Em todo Reveillon
fazemos um levantamento do que ocorreu no ano que se finda.
E, principalmente,
fazemos planos para que o ano entrante seja Feliz e Bem-sucedido.
“Sonhar é preciso”, já disse
o citador Augusto Cury.
O que podemos esperar
para 2017?
No Brasil, mudanças
continuarão a ocorrer de forma cada vez mais radical e profunda.
Estamos mergulhados em um
processo revolucionário.
As mutações serão políticas,
econômicas, administrativas, sociais e, o que é fundamental, levarão a uma
mudança de mentalidade que atingirá todos os extratos da sociedade.
A varredura será,
usando os mesmos jargões do período pós-ditadura, “ampla, geral e irrestrita”.
A expressão “A
Revolução engole seus filhos”, de Pierre Vergniaud, revolucionário francês
guilhotinado em 1793, se enquadra exatamente no contexto brasileiro, ao agrupar
em “seus filhos”, que serão atingidos pelo ímpeto revolucionário, não só os
partidos políticos e seus representantes, mas também o Parlamento como um todo,
os Poderes Executivo e Judiciário, instituições governamentais, grupos
empresariais e representações da sociedade em todos os seus segmentos.
Tudo isso se
desenvolverá em um ambiente de abertura democrática e com a participação de
toda a sociedade.
A mídia – o Quarto
Poder – continuará a dar a mais ampla cobertura a tudo que vai ocorrer.
O processo de mutação
da matriz de pensamento do povo, que norteará o caminho da sociedade, é um
processo gradual, traumático, contínuo e abrangente.
Quando se tratam de processos
pessoais que demandam introspecção mais aprofundada, essa mudança poderá ser
reflexiva, elaborada e mais lenta, mas será constante.
Como exemplo pessoal,
cito o recente caso da funqueira Tati Quebra Barraco, cujo filho morreu em um
confronto com a polícia.
Após a morte do filho,
que já tinha sido apreendido anteriormente pela polícia, a cantora se
perguntava:
“Mas meu filho...
porque isso com a mãe? Em que eu errei? Em que não fui rude? O que eu deixei
faltar? Me desculpe se fui uma péssima mãe ou se ensinei da maneira errada, eu
só queria o seu melhor !!”
Fiquei abalado com a
confissão dessa mãe.
Embora ela estivesse sendo
alvo de críticas massivas na mídia pelo seu “papel fracassado como mãe”, ela também
era uma vítima do mesmo processo que envolveu seu filho, e estava sendo
absolutamente sincera em suas declarações!!
Friso que não estou
aqui fazendo apologia da criminalidade, e muito menos criticando a ação policial,
que foi absolutamente legítima, tempestiva e correta.
Mas como poderia aquela
mãe ter agido de forma diferente? Ela repassou a seu filho os mesmos padrões de
conduta que embasaram sua formação emocional básica desde a primeira infância
até a vida adulta.
Ela não poderia ter dado
ao seu filho o que não recebeu, e nem poderia ter ensinado
ao seu filho o que não lhe foi ensinado.
O drama dessa mãe é o
mesmo das mães de comunidades miseráveis, privadas de condições minimamente
dignas de sobrevivência, e de falta de orientação básica para mudarem suas
próprias vidas e darem um novo rumo nas vidas de seus filhos.
Tati Quebra Barraco
prometeu a si mesma que os dois filhos que lhe restaram não teriam o mesmo
destino do filho que morrera. Que seja bem-sucedida em sua epopeia!!
Esse poderá ser um
exemplo de revolução pessoal.
Outro caso, notório no
Brasil, foi o do jogador de futebol Adriano, o “Imperador”. Atleta destacado,
teve sua carreira destruída pela indisciplina e pelo envolvimento com bebidas e
drogas. Foi estrela do Miami United e acabou voltando dos USA por problemas de conduta.
Conseguiu sucesso na Itália, no Internazionale, de Milão. Era bem remunerado, vivia
suntuosamente, e fazia parte da elite do futebol europeu.
Subitamente interrompeu
os treinos sem autorização dos dirigentes do clube. Voltou ao Brasil e foi
encontrado, dias depois, no Morro da Chatuba, no Complexo do Alemão, de chinelos,
tomando cerveja em uma birosca com amigos da comunidade.
