quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

AAFBB em foco - I I

Ontem, ao elaborar o artigo “AAFBB em Foco”, tive de interromper o trabalho por uma razão urgente. Quando voltei à labuta, cometi a falha de publicar o material sem verificar que faltava a inclusão de comentários sobre as mensagens e a apresentação dos integrantes do CADMI, do CODEL e do CONFI.
O que fazer? Cancelar o artigo e redigir outro completo? Alterar o artigo fazendo a inclusão do comentário não publicado ?
Não daria pois já tinha mandado a matéria pela internet e já tinha publicado no blog.
O jeito foi redigir este novo artigo incluindo somente o comentário que não foi publicado na nota “AAFBB em Foco”.
Penso que foi a solução adequada.
Adaí Rosembak

Mensagens e a apresentação dos integrantes do CADMI, do CODEL e do CONFI

Conheço a  maioria dos integrantes  do CADMI, do CODEL e do CONFI.  No  BB, tive a  satisfação de trabalhar com o Mário de Oliveira Bastos,  na CACEX-Rio, na qual ele era um dos gerentes de área.  O “Grande Mário”, como sempre o chamei na brincadeira, sempre foi brincalhão , risonho e conciliador.  Mas que ninguém se iludisse pois ele era íntegro, eficiente  e era um “pé de boi”. Perfeccionista, exigia cumprimento das metas e trabalho perfeito. O fato de ser um advogado com rico saber jurídico   facilitava sua tarefa de analisar casos intrincados. Devo a ele minha indicação para um cargo comissionado na CACEX-Rio. Tenho saudades daquele período. Guardo fotos daquela época tão boa. Ainda não domino a tecnologia em informática para repassar essas fotos para o meu blog. Mais cedo ou mais tarde eu o farei.
O outro companheiro que passei a respeitar e a apreciar  cada vez mais à medida que fui me envolvendo com os assuntos diversificados na área da PREVI, da CASSI e dos aposentados e pensionistas foi o Gilberto Santiago.
O seu quase  monopólio de artigos na Coluna “Antenado”, no site da AAFBB, passaram a ser minha referência e consulta obrigatória para o esclarecimento de qualquer dúvida e  redação de qualquer arrazoado. Considero Gilberto Santiago meu guru-mor nessa área. Sempre estou relendo seus artigos que tem a marca inconfundível de seu estilo objetivo,  analítico, equilibrado e realista ao abordar assuntos em sua maioria tortuosos,  espinhosos e conflituosos.
O Nelson Leal me foi apresentado pelo Mário de Oliveira  Bastos. Trabalham juntos, trocam ideias e são amigos. Nelson Leal é outro pé de boi. Quando não está elaborando atas está sempre fazendo alguma coisa. Parece uma formiga.   Fora isso é uma figura espirituosa, divertida e culta. Gosto dele.
Uma outra pessoa que admiro é  a companheira Célia Laríchia. Eu a conheci recentemente. Chego a me perguntar porque a AAFBB não descortinou há mais tempo seu potencial e suas qualidades pessoais para ser presidente da AAFBB.
Célia Laríchia, em sua maneira polida, amigável, conciliadora, boa ouvinte, diplomática e política,  conquista qualquer um no primeiro contato.
É o que poderíamos efetivamente chamar de “amor à primeira vista”.
Mas que não se enganem com uma personalidade como essa.
Por trás de seu perfil com  voz  suave, sempre atenciosa  e com gestos envolventes, se esconde uma pessoa absolutamente determinada, íntegra, que está a par de tudo e que não perde o foco de suas metas.
Mas que se acautelem seus adversários. Abaixo da plumagem sedosa se escondem garras afiadas.  O revide virá de forma implacável, na hora certa e na dosagem certa.
Gosto desse tipo de personalidade, gosto dessa forma de agir e aprecio a forma como conduz a AAFBB.
O corpo de associados da  AAFBB pode se considerar   muito  feliz , seguro e orgulhoso de tê-la  como presidente.
Outra surpresa para mim foi a Loreni de Senger. Nas poucas conversas que tive com ela aprendi muito sobre a CASSI, a PREVI e a AAFBB. É uma pessoa objetiva, determinada e de ação rápida. Não deixa nada para depois. Quer tudo certo, no lugar certo e na hora certa.
Vou descrever um episódio pela primeira vez e que a própria Loreni não sabe.
Certo dia, fui ao CODEL para consultar o Gilberto Santiago sobre uma dúvida relativa a um assunto que queria abordar em um artigo.
Era horário de almoço.
Olhei pelo vidro e a única pessoa que enxerguei foi a Loreni de Senger.
Estava organizando arquivos da área. Era um mar de documentos e pastas espalhadas por todos os lados. Não tive coragem de a interromper.
Sem que ela percebesse fiquei por vários minutos a apreciar  sua intensa labuta.
Após presenciar aquela trabalheira sem que ela me visse,  fui ao 11º andar tomar um café e folhear um jornal. Depois  fui almoçar no 2º andar.
Após um demorado  almoço ( atualmente procuro comer cada vez mais devagar), quando já degustava  uma sobremesa e quando o restaurante estava prestes a fechar, Loreni de Senger  adentrou no refeitório.
Apesar de ser uma pessoa dinâmica e cheia de energia, sua fisionomia não escondia o cansaço resultante do esforço no qual estava envolvida.
Fui novamente no CODEL olhar como estava o recinto.
Estava tudo absolutamente organizado. O visual era outro. Loreni havia concluído sua tarefa. A partir daquele episódio passei a olhar para aquela guerreira com outros olhos.
Uma  pessoa   com quem tive pouco contato mas do qual tenho uma ótima impressão foi o companheiro José Odilon Gama, o vice-presidente de Seguridade e Benefícios. Tem um perfil  discreto, altivo e analítico. Sempre participa de encontros  importantes da AAFBB como, por exemplo, a Audiência Pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) realizada em Brasília DF em 02.07.2014 , onde participou ao lado de Célia Larichia. Ou no encontro com diretores da PREVI em 18.11.2014 onde, ao lado de Gilberto Santiago, foi discutir formas de obter um reajuste extra para os aposentados, pensionistas e colegas em atividade no Banco do Brasil. Pretendo  conhece-lo melhor.
Outros companheiros no CADMI com quem tive encontros superficiais mas que  desejaria ter um maior contato  são Ernesto Pamplona, Ari Sarmento e Carlos Fernando. E, no que tange ao CADMI, não poderia deixar de passar em branco   a atuação do grupo feminino que atua no gabinete de Célia Laríchia. São todas pessoas atenciosas, simpáticas e eficientes.
No CONFI já conversei  algumas vezes com a presidente Maria Tereza de Souza Silva, pessoa discreta e simpática e que é esposa de nosso querido companheiro Mario Fernando  Engelke. Aprecio  conversar com  Noé Fernandes Marques Neto, que tem um  amplo domínio dos assuntos de nossa área e que tem o mesmo gosto de viajar como eu.  A grande surpresa que tive no CONFI foi reencontrar  o colega Adolpho Gonçalves Nogueira, que conheci no BB há quase 50 anos atrás. Na época Adolpho já trabalhava na Direção Geral onde teve uma carreira brilhante. Eu, pelo contrário, era um esquerdista convicto e estava em luta contra a ditadura militar,  período em que  cheguei a estudar russo durante dois anos para estudar na ex-URSS. Ilusões da juventude.
Foi nessa época que conheci Adolpho Gonçalves Nogueira. Terei oportunidade de conversar mais calmamente com ele sobre aqueles tempos tumultuados e as mudanças que ocorreram em nossas vidas desde então.
Por fim, embora não tenham sido citados no Jornal da AAFBB nº 98, não poderia deixar de citar duas pessoas por quem tenho muito respeito ,  admiração e amizade ,   que são o Nelson Luiz, da VIPAR e o Júlio César Alt, do VIPAD.
Em relação à predileção do Nelson Luiz de empinar pipas , cheguei a escrever  o artigo “Lições sobre a arte de empinar pipas” e outro  com o pretensioso  título  “O sentido da luta e da vida”. Nesse último levantei a hipótese de que o motivo que teria levado Nelson Luiz a empinar pipas teria sido o sonho frustrado de não ter sido aviador.  Ele deu boas gargalhadas com essa minha citação.
Nunca me furto ao prazer de, quando vou à AAFBB, ir dar um abraço no meu amigo Nelson Luiz e aproveitar para apreciar o florido e alegre  time feminino que o cerca.
O Nelson Luiz tem razões de sobra para ser feliz. Nos seus momentos de lazer exerce o seu revigorante “hobby” de empinar pipas e, quando está no batente, se alegra  ao admirar o  maravilhoso grupo feminino à sua volta. Até há um tempo atrás ele era o único cravo no meio das rosas. Agora parece que surgiu o Ernesto Pamplona para acabar com esse monopólio.
Já o Júlio César Alt trabalhou comigo na CACEX. Trabalhávamos muito mas nos divertíamos à beça. Julinho era um namorador emérito, apreciador das boas coisas da vida, contador de “causos” e piadas.  Mas era muito  inteligente  e eficiente no trabalho. Um pé de boi.
Sempre alegre e alto astral. Era um dos  “fotógrafos”  de  outro colega da área, o artista Grou (uma figura !!) nas festas promovidas no setor. Haja tempo para contar estórias ...
Reencontrar o Júlio César Alt depois de tantos anos, como executivo na AAFBB e, agora casado e com filhos, foi um grande prazer.
Quando vou à AAFBB sempre procuro um tempo para me reencontrar com o Julinho.
Adiante seguem as mensagens do CADMI, CODEL e CONFI.

Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

CADMI – Mensagem de Célia Laríchia , Presidente do Conselho Administrativo
“Ao terminar o primeiro ano de mandato , queremos compartilhar com nossos associados a convicção de estarmos no caminho do fortalecimento de nossa AAFBB para enfrentar os desafios que se impõem ao trabalho institucional e à defesa dos valores que priorizam o bem comum e a solidariedade, características fundamentais do associativismo.
A oferta de melhores benefícios, a busca permanente de soluções que atendam aos anseios de todos e a modernização da gestão são alguns de nossos compromissos junto aos associados da ativa, aposentados e pensionistas do BB e suas famílias.
Para tanto, entendemos ser imprescindível a colaboração inestimável de nossos dirigentes e funcionários e o apoio de nossos associados. A todos, agradecemos a confiança e reafirmamos nosso propósito de gerir com independência, ética e apartidarismo a nossa AAFBB, perseverando na defesa intransigente dos direitos e interesses dos participantes da CASSI e da PREVI.
Desejamos que a prosperidade e o entendimento sejam companheiros de jornada de todos nós em 2015 !

CODEL – Mensagem de Gilberto Santiago , Presidente do Conselho Deliberativo
“Aproxima-se o início de um novo ano e o primeiro sentimento que nos contagia é o de mudança. Um desejo que se torna ainda mais forte em face dos acontecimentos negativos do ano que se encerra.
Além de perdermos o BET, vimos com tristeza e apreensão a situação preocupante de nossa CASSI, para cujo equilíbrio seremos certamente chamados a contribuir. No caso especial da PREVI , o ano está perdido e praticamente nulas as possibilidades de uma nova distribuição de excedentes.
Vamos torcer para que o mês de dezembro, época de otimismo e renascimento, venha incutir em nossas mentes a constatação de que, na adversidade, não há outra alternativa senão a união de todos , com seus diferentes talentos e conhecimentos, apartadas as disputas ideológicas e as divergências pessoais. Até porque, para uma mudança significativa, é essencial que ela se opere, primeiramente, dentro de nós mesmos. Como único caminho para que possamos ter, realmente, um feliz ano novo.

CONFI – Mensagem de Maria Tereza Silva, Presidente do Conselho Fiscal
“A sinergia se faz a partir da união e colaboração de todos, em prol de um mesmo objetivo.
Com a proximidade do Natal, sentimo-nos gratificados por termos feito parte dessa grande família da AAFBB, grupo coeso pnde os objetivos institucionais estiveram sempre presentes, determinando o foco do nosso trabalho.
Neste ano que termina, você foi um membro dessa equipe e graças aos esforços mútuos, todos atingimos metas e obtivemos muitas conquistas.
Desejamos que neste Natal os queridos associados, os funcionários, os nossos dirigentes e nossos especiais parceiros prestadores de serviços, recebam em Graças Divinas o coroamento da sua dedicação ao trabalho e amor à Associação.
Que em 2015, com a mesma coesão que sempre norteou nossos passos, fixemos justos objetivos, para alcançarmos sempre os melhores resultados na governança da instituição. Feliz Ano Novo a todos 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

AAFBB em Foco

Esta nota é dedicada à AAFBB.
Pela nomeação de Célia Laríchia como Presidente do CADMI – Conselho Administrativo, primeira mulher a assumir a Presidência da AAFBB.
Pela passagem dos 63 anos da associação, bem comemorados com um concorrido e animado baile na AABB em 31.10.2014, embalado pela Orquestra Tupy, sob a regência do Maestro Bruno Rodrigues.
E, por fim, pelo término do primeiro mandato da atual administração, com mensagens e a apresentação dos integrantes  do CADMI, do CODEl e do CONFI.
Muito embora também seja associado da ANABB, da AFABB-RS e da ANAPLAB, pelo fato de residir na Cidade do Rio de Janeiro,
meu ponto de encontro com ex-colegas, obtenção  de informações diversas, consultas jurídicas, leituras e pesquisas  na biblioteca, idas à sala dos aposentados no 11ºandar com café e revistas à disposição mais  confortáveis poltronas onde sempre tiro uma gostosa cochilada ,  almoços bem servidos e à baixo custo no 2º andar, algumas tacadas na sinuca e  uns tanto ou quanto desajeitados passos de dança nos bailinhos do 10º andar  são atividades que este “atribulado” associado exerce na AAFBB.
A propósito, me lembro de que quando ainda estava na ativa, ao conversar com um aposentado, ele me disse que se eu tivesse coisas para resolver eu resolvesse enquanto estava na ativa porque, quando estivesse aposentado, eu não ia ter tempo para nada. E  o homem tinha razão !!
Um dos pontos altos de minhas idas à AAFBB  são a  clarividência, o incentivo  e a inspiração para as notas em meu blog que extraio das  limitadas mas preciosas  conversas que mantenho  com Célia Larichia, Loreni de Senger ,  Gilberto Santiago, Mário de Oliveira Bastos e Nelson Leal, entre outros.
Por tudo  isso, sinto-me muito satisfeito em ressaltar neste   blog os eventos acima que já foram noticiados no Jornal da AABB nº 98, relativos aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2014.
São notícias alegres, felizes e alvissareiras que merecem ser relembradas.
Gabriel Garcia Márquez, em uma de suas citações mais tocantes disse: “Recordar é fácil para quem tem memória, esquecer é difícil para quem tem coração.”
Como temos coração, vamos relembrar o que a vida nos oferece de bom.
Adaí  Rosembak
Associado da ANABB, AAFBB, AFABB-RS e ANAPLAB

Aniversário de 63 anos da AAFBB e a eleição de Célia Larichia

A AAFBB está duplamente parabenizada pela passagem de seus 63 anos e por  Célia Larichia ter sido a primeira mulher eleita como presidente do Conselho Administrativo e como Presidente da AAFBB.
A data foi comemorada com um baile de confraternização no Salão Nobre da Associação Atlética do Banco do Brasil , animada com a Orquestra Tupy, regida pelo maestro Bruno Rodrigues. Compareceram dirigentes do Banco do Brasil, CASSI, AABBs, Cooperforte, Sindicato dos Bancários, associações e entidades ligadas ao funcionalismo do BB.
Célia Laríchia iniciou a cerimônia falando do simbolismo dos 63 anos da AAFBB.
Transcrevemos suas palavras:
“São poucas as entidades e instituições no Brasil e, talvez, no mundo , que conseguem chegar a essa idade com tanto vigor e disposição. Hoje, a AAFBB é reconhecida nacionalmente como uma das entidades que mais se empenham na defesa dos nossos participantes e assistidos. Isso é um orgulho para todos nós. Nada seria possível sem o apoio e sem a confiança que os nossos associados depositam em nossa Associação. Todos sabem a forma ética, independente e totalmente apartidária com que a AAFBB atua. Isso nos faz mais fortes e faz com que possamos seguir em frente nessa luta”.

