Alguns
colegas já me perguntaram porque abordar um problema como o da
exploração de xisto em um blog relacionado com os interesses de
aposentados e pensionistas da PREVI.
Reafirmo
que parcela significativa das aplicações da PREVI está em ações
da Petrobrás, portanto esse assunto nos atinge diretamente.
Já
coloquei neste blog três notas sobre essa matéria mais baseadas em
sites internacionais, basicamente sites americanos, pelo fato dos USA
serem os maiores exploradores de xisto (shale gas) no mundo.
Veículos
de informação nacionais, normalmente, utilizam-se em grande parte,
de notícias e pesquisas internacionais para a elaboração de suas
notas.
O
artigo “Gás de xisto, complexidade e incerteza: uma questão
delicada”,publicada na Revista BSP, de autoria de Fernando
Rodrigues Marques, Coordenador de Programas de MBA e Professor de
Contabilidade e Finanças da Business School de São Paulo, baseia
suas considerações fundamentalmente dentro da abrangência e
características brasileiras.
Analisando
esse trabalho podemos avaliar as reais possibilidades de exploração
do xisto dentro das perspectivas brasileiras e não das experiências
externas o que pode nos levar a .mais uma experiência frustrada
nessa área.
Com
a autorização do Professor Fernando Rodrigues Marques, transcrevo
esse trabalho de alto nível que, pela sua objetividade e
profundidade, espero que satisfaça o interesse de todos.
Adaí
Rosembak
Associado
da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB
Gás
de xisto, complexidade e incerteza: uma questão delicada
Março/2014
Fernando
Mário Rodrigues Marques*
RESUMO
Este
texto aborda os processos de extração do gás de xisto, ao lado de
suas consequências para o meio ambiente, em especial o problema
ético gerado pela relação entre a rentabilidade econômica e o
bem-estar das populações.
Palavras-chave:
gás de xisto, indústria petrolífera, rentabilidade econômica,
ética ambiental.
ABSTRACT
This paper discusses the process of extracting shale gas, alongside its consequences to the environment, in particular the ethical problem raised by the relationship between economic profitability and the well-being of populations.Keywords: shale gas, oil industry, economic profitability, environmental ethics.
This paper discusses the process of extracting shale gas, alongside its consequences to the environment, in particular the ethical problem raised by the relationship between economic profitability and the well-being of populations.Keywords: shale gas, oil industry, economic profitability, environmental ethics.
Introdução
A
busca por fontes não convencionais de gás tem levado as empresas do
setor a explorar densas formações de xisto, um tipo de rocha de
onde se pode tirar gás natural. Para isso, é necessário injetar no
solo uma mistura de água, ácido, chumbo e benzeno. Esses produtos
criam fissuras nas rochas, que permitem que o gás de xisto (do
inglês, shale
gas)
escape. A exploração do xisto vem sendo apontada como um
sucesso tecnológico e econômico nos Estados Unidos, movimentando
bilhões de dólares.
Esse
fato a princípio, pode soar como positivo para a economia, mas
também pode ser considerado prejudicial para a sustentabilidade
ambiental. E é assim porque a tecnologia de extração do gás de
xisto, denominada de fracking,
baseia-se em processos invasivos das camadas geológicas e causa
impactos ambientais que, embora ainda pouco conhecidos, podem ser
irreversíveis.
Gás
não convencional
A
diferença entre o gás convencional e o não convencional
tecnicamente está na forma como esses recursos são explorados O gás
não convencional é encontrado em folhelhos e sua extração, em
regra, exige a aplicação de uma tecnologia de fraturamento
hidráulico (do inglês fracking).
Quanto ao gás convencional, pode ser encontrado em reservatórios
com permeabilidade e porosidade tradicionais. A tecnologia
de fracking consiste
na perfuração de poços horizontais a partir de poços verticais
(de cada poço vertical derivam vários horizontais em diversas
direções), e no fracionamento das rochas sedimentares por meio de
explosões controladas, seguidas de injeção de uma mistura de água,
areia e produtos químicos. Muitas críticas têm sido feitas ao uso
do fracking –
desde o uso da água em imensas quantidades até a eventual
contaminação de lençóis freáticos.