A explicação dada por
psicólogos é que Adriano tinha entrado em um processo de depressão pela
distância dos amigos, dos familiares e do ambiente do Complexo do Alemão, onde
fora criado. Atualmente, não se tem
notícias dele.
Esse exemplo causou
grande impacto à época, pois foi uma prova de que somente o sucesso profissional
e financeiro, não são elementos garantidores para uma vida bem-sucedida e
estruturada.
Desde há muito,
pergunta-se como romper esse ciclo diabólico da má formação básica.
Mais importante do que
a ação do Estado, são os exemplos e as mudanças que ocorrem dentro dos núcleos
familiares.
Outro exemplo claro desse
problema é o de muitos negros americanos, que se consideram vítimas da
truculência policial, e que criaram o movimento “Black lives matter” (Vidas de
negros importam).
Diversos representantes
negros, proeminentes nos USA, contestam essa vitimização que parte dos negros
americanos alegam em sua defesa.
Essas autoridades
negras dizem que, se fosse apenas um problema de ordem econômica e social, o
“Programa de Ação Afirmativa”, que existe desde o Governo Kennedy, teria mudado
a realidade da vida dos negros que ainda são discriminados e que vivem em guetos
e comunidades pobres dentro da sociedade americana.
Esses líderes alegam
que, mais do que leis e programas governamentais, é preciso que surja um
movimento de conscientização, de reação e de mudança dentro dessas comunidades
no sentido de modificar o comportamento das pessoas, principalmente os jovens e
as crianças.
O sucesso desse plano
está baseado na formação emocional básica, com boa orientação, dentro das unidades
familiares dos negros, atingindo principalmente os mais jovens.
Entre diversos
comentaristas que abordam esse assunto, que podem ser acessados pelo Google ou
YouTube, ressaltamos o apresentador negro da CNN, DON LEMON.
Também destacamos
ORLANDO PATTERSON, do Sunday Review. Seu excelente artigo de 09.05.2015, “The
Real Problem With Americas’s Inner Cities” (O real problema com cidades do
interior da América), é uma descrição real da vida e dos problemas dentro dos
guetos negros nos USA, que pode ser equiparável ao que acontece nas favelas das
grandes cidades brasileiras.
Outro articulista de
renome é WAYNE ALLYN ROOT, que, em 29.04.2015, lançou o impactante artigo “It’s
Time for Black America to Blame Black America” (É hora da América Negra culpar
a América Negra), no site www.theblaze.
Diversas matérias de
outros comentaristas, a respeito do assunto, podem ser acessadas pelo Google ou
pelo YouTube.
Todas essas mudanças, que
já ocorrem dentro das comunidades negras, são consideradas, por sua abrangência
e profundidade, verdadeiras revoluções na sociedade americana.
Voltemos ao nosso
Brasil.
Estamos em pleno
processo revolucionário.
Nunca poderíamos pensar
que ocorreria no Brasil o que ocorreu em 2016.
E podemos afirmar que
nos espantaremos muito mais, pois a revolução avançará em 2017, de forma muito
mais arrojada do que avançou em 2016.
A Operação Lava-Jato
não vai parar.
A PF, o MPF, e o STF
continuarão cada vez mais ativos e atuantes.
As delações continuarão
à toda carga e os resultados aflorarão ainda em 2017.
Mudanças que ainda são consideradas
divagações absurdas, irrealizáveis e inaceitáveis, ocorrerão de forma cada vez mais rápida, cabeças rolarão, e a crise econômica ainda
se aprofundará por um bom período.
É o preço a pagar para
purgar o país desde a medula dos males que o acometeram durante tanto tempo por
seguidos governos.
Sim, teremos um 2017
tumultuado e que nos reservará grandes surpresas e, justamente por isso,
podemos afirmar que será um ano muito gratificante para a reestruturação do
país e do povo.
Como nunca antes, a
democracia e a liberdade de expressão se afirmarão como instrumentos dessas
mudanças.
A propósito, transcrevo
adiante o artigo “Precisa-se de matéria-prima para construir um País”, que
circulou pela internet em novembro de 2005, e foi atribuído ao escritor João
Ubaldo Ribeiro, embora ele sempre tenha negado a autoria desse arrazoado.