Representantes de outras entidades também apresentaram felicitações e destacaram a importância da AAFBB. Entre esses, destacaram-se Rene Nunes, presidente da FENABB , Lygia Bastos, Gerente da Cooperforte no Rio de Janeiro, Mario Fernando Engelke, presidente do Conselho Deliberativo da AABB-Rio e Ricardo Soares, Superintendente do Banco do Brasil na Baixada Fluminense.

Parabéns à AAFBB pelas gestões junto à PREVI por um reajuste extra

Registramos aqui a satisfação dos aposentados , pensionistas e colegas na ativa no BB pela iniciativa da AAFBB de procurar a PREVI para propor um reajuste  extra de 10% , além do INPC , aos benefícios e salários concedidos a partir de  janeiro de 2015, conforme noticiado pela edição nº 98 do Jornal AAFBB.
Com esse objetivo, em 18 de novembro  de 2014, representando a AAFBB, os companheiros Gilberto Santiago, presidente do Conselho Deliberativo e José Odilon, vice-presidente de Assistência aos Associados e de Representações, se reuniram com os diretores da PREVI Cecília Garcez, de Administração, Marcel Juviniano Barros, de Seguridade e Décio Bottechia, de Planejamento.
Os motivos preponderantes para essa proposição foram o fim do BET , a volta das contribuições,  e o retorno da inflação que promete permanecer em 2015. Esses fatores causam intranquilidade aos associados.
Apesar do assunto ter sido bem encaminhado com   objetividade, calma e diplomacia, características pessoais dos representantes da AAFBB, os diretores da PREVI alegaram  que o pleito não poderia ser atendido por não haver reserva especial .  Isso só ocorreria  após a reserva de contingência captar mais R$ 8 bilhões para atingir R$ 30 bilhôes que constituem  25% da reserva   matemática (artigo 20, da LC 109, de 29.05.2001).  O que excedesse a isso seria a reserva especial (§ 1º do artigo 20 da LC 109).
Gilberto Santiago contra argumentou expondo a difícil situação  por que passam muitos aposentados e pensionistas com rendimentos sem reajuste pelos índices reais de inflação.
Falou  da possibilidade de mais um reajuste conforme prevê o artigo 63 do Regulamento de Benefícios do PB1.
Aventou a hipótese de se fazer, em vida, um adiantamento de 10% do pecúlio especial.
Prevemos  que venham  ocorrer novas reuniões com a diretoria da PREVI que ficou de examinar o assunto.
Ao tempo que parabenizamos os dirigentes da AAFBB Gilberto Santiago e José Odilon pela iniciativa, fazemos votos para que tenham sucesso nos próximos contatos com a PREVI em relação a  essa  iniciativa que atenderia aos anseios dos associados.

