quarta-feira, 24 de julho de 2019

DIREÇÃO FISCAL DECRETADA PELA ANS NA CASSI em 19.07.2019



Caros Companheiros,

Em relação à Direção Fiscal decretada pela ANS na CASSI, em 19.07.2019, reproduzimos adiante a matéria que nos foi encaminhada pelo MOVIMENTO SEMENTE DA UNIÃO – MSU, na pessoa de DAISY DE FREITAS SACCOMANDI, em que é retratada a manifestação do Diretor da CASSI, companheiro LUIZ SATORU ISHIYAMA, 
                             

em que ele traça uma visão objetiva do que ocorre dentro  de nossa CAIXA DE ASSISTÊNCIA, e das medidas que serão tomadas para regularizar a situação de sustentabilidade financeira da instituição.
É motivo de alívio para todos a nota do MSU de que não teremos Intervenção e sim uma Direção Fiscal, o que afasta o receio de muitos associados de que a CASSI pudesse ser alienada para algum grupo privado com consequências imprevisíveis para todo o corpo de associados.
Mais uma vez ressaltamos que é sumamente importante que todos os associados leiam e analisem detalhadamente o que ocorre dentro da CASSI e o que advirá das medidas saneadoras apresentadas para a reestruturação da instituição.
Boa Leitura!

ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB
  

Caros colegas,

Sobre a direção fiscal decretada pela ANS no dia 19.07.2019, repassamos abaixo a publicação do diretor LUIZ SATORU ISHIYAMA. Destacamos que Direção Fiscal não é intervenção e solicitamos que leiam o comunicado com especial atenção.

Cordialmente,

MOVIMENTO SEMENTE DA UNIÃO - MSU

Curta  nossa página:


SOBRE A DIREÇÃO FISCAL?
BEM VINDA!

Prezadas & Prezados,

Informei ontem, 22/07/2019, após a comunicação oficial da CASSI de que a ANS havia decretado a Direção Fiscal, publicada no DOU de 19/07/2019, que o fato já estava dado, e que seria apenas uma questão de tempo.

Após sete resultados negativos, de 2012 a 2018, que consumiram mais de R$ 1,13 bilhões de nossas reservas nesse período, e com a margem de solvência negativa de cerca de R$ 760.milhões, posição em junho/2019, a decretação da Direção Fiscal tornou-se inevitável.

Os resultados positivos construídos em novembro e dezembro/2018, após diversas ações implementadas ao longo do ano passado, e intensificadas a partir do segundo semestre/2018 não foram suficientes para recompor os índices monitorados em níveis satisfatórios na avaliação da ANS.

Apesar dos resultados positivos do primeiro semestre/2019, que acumularam cerca de R$80.milhões até junho/2019 e que melhoraram os indicadores financeiros, a reprovação da segunda proposta na votação encerrada em 27/05/2019 determinou a decretação da Direção Fiscal.

A margem de solvência negativa em torno de R$760.milhões acumulada desde 2012 salta aos olhos de qualquer entidade fiscalizadora, e o não ingresso de recursos adicionais pela reprovação da proposta, que supririam esse saldo negativo, definiram a decretação da ANS.

Como ficará a CASSI após a instalação da Direção Fiscal a partir de 22/07/2019?

Continuará trabalhando com a mesma dedicação e afinco para continuar produzindo os bons resultados iniciados no segundo semestre/2018, para garantir a assistência à saúde dos associados e seus dependentes.

Não há qualquer atraso no pagamento das faturas da rede credenciada.

Com o superávit já acumulado, e que se somará aos superávits que certamente iremos continuar produzindo com o programa de ações aprovado pelo Conselho Diretor em 26/06/2019, é possível estimar que o pagamento das faturas e a prestação de serviços será viável até o final deste ano.

A Direção Fiscal equivale à recuperação judicial, antiga concordata, na qual a operadora sob esse regime deverá apresentar à ANS um plano de recuperação para recompor suas reservas, melhoria dos índices monitorados com o consequente equilíbrio financeiro e técnico calculado atuarialmente.

Qual o caminho para se alcançar esse equilíbrio financeiro e técnico?

Conforme esclarecimentos da própria ANS, a Direção Fiscal irá fazer um levantamento “in loco” da situação financeira e técnica da CASSI, solicitará todos os documentos e informações necessários para o mister, num período de até 90 dias.

Concluído o diagnóstico, teremos 30 dias para apresentar um programa de recuperação.

Esse programa de recuperação será monitorado mensalmente pelas respectivas áreas da ANS, durante 365 dias, a contar da data da instalação da Direção Fiscal, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.

As diversas ações em curso, iniciadas no final de 2017 e intensificadas a partir do segundo semestre/2018, somadas às ações de curto e médio prazo aprovadas pelo Conselho Diretor em 26/06/2019, serão a base desse programa a ser apresentado para a ANS, dado que vêm produzindo resultados efetivos a partir do final do ano passado.

Obviamente deverão ser agregadas outras recomendações emanadas pela Direção Fiscal, após o seu diagnóstico a ser entregue nos próximos 90 dias, e, assim, consolidaremos o programa de recuperação.

Por que essa certeza de que a CASSI já vem no rumo certo desde o ano passado?

