domingo, 18 de janeiro de 2015

Respeito ao Sagrado

Companheiros,

Acabo de voltar de uma viagem e ainda estou em  recuperação  após ter enfrentado uma temperatura de 5º abaixo de zero. Faço minhas as palavras  do Medeiros na nota  “Velhice é Fogo !” Dói aqui, dói acolá !! Falta fôlego. Cansamos facilmente. O frio ou o calor em excesso nos abatem mais rapidamente. O que fazer?
Ainda não “aterrizei de todo”. A diferença térmica brutal de 5º abaixo de zero para uma sensação térmica de 55º acima de zero no tubo de saída do avião até a entrada no  aeroporto derruba qualquer um, ainda mais quando passamos dos 70 anos. Uma senhora passou mal  dentro do tubo. 
Ainda não me atualizei sobre as novidades em nossa área.
Mas pelo pouco que li hoje no “O Globo”  parece que fiquei um ano fora do país tantas são as novidades.
A propósito dessa leitura do “O Globo” fiquei indignado com  artigos de Fernando Gabeira e Tony Bellotto.
Não me contive e elaborei a resposta abaixo para aqueles articulistas.
Repasso ao conhecimento dos colegas com a certeza que não receberei unanimidade ao que escrevi.
Um grande abraço em todos e,  mais uma vez, “Feliz Ano Novo !!”