domingo, 25 de janeiro de 2015

BB e eleitos falam sobre a CASSI

Transcrevemos adiante a esclarecedora nota  “BB  E  ELEITOS  FALAM  SOBRE  A  CASSI” ,     elaborada pela  Presidente   da FAABB, Isa Musa de Noronha. Ao final da nota, este blogueiro  faz comentários sobre a posição de  associados da CASSI sobre  aspectos relevantes da  brilhante e abrangente  exposição de Isa Musa de Noronha sobre o encontro promovido pela ANABB sobre a  situação financeira da CASSI.
No dia 16 de janeiro a ANABB publicou matéria em seu site na internet a respeito da urgência do debate sobre a CASSI. No referido   texto, a Associação registrou que circulavam informações desencontradas sobre o que estava acontecendo na Caixa de Assistência. Falava-se no iminente aumento das contribuições dos associados de 3%para 4,5%, além de cortes nos direitos dos participantes, prejudicando o atendimento à
saúde dos trabalhadores.
Na mesma matéria a ANABB divulgou que estaria organizando um evento em sua sede em 22 de janeiro, convidando todos os dirigentes eleitos da CASSI para que fossem compartilhadas informações fidedignas. Também foram convidados para esse
evento representantes das entidades nacionais de representação do funcionalismo, de forma a possibilitar que, de posse dessas informações, pudessem balizar os próximos passos na luta pelos direitos dos associados e pela sobrevivência da própria Caixa de
Assistência.
Assim, nesta quinta-feira estiveram reunidos na ANABB, dentre os eleitos da CASSI, o diretor William Mendes, a conselheira deliberativa Loreni Senger e os conselheiros fiscais João Maia e Carmelina Santos; também participaram do encontro Isa Musa
(presidente da FAABB – Federação das Associações de Aposentados do Banco do Brasil), Célia Larichia (presidente da AAFBB – Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil), Sandra Miranda (presidente da APABB - Associação
de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, do Banco do Brasil e da Comunidade), Eduardo Araújo (representante da CONTRAF) e Gilberto Vieira (diretor da CONTEC).
Pela ANABB participaram o presidente da Diretoria Executiva, Sergio Riede, os vice presidentes Fernando Amaral, Reinaldo Fujimoto e Tereza Godoy, o presidente do Conselho Deliberativo, João Botelho, e os integrantes do GAT – Grupo de
Assessoramento Temático de Saúde e Qualidade de Vida, João Maia, Cláudio Lahorgue, Denise Vianna, Graça Machado, Romildo Gouveia, Aníbal Borges e Fábio Gian.
Ao abrir a reunião, o presidente da ANABB comunicou aos presentes que no dia anterior havia conseguido uma audiência com o Diretor do BB Carlos Neri, responsável pelas relações do Banco com a governança da CASSI, para a qual compareceram ele e as dirigentes da FAABB e AAFBB, Isa Musa e Célia Larichia, respectivamente.
Sergio Riede fez um relato sobre as informações e as percepções do diretor do BB a respeito da situação atual e futura da CASSI.
1ª PARTE - O que diz o BB
As principais declarações feitas pelo diretor Carlos Neri sobre o atual momento da CASSI e os fatos em debate foram as seguintes:
1. O BB pode sair da CASSI no momento que quiser, porque
a legislação assim o permite. Segundo Neri, esta afirmação não é uma ameaça à CASSI, ao contrário, é mais uma prova de que o BB valoriza e quer a perenidade da Caixa de Assistência. Tudo que existe na CASSI (incluindo os programas de saúde e as
CliniCASSI) foi aprovado com o voto favorável dos indicados pelo Banco. Pesquisas feitas pelo BB demonstram que a CASSI é uma das principais fontes de atratividade e retenção de funcionários; por isso, seria absurda a hipótese de o BB querer sair da CASSI;
2. O Banco valoriza a Estratégia Saúde da Família e não deseja o fim de nenhum programa da CASSI. O que o BB quer é qualidade, bom gerenciamento, avaliação e indicadores de
resultado das ações da Caixa;
3. Hoje, a CASSI tem R$ 1,6 bilhão em reservas, sendo R$ 800 milhões no Plano de Associados e R$ 800 milhões do Plano CASSI Família, não sendo possível o compartilhamento dessas reservas entre os dois planos. Da reserva do Plano de Associados, apenas R$ 400 milhões são reservas livres para utilização onde a direção da CASSI determinar. Os outros R$ 400 milhões são de
reservas obrigatórias controladas pela ANS, como a PEONA – Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados;
4. Quando esgotadas as reservas livres, caso a CASSI utilize parte da reserva obrigatória para cobrir déficit operacional, a ANS poderá concluir que a CASSI estaria entrando na condição de insolvência, podendo gerar inclusive a intervenção da ANS na Caixa de Assistência;
5. A CASSI vem apresentando déficits operacionais há três exercícios. As reservas livres da CASSI, mantidas as atuais previsões de despesas, devem acabar entre abril e junho de
2015;
6. A proposta orçamentária para 2015, reunidas as previsões de despesas de todas as áreas da CASSI, projetava um novo déficit anual de quase R$ 200 milhões. Para não permitir a caracterização de insolvência da CASSI, o Banco do Brasil recomendou aos conselheiros indicados que estes exigissem uma proposta orçamentária equilibrada;
7. A proposta de orçamento retornou à Diretoria Executiva da CASSI e os diretores indicados pelo BB na Diretoria Executiva elencaram um conjunto de medidas (cada uma com seus respectivos custos) que, com diversas combinações, poderiam reduzir as despesas previstas no orçamento, até eliminar a previsão de déficit para 2015;
8. Os diretores eleitos não concordaram com nenhuma das medidas sugeridas de cortes nas despesas e registram voto propondo que o Banco fizesse aportes extraordinários para a CASSI de R$ 300 milhões em 2015 e mais R$ 300 milhões em
2016;
9. O BB está sujeito à Resolução CVM 695, que obriga o registro em balanço do compromisso com as contribuições pós-laborais, ou seja, para os aposentados. Estas contribuições estão previstas
em R$ 6 bilhões no balanço do BB. E cada 1% de aumento hipotético de contribuição do BB representaria um impacto de R$ 1,3 bilhões no balanço do Banco, em função da Resolução CVM 695.
Por isto, o BB descarta qualquer aumento de contribuição ou aportes eventuais à CASSI, ainda mais porque o Banco já contribui com R$ 800 milhões anualmente para a Caixa de Assistência;
10. A proposta dos diretores indicados e o voto contrário dos eleitos subiram para apreciação do Conselho Deliberativo da CASSI, onde o impasse permaneceu e o orçamento para 2015 não foi aprovado. Neste cenário, o Conselho Deliberativo
decidiu que só seriam mantidos gastos já contratados e os previstos no regulamento ou na legislação. Assim, todos os demais gastos da CASSI em 2015 só poderão ser efetuados
se aprovados pelo Conselho Deliberativo;
11. Por conta dessa decisão, como o contrato com a empresa responsável por executar o Programa de Atenção aos Crônicos venceu em 31.12.2014, os indicados pelo BB na Diretoria e no Conselho Deliberativo da CASSI não autorizaram a sua
renovação, por entender ser coerente com a decisão de contingenciamento do orçamento.
Ainda, segundo o Sr. Carlos Neri, o Banco tem propostas
estruturantes para a CASSI, que visam resolver a questão do
desequilíbrio entre receitas e despesas. Entretanto, não as
pode revelar porque as mesmas ainda estão sendo discutidas
internamente. Assim que autorizadas serão apresentadas a
toda a governança da CASSI e a todos os associados para
apreciação.
2ª PARTE - O que diz o diretor eleito William Mendes
O diretor eleito da CASSI, William Mendes, confirmou a situação de contingenciamento do orçamento para 2015. Entretanto esclareceu o seguinte:
1. É verdade que a reserva geral da CASSI é de R$ 1,6
bilhão. Também é verdade que são R$ 800 milhões para cada
plano, e que essas se dividem entre reservas livres e reservas obrigatórias. O Plano CASSI Família está equilibrado porque é possível corrigir as contribuições anualmente pela inflação da saúde.
2. A CASSI vem convivendo com déficits no Plano de
Associados durante toda a última década (2005 a 2014). Por
conta desses déficits é que houve a alteração estatutária de
2007 em troca de aportes extraordinários e da assunção pelo
Banco do cumprimento do estatuto também para os funcionários pós-97. Depois disso, vários outros aportes fizeram com que os déficits não fossem percebidos, tais como a contribuição sobre o 13º salário, a contribuição de dependentes indiretos e o BET. Ao longo dos últimos dez anos, aproximadamente, R$ 1 bilhão de déficit foi coberto por receitas extraordinárias;
3. Na realidade, o grande gerador de déficits é o modelo chamado “fragmentado”, que permite um acesso aos serviços de saúde de forma desorganizada, e por isso o sistema não se sustenta. A CASSI cuida de 750 mil vidas (Plano Associados e CASSI Família), e o modelo só tem cadastradas 100 mil pessoas. Por isso, a proposta que foi apresentada na CASSI pelos dirigentes eleitos aos dirigentes indicados pelo BB é pelo aprofundamento da implantação do modelo de atenção integral à saúde com acesso prioritário pela “porta de entrada”. O BB aprovou a implantação do modelo desde 2001, mas, até hoje o sistema não foi ampliado para todos os usuários da CASSI. A proposta dos dirigentes eleitos é que o BB faça aportes extraordinários para a CASSI até que se complete a implantação do modelo em todo o país;