À época, essa nota
causou profundo mal-estar pelo seu realismo, e a sensação foi como a de um soco
no estomago; desde aquele período, eu mantenho esse texto na seção de
prediletos. Agora é o momento adequado para sua reprodução.
Hoje, depois das
mudanças que passamos em 2016, e principalmente do que está por vir em 2017,
podemos afirmar com orgulho e satisfação que estamos mudando o país e mudando
como povo.
Decididamente não somos
mais as mesmas pessoas descritas nesse artigo que causou tanto impacto e mal-estar.
Mas ainda temos um
longo caminho a percorrer para melhorarmos ainda mais como país e nos transformarmos
e nos aprimorarmos como seres humanos.
Portanto, não tenhamos
dúvidas. As perspectivas para 2017 são as melhores possíveis!!
Feliz Ano Novo para Todos.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB,
ABABB e ANAPLAB
“PRECISA-SE DE MATÉRIA-PRIMA PARA CONSTRUIR UM PAÍS” – novembro de 2005
A crença geral anterior
era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.
Agora dizemos que Lula
não serve.
E o que vier depois de
Lula também não servirá para nada.
Por isso estou
começando a suspeitar que o problema não está no larápio que foi
Collor, ou na farsa que é o Lula.
O problema está em nós.
Nós como POVO.
Nós como matéria prima
de um país.
Porque pertenço a um
país onde a ESPERTEZA’ é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que
o dólar.
Um país onde ficar rico
da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família,
baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país
onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros
países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E
SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde
as “EMPRESAS PRIVADAS” são papelarias particulares de seus empregados
desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis,
canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos …e para
eles mesmos.
Pertenço a um país onde
a gente se sente o máximo porque conseguiu “puxar” a tevê a cabo do vizinho.
Onde a gente frauda a
declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde
a impontualidade é um hábito.
Onde os diretores das
empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse
pela ecologia.
Onde as pessoas atiram
lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas fazem
‘gatos’ para roubar luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão
caros.
Onde não existe a
cultura pela leitura (exemplo maior nosso atual Presidente, que recentemente
falou que é “muito chato ter que ler”) e não há consciência nem memória
política, histórica nem econômica.
Onde nossos
congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que
só servem para afundar ao que não tem, encher o saco ao que tem pouco e
beneficiar só a alguns.
Pertenço a um país onde
as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser “comprados”, sem
fazer nenhum exame.
Um país onde uma pessoa
de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido,
fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para
não dar o lugar.
Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre.
Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre.
Um país onde fazemos um
monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.
Quanto mais analiso os
defeitos do Fernando Henrique e do Lula, melhor me sinto como pessoa, apesar de
que ainda ontem “molhei” a mão de um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o
quanto o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje
de manhã ter passado para trás um cliente através de uma fraude, o que me
ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não.
Já basta.
Como “Matéria-Prima” de
um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e
mulheres que nosso país precisa.
Esses defeitos, essa “ESPERTEZA
BRASILEIRA” congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce
e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade
humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e
honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS.
Nascidos aqui, não em
outra parte.
Me entristeço.
Porque, ainda que Lula
renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar
trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós
mesmos.
E não poderá fazer
nada…
Não tenho nenhuma
garantia de que alguém o possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar
um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo,
ninguém servirá.
Nem serviu Collor, nem
serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o
que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um
ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra
coisa.
E enquanto essa “outra
coisa” não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do
centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados…. Igualmente sacaneados!!!
É muito gostoso ser
brasileiro.
Mas quando essa brasilidade
autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, aí a coisa muda…
Não esperemos acender
uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar.
Um novo governante com
os mesmos brasileiros não poderá fazer nada.
Está muito claro…
Somos nós os que temos
que mudar.
Sim, creio que isto
encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos a
mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes
com o fracasso.
É a indústria da
desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta
mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão
para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se
faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o
responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ.
NÃO PRECISO PROCURÁ-LO
EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa? …
MEDITE!!!
Senhor Adaí,
ResponderExcluirBom, muito bom o seu artigo.
Há muito tempo não leio algo tão objetivo.
Agora pergunto: como sair dessa armadilha emocional? A Tati Quebra Barraco pode até querer tirar os filhos desse caminho, mas como ela vai conseguir isso?
Se ela conseguir todas as demais comunidades pobres também vão conseguir.
