terça-feira, 28 de julho de 2015

A Outra Face do Paternalismo


Temos sido enfáticos em nossas notas, mesmo que contrariando a visão de muitos associados da PREVI, de que seus dirigentes devem ser selecionados entre os melhores executivos do BB para gerir nosso fundo de pensão, porque eles estarão em uma situação de disputa acirrada com os melhores experts do mercado na conquista das mais rentáveis aplicações e negócios para os capitais da PREVI. E, por essa razão, devem ser merecedores de remunerações diferenciadas, sob pena de a PREVI os perder para a iniciativa privada que oferece retornos bem mais atraentes.
Ter uma visão mesquinha sob essa nuance do assunto, poderia gerar a pior tragédia   para a PREVI, que seria colocar a instituição sob o risco de ser dirigida por gente sem o perfil adequado para a incumbência dessa missão.  
Por outro lado, é absolutamente inaceitável que, em face de resultados financeiros pífios, os dados sejam maquilados   para oferecerem uma visão distorcida que justifique   pagamentos de bônus e outras benesses para altos executivos da PREVI, que só seriam pagos se esses resultados fossem efetivamente positivos.
Assim, pela sua importância, apresentamos adiante a denúncia “A Outra Face do Paternalismo”, de autoria do colega João Rossi Neto, sobre essa situação. Registramos que copiamos essa nota de um comentário do artigo “Editorial da Gazeta do Povo (PR) de ontem”, do blog de Ari Zanella, de 28 da corrente.
Em razão da relevância da matéria, consideramos importante   que a PREVI se manifeste aos seus associados sobre o assunto.
Este blog se coloca à inteira disposição da PREVI para a publicação de qualquer esclarecimento.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB
“A Outra Face do Paternalismo”
Do couro se tira a correia e do Superávit Técnico se retira a Reserva de Contingência. Se o saldo for suficiente, o superávit cobre os 25% da RC e o havendo excesso, sobra técnica, essa constitui a Reserva Especial que é utilizada na revisão do PB-1 e desfiada em melhoria dos benefícios. Por determinação da Resolução 26/2008, esses benefícios distribuídos são temporários-BET.

Os resultados financeiros estampados no balanço da PREVI, de R$ 24.7 bilhões em 2013 e R$ 12.5 bilhões em 2014, são provas inequívocas de que a cada ano a situação financeira do nosso Fundo, com viés descendente, se agrava em face da crise econômica, política e de confiança que se abateu sobre o nosso país, com uma corrupção endêmica em fase de metástase que se alastrou sobre os órgãos públicos, estatais, notadamente na Petrobras, carro chefe da nossa economia e também sobre empresas empreiteiras do Governo Central (Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC, Camargo Corrêa, etc.).

Sem dúvida, o desempenho da Diretoria Executiva na gestão dos nossos recursos foi péssimo, tanto que a Reserva de Contingência de 25% sobre a Reserva Matemática no valor R$ 29.6 bilhões em 2013 (25% x R$ 118.4 bilhões) e de R$ 30.5 bilhões em 2014 (25% x R$ 122.0 bilhões) não foram integralmente cobertas, eis que, em 2013, faltaram R$ 4.9 bilhões (R$ 29.6 bilhões – R$ 24.7 bilhões) e em 2014 o equivalente a R$ 18.5 bilhões (R$ 30.5 bilhões – R$ 12.5 bilhões). Em suma, o Superávit Técnico, em termos percentuais, amparou apenas 20,90% e 10,25% da Reserva de Contingência de 2013 e 2014, respectivamente.

Com fulcro no balanço de 2013 que, embora superavitário (R$ 24.7 bilhões), foi julgado insatisfatório pela Diretoria Executiva e classificado como desempenho deficitário, tanto que foi o fator balizador para o corte do BET e volta das contribuições. Imaginem, então, o que faria a Diretoria Executiva se a análise recaísse sobre o superávit de 2014 (R$ 12.5 bilhões), onde houve queda expressiva de 50% em relação a 2013, caso tivéssemos algum BET em vigor?