4. A proposta dos diretores eleitos para a manutenção do
equilíbrio financeiro da CASSI não se limita aos aportes
financeiros extraordinários por parte do BB. Entretanto, o
compromisso com a reserva do teor das notas classificadas
como “confidenciais” não permite a divulgação do conjunto
de medidas propostas;
5. A proposta de elevação da contribuição dos associados de 3% para 4,5%, como medida estruturante, foi apresentada na Diretoria Executiva da CASSI pelos dirigentes indicados pelo BB, ainda na gestão do ex-presidente David Salviano. Tendo em vista o impasse na Diretoria, a proposta foi encaminhada para apreciação pelo Conselho Deliberativo.
No Conselho, os indicados pelo BB decidiram propor
primeiramente a discussão e aprovação de medidas temporárias, deixando as medidas estruturantes para serem debatidas posteriormente. Entretanto, a redação proposta para cada sugestão de medida temporária afirmava que a medida teria validade até que fosse aprovada a proposta de aumento da contribuição dos associados de 3% para 4,5%, o que, do ponto de vista dos eleitos impediu suas apreciações.
Não se pode aceitar que o ônus do ajuste recaia apenas sobre os associados, quando a CASSI é administrada de forma compartilhada;
6. Com relação ao contingenciamento provocado pela não aprovação do orçamento, vale registrar que as propostas de aplicação temporária para equilíbrio do plano, sugeridas pelo Banco, suspendendo recursos para alguns programas, garantiria um equilíbrio imaginário. Isto porque a suspensão de programas como o PAC - Programa de Atenção aos Crônicos pode levar a que as pessoas atendidas pelo programa venham a ser internadas com custos para a CASSI muito superiores aos do programa;
7. Ainda com relação ao PAC, o Banco não foi leal ao orientar seus indicados a não renovar o contrato a partir de 1º de janeiro de 2015, sob a alegação do contingenciamento orçamentário. Em 2014 o programa havia sido prorrogado para até abril de 2015, por decisão do Conselho Deliberativo.
Para pressionar os eleitos, os indicados rejeitaram a proposta de renovar o contrato dos prestadores desse serviço a partir de 1º de janeiro de 2015, não honrando uma decisão do Deliberativo;
8. Os dirigentes eleitos não podem aceitar a implantação
de propostas emergenciais sem que sejam examinadas as
suas naturezas. Toda medida emergencial para garantir o
equilíbrio da CASSI é passível de ser discutida, desde que
tenha como referência a proposta estruturante que garanta o
equilíbrio mais perene da CASSI, sem prejuízo da saúde dos
funcionários do BB; antagônicas para o equacionamento estrutural do Plano de Associados. Uma que se propõe a resolver o problema apenas onerando os associados, e outra que busca
aprofundar o modelo de atenção integral à saúde com
promoção e prevenção de saúde.
A posição das entidades presentes
Os representantes das entidades presentes ao encontro na ANABB, coerentemente com o disposto no convite recebido, decidiram socializar todas as informações obtidas com todas as entidades representativas dos funcionários do BB, e promover, conjuntamente, uma nova reunião para a primeira quinzena de fevereiro, convidando todas as entidades representativas de funcionários do BB para debate de propostas a serem definidas e
apresentadas ao BB e à governança da CASSI.
Todos os presentes comprometeram-se a divulgar para seus associados ou representados todas as informações, sem prejuízo de seus respectivos comentários e opiniões.
Posicionamento da ANABB
A ANABB entende que neste primeiro momento era imprescindível colher informações diretas das fontes que tem poder decisório na vida da CASSI. Antes de mais nada, o
conjunto de associados precisa saber exatamente o que pensam os dirigentes da Caixa de Assistência e do BB. Com estas informações, é possível agora avançar no debate sobre as propostas para superar, em primeiro lugar, o momento de orçamento contingenciado e, posteriormente, discutir e decidir, com rapidez e segurança, sobre o futuro da Caixa de Assistência e de seus associados.
Muitas ideias diferentes surgirão. Algumas talvez sejam antagônicas. Por isso vai ser necessária muita disposição para o diálogo e muita disposição para a luta para conquistarmos um futuro sustentável para a CASSI.
Só conseguiremos êxito se, mesmo diante de divergências, tivermos a maturidade de tratarmos as pessoas e as entidades com respeito. Não podemos tratar os nossos potenciais aliados como inimigos. Precisamos focar naquilo que nos une para construir, coletivamente, o futuro que desejamos.
Posicionamento da FAABB
A afirmativa do Diretor Neri de que “o BB pode sair da CASSI no momento que quiser, porque a legislação assim o permite”, é equivocada e falaciosa. Não seria tão fácil assim como parece querer fazer crer o Diretor Neri. O Banco do Brasil poderia até não ser mais responsável, como empregador, pela prestação de assistência médico-hospitalar em relação aos seus empregados atuais, em atividade e admitidos após a modificação estatutária de 1996, mas não poderia se eximir dessa responsabilidade em relação aos aposentados e pensionistas e admitidos
anteriormente (Súmula 51, I, do TST). Já, burlando a Lei e ferindo o direito adquirido e o ato jurídico perfeito, na última reforma forçou a introdução de modificações que atingiram a todos. Em suma: aqueles funcionários que quando admitidos contavam com a garantia da prestação de assistência médico-hospitalar decorrente do pacto laboral, hoje, além de estarem sujeitos a uma empresa de saúde que demonstra má gestão e fragilidade econômica, ainda se veem obrigados à coparticipação de despesas que antes não eram a eles repassadas. Trata-se de notória alteração de condições contratuais em prejuízo do trabalhador, que traduz evidente violação às
garantias preconizadas pelo art. 468 da CLT. Ao firmar o contrato de trabalho que previa como acessório a assistência médica pela CASSI, regido por dispositivos legais e estatutários vigentes à época, o contido naquela regra ingressou no domínio e na realidade jurídica daqueles que fizeram parte do negócio – empregados do Banco do Brasil e, consequentemente, associados da CASSI. Essa assistência prestada pelo BB em decorrência do contrato de trabalho continua inalterada para os aposentados e
pensionistas e seus dependentes admitidos até o Estatuto de 1996. A adesão ao plano de assistência ocorreu com validade, completando todo seu ciclo de formação. O ato se consumou sob o amparo jurídico anterior à modificação concebida pela reforma estatutária de 1996. Deste modo – repita-se! –, houve a convalidação perante o mundo jurídico na qualidade de ato jurídico perfeito. Neste sentido, não há que se falar em mudança posterior incidente sobre o ocorrido com perfeição no passado.
Deve-se, sobretudo, garantir a estabilidade jurídica e a confiança ao contratar, gerando à coletividade a certeza de que, no futuro, o que se firmou no passado estará garantido. Trata-se de garantir um mínimo de segurança jurídica na qual se assenta
qualquer Estado de Direito democrático.
Entendemos que devemos pautar para que a direção do Banco do Brasil, antes de qualquer decisão, reflita sobre as excepcionais vantagens por ele obtidas desde a Reforma Estatutária de 1996, pois essas vantagens mais do que justificam uma moderação de sua parte. Alertamos que a sua tentativa de continuar onerando apenas os associados, sem honrar suas obrigações, pode conduzir a Cassi a um impasse.
O Banco, além de assumir os encargos relativos aos Diretores por ele indicados, também deve colaborar para que a remuneração dos eleitos e nomeados retorne aos patamares anteriores à reforma estatutária de 1996. Não se justifica a manutenção da remuneração atual em uma empresa deficitária, cujos associados vêm sofrendo contínua redução salarial e dos benefícios de aposentadoria e pensão. Afinal, em qualquer empresa deficitária a primeira providência consiste em reduzir o privilégio dos diretores.
Afigura-se lícito que o banco deixe de cobrar aluguel das instalações que cede à Cassi no país e também deixe de cobrar comissão pelos serviços bancários prestados à Cassi, pois tais concessões não lhe acarretarão nenhum ônus.
A FAABB está conclamando suas filiadas e as demais Entidades do funcionalismo para que participem da discussão que a ANABB e entidades já marcaram para a primeira quinzena de fevereiro para que possamos enfrentar o déficit crescente da CASSI discutindo as possibilidades, mas sem abrir mão da responsabilidade do Banco do Brasil, sobre nossa saúde. Há muito que se discutir e envolver todos os interessados, ou seja, todo funcionalismo do BB ativo, aposentados e pensionistas.
O importante é que todos compreendam muito bem o que está em jogo e basta de jogar nos nossos ombros o ônus pelas falhas de sucessivas gestões e a notória insensibilidade do Banco.
Isa Musa de Noronha
Presidente da FAABB – Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil.