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

Respeito ao Sagrado

Ainda na convalescença de uma complicação pulmonar resultante de uma viagem, onde enfrentei uma temperatura de 5º abaixo de zero, acordei neste domingo, dia 18.01.2015, com espírito leve , alto astral e disposto a degustar um delicioso e farto café da manhã, me refestelar em minha poltrona , ligar o ar condicionado – afinal de contas, aos 71 anos, enfrentar um sol a pino estilo “Rio 40º graus” é dose para leão – e  me atualizar com o noticiário local e internacional com o meu querido companheiro de todas as manhãs,  “O Globo”.
A manchete foi muito explícita ao mostrar como nossa Presidente (a?), encontra-se desconectada com a realidade dos cidadãos brasileiros.
Indonésia executa brasileiro, e governo estuda retaliação.”
Meu Deus, o que é isso?  O país sem rumo, no olho do furacão de uma crise econômica, corrupção sem fim na Petrobrás, desemprego,  o povo apreensivo  e desesperado e a Presidenta (e?) “indignada” com o justo cumprimento das leis na Indonésia com a execução de um traficante internacional  !!
Passei para o caderno “Mundo” que, com visão analítica e apurada  , enfocou em 3 páginas o episódio “Je suis Charlie”. 
Parabéns, em particular, a Helena Celestino, pela  sua excelente nota “A França se Repensa”. Helena Celestino, como sempre, consegue se superar em suas objetivas análises.
Por fim, passei para o Segundo Caderno.
Para desopilar, sempre vou direto para “Gente Boa”, de Cléo Guimarães. Cardápio de notas imperdíveis.  A figura charmosa de Paula Toller deixa- nos, a nós coroas, como diria, babando...
Passei para a coluna do Fernando Gabeira.
Não gostei.  
Descreve os dramas de Salman Rushdie e Ralf Badawi como resultado de decisões de autoridades religiosas, o que não poderia ser diferente em países onde a religião, no caso o islamismo,  é a força que prevalece no Estado. Ainda mais tratando-se de Estados que seguem  interpretações diferenciadas do Islã.
Isso me lembra o período da Santa  Inquisição.
Porisso, meu caro Fernando Gabeira, é recomendável que cada um seja responsável por suas interpretações e exercícios diferenciados  da blasfêmia, e assuma as consequências das mesmas.
Em um mundo tumultuado como o que vivemos, em que segmentos consideráveis da humanidade encontram na religião, por mais disforme e radical que esta seja, um sentido para suas vidas, consideramos uma temeridade, profanar de forma tão desrespeitosa e até obscena, seus símbolos sagrados.
Se os chargistas do “Charlie Hebdo” tivessem tido essa sensibilidade ainda estariam vivos.
Nada justifica o antisemitismo e a violência mas em um caldeirão tão explosivo de conflitos entre culturas e religiões nunca é demais ser cauteloso  e respeitoso para com o próximo.
Passei para a Coluna do Tony Bellotto.
E lá vem outra tirada que me atingiu no fígado:
E não me venham, por favor, querer justificar em alguma instância os atentados, acusando dissimuladamente os humoristas franceses de descaramento, arrogância e ousadia. Pensar assim é colaborar com o terror e a estupidez. Nada é tão sagrado que não mereça uma profanação ou uma sacanagem.”
Utilizando-me  do mesmo linguajar direto de Tony Bellotto, poucas vezes me deparei com texto tão boçal.
Ninguém, em sã consciência pode justificar os atentados e o terror.
A começar pela próprio segmento islâmico da população francesa.
Não podemos deixar de lembrar que Ahmed Merabet, o  militar francês morto a sangue frio pelos terroristas era de origem argelina.
Lassana Bathily, que professa o islamismo, era empregado do mercado judeu e salvou sete pessoas escondendo-as na geladeira do estabelecimento. Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, agradeceu sua atuação.
Os árabes são as maiores vítimas do islamismo radical.
Mas não podemos deixar de acusar diretamente – não dissimuladamente – os chargistas franceses de terem sido os provocadores desse episódio.
Foram, de fato, descarados, arrogantes e ousados.
Desafiar símbolos sagrados e religiosos com  toda sorte de blasfêmias e charges ofensivas, desrespeitosas e obscenas, não é exercício de liberdade de expressão e muito menos de democracia.
Foi essa expressão de intolerância e desrespeito com a religião e os valores mais sagrados de seus semelhantes ou com o conceito de que “nada é tão sagrado que não mereça uma profanação ou uma sacanagem” que levou a esse atentado perpetrado por terroristas islamitas radicais.
Partindo desse princípio que nada é tão sagrado que não mereça uma profanação ou uma sacanagem”, pergunto, Tony Bellotto,  qual seria sua reação – uma pessoa normal e equilibrada e não um terrorista islamita radical  – se algum jornal publicasse uma charge de sua maravilhosa esposa ou de seus filhos com uma estaca enfiada no ânus, da mesma forma que chargistas do Charlie Hebdo fizeram com o Profeta Maomé, o Pai do Islamismo, a figura mais sagrada do Islã ?
Decididamente a leitura do O Globo não me desceu bem neste  domingo.
Vou ver se consigo relaxar  ouvindo músicas da charmosa  Paula Toller.

Adaí  Rosembak

18 comentários:

  1. Prezado Senhor:
    o desrespeito ao sagrado leva à banalização de valores (não questiono se certos, ou errados) com os quais as pessoas se identificam. Quando ocorre a violação deles, normalmente há uma retaliação, que pode vir de diversas maneiras e, normalmente, quem paga o pato é o inocente. Vide o caso das depredações de igrejas no Níger (África). Não sei o que os arautos das profanações querem. Vão se responsabilizar pelo atentados e mortes? Claro que não.
    Um abraço.

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    1. Caro Anônimo,

      Você está absolutamente certo.
      Não se deve desrespeitar valores sagrados, principalmente os que se referem a religiões.
      Eu sou radicalmente contra crenças relacionadas com ubanda, magia negra, vudu e práticas afins mas tenho de respeitar as pessoas que fazem prática dessas crenças. Pode ser que, com o avanço da civilização elas mudem.
      Você aponta com razão depredações de igrejas católicas no Niger como consequência das charges do Charlie Hebdo.
      Como os chargistas foram mortos por terroristas franceses fanáticos, espero que essa onda de desrespeito aos valores sagrados de nossos semelhantes tenha um basta.
      Até porque isso não é liberdade de expressão e sim intolerância e desrespeito aos valores mais sagrados de nossos semelhantes.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  2. Mario Carlos Rogerio Vercesi-Aparecida de Goiânia GO19 de janeiro de 2015 às 06:24

    Prezado Colega Adaí Rosembak,

    Tomo a liberdade de parabenizá-lo pelo seu estilo redacional: claro, preciso e agradável de ler.