Por incrível que pareça esses mesmos dois balanços, repito, em que pese estejam superavitários, estão aquém da meta e não acobertam a Reserva de Contingência de 25%. Para nós eles foram cruciais para extinguir um ano de BET e retornar as contribuições, causando enormes prejuízos financeiros, mas para o Conselho Deliberativo da PREVI, eles são robustos, perfeitos, altamente eficientes, tanto que tais números foram adequados e suficientes para respaldar a decisão de autorizar a Remuneração Variável para os Diretores em 2013 e 2014 e inclusive adiantamento de três salários fixos a partir de julho/15 para ser compensado no final do exercício, caso o desempenho seja julgado satisfatório.
Estranha essa maneira do CD favorecer os seus pares, não? Se faltou dinheiro para os associados devido à insuficiência do superávit para recompor a RC, resultando no corte do BET, de outra parte, para os Diretores a matemática é benevolente e foram agraciados com bônus com base nos mesmos balanços. Acho que essa forma arbitrária de decidir para pró-apaniguados, ao arrepio do artigo 21 da Resolução 26/2008, vai ser mantida até no caso de “déficit”. Isso são ilegalidades e imoralidades assombrosas. Caso fosse Diretor eu não aceitaria participar dessa manobra desonesta e aleivosa.

A simples antecipação do pagamento do reajuste a partir de julho/15, a concessão de prazo de 180 meses na reposição do ES são consideradas pretensões absurdas, impossíveis, agora para o enriquecimento ilícito e sem causa plausível dos Diretores, tudo é normal e as normas são desrespeitadas a toque de caixa.

Vamos abarrotar as caixas de mensagens dos componentes da CPI dos Fundos de Pensão, tão logo ela inicie os trabalhos, com denúncias de tudo que , a nosso ver, está errado na PREVI. É hora de passar a limpo o nosso Fundo de Pensão. 
João Rossi Neto
28/07/15 13:28

domingo, 26 de julho de 2015

AAFBB em Foco - 26.07.2015

O presidente da PREVI, Gueitiro Matsuo Genso, a convite do presidente do Conselho Deliberativo da AAFBB, Gilberto Santiago, participou em 13.07.2015, da reunião ordinária bimestral do CODEL, realizada no auditório no 10º andar, da sede da AAFBB.
A solenidade contou com cerca de 60 participantes, entre os quais representantes das diretorias da AAFBB, como CODEL, CADMI e CONFI.
Natural de Siqueira Campos (PR), Gueitiro Matsuo Genso , entrou no BB em 1985, com 13 anos, onde começou sua carreira como menor aprendiz.
É formado em Administração pela Faculdade SPEI de Curitiba (PR). Tem MBA em Formação Geral Básica para Altos Executivos da Fundação Getúlio Vargas de Cascavel (PR) e MBA em Agronegócios na ESALQ de Piracicaba (SP).  
No BB, foi Diretor de Crédito Imobiliário (de 2011 a 2014), Diretor de Empréstimos (de 2010 a 2011). Foi responsável pela gestão da rede de varejo do BB na região Leste da grande São Paulo e pela gestão da estratégia de atacado na região sul.
No Banco Nossa Caixa foi Diretor de Produtos (2009). Já participou em conselhos de administração e fiscal de órgãos como a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), Grupo Segurador BB Mapfre e Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Antes de ser nomeado para a PREVI, seu último cargo no BB foi como Diretor de Clientes onde modernizou o autoatendimento via internet, celular e tablet.