       Visão dos Associados – Comentários
       1ª Parte – O que diz o BB
       Face à colocação do Diretor do BB, Sr. Carlos Neri,  a respeito da situação atual e futura da CASSI,  em que ele diz que o BB pode sair da CASSI no momento que quiser, porque a legislação assim o permite, damos apoio integral à exposição  da FAABB sobre o assunto, que transcrevemos em sua íntegra: 
A afirmativa do Diretor Neri de que o “BB pode sair da CASSI no momento que quiser, porque a legislação assim o permite”, é equivocada e falaciosa. Não seria tão fácil assim como parece querer fazer crer o Diretor Neri.  O Banco do Brasil poderia até não ser mais responsável, como empregador, pela prestação de assistência médico-hospitalar em relação aos empregados atuais, em atividade e admitidos após a modificação estatutária de 1996, mas não poderia se eximir dessa responsabilidade em relação aos aposentados e pensionistas e admitidos anteriormente (Súmula 51, I, do TST). Já, burlando a Lei e ferindo o direito adquirido e o ato jurídico perfeito, na última reforma forçou a introdução de modificações que atingiram a todos. Em suma: aqueles funcionários que quando admitidos contavam com a garantia da prestação médico-hospitalar decorrente do pacto laboral, hoje, além de estarem sujeitos a uma empresa de saúde que demonstra má gestão e fragilidade econômica, ainda se veem obrigados à coparticipação de despesas que antes não eram a eles repassadas. Trata-se de notória alteração de condições contratuais em prejuízo do trabalhador, que traduz evidente violação às garantias preconizadas pelo art. 468 da CLT. Ao firmar o contrato de trabalho que previa como acessório a assistência médica pela CASSI, regido por dispositivos legais e estatutários vigentes à época, o contido naquela regra ingressou no domínio e na realidade jurídica daqueles que fizeram parte do negócio – empregados do Banco do Brasil e, consequentemente, associados da CASSI. Essa assistência prestada pelo BB em decorrência do contrato de trabalho continua inalterada para os aposentados e pensionistas e seus dependentes admitidos até o Estatuto de 1996. A adesão ao plano de assistência ocorreu com  validade, completando todo seu ciclo de formação. O ato se consumou sob o amparo jurídico anterior à modificação concebida pela reforma estatutária de 1996. Deste modo – repita-se! - , houve a convalidação perante o mundo jurídico na qualidade de ato jurídico perfeito. Neste sentido, não há que se falar em mudança posterior incidente sobre o ocorrido com perfeição no passado. Deve-se, sobretudo, garantir a estabilidade jurídica e a confiança ao contratar, gerando à coletividade a certeza de que, no futuro, o que se firmou no passado estará garantido. Trata-se de garantir um mínimo de segurança jurídica na qual se assenta qualquer Estado de Direito democrático.”
Essa posição da FAABB, representada pela sua Presidente Isa Musa de Noronha, em relação à visão do BB  de não  comprometimento em relação à CASSI, é perfeita, completa e não deixa espaço para qualquer dúvida ou questionamento que venham a pairar em relação à matéria. Em relação à citação de “empresa de saúde que demonstra má gestão” , consideramos que a  observação compromete a atuação da atual diretoria da CASSI e mereceria um melhor detalhamento.
A explanação sobre às reservas financeiras da CASSI  esclareceu muitas dúvidas de associados sobre o assunto,  muito embora a abordagem  do tema, principalmente no que tange ao Plano Associados,    tenha deixado os associados sem um esclarecimento mais aprofundado. Segue um resumo sobre o detalhamento das reservas financeiras da PREVI. 
O Plano CASSI Família tem R$ 800 milhões e o Plano Associados tem R$ 800 milhões e essas reservas não podem ser compartilhadas.
O Plano CASSI Família encontra-se equilibrado.
O Plano Associados encontra-se em crise. E aí é onde reside o imbróglio. 
Da reserva do Plano de Associados, apenas R$ 400 milhões são reservas livres para utilização onde a direção da CASSI determinar. Os outros R$ 400 milhões são de reservas obrigatórias controladas pela ANS. Quando esgotadas as reservas livres, caso a CASSI utilize parte da reserva obrigatória para cobrir déficit operacional, a ANS poderá concluir que a CASSI estaria entrando na condição de insolvência, podendo gerar inclusive a intervenção da ANS na CASSI.
A  CASSI vem apresentando déficits operacionais há três exercícios que vem sendo cobertas pelas reservas livres. Essas reservas livres da CASSI, mantidas as atuais previsões de despesas, devem acabar entre abril e junho de 2015. Essa posição já havia sido  citada pela Diretora Mirian  Fochi , no Encontro de 08.08.2014, em Camboriú (SC).
Essa é a situação real com que se defrontam os associados do Plano de Associados. Simplesmente  está se gastando mais do que se arrecada. E a essência do que vai se discutir nesse encontro promovido pela ANABB  é  justamente esse embate   entre a CASSI e o BB, para ver quem vai cobrir esse rombo   dentro  dos termos apresentados por cada órgão.
Seguem algumas das causas desse descasamento de contas:
- Aumento das Despesas com Saúde.    Em uma palestra recente, Dráuzio Varella, médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, fez uma observação muito perspicaz: “A evolução científica e tecnológica quando aplicada na indústria baixa custos; quando aplicada na medicina eleva custos.” Hoje os médicos recorrem em escala crescente a exames e técnicas cada vez mais sofisticadas e dispendiosas. Novos remédios lançados no mercado alcançam preços exorbitantes. É uma realidade com que todas as empresas de saúde se defrontam e , entre essas, a CASSI.
- No Plano Associados da CASSI, a contribuição é por associado e não pelo número de dependentes assistidos. Não há plano de saúde que se mantenha dessa forma. Um aposentado fez uma observação dura mas objetiva: “Vivemos sob um regime capitalista, não podemos exercer a administração da CASSI amadoristicamente praticando a chamada “solidariedade” . E cita o caso de uma jovem que foi admitida no BB. Logo colocou o marido e o filho como dependentes na CASSI. Ganhando pouco e contribuindo pouco para a CASSI, esse perfil de usuário torna-se um peso  para a CASSI.
- Achatamento salarial do Pessoal Pós-97. Esse achatamento salarial veio desencadear seus efeitos  na contribuição à CASSI.  Salário menor, contribuição menor.
- Fim do  BET e, em consequência, fim da contribuição à CASSI sobre esse benefício;
No relato de Isa Musa de Noronha, na 2ª parte (visão do diretor eleito William Mendes), os associados ficariam agradecidos se a explanação do assunto fosse mais clara em relação a termos metafóricos como “modelo fragmentado”  ou  “porta de entrada”   e que, se o assunto está sendo exposto em uma circular de acesso a todos os usuários da CASSI , é absolutamente descabido que os mesmos não tomem ciência de  notas classificadas como “confidenciais”. Os associados da CASSI se perguntam  o que se esconde por trás da “confidencialidade” dessas notas. Serão outros golpes baixos?
No que tange à colocação do Diretor do BB,  Carlos Neri, responsável pelas relações do BB com a governança da CASSI, parece-nos absolutamente incongruente o mesmo declarar que o BB pode sair da CASSI no momento que quiser e, ao mesmo tempo, declarar que a afirmação não é uma ameaça à CASSI e sim uma prova de que o BB valoriza e quer a perenidade da CASSI. Se  assim o é,  o BB deve dar uma contribuição maior para o sistema em razão do achatamento salarial  e degradação do funcionalismo, principalmente dos “Pós-97” e a perda do BET que foram os motivos principais para a queda das receitas da CASSI. Alegar que o BB descarta qualquer aumento de contribuição ou aportes eventuais à CASSI porque está sujeito à Resolução CVM 695 é uma falácia  face às vantagens que  o BB obteve desde a Reforma Estatutária de 1996. Isso, sem abordar a Resolução CGPC 26, que permite que o BB, ilegalmente, se aproprie de metade dos superávits da PREVI em detrimento dos reajustes dos benefícios dos aposentados, cujas contribuições à CASSI também afetam o equilíbrio financeiro da instituição.  A propósito, transcrevemos trecho do Relatório de Isa Musa de Noronha, Presidente da FAABB, sobre o assunto: 
 “Entendemos que devemos pautar para que a direção do Banco do Brasil, antes de qualquer decisão, reflita sobre as excepcionais vantagens por ele obtidas desde a Reforma Estatutária de 1996, pois essas vantagens mais do que justificam uma moderação de sua parte. Alertamos que a sua tentativa de continuar onerando apenas os associados, sem honrar suas obrigações, pode conduzir a CASSI a um impasse.”
Isa Musa de Noronha também aborda a limitação do BB ao cobrar por instalações que cede à CASSI no país e a cobrança de comissões pelos serviços bancários prestados ao órgão. Entendemos que o apoio à CASSI só vem a beneficiar os funcionários do BB com reflexos diretos na saúde do funcionalismo e a consequente manutenção do nível de produtividade dos mesmos na prestação de seus serviços ao BB.
Por último mas não por fim, Isa Musa de Noronha aborda o aspecto da remuneração dos diretores da CASSI indicados pelo BB . Transcrevemos trecho de sua abordagem sobre o assunto:
“O Banco, além de assumir os encargos relativos aos diretores por ele indicados, também deve colaborar para que a remuneração dos eleitos e nomeados retorne aos patamares anteriores à reforma estatutária de 1996. Não se justifica a manutenção da remuneração atual em uma empresa deficitária, cujos associados vêm sofrendo contínua redução salarial e dos benefícios de aposentadoria e pensão. Afinal, em qualquer empresa deficitária a primeira providência consiste em reduzir o privilégio dos diretores.”
Repetimos que os aspectos acima abordados são  a visão predominante da maioria dos associados da CASSI que foi obtida em conversas deste articulista com aposentados, pensionistas e colegas da ativa. Não nos atrevemos a nos aventurar em abordagens mais aprofundadas da matéria por não termos participado pessoalmente desse debate promovido pela ANABB e nem ocuparmos qualquer cargo de direção na CASSI ou nas associações. Nossos comentários se focaram basicamente no comunicado da ANABB “CASSI: o debate é urgente” e na magnífica análise  de Isa Musa de Noronha “BB e eleitos falam sobre a CASSI”.
Conclamamos  a ANABB, a FAABB, a AAFBB e demais  instituições que participaram do encontro para que mantenham os associados plenamente informados sobre as decisões resultantes das discussões.
Em particular voltamos a parabenizar a ANABB pela iniciativa e pelas conversações que ainda virão a ser mantidas com o BB e a CASSI sobre a matéria e aproveitamos o ensejo para sugerir à ANABB, à AAFBB, à FAABB e à CASSI   que publiquem edições especiais de seus jornais sobre  o simpósio que abordou tema de tanta relevância para todos os associados da CASSI.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