    Cordialmente,

    Mario Carlos Rogerio Vercesi

    Aparecida de Goiânia (GO)

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    1. Mario Carlos Rogerio Vercesi,

      Grato pelos seus elogios.
      Mas determinadas colocações absurdas expostas por figuras proeminentes no jornalismo nos causam revolta.
      Tinha dedicado meu domingo para relaxar e acabei embarcando nesse embate.
      É o meu temperamento.
      Não sei se minhas ideias podem merecer a qualificação de "agradáveis" .
      Elas são cáusticas.
      De qualquer forma fico lisonjeado com suas palavras.

      Um grande abraço

      Adaí Rosembak

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  3. Caro Adaí, votos de pronta recuperação, sei o que é isso e eu estou c/78 anos. Ocorre que tenho uma vantagem, estou acostumado as oscilações térmicas, resido na fronteira do RS/Uruguai...Concordo plenamente c/o que escreveste. Tenho acompanhado estes 2 últimos casos da Indonésia, ocorre que o Rodrigo Gularte, preso em 2004, paranaense, o pai é daqui de Rosário do Sul, embora desde que se formou em medicina, trabalha no Paraná, casado c/paranaense e pai de mais 2 filhos. Só o Rodrigo pegou esse caminho, família muito bem situada, social e financeira. Sou amigo da maior parte da família. É lamentável sobre todos os aspectos, mas nada justifica o governo brasileiro tomar a posição que esta tomando. Obrigado e bom 2015. Eloy do Prado Severo

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    1. Caro Eloy do Prado Severo,

      Adoro o RS. Tenho 16 tios nessa terra. Meu pai é de Cruz Alta e eu quase nasci no RS.
      Foi por diferença de dias. Sempre tive esse problema com temperatura baixa. Os médicos disseram a meus pais quando eu ainda era criança que me tirassem de imediato do RS pois eu não suportaria a baixa temperatura e as oscilações térmicas.
      Por isso tenho os pulmões fragilizados e um pouco tortos em razão desses problemas enfrentados na infância.
      Fiquei muito sensibilizado com as suas colocações em relação aos dois casos na Indonésia.
      Calculo como os pais de Rodrigo Gularte devam estar sofrendo.
      Nenhum pai aceita uma situação dessas.
      Por pior que seja o caminho que o filho tenha tomado, esse é um sofrimento absolutamente inaceitável para qualquer pai.
      Como você é amigo da família, procure ampará-los nestes momentos trágicos.
      Outra coisa diametralmente oposta é a posição que o governo brasileiro está tomando nesse caso como você muito bem apontou.
      A sua mensagem é muito tocante e delicada.
      Deus ampare essa família.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  4. Prezado Adai espero que se recupere logo, mas gostaria de dizer da minha admiração pela seu bom senso no que escreve. Concordo plenamente com as suas observações, pois liberdade de expressão passa também pelo respeito ao próximo, se não, vira bagunça. Grande abraço de seu amigo pipeiro.
    Nelson Luiz

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    1. Meu amigo pipeiro Nelson Luiz,

      É uma satisfação imensa contar com sua colaboração.
      Uma das primeiras coisas que faço quando vou à AAFBB é lhe procurar para lhe dar um abraço.
      Ter amigos como você é motivo de felicidade e orgulho.
      Por isso a VIPAR é uma área tão alegre e sadia.
      Aposto que o time feminino briga para trabalhar junto com você.
      Fico satisfeito que você concorde com minhas palavras.
      Você está absolutamente certo quando diz que a liberdade de expressão passa também pelo respeito ao próximo, se não, vira bagunça.
      Você foi direto ao ponto.
      Se essa premissa tivesse sido seguida, esse massacre não teria acontecido.
      Vamos ver se a lição foi assimilada.
      Conto com suas observações em relação a outras notas.

