de PEQUIM de abrir suas portas ao Ocidente capitalista
e uma aliança preferencial com os EUA.
O
jornal South China Morning Post (SCMP, 12/11/2018) pergunta:
“Foi a China
que mudou o mundo ou o mundo mudou a China?”
Não há dúvida
de que desde que DENG lançou a política de abertura em
1978, a CHINA transformou-se de uma economia agrária, atrasada e politicamente
isolada, na maior potência e candidata a liderar a economia do mundo, sendo um
ator fundamental da governança global.
Por exemplo,
nos 30 anos de 1949 a 1978, apenas 200 mil chineses viajaram para o exterior.
Contudo,
somente em 2017, eles fizeram 130,5 milhões de viagens no exterior, enquanto
estrangeiros fizeram 139 milhões de visitas à CHINA.
As estatísticas
falam muito sobre como a CHINA precisa do mundo e vice-versa (SCMP,
12/11/2018).
Com o objetivo de reconstruir a economia das ruínas da falência de três décadas
de governo radical e ineficiente de MAO TSÉ-TUNG, DENG inaugurou
uma nova diplomacia chinesa para se adequar à agenda doméstica de
desenvolvimento econômico do país.
Ele observou
que a paz e o desenvolvimento eram os dois temas principais do mundo,
substituindo a doutrina revolucionária da diplomacia de “Três Mundos” de MAO.
A máxima de
MAO era alinhar-se com as nações em desenvolvimento do “Terceiro Mundo”, unir
as potências em desenvolvimento do “Segundo Mundo” e se opor às duas
superpotências: o imperialismo americano e o imperialismo da
União Soviética (URSS).
Na verdade,
as relações entre CHINA e URSS vinham se deteriorando ao longo do tempo.
Então,
a política externa chinesa tornou-se
mais ativa, pragmática e flexível, com esforços concentrados na melhoria das
relações com o Ocidente e especialmente com os EUA.
Além da
visita de DENG aos EUA em 1979, o novo líder chinês fez uma viagem
ao JAPÃO – na época a segunda maior economia do mundo capitalista –
para declarar a promulgação do Tratado de Paz e Amizade CHINA-JAPÃO com o
primeiro-ministro japonês Takeo Fukuda; e também uma visita a CINGAPURA (de Lee
Kuan Yew), na qual ele copiou as sementes para a replicação do modelo de CINGAPURA
no desenvolvimento futuro da CHINA.
DENG também
melhorou as relações com outras potências ocidentais e as economias emergentes
vizinhas – como os quatro tigres da Ásia: CORÉIA DO SUL, CINGAPURA e as
comunidades chinesas de HONG KONG e TAIWAN.
DENG sugeriu
que toda a política externa deve servir primeiro ao desenvolvimento econômico
da CHINA.
Desde então,
todas as administrações chinesas – de HU YAOBANG, ZHAO JIANG, JIANG
ZEMIN e HU JINTAO– seguiram sua diplomacia pragmática.
No entanto,
a década de relação cordial com o Ocidente sofreu um severo revés
após a sangrenta repressão militar de PEQUIM contra o movimento
nacional pró-democracia em 4 de junho de 1989, chamado de “O Massacre da
Praça da Paz Celestial.”
O caráter
autoritário do regime ficou às claras.
No
entanto, DENG logo reafirmou o compromisso de PEQUIM com as
reformas de mercado e a política de abertura em um plenário do partido no final
de junho de 1989.
Outro choque
aconteceu com o colapso mundial do socialismo e do bloco
soviético no início da década de 1990, o que mudou drasticamente a
geopolítica global ao deixar a CHINA como o último grande Estado
governado pelo Partido Comunista.
Com
o fim da URSS, a CHINA deixou de ser tão estratégica para o mundo
capitalista.
Ao mesmo
tempo, DENG XIAOPING se negou a liderar uma coalizão das
esquerdas mundiais.
Internamente,
ele também tentou despolitizar a diplomacia chinesa ao manter a política
interna com seu famoso ditado de “não debater” as questões ideológicas,
reafirmando o pragmatismo (“Não importa a cor do gato, desde que cace os
ratos”).