Pelo seu exitoso histórico dentro e fora do BB, podemos afirmar que estamos muito bem representados na presidência da PREVI.
A impressão deixada por Gueitiro Matsuo Genso na AAFBB não poderia ter sido melhor.
Gueitiro Mitsuo Genso é uma pessoa simples, sincera, objetiva, simpática e absolutamente capaz de se desincumbir com sucesso da missão para a qual foi nomeado.
Em sua palestra na PREVI discorreu sobre o gerenciamento de diversos ativos da PREVI como Renda Fixa, Renda Variável, investimentos em aluguel de imóveis e outras aplicações. Abordou o cuidado do planejamento da PREVI face a demandas não programadas e eventuais riscos apresentados pelo mercado.
Falou sobre os investimentos na Sete Brasil, Petrobrás e Vale, devido ao peso que têm nos investimentos da PREVI.
Ressaltou o papel da PREVI na governança do sistema de fundos de pensão, baseada em três fundamentos: a gestão entre o BB e os participantes, o planejamento e as diretivas de investimentos e, por fim, o que consideramos de mais importante, a gestão dos ativos estar sob responsabilidade de funcionários do BB e de participantes da PREVI.
Abordou aspectos como o ES, BET, política de desinvestimento e os fundamentos para proteger o patrimônio da PREVI em momentos de crise e de volatilidade econômica.
Abriu a palavra a todos os presentes, e respondeu a todos os questionamentos de forma direta e sincera sem se desviar do foco das perguntas e nem tentar tergiversar sobre qualquer dos questionamentos e problemas abordados.
Ao final da palestra foi calorosamente aplaudido por todos os presentes.
A presidente da AAFBB, Célia Larichia aproveitou o ensejo para, em nome de todos os presentes, elogiar a brilhante apresentação de Gueitiro Mitsuo Genso e para apresentar o novo informativo da associação, a Revista Conexão AAFBB.
Segue sua fala:
“Há algum tempo tínhamos percebido a necessidade de aperfeiçoar a forma de nos comunicarmos com os nossos associados. Achamos que agora era o momento, pois o nosso jornal chegou à centésima edição. Então, aproveitamos este momento para lançar a Revista Conexão AAFBB com informações sobre a sustentabilidade da CASSI, temas sobre a PREVI, eventos e benefícios da AAFBB. Tudo para manter os funcionários da ativa, aposentados e pensionistas conectados com o que acontece em nosso universo. Esse é apenas o início da modernização na nossa comunicação. ”
Célia Laríchia presenteou o presidente da PREVI, Gueitiro Matsuo Genso, com um exemplar do primeiro número da Revista Conexão AAFBB.
Diversas fotos e um resumo da solenidade estão no site da AAFBB, item Notícias, sub-item PREVI, Previdência e Fundos de Pensão.  Acessem, pois o artigo é bem interessante.
Aproveitamos o ensejo para parabenizar o CODEL, na pessoa de seu presidente Gilberto Santiago, pela iniciativa de convidar o presidente da PREVI para essa tão enriquecedora exposição.
Por fim, torcemos para que outros eventos dessa grandeza venham a ser promovidos pela AAFBB e que sejam extensivos a todo seu quadro de associados.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