      Um abração do amigo

      Adaí Rosembak

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  5. Amigo,

    Realmente ficamos divididos. Eu como brasileiro sou contra a pena de morte.
    Mas será que esses caras eram loucos? Fazer tráfico de drogas na Ásia? Vários países aplicam a pena de morte nesses casos, a começar pela China.
    Não podemos interferir nas leis de outro país.
    É verdadeiramente ridícula essa ameaça de retaliação do Governo Brasileiro.
    Quanto ao Charlie Hebdo esse é mais um episódio de intolerância de parte a parte.
    Nem o terrorismo é justificável e nem as provocações abusivas dos chargistas do jornal.
    Acho que com esse episódio essas provocações injustificáveis de um segmento irresponsável da imprensa vão parar.

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    1. Caro Anônimo,

      Realmente ficamos divididos.
      Também sou contra - em termos - à pena de morte.
      Existem casos de crimes tão absurdos que a pena de morte seria a solução mais lógica.
      Mas como a Justiça no Brasil é tão falha, até prefiro que, enquanto essa situação não se modifique, essa pena não seja aplicada. Até porque é uma pena final. Não tem recuo, não tem recurso, não tem apelação. É o fim.
      Em países mais avançados, todos os recursos legais são esgotados para que a pena seja apicada.
      Essa é a razão porque muitos condenados ficam anos no "corredor da morte" esperando a conclusão dos recursos.
      Agora outra coisa diametralmente oposta é o Governo Brasileiro querer interferir nas leis de outros país, no caso a Indonésia e, inclusive, ser ridículo ao ponto de ameaçar aquele país com retaliações.
      Esse Governo dá até vergonha por passar por tanto constrangimento.
      Quanto ao episódio do Charlie Hebdo, concordo inteiramente com suas palavras.
      Espero que a imprensa e, em especial, a imprensa francesa tenha uma postura mais responsável a fim de evitar outras tragédias do gênero.
      É preciso frisar que os terroristas islâmicos fanáticos eram franceses e a população de cidadão franceses na França chega a quase cinco milhões de pessoas.
      Não dá para expulsar cinco milhões de pessoas do país e colocá-los em um rincão perdido do planeta.
      É preciso que o Governo Francês seja sábio para perceber que a única saída é conviver com essa população de forma respeitosa e justa para evitar conflitos dessa natureza.
      É a única saída.

      Um grande abraço

      Adaí Rosembak

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  6. Companheiro Adaí, comungo plenamente com você no que diz respeito a esse incidente. Parabéns pelo artigo.


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    1. Caro Cleto Veiga Calado,

      As pessoas tendem a seguir o efeito estouro da boiada.
      Ou seja, seguir o lado emocional de uma massa de pessoas sem se ater à realidade dos fatos.
      É o caso do "Je suis Charlie" e da defesa do traficante brasileiro que foi executado na Indonésia.
      No caso do "Je suis Charlie" é muito estranho que grande número de cidadãos franceses montem uma manifestação dessa magnitude na pretensa defesa da liberdade de expressão e da democracia.
      Ninguém é a favor de atos terroristas da mesma forma que ninguém pode ser defensor da constante intolerância e desrespeito de princípios e de símbolos religiosos. É um paradoxo.
      Acho que depois dessa tragédia a imprensa francesa vá se adequar ao reais princípios da liberdade de expressão.
      Quanto ao caso do traficante brasileiro, o Governo faria melhor em cuidar dos presidiários brasileiros que vivem em condições sub-humanas em verdadeiras masmorras como animais raivosos.
      Fico grato pela sua compreensão e pelo seu apoio.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  7. SÉRGIO PIRES FERREIRA20 de janeiro de 2015 às 13:52