Desta forma,
PEQUIM ajustou sua diplomacia pós-Guerra Fria por meio de esforços
para desenvolver relações com todas as nações, do Ocidente, com países do
antigo bloco soviético, vizinhos, países da América Latina e da África, visando se
fortalecer economicamente.
Contudo,
os EUA e outras nações ocidentais passaram a dar mais ênfase nas
questões políticas em suas relações com a CHINA.
WASHINGTON tornou
os direitos humanos uma condição prévia para garantir o status comercial da
“nação mais favorecida” da CHINA, que se tornou uma questão anual de debate
no Congresso dos ESTADOS UNIDOS na década de 1990.
O governo
americano aprovou a viagem do presidente taiwanês LEE TENG-HUI aos
EUA em 1995 – a primeira visita de um líder taiwanês desde o fim dos laços
diplomáticos em 1979.
O presidente dos EUA BILL
CLINTON despachou
porta-aviões para atravessar o estreito de TAIWAN e proteger a ilha.
Por outro
lado, o colapso da UNIÃO SOVIÉTICA ajudou a reduzir as tensões ao
longo das fronteiras do norte da CHINA e provocou uma retomada da
amizade entre os antigos irmãos socialistas.
PEQUIM e
MOSCOU assinaram uma declaração de restauração de laços em 2001.
Foram
retomadas as relações de amizade com vários países do antigo bloco soviético.
Assim, na
era do pós-guerra fria, as tensões nas fronteiras da CHINA – como
conflitos fronteiriços com o VIETNÃ e a ÍNDIA, a guerra civil
no AFEGANISTÃO – com envolvimento soviético – e o confronto entre
as duas COREIAS foram substancialmente reduzidos.
A CHINA
melhorou as relações com todas as nações vizinhas, restaurou laços diplomáticos
com a INDONÉSIA e estabeleceu relações diplomáticas com todas as outras nações
asiáticas.
A CHINA até
estabeleceu relações diplomáticas com ISRAEL, um inimigo histórico dos
amigos árabes da CHINA no Oriente Médio.
As relações
da CHINA com a EUROPA foram ainda mais tranquilas do que aquelas com
os EUA e o JAPÃO.
Na
era pós-DENG, desde 1997, JIANG ZEMIN e HU JINTAO continuaram
a diplomacia “discreta” e pragmática.
A CHINA ganhou
reconhecimento internacional por seu papel positivo na crise financeira
asiática de 1997, ao mobilizar recursos para apoiar as economias asiáticas
sitiadas.
PEQUIM
também usou os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 como uma
oportunidade para melhorar as relações com os EUA.
JIANG, o
presidente chinês na época, foi rápido em expressar solidariedade aos ESTADOS
UNIDOS e em denunciar “todas as atividades violentas pelo terrorismo”.
A CHINA
apoiou o apelo de WASHINGTON para cooperação internacional e ação conjunta,
incluindo a adoção de resoluções do Conselho de Segurança da
ONU condenando os ataques.
A preocupação
de WASHINGTON com o terrorismo após o 11 de setembro e a necessidade de
cooperação de PEQUIM deram à CHINA uma pausa prolongada.
A admissão da
CHINA na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, foi um evento
fundamental para o desenvolvimento chinês e só foi possível com o endosso
dos EUA. Quando DENG lançou suas reformas econômicas, em 1978, a
economia chinesa tinha apenas 5% do tamanho dos EUA, com um produto interno
bruto per capita praticamente igual ao da ZÂMBIA. Desde então, a CHINA
experimentou um crescimento médio do PIB de cerca de 10% ao ano até
2014, elevando o PIB per capita quase 50 vezes.
Em 2009,
a CHINA se tornou o maior contribuinte para o crescimento econômico global
e superou a ALEMANHA como o maior exportador do mundo em 2010.
Em 2011,
superou o JAPÃO como a segunda maior economia do mundo.
Tornou-se a
nação mais rica do mundo em termos de reservas estrangeiras, com cerca de US$ 3
trilhões.