Reservas
As
reservas de gás de xisto, tecnicamente recuperáveis, são estimadas
em 200 trilhões de metros cúbicos. A China ocupa a liderança com
36,1 trilhões, seguida pelos Estados Unidos, com 24,4 trilhões,
Argentina, com 21,9 trilhões e México, com 19,3 trilhões (EIA/ARI,
2013).
No
Brasil, a produção de gás não convencional praticamente inexiste.
A única exploração é feita pela Petrobras, no município de
São Mateus do Sul (PR), onde se produzem apenas 130 mil metros
cúbicos de gás por dia. Estima-se que o Brasil tenha 6,4
trilhões de metros cúbicos de reservas de gás de xisto, o que o
colocaria em 10º lugar no mundo (EIA/ARI, 2013). Admite-se
que, apesar das incertezas em relação às atuais tecnologias não
convencionais, à medida em que elas forem disseminadas e ao mesmo
tempo aperfeiçoadas e tornadas convencionais, revelem um aumento das
reservas mundiais.
Impacto
ambiental
O
gás de xisto inicialmente saudado, principalmente nos EUA, como uma
alternativa de energia limpa ao carvão para a geração de energia
elétrica, atualmente é criticado por muitos, devido a problemas
ambientais decorrentes da sua exploração. Esse impacto ambiental
estaria relacionado aos seguintes fatores:
(1)
Risco de contaminação dos lençóis freáticos: O xisto está
aprisionado em pequenas formações rochosas altamente impermeáveis.
Sua exploração consiste na fratura das rochas, com a injeção de
grande volume de água sob alta pressão, explosivos e substâncias
químicas que podem causar vazamentos e chegar aos lençóis
subterrâneos de água.
(2)
Uso intensivo de água no processo de fratura: As estimativas indicam
que são usados cerca de 20 milhões de litros de água por poço
perfurado, o que pode chegar a proporções gigantescas, caso se
considere a previsão da abertura de um milhão de poços no mundo.
(3)
Poluição do ar: Na exploração do xisto, as rochas são
bombardeadas com uma mistura de água, areia e produtos químicos. A
pressão causa fissuras no subsolo e faz com que o gás suba em
direção à superfície.
(4)
Abalos sísmicos: A explosão de rochas subterrâneas inclui o risco
de pequenos abalos sísmicos nas áreas exploradas.
(5)
Receio da possibilidade de o gás de xisto desbancar fontes
renováveis de energia, como a eólica e a solar: Admite-se que não
se pode reduzir emissões de CO2 sem reduzir o uso do carvão, e
o gás de xisto já está destronando o carvão nos EUA. Mesmo que
alguma fonte mais limpa se torne posteriormente viável, ainda
precisaremos do gás natural como energético para auxiliar na
transição para uma economia menos carbono intensiva.
A
“revolução” americana
Nos
EUA, o excesso de produção de gás natural tem levado empresas
petroquímicas e fabricantes de fertilizantes a construir novas
fábricas. Trata-se de uma grande mudança, após anos de
transferência de unidades de produção para o exterior. É a
chamada “revolução americana” do xisto. Esse movimento começou
no final dos anos 90, quando foi perfurado o primeiro poço moderno
há alguns quilômetros de Fort Worth, no Texas.
O
avanço da indústria de gás e petróleo de xisto nos EUA tem
produzido um impacto considerável sobre a economia americana,
tendência que deverá se aprofundar nos próximos anos e afetará
também a economia global. As previsões apontam um crescimento mais
forte no PIB, maior geração de empregos, mais receitas para os
cofres públicos e um impulso importante para industrialização dos
EUA, ao baratear o custo da energia. Estima-se que em 2020 o PIB
americano será de 2% a 3,3% maior do que seria, devido ao impacto
cumulativo da nova produção de gás e petróleo, em grande parte
devido à indústria do xisto (Citigroup Global Markets, 2013).
