Este artigo está no “Blog do Adaí Rosembak”.
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Caros
Companheiros,
Fui admitido no
BB em uma época em que as mulheres ainda não trabalhavam na Casa, mão existia
internet e muito menos computadores pessoais.
Trabalhávamos
em máquinas de escrever, usando carbono para reproduzir várias cópias e
usávamos borracha para apagar erros em cada cópia.
No fim do
dia, os dedos doíam de tanto bater forte nas teclas das máquinas de
datilografia.
Distraído contei
isso para um rapaz de novíssima geração na minha agência e, ele, espantado, me
perguntou: “mas porque o senhor não usou a impressora?” Não pude conter o riso.
Imperavam os
cursos técnicos curtos e, para meu espanto, esses cursos especializados de
pouco tempo voltaram a ser recomendados na atualidade para admissão em diversos
segmentos industriais e administrativos. Se antes eram cursos de datilografia,
hoje são cursos de TI e outras especialidades;
Os cursos
superiores e suas pós-graduações, são exigidos para estágios mais elevados em segmentos
profissionais específicos.
Lembro-me de que
um dos principais problemas a serem resolvidos quando as mulheres foram
admitidas, eram as instalações sanitárias.
Nas agências menores,
não existiam banheiros para mulheres e, muito menos, os ultrapassados “bidés” (as
jovens nem sabem o que é isso) e os chuveirinhos.
Muitas vezes,
as mulheres chegavam a receber um tratamento desairoso por parte de muitos
colegas, mesmo que fosse por brincadeira. Tal como dizer que iam arrumar um tanque ou um
fogão para elas trabalharem.
Isso durou
pouco e logo elas se destacaram.
Hoje, em
qualquer grande grupo empresarial, encontramos mulheres brilhantes, cultas,
desenvoltas e bem-sucedidas liderando essas organizações.
Como exemplo,
no BB, a atual presidente é a companheira TARCIANA PAULA GOMES MEDEIROS.
Na PREVI,
atuam a ISA MUSA DE NORONHA e a CECÍLIA GARCEZ.
Na AAFBB,
associação da qual sou associado, a Presidente do CADMI é LORENI DE SENGER e a Presidente
do CODEL, é CÉLIA MARIA XAVIER LARICHIA.
Vou me
restringir a esses nomes para redigir um texto sucinto.
Hoje vou me
debruçar sobre a trajetória vitoriosa da Diretora de Planejamento da PREVI, a
querida PAULA GOTO, por quem nutro uma imensa admiração e um sentimento de
apreço que, sem exagero, diria quase paternal.
Aliás,
registro que PAULA GOTO ainda não cumpriu a promessa de me mostrar seu filhinho
MIGUEL JUN e o felizardo maridão que soube fazer uma escolha magistral.
Quando de sua
nomeação, criou-se uma polêmica muito acirrada em torno de uma questiúncula
burocrática que, na minha visão pessoal, considerei absolutamente descabida e
injusta.
Confesso que
fiquei revoltado com tudo aquilo e decidi entrar na briga. Coloquei dois
artigos neste blog sobre o assunto que foram bem acessados.
À época, PAULA
GOTO tinha uma formação superior brilhante, inclusive mestrado, havia ocupado
várias áreas administrativas importantes no BB, havia sido chefe de mesa de
operações de negócios internacionais e, o mais importante, já havia sido
nomeada para a posição de diretora pela própria PREVI.
Também tinha,
além de fluência em inglês, um bom domínio de japonês, pois era sansei (neta de
japoneses) e trabalhou durante dois anos no Japão.
PAULA GOTO
finalmente foi confirmada como Diretora de Planejamento da PREVI.
Desde então
teve uma atuação brilhante.
PAULA GOTO,
essa garota admirável (para mim é garotinha pois tenho 80 anos) acaba de galgar
outro degrau de sucesso em sua trajetória empresarial ao ser nomeada Presidente
do Conselho Administrativo da TUPY.
Parabéns,
renovados a PAULA GOTO e Parabéns PRINCIPALMENTE à TUPY
pela EXCELENTE escolha de PAULA GOTO para a Presidência do Conselho
Administrativo do bem-sucedido Conglomerado Empresarial TUPY.
Abraços em Todos.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB e ANABB
Segue adiante
o relato de PAULA GOTO sobre o artigo no Jornal VALOR ECONÔMICO sobre diversidade
de gênero, em que ela foi escolhida como destaque pelo LINKEDIN, o que a levou
a refletir sobre a trajetória de sua vida até a presente
data:
“Sou Sansei,
da terceira geração de japoneses no BRASIL.
Aos 17 anos
percorri o caminho inverso de meus avós e fiz uma viagem para o JAPÃO no
movimento que ficou conhecido como “dekassegui”.
Trabalhei lá como
operária em uma indústria do setor automobilístico por dois anos.
Voltei para o
BRASIL em 1997 e, desde então, uma vida inteira aconteceu.
Fiz o
concurso para o BANCO DO BRASIL, e entrei na faculdade e no mestrado, construí uma
carreira e, desde 2018, sou a Diretora de Planejamento da PREVI.
Em 2023 fui a
primeira mulher a assumir a Presidência do Conselho Administrativo da TUPY.
A TUPY é uma
companhia multinacional que desenvolve e produz componentes estruturais em
ferro fundido de alta complexidade, inclusive para a indústria automobilística.
Ao visitar
uma das plantas foi impossível não lembrar do tempo como operária e me perguntar:
“Quantas pessoas
conseguem seguir esse caminho, de operária à presidência? Quantas delas são
mulheres?”
Os números da
reportagem, em que conversei com a JULIANA SCHINCARIOL, comprovam o quanto
poucas mulheres conseguem chegar na alta liderança: menos de 1%.
Eu sou uma
delas.
Na matéria
estou orgulhosamente ao lado de mulheres que também percorreram um longo
caminho e lutam por mais diversidade, assim como eu.
TARCIANA
PAULA GOMES MEDEIROS, do BANCO DO BRASIL, LUIZA HELENA TRAJANO, da MAGAZINE
LUIZA, e PATRICIANA RODRIGUES QUEIRÓS RODRIGUES, da FARMÁCIAS PAGUE MENOS.
Quando se
chega em uma posição de liderança, existem duas formas básicas de agir.
Empurrar a
escada que você construiu e te levou até lá, para que ninguém te alcance.
Ou manter a
escada e ajudar quem quiser trilhar o mesmo caminho.
Eu escolhi a
segunda opção.
E, por isso,
é tão gratificante poder ser uma das mentoras do PROGRAMA EXECUTIVAS DO AMANHÃ
da EXEC, em parceria com o 30% CLUB BRASIL.
Um dos
conceitos fundamentais do feminismo é a sonoridade, empatia, confiança,
cooperação e acolhimento entre mulheres.
“SEJAMOS
MULHERES QUE LEVANTAM OUTRAS MULHERES!!”
Não será
fácil.
Citando
ANGELA DAVIS:
“VOCÊ TEM QUE AGIR COMO SE FOSSE POSSÍVEL
TRANSFORMAR RADICALMENTE O MUNDO. E VOCÊ TEM QUE FAZER ISSO O TEMPO TODO”.
Mas juntas,
somos mais fortes.
E vamos continuar!
PAULA GOTO
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