Sua
participação na economia mundial cresceu de apenas 1,8% em 1978 para
impressionantes 18,2% em 2017 (SCMP, 12/11/2018).
Desta forma,
a CHINA deixou de ser apenas uma economia emergente e retornou ao seu
status de grande potência econômica global, que representou
quase 30% da economia mundial nos séculos XV e XVI.
A diplomacia
pragmática de DENG desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da
CHINA. Seu boom econômico de quatro décadas de duração foi construído em sua
adoção do capitalismo global, à medida que as empresas multinacionais
transferiram suas linhas de produção para o país asiático, tornando a CHINA “a
fábrica do mundo”.
Mas depois
de décadas de alto crescimento e uma influência crescente no mundo, a política
externa e o comportamento diplomático da CHINA passaram por uma tremenda
transformação sob XI JINPING, que foi eleito secretário geral
do Partido Comunista no final de 2012 e se tornou presidente em março
de 2013.
Nenhum líder
chinês, antigo ou contemporâneo, tem sido tão ativo quanto XI na diplomacia.
Com seu
ambicioso “sonho chinês” de estratégia “Renascimento Nacional”, substituindo a
“diplomacia discreta” de DENG, a CHINA tem sido mais pró-ativa e
confiante no cenário mundial, com uma política militar e de segurança cada vez
mais assertiva.
Durante seu
primeiro mandato de cinco anos, XI atraiu muitos líderes estrangeiros
para a CHINA e recebeu cinco grandes cúpulas mundiais.
E nenhum
líder chinês fez mais viagens em tão pouco tempo: em seu primeiro mandato, XI
fez 28 viagens ao exterior que o levaram a 56 países nos cinco continentes.
Além disso, nunca antes a CHINA teve um impacto tão profundo
no desenvolvimento econômico global, com as iniciativas Banco de
Investimento Asiático em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês),
o Fundo da Rota da Seda, o Novo Banco de Desenvolvimento, também
conhecido como Banco de Desenvolvimento do BRICS, além dos investimentos em projetos produtivos e infraestrutura em 112
países, fazendo parte da Iniciativa UM CINTURÃO, UMA ROTA, conforme
mostrou artigo do NYT (18/11/2018)
Um cinturão, uma rota (Fonte: BRASILNAVAL.COM)
A CHINA continua
tendo grandes superávits comerciais
com o resto
do mundo (o superávit comercial com os EUA pode atingir US$ 400
bilhões em 2018) e com este dinheiro consegue financiar sua expansão global e
avança na produção de bens e serviços de alto valor agregado.
Os líderes
de PEQUIM dizem abertamente que querem deixar para trás sua reputação
de fornecedora de sapatos, roupas e brinquedos baratos.
E querem
passar de país de mão-de-obra de baixo custo a um país de engenheiros e
cientistas, deixando de ser a fábrica do mundo para ser o centro tecnológico do
mundo.
Para fugir
das tarifas alfandegárias, várias empresas chinesas estão mudando para
o sudeste asiático (VIETNÃ, etc.) e para a ÁFRICA (ETIÓPIA,
DJIBOUTI, etc.).
Por outro
lado, hoje em dia, a CHINA é o país que mais forma doutores universitários e
tem um plano para ser líder tecnológico, inclusive no campo da Inteligência Artificial:
“MADE IN CHINA 2025”.
O salto
da CHINA é tão intenso e impressionante queA, se fossem vivos, MAO
TSÉ TUNG ficaria de queixo caído e DENG XIAOPING não acreditaria no
sucesso tão ostentoso de suas reformas.
Mas é claro
que todas estas realizações chinesas assustam o resto do mundo e, em especial,
os ESTADOS UNIDOS.
A dita excepcionalidade
americana não consegue aceitar uma CHINA excepcional e caminhando para ser a
grande potência mundial do século XXI. Por conta do avanço irrefreável da
máquina de produção e expansão chinesa os demais países reagem com inveja, com
dúvida e com medo.