domingo, 12 de julho de 2015

Um Ponto Final em um Assunto Deprimente ?

Esperava não abordar mais o desagradável tema relacionado com o projeto “Inovação Operacional” na PREVI, que já considerava um episódio encerrado depois de minha nota “Rebate ao comunicado Prestando Contas – PREVI”, de 30.06.2015.
Esse perrengue começou quando o Diretor Marcel, em nome da Contraf-CUT , firmou um comunicado com críticas à Diretora Cecília Garcez, que reagiu publicando em seu blog a nota “Vocês lembram da Fábula do Sapo e do Escorpião? ”, de 02.06.2015.
O blogueiro Antônio J. Carvalho, movido pela    soberba, por espírito de corpo, por jogo de interesses e desejoso de passar uma imagem de bom moço e defensor dos seus pares na PREVI, resolveu reaquecer o assunto no seu artigo “Previ – Projeto Inovação Operacional – Redução de Despesas”, de 08.07.2015 (http://www.ajccarvalho.com.br/2015/07/previ-projeto-inovacao-operacional.html).
Não nos restou outra alternativa que não fosse reagir às suas descabidas provocações e acusações.
Gratuitamente, ofendeu outros blogueiros, associados e defensores da PREVI – entre os quais me incluo -  que expõem, de forma sincera, corajosa e a um alto custo pessoal, problemas que afetam a PREVI e que, por consequência, prejudicam associados e pensionistas, quando disse no item 2 de sua nota:
“Diante de especulações tendenciosas, oportunistas, inverídicas e até maldosas que circularam na internet...”
É por causa de manifestações como essa do Carvalho, inquestionavelmente de caráter “tendencioso, oportunista, inverídico e verdadeiramente maldoso”, que ele é tão atacado e questionado em grupos como, por exemplo, a REDE-SOS@yahoogrupos.com.br.
Quando a Chapa 3 -  “Previ Livre, Forte e de Todos” - lançou sua campanha, os motes do grupo foram a redução de despesas e a defesa incondicional dos interesses dos associados e das pensionistas.
O Senhor Antônio J. Carvalho é uma pessoa esclarecida e articulada e sabe muito bem, até por ser um diretor eleito da PREVI, o que ocorre dentro da instituição. Os dados da PREVI, que são de conhecimento pleno dos associados, não deixam margem a dúvidas.
As premissas de seu comunicado, no item 2-E, NÃO disfarçam as irregularidades:  cenários de mudança de “curto prazo”, “médio prazo” e de “longo prazo”.
Chega a ser irônico que o único cenário de “curto prazo”, que já está em andamento, tenha sido justamente o   da   área de TI, na Diretoria Executiva, sob o comando de Cecília Garcez, que foi quem tomou a iniciativa de implementar melhorias operacionais e de eficiência dos processos administrativos e de TI dentro da PREVI.
As demais, de “médio e longo prazo”, foram para as calendas com observações que chegam a ser risíveis:  de “eficiência administrativa, considerando as 6 diretorias” para “médio prazo”, e “eficiência máxima, (com redução de 6 para 4 Diretorias) ” para “longo prazo”.
E as determinações com o objetivo de postergar a solução dos problemas ad infinitum continuam no item 2-F:  “O Conselho concordou com o prosseguimento do projeto e determinou à Diretoria proceder a revisão, “excluindo a premissa de redução da quantidade de Diretorias”, devendo retornar ao Conselho, na reunião de julho para nova apreciação, objetivando reduzir despesas. ”
No item 3 do comunicado, o Senhor Carvalho, na vã tentativa de escamotear o problema, acabou por expor a situação de descontrole administrativo da PREVI:
“Somente com a implementação das ações de curto prazo, fica evidente a substancial redução de despesas. Alimentamos o desafio de no médio prazo (quatro anos), trazer as despesas administrativas da PREVI ”ao nível de 10 anos atrás”, sem traumas e perturbações. ”
Ou seja, o Senhor Carvalho está absolutamente consciente do descontrole administrativo na PREVI, tanto que apresenta o desafio de reestruturar o órgão no prazo médio de 4 anos.
Também sou contra a recolocação de funcionários da PREVI.   A maioria desses servidores são pessoas jovens, muitos casados, com filhos pequenos e que estruturaram suas vidas em cima de um orçamento determinado.  
Mas, repetimos, são pessoas jovens, bem qualificadas e seriam muito bem reaproveitadas nos quadros técnicos do patrocinador que continua carente de funcionários de alto nível e bem preparados. Isso não implica dizer que essa seja a solução ideal a ser adotada em relação ao tema.
