Caros
Companheiros,
Em
relação à Direção Fiscal decretada pela ANS na CASSI, em 19.07.2019,
reproduzimos adiante a matéria que nos foi encaminhada pelo MOVIMENTO SEMENTE
DA UNIÃO – MSU, na pessoa de DAISY DE FREITAS SACCOMANDI, em que é retratada a
manifestação do Diretor da CASSI, companheiro LUIZ SATORU ISHIYAMA,
em que ele traça uma visão objetiva do que ocorre dentro de nossa CAIXA DE ASSISTÊNCIA, e das medidas que serão tomadas para regularizar a situação de sustentabilidade financeira da instituição.
em que ele traça uma visão objetiva do que ocorre dentro de nossa CAIXA DE ASSISTÊNCIA, e das medidas que serão tomadas para regularizar a situação de sustentabilidade financeira da instituição.
É
motivo de alívio para todos a nota do MSU de que não teremos Intervenção e sim
uma Direção Fiscal, o que afasta o receio de muitos associados de que a CASSI
pudesse ser alienada para algum grupo privado com consequências imprevisíveis
para todo o corpo de associados.
Mais
uma vez ressaltamos que é sumamente importante que todos os associados leiam e
analisem detalhadamente o que ocorre dentro da CASSI e o que advirá das medidas
saneadoras apresentadas para a reestruturação da instituição.
Boa
Leitura!
ADAÍ
ROSEMBAK
Associado
da AAFBB, ANABB e ANAPLAB
Caros
colegas,
Sobre a
direção fiscal decretada pela ANS no dia 19.07.2019, repassamos abaixo a
publicação do diretor LUIZ SATORU ISHIYAMA. Destacamos que Direção Fiscal não é
intervenção e solicitamos que leiam o comunicado com especial atenção.
Cordialmente,
MOVIMENTO
SEMENTE DA UNIÃO - MSU
Curta nossa página:
SOBRE A DIREÇÃO
FISCAL?
BEM VINDA!
Prezadas &
Prezados,
Informei ontem,
22/07/2019, após a comunicação oficial da CASSI de que a ANS havia decretado a Direção
Fiscal, publicada no DOU de 19/07/2019, que o fato já estava dado, e que seria
apenas uma questão de tempo.
Após sete resultados
negativos, de 2012 a 2018, que consumiram mais de R$ 1,13 bilhões de nossas
reservas nesse período, e com a margem de solvência negativa de cerca de R$
760.milhões, posição em junho/2019, a decretação da Direção Fiscal tornou-se
inevitável.
Os resultados
positivos construídos em novembro e dezembro/2018, após diversas ações
implementadas ao longo do ano passado, e intensificadas a partir do segundo
semestre/2018 não foram suficientes para recompor os índices monitorados em
níveis satisfatórios na avaliação da ANS.
Apesar dos resultados
positivos do primeiro semestre/2019, que acumularam cerca de R$80.milhões até
junho/2019 e que melhoraram os indicadores financeiros, a reprovação da segunda
proposta na votação encerrada em 27/05/2019 determinou a decretação da Direção
Fiscal.
A margem de solvência
negativa em torno de R$760.milhões acumulada desde 2012 salta aos olhos de
qualquer entidade fiscalizadora, e o não ingresso de recursos adicionais pela
reprovação da proposta, que supririam esse saldo negativo, definiram a
decretação da ANS.
Como ficará a CASSI
após a instalação da Direção Fiscal a partir de 22/07/2019?
Continuará trabalhando
com a mesma dedicação e afinco para continuar produzindo os bons resultados
iniciados no segundo semestre/2018, para garantir a assistência à saúde dos
associados e seus dependentes.
Não há qualquer atraso
no pagamento das faturas da rede credenciada.
Com o superávit já
acumulado, e que se somará aos superávits que certamente iremos continuar
produzindo com o programa de ações aprovado pelo Conselho Diretor em
26/06/2019, é possível estimar que o pagamento das faturas e a prestação de serviços
será viável até o final deste ano.
A Direção Fiscal
equivale à recuperação judicial, antiga concordata, na qual a operadora sob
esse regime deverá apresentar à ANS um plano de recuperação para recompor suas
reservas, melhoria dos índices monitorados com o consequente equilíbrio
financeiro e técnico calculado atuarialmente.
Qual o caminho para se
alcançar esse equilíbrio financeiro e técnico?
Conforme
esclarecimentos da própria ANS, a Direção Fiscal irá fazer um levantamento “in
loco” da situação financeira e técnica da CASSI, solicitará todos os documentos
e informações necessários para o mister, num período de até 90 dias.
Concluído o
diagnóstico, teremos 30 dias para apresentar um programa de recuperação.
Esse programa de
recuperação será monitorado mensalmente pelas respectivas áreas da ANS, durante
365 dias, a contar da data da instalação da Direção Fiscal, podendo ser
prorrogado por mais 12 meses.
As diversas ações em
curso, iniciadas no final de 2017 e intensificadas a partir do segundo
semestre/2018, somadas às ações de curto e médio prazo aprovadas pelo Conselho
Diretor em 26/06/2019, serão a base desse programa a ser apresentado para a
ANS, dado que vêm produzindo resultados efetivos a partir do final do ano
passado.
Obviamente deverão ser
agregadas outras recomendações emanadas pela Direção Fiscal, após o seu
diagnóstico a ser entregue nos próximos 90 dias, e, assim, consolidaremos o
programa de recuperação.
Por que essa certeza
de que a CASSI já vem no rumo certo desde o ano passado?