A
fatia do gás de xisto na produção total de gás natural dos EUA
pulou de 4% para 5% em meados da década passada, para 34% em 2012, e
em 2040 deve atingir 50% (EIA/ARI, 2013). Um fator crítico,
que tem favorecido a exploração do gás de xisto nos EUA, é a
propriedade privada das reservas de gás no subsolo. Nos EUA, o
subsolo pertence aos proprietários das terras e não à União.
Dessa forma, os exploradores do gás podem tratar a atividade de
exploração diretamente com os donos dos direitos de mineração,
dispostos a vendê-los por uma participação nos lucros. Os EUA têm
um ambiente regulatório mais ágil e uma regulação ambiental menos
restritiva, quando comparados com outros países. É um sistema que
garante o máximo de aproveitamento dos recursos naturais, mas tende
a comprometer a sustentabilidade ambiental.
A
combinação de direitos sobre o subsolo nas mãos de particulares, a
existência de empresas menores de gás para atuar na produção e
desenvolver tecnologia, a disponibilidade de dados geológicos e a
existência de uma vasta malha de gasodutos, já amortizada,
constituem um modelo empresarial peculiar aos EUA e, ao que parece,
inexistente em outro lugar do mundo.
As
empresas têm encontrado obstáculos ao tentar reproduzir a
experiência americana em outros continentes, o que pode resultar em
demora na produção do gás de xisto. Entre os motivos desse
ritmo lento está o fato de os governos fora dos EUA serem donos dos
direitos sobre o subsolo, da existência de preocupações ambientais
e da falta de infraestrutura de perfuração e transporte de
hidrocarbonetos. A tudo isso, acrescente-se a escassez de estradas
adequadas, prestadores de serviços e padrões de segurança
modernos. Ademais, o conhecimento da geologia local é bem menor na
maioria dos países fora dos EUA, país onde se perfuram poços há
mais de um século.
Perspectivas
brasileiras
O
aproveitamento do gás de xisto tornou-se uma das pautas dos governos
de diversos países, incluindo o Brasil, depois que os EUA
mostraram-se bem sucedidos na campanha exploratória desse insumo.
As
condições adequadas para a exploração, produção e distribuição
do gás de xisto, incluindo tecnologia, infraestrutura de transporte,
mercado consumidor e impactos ambientais, recomendam cautela aos
entusiastas dessa nova fonte de energia. Não basta a ideia de
desenvolver novas áreas e oferecê-las. Não se pode abraçar uma
causa pelo ângulo do modismo, olhar para os EUA e acreditar que
devemos fazer tudo o que eles fazem. Precisamos estar preparados em
termos de infraestrutura, redes de distribuição, tecnologia e,
acima de tudo, assegurar um mercado de gás de xisto.
Isso
explica, em parte, o fato de que no leilão da 12º Rodada de
licitações da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis, realizado em 28/11/2013, terem sido negociados
apenas blocos com perspectiva de exploração de gás natural
convencional. As áreas com mais probabilidade de exploração de gás
não convencional, que exigem a perfuração de poços com fratura de
rochas, não tiveram compradores.
No
Brasil é necessário investir em tecnologias, pesquisa e
desenvolvimento, dadas as peculiaridades das bacias sedimentares
domésticas e a carência de estudos de sismologia. Há também a
necessidade de conhecer a disponibilidade no mercado dos equipamentos
específicos para a exploração e produção de gás de xisto, para
não mencionar a falta de regulamentação ambiental nos Estados.
A
questão da complexidade
Como
se todas as dificuldades até agora apontadas e analisadas ainda não
fossem suficientes, é indispensável examinar a questão também
pela ótica da teoria da complexidade. O leitor dirá que acabamos de
fazer isso, mas engana-se. O que acabamos de fazer foi examinar os
aspectos tecnológicos e geopolíticos do problema o que, nos termos
da teoria da complexidade, implica conhecer seus aspectos
complicados.