Mas o que não é admissível é postergar o começo da solução desse assunto por quatro anos (quando os funcionários começarão a se aposentar), para não atacar um problema de excesso de pessoal causado por injunções políticas, apadrinhamentos e indicações sindicais.  
Afinal de contas, quem paga os custos desse desregramento são os associados da PREVI e as pensionistas.
E são muitos desses associados, aposentados e pensionistas, que estão passando por uma situação de desespero e aflição, que precisam ser socorridos AGORA.
São, em sua maioria, pessoas idosas, muitos com necessidades especiais e que, além dos gastos familiares normais, tem dispêndios vultosos com assistência médica e remédios.
Não tem mais preparo, energia, e nem capacitação tecnológica para serem reaproveitados e muito menos de competir no atual mercado de trabalho.
Em relação a esses, que são os verdadeiros donos da PREVI, não é concedida nenhuma contemplação, nenhuma solução de caráter humanitário e, para culminar, muitos de seus direitos estão sendo subtraídos.
Não são beneficiários de nenhuma “boquinha”, e não são “apadrinhados” de algum figurão político ou chefão sindical.
Tiveram o BET cortado antes do tempo, voltaram a pagar contribuições, as condições do ES são leoninas. A CASSI está em crise. Estão endividados.
Para esses é a lei do cão.
Existe um princípio que diz que qualquer negociação só é boa quando for boa para todas as partes. 
Não é o caso atual da PREVI em que os únicos   perdedores são seus associados.
Em 16.12.2014, escrevi a nota “O Papel dos Blogs”, em que ressaltei como uma das razões mais relevantes   para a vitória da Chapa 3, a força dos blogs de seus participantes, que chamei de “O Quarteto de Ouro”, composto por Cecília Garcez, Medeiros, Ari Zanella e Carvalho.
Em seu blog, o Medeiros corroborou minha tese sobre a força dos blogs na campanha vitoriosa da Chapa 3.
Sinto dizer, Senhor Carvalho, lamentavelmente, mas com toda a franqueza, que   o senhor não foi fiel, pelo menos neste episódio da “Inovação Operacional” na PREVI, aos princípios basilares da Chapa 3.
Soubesse naquela ocasião que me defrontaria com a prodigalidade de agressões gratuitas e injustas como as suas, haveria selecionado melhor os membros eleitos da Chapa 3 e teria denominado o grupo de “Trio de Ouro”.
Reafirmamos aos dirigentes da PREVI e a todos os associados e pensionistas,  que o objetivo  que  move   tantos companheiros, associações, blogueiros  e grupos na internet nessa luta sem quartel em defesa da PREVI e dos interesses dos associados e pensionistas , é  preservar o vultoso patrimônio  dessa instituição, acumulado por gerações de funcionários do Banco do Brasil, para nos amparar e aos nossos familiares na velhice e não nos deixar jogados na miséria e no limbo da vida como, infelizmente, ocorre com o lamentável sistema previdenciário oficial de nosso país.
Temos o exemplo fatídico de outros fundos de pensão no país, que não foram acompanhados, vigiados e defendidos por seus associados, cujos patrimônios foram saqueados e desviados, deixando um rastro de miséria e infelicidade entre milhares de participantes e suas famílias.
Estamos lutando arduamente para que isso não aconteça com   a PREVI e, por uma questão de dignidade e de sobrevivência para nós e nossos familiares, não esmoreceremos, não nos curvaremos e nem nos deteremos frente a ninguém e a nenhum obstáculo na defesa de nossos direitos e de nosso fundo de pensão.
Mesmo com todo esse empenho, nos defrontamos com o saque ilegal pelo patrocinador ao patrimônio da PREVI pela Resolução 26, com o apoio do governo de plantão. Mas a luta continua.  Não nos rendemos a essa pilhagem, portanto não estamos derrotados.  
Todos querem que os dirigentes da PREVI sejam adequadamente remunerados pelos relevantes serviços prestados à instituição e a todos os associados.
Mas é direito, melhor diria, obrigação dos associados, analisar, interpelar e cobrar explicações da direção da PREVI sobre as decisões tomadas em relação aos negócios e à administração da instituição, bem como cobrar de seus dirigentes    o cumprimento das mesmas.
Só assim conseguiremos preservar  a PREVI  dos infortúnios que se abateram sobre outros fundos de pensão e, orgulhosamente, continuar a manter a PREVI como o maior e mais forte fundo de pensão do país e da América Latina.
Adaí  Rosembak

Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ler ou não ler? Pior é não fazer !


Transcrevemos  excelente texto do jornalista Diego Casa Grande,  que nos foi encaminhado pela companheira Marta Balbi.  Embora o artigo se atenha a uma ocorrência em uma escola em Bagé RS,  o assunto atinge todo o povo brasileiro.

Ler ou não ler ?  Pior é não fazer !
Não espere tanques, fuzis e estado de sítio.
Não espere campos de concentração e emissoras de rádio, tevês e as redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades.
Não espere tanques nas ruas.
Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e estrelinha vermelha circulando nas cidades.
Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos duas décadas.
Não espere porque você não vai encontrar, ao menos por enquanto.

A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face historicamente conhecida. Ela é bem diferente. É hoje silenciosa e sorrateira. Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é que não possamos decolar.
Age na degradação dos princípios e do pensar das pessoas. Corrói a valorização do trabalho honesto, da pesquisa e da ordem.
Para seus líderes, sociedade onde é preciso ser ordeiro não é democrática.
Para seus pregadores, país onde há mais deveres do que direitos, não serve.
Tem que ser o contrário para que mais parasitas se nutram do Estado e de suas indenizações.
Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma vida econômica melhor, porque quem cresce na vida, quem começa a ter mais, deixa de ser "humano" e passa a ser um capitalista safado e explorador dos outros.
Ter é incompatível com o ser. Esse é o princípio que estamos presenciando.
Todos têm de acreditar nesses valores deturpados que só impedem a evolução das pessoas e, por consequência, o despertar de um país e de um povo que deveriam estar lá na frente.
Vai ser triste ver o uso político-ideológico que as escolas brasileiras farão das disciplinas de filosofia e sociologia, tornadas obrigatórias no ensino médio a partir do ano que vem.
A decisão é do ministério da Educação, onde não são poucos os adoradores do regime cubano mantidos com dinheiro público. Quando a norma entrar em vigor, será uma farra para aqueles que sonham com uma sociedade cada vez menos livre, mais estatizada e onde o moderno é circular com a camiseta de um idiota totalitário como Che Guevara.
A constatação que faço é simples.
Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental - que é óbvio faz parte da revolução silenciosa - as crianças brasileiras já sofrem um bombardeio ideológico diário.
Elas vêm sendo submetidas ao lixo pedagógico do socialismo, do mofo, do atraso, que vê no coletivismo econômico a saída para todos os males. E pouco importa que este modelo não tenha produzido uma única nação onde suas práticas melhoraram a vida da maioria da população. Ao contrário, ele sempre descamba para o genocídio ou a pobreza absoluta para quase todos.
No Brasil, são as escolas os principais agentes do serviço sujo..
São elas as donas da lavagem cerebral da revolução silenciosa.
Há exceções, é claro, que se perdem na bruma dos simpatizantes vermelhos.
Perdi a conta de quantas vezes já denunciei nos espaços que ocupo no rádio, tevê e internet, escolas caras de Porto Alegre recebendo freis betos e mantendo professores que ensinam às cabecinhas em formação que o bandido não é o que invade e destrói a produção, e sim o invadido, um facínora que "tem" e é "dono" de algo, enquanto outros nada têm.
Como se houvesse relação de causa e efeito.

Recebi de Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro "Geografia",obrigatório na 5ª série do primeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora. Os autores são Antonio Aparecido e Hugo Montenegro.
O Auxiliadora é uma escola tradicional na região, que fica em frente à praça central da cidade e onde muita gente boa se esforça para manter os filhos buscando uma educação de qualidade.
Através desse livro, as crianças aprendem que propriedades grandes são de "alguns" e que assentamentos e pequenas propriedades familiares "são de todos".
Aprendem que "trabalhar livre, sem patrão" é "benefício de toda a comunidade". Aprendem que assentamentos são "uma forma de organização mais solidária... do que nas grandes propriedades rurais".
E também aprendem a ler um enorme texto de... adivinhe quem?João Pedro Stédile, o líder do criminoso MST que há pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais brasileiros.
O mesmo líder que incentiva a invasão, destruição e o roubo do que aos outros pertence. Ele relata como funciona o movimento e se embriaga em palavras ao descrever que "meninos e meninas, a nova geração de assentados... formam filas na frente da escola, cantam o hino do Movimento dos Sem-Terra e assistem ao hasteamento da bandeira do MST".
Essa é a revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo dentro de um livro lixo parar na mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser respeitadas.
Nada mais totalitário. Nada mais antidemocrático. Serviria direitinho em uma escola de inspiração nazifascista.
Tristes são as consequências.
Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa porcaria travestida de livro didático do currículo do colégio.
Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como diferentes. Eles não são minoria, eles não estão errados, mas sentem-se assim.
A revolução silenciosa avança e o guarda de quarteirão é o medo do que possam pensar deles.
O antídoto para a revolução silenciosa? Botar a boca no trombone, alertar, denunciar,DIVULGAR, fazer pensar, incomodar os agentes da "Stazi" silenciosa.
É  o que faço.
Não há silêncio que resista ao barulho!

Diego Casagrande é jornalista em Porto Alegre  
A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.
A mesma deve ser banida, para construirmos um pais melhor.Sem ela teríamos muito mais saúde, educação, etc. Colabore como puder na extinção deste mal.

Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB




sexta-feira, 3 de julho de 2015

Rebate ao comunicado "Prestando Contas - PREVI", DE 30.06.2015

Ao final desta nota, segue cópia do comunicado “Prestando Contas-PREVI”, de 30.06.2015, da chapa “Unidade na Previ” (www.unidadebb.com.br), firmado pelo Sr. Marcel Juviniano Barros , diretor de Seguridade da Previ.
Inicialmente, estranhamos que um grupo isolado, representante de uma chapa, se utilize de logo da PREVI que, no nosso entender, deveria ser de uso exclusivo da instituição.
Nesse comunicado são externadas opiniões para desqualificar a atuação da    Diretora Executiva da PREVI  Cecília Garcez e não para     justificar a não implantação na área de governança da PREVI de  pontos do  estudo de atualização de gestão corporativa.
Sim, porque a diretora foi enfática quando afirmou que as reformas que ela já está implantando estão restritas à área de TI da PREVI, que estão dentro do seu âmbito de atuação que é a Diretoria Executiva (vide o artigo “Vocês lembram da fábula do Sapo e do Escorpião?”, de 02.06.2015, no blog de Cecília Garcez ).
No comunicado “Prestando Contas-PREVI”, de 30.06.2015, firmado pelo  Sr. Marcel Juviniano Barros,  é reproduzido  texto que está no site da PREVI para que, como  diz o autor do comunicado, “cada um possa avaliar quem esteve durante todo o tempo com a verdade dos fatos.”
Para começar minha exposição , friso que “A  Diretora Executiva da PREVI Cecília Garcez, esteve durante todo o tempo com a verdade dos fatos.”
As propostas absolutamente legítimas   do   estudo contratado pela PREVI, foram uma atualização tecnológica na área de TI, que está  defasada em  15 anos, redução do quadro de funcionários, redução do número de diretorias de 6 para 4 e terceirização da gestão de atividades operacionais da PREVI.
A Diretora Cecília Garcez é enfática em seu artigo “Vocês lembram da fábula do Sapo e do Escorpião?”, de 02.06.2015, quando afirma que “a PREVI tem uma gestão compartilhada, onde as decisões são colegiadas. Ninguém decide nada sozinho, pois as alçadas de cada diretoria são pequenas.”
Mais adiante, a diretora volta à carga quando indaga “Por  que não é divulgado como foi a decisão da diretoria? Que deixou bem claro que não houve discussão sobre os pontos referentes à governança e que apenas aprofundamos a questão da área de tecnologia, que diz respeito à minha diretoria?”
Pelo exposto, reitero que o intuito do comunicado da chapa “Unidade na Previ”, não foi fazer  crítica a qualquer ponto abordado no estudo contratado pela PREVI mas, única e exclusivamente, denegrir a imagem  da Diretora Cecília Garcez.
Vamos nos focar com mais apuro à análise dos pontos levantados pelo estudo contratado pela PREVI.
Indubitavelmente, o objetivo do estudo foi cortar custos e aumentar a produtividade e eficiência no atendimento aos associados e pensionistas da PREVI.
E aí este articulista  pergunta porque as demais diretorias da PREVI não avançaram na adoção das propostas do estudo.
Em relação à redução do quadro de funcionários e de diretorias na PREVI  (os funcionários voltariam  a trabalhar no BB e, portanto, não ficariam desempregados ) , isso redundaria em uma economia colossal de recursos, que poderia atender aos associados.
Os associados estão em uma situação aflitiva e as pensionistas em condição desesperadora.
A falta de dinheiro no fim da vida para atendimento de necessidades básicas é um  elemento devastador na vida de qualquer ser humano.
Para se avaliar o que determinados custos representam para a PREVI, o último artigo no blog do Ari Zanella, “Caindo de Madura”, de 01.07.2015, registra que somente os R$ 9 milhões que se paga à PREVIC pela Tafic (Taxa de fiscalização e controle da Previdência Complementar) já daria para aumentar o percentual das pensionistas de 60% para 80%.
Se a PREVIC fosse um órgão atuante tudo bem. Mas  essa autarquia do Ministério da Previdência tornou-se mais um cabide de empregos inoperante que não fiscaliza e nem controla coisa nenhuma.  Se tivesse autonomia de decisão muitas medidas em benefício  dos associados da PREVI  teriam sido aprovadas.
E muitos problemas surgidos na área de  fundos de pensão não teriam ocorrido (vide os exemplos do AERUS e do Postalis).