CASSI - Visão de um Associado

Li a circular “CASSI sob a ótica de Denise Lopes Vianna e Graça Machado (ex-Diretoras e Conselheiras Deliberativas da CASSI)”.
Na condição de associado e usuário da CASSI, sinto-me inteiramente à cavalheiro para apresentar meu franco posicionamento em relação ao que é relatado pelas ex-dirigentes da CASSI.
Inicialmente as expositoras apresentam uma visão lastreada pela última reforma estatutária da CASSI de 2007.
Transcorreram-se 7 anos desde aquela reforma e, é claro, as medidas tomadas naquela época não atendem aos novos desafios de hoje enfrentados pela CASSI.
Os conceitos de que a CASSI tem de ser constantemente acompanhada e que não existem soluções definitivas não são esclarecimentos; são a repetição do óbvio ululante.
Causa-nos estranheza que as articulistas confessem que na época em que estavam no Conselho Deliberativo da CASSI a entidade não possuia mais reservas financeiras.
Faltou as ex-dirigentes explicarem as razões porque, durante a gestão das mesmas, a entidade ficou nessa situação aflitiva .
E, dentre as sugestões por elas apresentadas para reverter a stuação, quais foram as efetivamente aprovadas? Sugestões e palpites é que não faltam; o que fica e importa é o que foi aprovado.
O fato de que nem o BB, a Contraf-CUT, ANABB, AAFBB não terem sido “enfáticos” na defesa de propostas apresentadas não justifica acusar esses órgãos de terem como único objetivo ganhar eleições.
Atualmente, a despeito das novas e fortes intempéries que se abatem sobre a CASSI, a mesma possui uma reserva avaliada em R$ 1.500.000.000,00, o que não é pouca coisa e é um colchão que vem amortecendo a CASSI dos severos baques que a entidade vem sofrendo.
Só essa sólida reserva já é uma constatação da seriedade e competência da atual administração da CASSI.
As articulistas declaram-se “pasmas” com os termos das mensagens das negociações com o BB, por meio de manifestações da ANABB e da Contraf-CUT, que hoje detém as duas Diretorias eleitas da CASSI, e para isto contaram com o apoio do Presidente e de parte da Diretoria da ANABB e da direção da AAFBB.
Pasmas” por que? Esses órgãos estão defendendo os interesses dos associados da CASSI contra as propostas massacrantes de nossos direitos partidas do BB.
Palmas à ANABB pelo debate que está sendo promovido nesta data junto às entidades nacionais representativas dos funcionários do BB, da ativa e aposentados.
Fazemos votos para que tenham absoluto sucesso em suas gestões junto à CASSI e o BB para equacionar da melhor forma possível esses novos desafios.
A acusação de que a Contraf-CUT, ANABB, AAFBB estão comprometidas com a gestão mais ineficiente da história da CASSI é completamente descabida.
Então a gestão eficiente” da CASSI foi a exercida pelas expositoras Denise Lopes Vianna e Graça Machado em 2007 quando, na confissão das mesmas, “a entidade não possuia mais reservas financeiras ” e a gestão “ineficiente” é a atual que tem uma “reserva avaliada em R$ 1.500.000.000,00?”
Só usando o vernáculo na sua forma mais coloquial: “Me Poupe !!”
É leviano levantar a tese de que os atuais interlocutores e representantes da CASSI tentam servir a dois senhores – governo e trabalhadores.
Para que não pairem dúvidas de que não sou defensor do governo ou de hostes governistas como PT, Contraf-CUT ou outros, esclareço que votei no Aécio Neves, do PSDB (para constatar leiam artigos em meu blog).
Aqui não se discute filiação partidária; isso é opção política de cada um.
O que importa é o papel de cada um dentro da CASSI.
O que não se pode é tripudiar impunimente sobre a atuação, a seriedade e as qualificações pessoais dos atuais dirigentes da CASSI, pelo fato de ex-dirigentes não participarem da atual administração da CASSI e por se considerarem as pessoas mais qualificadas e com poderes mágicos para solucionar todos os problemas do órgão, por terem exercido posições de chefia há 7 anos atrás e não terem resolvido os problemas da CASSI quando a administravam.
Fui a vários debates com Mirian Fochi e William Mendes, diretores da CASSI, Adriana Franck Sarmento, Gerente da Unidade CASSI-Rio, Loreni de Senger e Mário Fernando Engelke, Conselheiros Deliberativos da CASSI e Douglas Leonardo Gomes, Coordenador do Conselho de Usuários da CASSI.
São todos dirigentes atuantes, preparados, experientes e de atuação ilibada.
Se a CASSI tem problemas? Sim, tem e sempre surgirão problemas novos.
A medicina sempre vai ter custos crescentes.
Em uma palestra recente, Dráuzio Varella, médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, fez uma observação muito perspicaz:
A evolução tecnológica e científica quando aplicada na indústria baixa custos; quando aplicada na medicina eleva custos”.
Hoje os médicos recorrem em escala crescente a exames e técnicas cada vez mais sofisticadas e dispendiosas.
Novos remédios lançados no mercado alcançam preços exorbitantes.
Afora esses aspectos, no caso específico da CASSI, temos de considerar a perda do BET, o aviltamento do salário do funcionalismo, a recusa do BB em acompanhar esse aumento na escala de custos.
Esse fórum promovido pela ANABB é absolutamente oportuno e de suma importância para discutir os problemas da CASSI e as sugestões apresentadas para os solucionar.
Alguns dizem que a CASSI tem de passar por uma auditoria.
Particularmente não vejo motivo para tanto. Nenhuma acusação ou mera suspeita de irregularidade foi apresentada, a CASSI tem implementado um programa consistente de implantação de modernos sistemas de administração e modernização tecnológica. O atendimento pessoal e on-line tem sido eficiente.
O problema fundamental da CASSI reside no crescente custo no atendimento aos associados pelas razões acima expostas e a dificuldade de mobilizar o BB para cooperar de forma mais efetiva para minorar esse problema.
Reiteramos nossos parabéns à ANABB pela iniciativa de promover esse debate sobre a saúde da CASSI e também conclamamos as entidades representativas dos funcionários do BB, da ativa e aposentados, a apresentarem suas melhores contribuiçoes para o engrandecimento da instituição.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

CASSI - Debate sobre a CASSI em 22.01.2015, promovido pela ANABB

Há tempos circulam na internet, em grupos-BB , em blogs de aposentados e de usuários da CASSI , comentários sobre a situação financeira da mesma.
Os usuários ficavam perdidos entre opiniões conflitantes, boatos e comentários esparsos sem embasamento técnico sólido.
Agora circulam notícias de que o BB teria formalizado junto à CASSI proposta de aumento do percentual da contribuição dos funcionários do BB de 3% para 4,5% dos salários, além de outras informações .
Dessa forma , as contribuições dos associados ficariam iguais às do BB, que é de 4,5%.
Assim, parabenizamos a ANABB pela iniciativa de promover debate sobre o assunto junto a entidades nacionais representativas dos funcionários do BB, da ativa e aposentados, para reunião na ANABB, no dia 22.01.2015.
A ANABB também informa que procurará marcar reuniões com dirigentes da CASSI e do BB dentro da brevidade possível, para discutir esses assuntos e que, tão logo apurem mais informações, as mesmas serão repassadas de imediato para os associados.
Pela sua relevância e pelo interesse do assunto junto aos associados da CASSI, transcrevemos abaixo a chamada do tema pela ANABB:
CASSI – O debate é urgente”

Adaí Rosembak – Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB


CASSI: o debate é urgente

Circulam pela  internet informações de que o Banco do Brasil teria apresentado formalmente à CASSI proposta de elevação do percentual de contribuição dos funcionários do BB de 3% para 4,5% dos salários. Desta forma, as contribuições dos associados se igualariam à da patrocinadora, em 4,5% para cada.

Outras informações asseguram que o BB, além da proposta de tornar as contribuições paritárias em 4,5%, teria imposto cortes em direitos e aumento da coparticipação em exames e consultas médicas já a partir de janeiro/2015, além de ter determinado cortes no atendimento de pessoas com doenças crônicas e no programa de assistência farmacêutica, também a partir de janeiro. Fala-se também na criação de franquia de R$ 1.500,00 em internações.

A ANABB buscou contato com os Diretores Eleitos da CASSI, Mirian Fochi e William Mendes, assim como com o Diretor do BB Carlos Neri. Até a publicação desta matéria, não foi possível conversar com nenhum deles.

A Diretoria Executiva da ANABB, conforme já divulgado em edições anteriores e em reunião com os Diretores Regionais da Associação, confirma que a CASSI está consumindo reservas do Plano de Associados para pagar as despesas médico-hospitalares de seus associados. A velocidade deste consumo de reservas aumentou com o fim do BET e a consequente diminuição de receitas da CASSI. Esse fato, por si só, já é grave o suficiente para que todos os associados e suas entidades representativas busquem debater o tema da sustentabilidade da CASSI e da necessidade de manutenção dos níveis de atendimento que os funcionários têm até hoje.

Os diretores eleitos da CASSI têm feito uma série de reuniões pelos estados e têm visitado as sedes de entidades representativas do funcionalismo, sindicais ou não, para expor a situação da Caixa de Assistência e para informar os caminhos que eles têm optado para garantir a sustentabilidade da CASSI.

Já estão em debate a possibilidade de ampliação do modelo de atenção integral à saúde e da estratégia de saúde da família, para reforçar o modelo que trabalha com a lógica da prioridade na prevenção de doenças e da promoção da saúde, ao invés da lógica de foco prioritário no tratamento de doenças.

Também está em debate a proposta de estrutura de custeio do plano. Neste contexto, discute-se se deve ser mantido o rateio dos custos totais (de todos os usuários, funcionários e seus dependentes) pelos funcionários do BB, ou se este custo total deve ser dividido por todos os usuários, onde cada um paga pelo “risco de uso” de si próprio e de cada um de seus dependentes. Ou seja, há um debate sobre a manutenção da lógica da solidariedade onde todos pagam um percentual possível para todos e usam de acordo com as suas necessidades, ou se deve ser considerada a lógica da individualidade, onde cada pessoa paga um valor único pelo número de vidas cobertas na sua família (ele mesmo e seus dependentes), independentemente do quanto isso impactará na renda de cada pessoa, e se o montante para um segmento de associados significará manter alguns de seus dependentes sem cobertura do plano.