    O GRANDE DILEMA QUE TEMOS HOJE É O DA LIBERDADE SEM LIMITES QUE NADA MAIS É QUE LICENCIOSIDADE. HOJE A MIDIA E MUITOS JORNALISTAS NÃO RESPEITAM MAIS NADA. OS MAIS ALTOS DIRIGENTES DA NAÇÃO SÃO ACHINCALHADOS POR QUALQUER UM. NÃO HÁ CRÍTICA E SIM OFENSAS APESSOAS, A RELIGIÕES, A QUALQUER UM QUE LHE SEJA DESAFETO POR QUALQUER RAZÃO OU POR RADICALISMO IDEOLÓGICO. FICO ABISMADO COM O QUE LEIO NOS COMENTÁRIOS FEITOS PELA INTERNET. A BAIXARIA É GERAL.PREGAM A DITADURA, A MORTE DOS DESAFETOS NA POLÍTICA. CONDENAM SUSPEITOS SEM PROVAS DO CRIME. ACABAM COM A HONRA DAS PESSOAS DE FORMA IRRESPONSÁVEL. ATÉ QUANDO ? ABRS. SERGIO PIRES FERREIRA
    AAFBB-Florinópolis SC

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    1. Sérgio Pires Ferreira

      Você está absolutamente certo.
      E querem chamar essas ofensas, blasfêmias, insultos e achincalhes de toda ordem, charges obscenas a entes sagrados em "liberdade de expressão".
      Então partindo-se dessa premissa, as reações irracionais dos agredidos, vilipendiados e insultados também poderiam ser qualificadas de "liberdade de expressão".
      Virou um caos. Estão confundindo conceitos.
      Agressão gratuidade, blasfêmia a valores e entes sagrados, insultos de toda ordem, charges obscenas a entes religiosos nunca foram nem poderiam ser qualificados de liberdade de expressão e muito menos de democracia.
      Faço minhas suas palavras: Até Quando ??

      Um grande abraço

      Adaí Rosembak

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  8. Senhor Adaí,

    Gostei muito do seu artigo.
    Direto, sem contemplação e sem meias palavras. Na lata.
    Existem excelentes articulistas e bons artigos nos jornais mas também existe muita porcaria.
    Eu me pergunto porque razão o Tony Belotto é articulista no O Globo.
    Só porque é marido da Malu Mader?
    O que esse cara entende de política internacional?
    Gostaria de saber o critério do O Globo para contratar articulistas. É só ter um parente no meio?
    Parabéns pela sua nota e não deixe de baixar a marreta.
    Você escreve bem e tem um estilo que mexe com a gente.

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    1. Caro Anônimo,

      Grato pelos elogios.
      Procuro, dentro de minhas limitações, ser objetivo em minhas notas.
      Procuro, nas suas palavras, dizer as coisas na lata.
      Muitas vezes fico pasmo com o primarismo de vários articulistas..
      De fato não sei qual é o critério dos jornais para a contratação desses pessoas.
      E olhe que não sou jornalista profissional. Escrevo por diletantismo.
      Tenho o maior respeito e admiração por vários comentaristas do O Globo mas acho que cada um deve atuar na sua própria seara.
      Não sei qual é a especialidade do Tony Belotto mas nesse artigo ele pisou na bola.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  9. Adaí,

    Você tem razão.
    Não sei porque O Globo colocou esse Tony Belltto como comentarista.
    É autor de algum livro? Escrevia em algum lugar?
    Ou foi escolhido porque é marido da Malu Mader?

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    1. Caro Anônimo,

      As perguntas que você faz são as mesmas que eu me faço?
      Não vejo qualidades relevantes para esse rapaz ser um articulista no O Globo.
      Por isso não sei os motivos porque ele foi elevado a essa condição.
      Para saber é preciso estar a par do que ocorre atrás dos bastidores no O Globo.
      Um abraço

      Adaí Rosembak

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