Por essa razão,  os associados e pensionistas tem de lutar pela PREVI, porque nenhum órgão ou autarquia ministerial vai nos defender.
Aí reitero o princípio judaico que diz: “Quem por ti, senão tu?”
Dentro dessas premissas, estamos de acordo com as propostas do estudo contratado pela PREVI e que não foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo do órgão, na  reunião de 26.06.2015.
Enfatizamos    que é preciso fazer um enxugamento no quadro funcional da PREVI e implementar uma política de  redução de gastos   para beneficiar  os associados  e, principalmente, as pensionistas.
Enquanto no BB, o corte de funcionários tem sido radical em razão da informatização dos serviços bancários, na PREVI  , em 2001, o quadro  era de 387 funcionários e, em 2014, subiu para 624 servidores, sem contar um grupo relevante de terceirizados.
Em 2001, as despesas administrativas eram de R$ 84,8 milhões. Em 2014, foram de R$ 317,9 milhões, já com uma dedução de R$ 42,1 milhões, que foi aprovada em um corte na previsão orçamentária de R$ 360 milhões avaliada para àquele ano.
Qualquer leigo em administração em face desses dados  pode avaliar que existe uma situação absolutamente distorcida e abusiva   na atual estrutura de administração da PREVI. 
Sobre esse aspecto, recomendamos a leitura de excelente  texto sobre a PREVI, elaborado pelo companheiro João Rossi Neto, extraído do blog do Ari Zanella e que reproduzo neste blog, no artigo “Um Desfecho para uma Agressão”, de 24.06.2015.  É um depoimento muito esclarecedor sobre a atual situação da PREVI.
Quanto a terceirizar a gestão de atividades operacionais para o BB , porque não? As atividades estratégicas bem como os recursos continuariam sendo de domínio exclusivo da PREVI. Com certeza, o BB faria uma gestão muito mais aperfeiçoada e menos dispendiosa  que a prestada pela PREVI. Isso nunca seria entregar a PREVI ao BB mas seria, tão somente, terceirizar  serviços  operacionais que deixariam de serem executados pela PREVI, gerando economia de recursos.
A PREVI não é um clube de milionários e não pode se dar ao luxo de ter uma estrutura  tão dilatada para servir de cabide de empregos  para acolher sindicalistas e apadrinhados a procura de cargos muito bem remunerados  , como acabou de confessar Lula, o fundador do PT , quando disse “A gente acreditava em sonhos, hoje a gente só pensa em emprego”.
Em passado recente, o político Garotinho (de quem não gosto mas respeito) se referiu ao PT, como “o partido da boquinha”. Foi massacrado pela esquerda. Já o Lula ... isso é outra estória.
O Conselho Deliberativo da PREVI não tem a legitimidade e nem deveria ter o direito de  negar a adoção das  propostas emanadas do estudo contratado pela própria PREVI pois, nesse caso, está lutando  em causa própria e em detrimento dos associados e pensionistas.
Essa decisão da PREVI que vai contra os interesses dos associados e das pensionistas,   só atende ao espírito de corpo elitista do sindicalismo organizado que se apossou, loteou cargos, aparelhou e dominou a máquina pública do país.
A PREVI não é exceção. Ainda mais com a criação do voto de minerva (voto de qualidade) pela LC. 108, de 29.05.2001.
Esse assunto deveria  ser submetido à avaliação de  uma instância superior isenta e sem interesses diretos envolvidos na questão.
A  PREVIC seria um  exemplo de árbitro para essa questão, se  tivesse autonomia.
Ou o próprio Ministério da Previdência Social. 
Mas, utilizando o chulo  linguajar dos chefões do crime organizado, podemos afirmar que  “está tudo dominado.”
Não nos resta outra alternativa a não ser nos curvamos à realidade dos fatos.
Quanto a esse aspecto, registro um comentário  de um  jurista de que “essa  é  uma situação de fato e não de direito.”
As nossas esperanças  para reverter essa deplorável situação  estão na mudança e no saneamento da estrutura política do país.
E isso só ocorrerá nas próximas eleições , ou com alguma decisão decorrente do processo da lava-jato ou outro fator extemporâneo que venha a interromper o atual mandato presidencial de  Dilma Rousseff.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RFS e ANAPLAB