No primeiro
semestre/2019 economizamos, deixamos de gastar, cerca de R$ 180.milhões em
relação ao mesmo período de 2018, que, somados ao superávit acumulado de cerca
de R$80.milhões, posição em junho/2019, representa um resultado positivo de
cerca de R$260.milhões neste primeiro semestre/2019, evolução que foi lembrada
pela própria Diretora Fiscal, no primeiro dia de reunião, ontem, na sua
apresentação à Diretoria da CASSI.
Contudo, é preciso
lembrar que no final deste ano se encerra a vigência do Memorando de
Entendimento firmado em nov/2016, que aporta cerca de R$50.milhões mensais
oriundos do 1% de contribuição adicional por parte dos associados, e do RTE por
parte do Banco.
Cerca de R$600.milhões
anuais a menos!
Aí, sim, infelizmente,
a partir de janeiro/2020 a CASSI poderá se tornar inviável, ou, na pior das
hipóteses, assim como qualquer empresa em recuperação judicial, haverá a
necessidade de promover medidas drásticas para ajustar as despesas
assistenciais às receitas limitadas a 7,5%, somatório dos 4,5% de contribuição
patronal, e dos 3% de contribuição dos associados.
Para que a CASSI possa
continuar a oferecer o mesmo padrão assistencial a partir de janeiro/2020,
haverá a necessidade do aporte adicional de recursos, estimados em torno de
14,5% sobre os rendimentos (salários do pessoal da ativa + benefícios dos
aposentados), conforme cálculos que subsidiaram a proposta reprovada em 27/05/2019.
Não há mágica!
A saída será a
aprovação de uma nova proposta de consenso entre as partes, CASSI, Corpo Social
e Banco, que viabilize esses recursos adicionais para recompor os indicadores e
proporcionar o desejável equilíbrio financeiro e técnico.
Tal proposta para que
tenha efeito a partir de janeiro/2020, deverá ser aprovada, no máximo, até o
final de novembro/2019.
Está em curso a
implantação de diversas melhorias nos processos em todas as Diretorias, tais como
a centralização de atividades das Unidades Estaduais e CliniCassi, com o
objetivo de otimizar recursos e informatizar tais processos; desenvolvimento de
diversos aplicativos e melhorias em TI; reorganização da rede própria e rede
credenciada; e, fundamentalmente, um novo modelo assistencial baseado na
APS-Atenção Primária à Saúde, pedra angular da ESF-Estratégia de Saúde da
Família, com foco na prevenção, e não na doença após a sua ocorrência.
Todas essas ações
também necessitam de recursos adicionais para incrementar e dar velocidade em
suas implantações, bem como promover o treinamento maciço de todos os
funcionários que estão promovendo a reorganização da rede própria e
credenciada, pois os recursos escassos que economizamos neste primeiro semestre
não serão suficientes para dar seguimento a esse conjunto de melhorias.
Não há terrorismo, nem
temor em relação à Direção Fiscal, cujo fato já estava dado, como foi dito
acima, pois apenas a adiamos com os bons resultados a partir do final de 2018.
Dado que não compete à
ANS promover qualquer ingerência, caberá à CASSI desenvolver o programa de
recuperação, após a entrega do diagnóstico da Direção Fiscal, rumo ao
equilíbrio financeiro e técnico, como já vimos implementando desde o ano
passado.
Todos os 2.700
funcionários da CASSI, desde a Sede, passando pelas 27 Unidades Estaduais e 66
CliniCassi estão plenamente conscientes da dedicação e do empenho que deverão
nortear as ações em busca da recuperação da nossa querida Senhora de 75 anos,
para que ela continue a prestar a assistência à saúde de seus associados e
dependentes por mais 75 anos. OU MAIS !
Forte abraço a todos!
LUIZ SATORU ISHIYAMA
REPASSE ESTA INFORMAÇÃO/NOTÍCIA
"Somos responsáveis não apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer!" - Molière
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Veja essa discussão na Web, em https://groups.google.com/d/msgid/acorda-bb-informativo-k/CAL-3Lzwh3--QFO78Hf%3DnaNtLzToWOTmuVM6YM7zFECJX9_Fzfg%40mail.gmail.com.
Deduzo então que basta renovarmos o memorando de entendimento: Contudo, é preciso lembrar que no final deste ano se encerra a vigência do Memorando de Entendimento firmado em nov/2016, que aporta cerca de R$50.milhões mensais oriundos do 1% de contribuição adicional por parte dos associados, e do RTE por parte do Banco.
ResponderExcluirPelo dito acima com essa entrada de 600 milhoes por ano , se a CASSI teve no primeiro semestre 2019 um superavit de 260 milhoes, basta mantermos esse memorando que em pouco tempo a CASSI se torna superavitaria novamente ou não ?
Caro Anônimo,
ExcluirExcelente pergunta.
Penso que mais adiante teremos de ter novos ajustes dependendo do reajuste salarial dos funcionários da ativa e do reajuste de benefícios dos aposentados. É preciso ser honesto e frisar que a diferença desses aumentos para a inflação dos custos médicos continua abissal.
O importante é que saímos do imobilismo e a CASSI voltará a ser operacional e está salva de ser alienada.
Vamos ver o que vem pela frente.
Grande abraço
Adaí Rosembak
Senhor blogueiro,
ResponderExcluirO que o senhor acha que virá agora com essa intervenção da ANS, ou como é qualificada agora de Direção Fiscal?
Caro Anônimo,
ExcluirSugiro que você leia com atenção a explanação do Diretor Satoru. Está tudo bem explicado ali.
Abraços
Adaí Rosembak