Para
que esse ponto se torne transparente,
é preciso tornar clara a diferença entre complicação e
complexidade ou, em outros termos, sistemas complicados e sistemas
complexos. Sistemas complicados são os tecnológicos, os conjuntos
de máquinas construídas e operadas pelo homem. Sistemas complexos
são todos aqueles dos quais participam seres vivos. Uma empresa
fechada, vazia de pessoas, é um sistema complicado, pois nela só
existem máquinas. Uma empresa aberta e em pleno funcionamento é um
sistema complexo, pois inclui a presença humana e esta comporta o
fator fundamental da complexidade: a incerteza.
A
experiência tem mostrado que a melhor maneira de levar em conta a
complexidade em qualquer contexto é introduzir nele a natureza
humana. Com essa noção, revisemos agora os problemas já apontados
relacionados à exploração do gás de xisto: uso desmedido de água,
contaminação de lençóis freáticos, poluição atmosférica, dos
rios e outros mananciais de água, ameaça à velocidade do
desenvolvimento de outras fontes de energia, como a solar e a eólica
e assim por diante.
Nos
EUA, costuma-se assegurar que o fracking é
seguro, desde que observados os respectivos procedimentos e
tecnologias. É neste ponto que convém reanalisar tudo o que até
agora foi dito à luz do que se conhece sobre a natureza humana que,
como há muito tempo se sabe, é auto e heterodestrutiva: pulsões
inconscientes nos impelem à destruição de nossa espécie, de
outros seres vivos e do meio ambiente (Mariotti, 2013).
Assim,
levar em consideração a natureza humana, seja em que contexto for,
equivale a introduzir também a complexidade e a incerteza inerentes
a essa condição. Não importa o volume de recursos financeiros, o
cuidado e o apuro com que as tecnologias e suas especificações
sejam postas em prática – nada garante o sucesso. É óbvio que
com esse reparo não se pretende criar obstáculos e dificuldades: o
que se quer destacar é que, uma vez levado em conta o fator
complexidade tudo já não parece tão simples – mas, por outro
lado, mostra-se mais realista e portanto menos sujeito a leviandades,
equívocos, fraudes e outros excessos do gênero.
É
claro que levar em consideração a natureza humana em um dado
contexto está muito longe de ser uma tarefa simples. Hoje já se
conhecem algumas formas de fazer isso na prática, as quais incluem
graus variáveis de dificuldade. Estes por sua vez, dependem de
parâmetros como valores e crenças, ética, política e
responsabilidade socioambiental que, como se sabe, variam de país
para país. O que se expôs neste artigo foi apenas um exemplo de que
não bastam recursos financeiros e tecnologia para resolver
determinados problemas, como muitos de nós fomos (e continuamos a
ser) por tanto tempo levados a acreditar.
Conclusão
O
gás de xisto apresenta-se como uma fonte de energia não
convencional com potencial de aproveitamento em diversas partes do
mundo, tendo como referência a bem sucedida experiência
norte-americana. Embora representantes industriais vejam a exploração
desse energético como uma importante fonte de renda, além de um
mecanismo para desenvolver a economia, a forma como os EUA o exploram
encontra opositores em diversos países.
Os
“ambientalistas” se preocupam com os riscos locais,
principalmente para os mananciais de água, além do receio de
vazamentos de gás metano e de atividades sísmicas induzidas. Esses
temores não podem ser desprezados, pois não é suficiente a
indústria gaseífera proclamar que o fracking é
seguro desde que as operadoras hajam de forma responsável e os
órgãos reguladores cumpram suas obrigações. Essa segurança seria
bem maior se a complexidade da natureza humana passasse a fazer parte
rotineira dos procedimentos envolvidos em sua produção e consumo.
Referências
EIA
– Energy International Agency/ARI – Advanced Resources
International. World Shale Gas and Shale Oil Resource Assessment.
June, 2013. Disponível
em: http://www.adv-es.com/pdf/A_EIA_ARI_2013%20World%20Shale%20Gas%20and%20Shale%20Oil%20Resource%20Assessment.p.