Na reunião do G20 na ARGENTINA, TRUMP e XI concordaram
com uma trégua de 90 dias na guerra comercial (mas
enquanto os dois países sentavam para conversar, a executiva MENG WANZHOU da gigante das telecomunicações
HUAWEI era presa no CANADÁ a pedido dos EUA).
Os sinais
indicam que dificilmente chegarão a um acordo que coloque fim aos
desequilíbrios próprios de uma situação de potência ascendente (CHINA) e de
potência descendente (EUA).
Não será
fácil assimilar esta nova realidade da dinâmica econômica e política ocasionada
pela maior presença do gigante oriental, que retoma a proporção do peso global
que teve no passado e ressurge com uma força ainda maior, promovendo a
“Orientalização” em substituição à hegemonia da “Ocidentalização”.
Na reunião
do G20, na ARGENTINA, um fato pouco destacado no Ocidente, foi a reunião
entre os líderes XI JINPING, VLADIMIR PUTIN e NARENDRA MODI para
impulsionar a cooperação do “triângulo estratégico” que está reconfigurando a correlação de forças na EURÁSIA e buscando
ser uma alternativa à governança global, como mostra a agência estatal
chinesa XINHUA.
O
protagonismo dessa reunião trilateral foi bem mais importante que a reunião do
grupo BRICS, que fez uma reunião protocolar
com as
presenças coadjuvantes de MICHEL
TEMER do BRASIL e de CYRIL RAMAPHOSA da ÁFRICA DO SUL.
O BRICS se apequenou e o RIC se agigantou.
Na década de 1940, o historiador britânico ARNOLD JOSEPH
TOYNBEE considerou que os ESTADOS UNIDOS e a UNIÃO SOVIÉTICA permaneceriam
como as duas únicas grandes potências do mundo.
Nem a CHINA e
a ÍNDIA – com suas “antigas civilizações” e “vastas populações,
territórios e recursos” – seriam capazes de “exercer sua força latente” nas
décadas seguintes.
Mas nem
mesmo TOYNBEE conseguiu prever a formação do “triângulo estratégico” formado
por CHINA, RÚSSIA e ÍNDIA.
No momento
atual, existem muitos desafios a serem enfrentados.
No ano de
2019, a CHINA comemora os 100 anos dos protestos estudantis de PEQUIM,
quando os universitários protestavam contra o TRATADO DE VERSALHES, que
concedeu antigos territórios alemães na região aos japoneses. Este movimento
contou com estudantes como CHOU EM-LAI e MAO TSÉ-TUNG e foram
fundamentais para a criação do PCC, em 1921.
Ano que vem
se comemora também os 70 anos da Revolução Comunista de 1949.
E, não menos
controverso, os 30 anos dos protestos da PRAÇA DA PAZ CELESTIAL (TIAN’ANMEN),
em 1989, quando a juventude se mobilizou contra o autoritarismo do regime
comunista da REPÚBLICA POPULAR DA CHINA.
Muita coisa
aconteceu na CHINA no último século.
O país
cresceu e ganhou muitas amizades no tempo da “diplomacia discreta” recomendada
por DENG XIAOPING, embora, para os vizinhos e o resto do mundo, o “Império
do Meio” deixou de ser o “Panda simpático” para ser o “Dragão ameaçador”.
A política
mercantilista chinesa, com seus imensos superávits comerciais, tem gerado
atritos com o resto do mundo, especialmente com os EUA (inclusive
provocando instabilidade nas bolsas de valores).
A CHINA está
deixando de ser coadjuvante do teatro internacional para se tornar
protagonista.
A prisão da
executiva MENG WANZHOU, chefe de operações financeiras da HUAWEI,
gigante de telecomunicações e com fortes relações com as forças armadas
chinesas, é mais um capítulo da guerra comercial e que atinge uma área
estratégia, pois se trata da disputa pela liderança da implantação da
infraestrutura para a rede de internet móvel 5G, a Internet das coisas (IoT),
Inteligência Artificial, etc. WANZHOU é filha do fundador da companhia e também
vice-presidente do conselho consultivo da empresa.