No primeiro semestre/2019 economizamos, deixamos de gastar, cerca de R$ 180.milhões em relação ao mesmo período de 2018, que, somados ao superávit acumulado de cerca de R$80.milhões, posição em junho/2019, representa um resultado positivo de cerca de R$260.milhões neste primeiro semestre/2019, evolução que foi lembrada pela própria Diretora Fiscal, no primeiro dia de reunião, ontem, na sua apresentação à Diretoria da CASSI.

Contudo, é preciso lembrar que no final deste ano se encerra a vigência do Memorando de Entendimento firmado em nov/2016, que aporta cerca de R$50.milhões mensais oriundos do 1% de contribuição adicional por parte dos associados, e do RTE por parte do Banco.

Cerca de R$600.milhões anuais a menos!

Aí, sim, infelizmente, a partir de janeiro/2020 a CASSI poderá se tornar inviável, ou, na pior das hipóteses, assim como qualquer empresa em recuperação judicial, haverá a necessidade de promover medidas drásticas para ajustar as despesas assistenciais às receitas limitadas a 7,5%, somatório dos 4,5% de contribuição patronal, e dos 3% de contribuição dos associados.

Para que a CASSI possa continuar a oferecer o mesmo padrão assistencial a partir de janeiro/2020, haverá a necessidade do aporte adicional de recursos, estimados em torno de 14,5% sobre os rendimentos (salários do pessoal da ativa + benefícios dos aposentados), conforme cálculos que subsidiaram a proposta reprovada em 27/05/2019.

Não há mágica!

A saída será a aprovação de uma nova proposta de consenso entre as partes, CASSI, Corpo Social e Banco, que viabilize esses recursos adicionais para recompor os indicadores e proporcionar o desejável equilíbrio financeiro e técnico.

Tal proposta para que tenha efeito a partir de janeiro/2020, deverá ser aprovada, no máximo, até o final de novembro/2019.

Está em curso a implantação de diversas melhorias nos processos em todas as Diretorias, tais como a centralização de atividades das Unidades Estaduais e CliniCassi, com o objetivo de otimizar recursos e informatizar tais processos; desenvolvimento de diversos aplicativos e melhorias em TI; reorganização da rede própria e rede credenciada; e, fundamentalmente, um novo modelo assistencial baseado na APS-Atenção Primária à Saúde, pedra angular da ESF-Estratégia de Saúde da Família, com foco na prevenção, e não na doença após a sua ocorrência.

Todas essas ações também necessitam de recursos adicionais para incrementar e dar velocidade em suas implantações, bem como promover o treinamento maciço de todos os funcionários que estão promovendo a reorganização da rede própria e credenciada, pois os recursos escassos que economizamos neste primeiro semestre não serão suficientes para dar seguimento a esse conjunto de melhorias.

Não há terrorismo, nem temor em relação à Direção Fiscal, cujo fato já estava dado, como foi dito acima, pois apenas a adiamos com os bons resultados a partir do final de 2018.

Dado que não compete à ANS promover qualquer ingerência, caberá à CASSI desenvolver o programa de recuperação, após a entrega do diagnóstico da Direção Fiscal, rumo ao equilíbrio financeiro e técnico, como já vimos implementando desde o ano passado.

Todos os 2.700 funcionários da CASSI, desde a Sede, passando pelas 27 Unidades Estaduais e 66 CliniCassi estão plenamente conscientes da dedicação e do empenho que deverão nortear as ações em busca da recuperação da nossa querida Senhora de 75 anos, para que ela continue a prestar a assistência à saúde de seus associados e dependentes por mais 75 anos. OU MAIS !

Forte abraço a todos!

LUIZ SATORU ISHIYAMA


REPASSE ESTA INFORMAÇÃO/NOTÍCIA
"Somos responsáveis não apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer!" - Molière
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Veja  essa discussão na Web, em
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4 comentários:

  1. Deduzo então que basta renovarmos o memorando de entendimento: Contudo, é preciso lembrar que no final deste ano se encerra a vigência do Memorando de Entendimento firmado em nov/2016, que aporta cerca de R$50.milhões mensais oriundos do 1% de contribuição adicional por parte dos associados, e do RTE por parte do Banco.
    Pelo dito acima com essa entrada de 600 milhoes por ano , se a CASSI teve no primeiro semestre 2019 um superavit de 260 milhoes, basta mantermos esse memorando que em pouco tempo a CASSI se torna superavitaria novamente ou não ?

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    1. Caro Anônimo,

      Excelente pergunta.
      Penso que mais adiante teremos de ter novos ajustes dependendo do reajuste salarial dos funcionários da ativa e do reajuste de benefícios dos aposentados. É preciso ser honesto e frisar que a diferença desses aumentos para a inflação dos custos médicos continua abissal.
      O importante é que saímos do imobilismo e a CASSI voltará a ser operacional e está salva de ser alienada.
      Vamos ver o que vem pela frente.
      Grande abraço

      Adaí Rosembak

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  2. Senhor blogueiro,
    O que o senhor acha que virá agora com essa intervenção da ANS, ou como é qualificada agora de Direção Fiscal?

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    1. Caro Anônimo,

      Sugiro que você leia com atenção a explanação do Diretor Satoru. Está tudo bem explicado ali.

      Abraços

      Adaí Rosembak

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