Acesso: 01 fevereiro, 2014.
Citigroup
Global Markets. Julho, 2013. Disponível
em: http://outrapolitica.wordpress.com/2013/07/01/gas-de-xisto-estimula-economia-dos-eua-e-pode-derrubar-preco-do-petroleo/ Acesso
em 01 fevereiro, 2014.
MARIOTTI,
Humberto, 2013. Complexidade e sustentabilidade: o que se pode e o
que não se pode fazer. São Paulo: Atlas, 2013. Neste livro há
incontáveis exemplos e ampla bibliografia sobre o assunto.
**FERNANDO
RODRIGUES MARQUES.
é Pós Doutorando (FEA/USP), Coordenador de Programas de MBA e
Professor de Contabilidade e Finanças da Business School São Paulo.
Email: fernando.marques@bsp.edu.br
Muito analítico e objetivo esse estudo.
ResponderExcluirTodo mundo só fala em petróleo e gás de xisto.
O Sr. Fernando Rodrigues Marques mostra que nem sempre o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.
Só não sei como sairemos dessa enrascada.
A Petrobrás está arrasada pela corrupção, pela política econômica maluca de comprar por um preço e vender mais barato.
E para piorar isso tudo a exploração do tal do pré-sal vai ficar anti-econômica.
O senhor tem alguma sugestão?
Caro Anônimo,
ExcluirPela difícil situação que enfrentamos com a extração de petróleo do pré-sal e pelas características gerais adversas de exploração de xisto no Brasil ficamos sem opções, como diríamos , fáceis de obtenção de petróleo e gás no solo brasileiro.
A gasolina e o gás estão baixando de preço nos USA e aqui estão aumentando. E pelo visto continuarão a aumentar.
O povo brasileiro como um todo vai ter de pagar pela onerosa extração de gás e petróleo do pré-sal bem como pelo custo da corrupção.
É triste porque esse dinheiro poderia ser destinado para a educação , a saúde e para outras necessidades básicas dos quais o Brasil é tão carente.
Mas sou um otimista e vejo um movimento irreversível de mudança de mentalidade em tudo que está acontecendo.
As instituições estão agindo na apuração desses desvios de uma forma como nunca houve antes no Brasil.
Temos um parques industrial gigantesco instalado.
Vamos ter fé.
Um abração
Adaí Rosembak
Afinal de contas o que é que a gente tem de fazer?
ResponderExcluirExplorar o pré-sal, comprar petróleo dos arabes ou dos americanos ? Explorar o xisto?
Acabar com a Petrobrás e criar uma xistobrás?
Caro Anônimo,
ResponderExcluirDas suas colocações penso que a única a ser excluída seja a última, ou seja, criar uma xistobrás.
Até porque a Petrobrás já tem uma superintendência para exploração do xisto que é a SIX.
Quanto à exploração do xisto no Brasil, como foi exposto neste artigo, ainda precisaremos de fazer muitas adaptações de ordem técnicas e legais. Como exposto na nota, a exploração do xisto é exitosa nos USA devido a uma conjuntura totalmente favorável para tanto, o que ainda não é o caso no Brasil.
Infelizmente ainda estaremos dependentes do petróleo e do gás dos países árabes, dos USA e de várias outras partes do mundo.
E, para não sermos dependentes do petróleo e do gás do exterior, teremos de cobrir os gastos com a exploração do pré-sal.
É o preço que teremos de pagar por nossa independência energética.
Mas vejo algumas coisas positivas no horizonte. Primeiro a queda do barril do petróleo no exterior.
Isso vem a beneficiar o Brasil e a Petrobrás.
E também acho que depois desse processo do petrolão a Petrobrás passará por uma faxina de tal profundidade que sairá renovada desse processo.
Essa é a minha visão pessoal.
Não concordo com a colocação de muito de que vender a Petrobrás seria parte da solução do problema energético.
Cada um pensa de um jeito.
Um abração
Adaí Rosembak