Além desses temas, também estão sendo discutidos os impactos que eventuais aumentos do valor da contribuição dos associados podem ter em suas rendas, em qualquer que seja o modelo de custeio a ser definido. Quanto à possibilidade de o BB vir a contribuir mais com o Plano de Associados, é preciso discutir o embasamento técnico da solicitação, assim como os mecanismos que possam ter eficácia para conquistar a concordância do Banco.

Se por um lado é importantíssimo que todos saibam das intenções, das propostas e debates que estão ocorrendo, e participem dos diversos fóruns de discussão do tema, patrocinados pelas diversas entidades representativas dos funcionários do BB, também é importante saber que:
  1. As contribuições dos associados e da patrocinadora estão definidas no estatuto da CASSI;
  2. O Estatuto da CASSI só pode ser alterado após consulta aos associados; 
  3. Os demais itens de cobertura do plano, previstos em regulamento, só podem ser alterados por decisão do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência, que tem a representação da patrocinadora e dos associados.
A ANABB está enviando convite, nesta data, para as entidades nacionais representativas dos funcionários do BB, da ativa e aposentados, para reunião na ANABB, no dia 22/01/2015.

Também está procurando marcar reuniões com dirigentes da CASSI e do BB sobre este assunto para o mais breve possível. Assim que a Entidade apurar mais informações, as mesmas serão imediatamente divulgadas para todos os associados.



Fonte: Diretoria Executiva

domingo, 18 de janeiro de 2015

Respeito ao Sagrado

Companheiros,

Acabo de voltar de uma viagem e ainda estou em  recuperação  após ter enfrentado uma temperatura de 5º abaixo de zero. Faço minhas as palavras  do Medeiros na nota  “Velhice é Fogo !” Dói aqui, dói acolá !! Falta fôlego. Cansamos facilmente. O frio ou o calor em excesso nos abatem mais rapidamente. O que fazer?
Ainda não “aterrizei de todo”. A diferença térmica brutal de 5º abaixo de zero para uma sensação térmica de 55º acima de zero no tubo de saída do avião até a entrada no  aeroporto derruba qualquer um, ainda mais quando passamos dos 70 anos. Uma senhora passou mal  dentro do tubo. 
Ainda não me atualizei sobre as novidades em nossa área.
Mas pelo pouco que li hoje no “O Globo”  parece que fiquei um ano fora do país tantas são as novidades.
A propósito dessa leitura do “O Globo” fiquei indignado com  artigos de Fernando Gabeira e Tony Bellotto.
Não me contive e elaborei a resposta abaixo para aqueles articulistas.
Repasso ao conhecimento dos colegas com a certeza que não receberei unanimidade ao que escrevi.
Um grande abraço em todos e,  mais uma vez, “Feliz Ano Novo !!”

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

Respeito ao Sagrado

Ainda na convalescença de uma complicação pulmonar resultante de uma viagem, onde enfrentei uma temperatura de 5º abaixo de zero, acordei neste domingo, dia 18.01.2015, com espírito leve , alto astral e disposto a degustar um delicioso e farto café da manhã, me refestelar em minha poltrona , ligar o ar condicionado – afinal de contas, aos 71 anos, enfrentar um sol a pino estilo “Rio 40º graus” é dose para leão – e  me atualizar com o noticiário local e internacional com o meu querido companheiro de todas as manhãs,  “O Globo”.
A manchete foi muito explícita ao mostrar como nossa Presidente (a?), encontra-se desconectada com a realidade dos cidadãos brasileiros.
Indonésia executa brasileiro, e governo estuda retaliação.”
Meu Deus, o que é isso?  O país sem rumo, no olho do furacão de uma crise econômica, corrupção sem fim na Petrobrás, desemprego,  o povo apreensivo  e desesperado e a Presidenta (e?) “indignada” com o justo cumprimento das leis na Indonésia com a execução de um traficante internacional  !!
Passei para o caderno “Mundo” que, com visão analítica e apurada  , enfocou em 3 páginas o episódio “Je suis Charlie”. 
Parabéns, em particular, a Helena Celestino, pela  sua excelente nota “A França se Repensa”. Helena Celestino, como sempre, consegue se superar em suas objetivas análises.
Por fim, passei para o Segundo Caderno.
Para desopilar, sempre vou direto para “Gente Boa”, de Cléo Guimarães. Cardápio de notas imperdíveis.  A figura charmosa de Paula Toller deixa- nos, a nós coroas, como diria, babando...
Passei para a coluna do Fernando Gabeira.
Não gostei.  
Descreve os dramas de Salman Rushdie e Ralf Badawi como resultado de decisões de autoridades religiosas, o que não poderia ser diferente em países onde a religião, no caso o islamismo,  é a força que prevalece no Estado. Ainda mais tratando-se de Estados que seguem  interpretações diferenciadas do Islã.
Isso me lembra o período da Santa  Inquisição.
Porisso, meu caro Fernando Gabeira, é recomendável que cada um seja responsável por suas interpretações e exercícios diferenciados  da blasfêmia, e assuma as consequências das mesmas.
Em um mundo tumultuado como o que vivemos, em que segmentos consideráveis da humanidade encontram na religião, por mais disforme e radical que esta seja, um sentido para suas vidas, consideramos uma temeridade, profanar de forma tão desrespeitosa e até obscena, seus símbolos sagrados.
Se os chargistas do “Charlie Hebdo” tivessem tido essa sensibilidade ainda estariam vivos.
Nada justifica o antisemitismo e a violência mas em um caldeirão tão explosivo de conflitos entre culturas e religiões nunca é demais ser cauteloso  e respeitoso para com o próximo.
Passei para a Coluna do Tony Bellotto.
E lá vem outra tirada que me atingiu no fígado:
E não me venham, por favor, querer justificar em alguma instância os atentados, acusando dissimuladamente os humoristas franceses de descaramento, arrogância e ousadia. Pensar assim é colaborar com o terror e a estupidez. Nada é tão sagrado que não mereça uma profanação ou uma sacanagem.”
Utilizando-me  do mesmo linguajar direto de Tony Bellotto, poucas vezes me deparei com texto tão boçal.
Ninguém, em sã consciência pode justificar os atentados e o terror.
A começar pela próprio segmento islâmico da população francesa.
Não podemos deixar de lembrar que Ahmed Merabet, o  militar francês morto a sangue frio pelos terroristas era de origem argelina.
Lassana Bathily, que professa o islamismo, era empregado do mercado judeu e salvou sete pessoas escondendo-as na geladeira do estabelecimento. Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, agradeceu sua atuação.
Os árabes são as maiores vítimas do islamismo radical.
Mas não podemos deixar de acusar diretamente – não dissimuladamente – os chargistas franceses de terem sido os provocadores desse episódio.
Foram, de fato, descarados, arrogantes e ousados.
Desafiar símbolos sagrados e religiosos com  toda sorte de blasfêmias e charges ofensivas, desrespeitosas e obscenas, não é exercício de liberdade de expressão e muito menos de democracia.
Foi essa expressão de intolerância e desrespeito com a religião e os valores mais sagrados de seus semelhantes ou com o conceito de que “nada é tão sagrado que não mereça uma profanação ou uma sacanagem” que levou a esse atentado perpetrado por terroristas islamitas radicais.
Partindo desse princípio que nada é tão sagrado que não mereça uma profanação ou uma sacanagem”, pergunto, Tony Bellotto,  qual seria sua reação – uma pessoa normal e equilibrada e não um terrorista islamita radical  – se algum jornal publicasse uma charge de sua maravilhosa esposa ou de seus filhos com uma estaca enfiada no ânus, da mesma forma que chargistas do Charlie Hebdo fizeram com o Profeta Maomé, o Pai do Islamismo, a figura mais sagrada do Islã ?
Decididamente a leitura do O Globo não me desceu bem neste  domingo.
Vou ver se consigo relaxar  ouvindo músicas da charmosa  Paula Toller.

Adaí  Rosembak