A HUAWEI
informou que tem pouca informação sobre as acusações e “não tem conhecimento sobre
nenhuma infração cometida por MENG WANZHOU”.
A CHINA exigiu
a libertação da executiva, alegando que a prisão foi possivelmente “uma
violação de direitos humanos”.
A CHINA
também ameaça retaliar o CANADÁ.
Os 90 dias
de trégua na guerra comercial está posta
em dúvida e a instabilidade econômica aumentou globalmente.
Para KARISHMA
VASWANI, correspondente da BBC Asia Business:
“É
difícil exagerar o simbolismo e significado desse evento.
A Huawei é a
joia da coroa da tecnologia chinesa e a Sra. Meng é efetivamente sua princesa.
Mesmo que ainda não esteja claro quais são as acusações contra ela, isso não é
simplesmente um caso sobre a prisão de uma mulher, ou apenas uma empresa.
Essa prisão
poderia prejudicar materialmente a relação entre os EUA e a CHINA,
possivelmente um dos momentos mais sensíveis entre os dois países em sua longa
e tórrida história.
As luvas
estão arriadas.
As coisas
tomaram um rumo dramático para o pior” (06/12/2018).
Como mostrou
artigo de JULIA HOROWITZ (CNN, 09/12/2018), o mundo está entrando em
uma nova Guerra Fria (e que pode virar uma Guerra Quente).
O fato é
que, no todo, a CHINA tende a fazer um divórcio da relação privilegiada que
tinha com os EUA, desde a histórica visita de RICHARD NIXON e já
busca um novo casamento de interesses com a RÚSSIA e a ÍNDIA.
Com as
reformas de DENG XIAOPING a CHINA se aliou aos EUA (época da união
econômica dos dois países, conhecida como CHIMÉRICA) para alcançar o padrão
do Ocidente (enquanto a URSS era derrotada e saia de cena).
Já na nova
Era de XI JINPING a CHIAN se desacopla dos EUA e se prepara para
ultrapassar o Ocidente, disputando a liderança econômica, tecnológica e
científica.
O professor GRAHAN ALLISON considera que as duas
potências estão “destinadas à guerra”.
Uma CHINA como
potência assertiva, dominante e autoconfiante (além de pouco democrática) é a
nova realidade das relações internacionais.
Os próximos
40 anos serão de maior influência chinesa e Oriental.
E tudo isto
está ocorrendo às claras.
Só não abre
o olho quem não quer ver a nova reconfiguração global e os desafios que estão
colocados à frente.
Referências:
Cary
Huang. Over 40 years of diplomatic drama,
a rising China opens up to, and transforms, the world, SCMP, 12/11/2018
Derek
Watkins, K.K. Rebecca Lai and Keith Bradsher, The World, Built by China, Nov. 18, 2018
PEH SHING
HUEI. Friendly Panda, fiery Dragon: how
China and ASEAN fell in (and out) of love, SCMP, 01/12/2018
Julia
Horowitz. Huawei arrest: This is what the
start of a tech Cold War looks like, CNN,
09/12/2018
ALVES,
JED, A China continua tendo superávits
recordes a despeito da guerra comercial de Trump, Ecodebate, 22/10/2018
ALVES,
JED. China, nova potência mundial
Contradições e lógicas que vêm transformando o país. Revista do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), China, nova potência
mundial: Contradições e lógicas que vêm transformando o país. São Leopoldo, Nº
528, Ano XVIII, 17/9/2018
ALVES,
JED. A ascensão da China, a disputa
pela Eurásia e a Armadilha de Tucídides. Entrevista especial com José Eustáquio
Diniz Alves, IHU, Patricia Fachin, 21 Junho 2018
ALVES,
JED. O show de Xi Jinping na APEC e a
reunião do G-20 na Argentina, Ecodebate,
28/11/2018
ALVES,
JED. Brasil: uma potência submergente, Colabora, 05/12/2018
FONTE..
http://www.ihu.unisinos.br/188-noticias/noticias-2018/585404-quarenta-anos-das-reformas-de-deng-xiaoping-e-o-renascimento-da-china-como-potencia