O senhor vê esperanças de que isso aconteça?
Caro Anônimo,
ExcluirMudanças como essas, abrangendo toda uma sociedade são processos ciclópicos.
No caso de Tati Quebra Barraco, foi um trauma pessoal e, talvez pelo efeito que se abateu sobre a família, a mudança ocorra de forma mais rápida.
Uma guerra devastadora ou uma profunda crise econômica, como a que estamos passando, são ocorrências que mudam a mentalidade de um povo, tal o nível de choque provocado na população.
Estamos com mais de 12 milhões de desempregados, todos os setores estão em crise, o governo está acuado por inúmeras demandas sociais e sem recursos para atender a todos. Enfim, tudo isso junto provoca mudanças profundas na sociedade.
A única coisa que falta para completar esse quadro trágico é uma guerra (que tal com a Venezuela ?).
Mas o processo de violência interno já é considerado por muitos como um guerra.
Vai chegar um momento em que tudo isso terá fim e caminharemos transformados para outra realidade.
Só nos resta esperar.
Abraços
Adaí Rosembak
Estimado Colega Adaí,
ResponderExcluirQuero aqui lhe desejar um 2017, pleno em realizações, que continue com seus textos com todo o rigor nas declarações e profundo sobre o ponto de vista do mundo em geral, e que toca profundamente seus leitores.
Esta história que contou sobre a Tati - Fanqueira é um drama vivido por muitos de nós, tenho um neto Helan Spassini de Oliveira, que aos 16 anos se envolveu com as drogas, nesta época a mãe dele, minha filha de mudou para a Espanha, foi procurar melhorar sua vida e ele ficou sobre os meus cuidados, até nos dias de hoje ainda me pergunto onde eu errei, meu neto destruiu a vida dele e levou a família junto, as drogas o tornou uma pessoa sem controle e começou roubando dentro de casa e depois coisas dos outros, até que foi preso pela primeira vez, ficou 1 ano e 8 meses vivendo na cadeia, quando ganhou a liberdade para o semi aberto, fez ainda pior, matando um ser humano, por continuar com as drogas, ou a droga já não o largava mais, novamente foi preso, esta na cadeia pública de Cáceres MT, vai ter seu julgamento em março de 2017, por jure popular, podendo ter uma pena maior que 20 anos de prisão, e mesmo estando privado de sua liberdade, sua mente continua voltada para o crime, parece que sua revolta não tem fim, e todos nós sofremos por ver um ente querido pagando por seu erro, mas necessário para sua própria libertação do erro cometido contra um semelhante seu.
Doí muito ler esse post seu, porque senti na pele a dor dessa mãe, que eu sendo apenas vó, carrego comigo, esse sentimento de ONDE FOI QUE EU ERREI, porque temos que passar por tudo isso, meu neto foi criado com tanto amor, tanto empenho para fazer dele um homem de bem, e depois ver ele se transformar, e o peso da culpa, passe o tempo que passar nunca se afasta do nosso coração, da nossa mente, e se ainda temos forças para lutar é porque agarramos na fé, mas entre as voltas que a vida prega em nós, sempre fica em aberto esta pergunta, ONDE FOI QUE ERREI, PORQUE MEUS FILHOS SÃO TODOS BATALHADORES, LUTAM DIA A DIA PARA SOBREVIVER, e compartilho todos os dias do sofrimento da minha filha, que mesmo tendo 2 outros filhos, não vive, vegeta em meio a esse sofrimento, essa dor que é rotina na vida dela.
Obrigada, pelo Post e me perdoe pelo DESABAFO.
Atenciosamente
Rosalina de Souza
Querida Rosalina,
ExcluirAté hoje nunca havia recebido um comentário tão dramático como o seu no meu blog.
Relutei muito em o publicar mas acho que agi bem em o colocar neste blog. Ele pode ajudar outras pessoas que se encontram em situações similares à sua.
Já li depoimentos de familiares de drogados sobre o drama que passam com essas ovelhas negras na família. Alguns desses drogados chegam a matar familiares para obter dinheiro para manter o vício.
Tenho um amigo advogado bem sucedido, dono de uma banca junto com sua mulher, também advogada, cuja filha é um tormento.
Já foi internada diversas vezes, já se envolveu com traficantes, já foi encontrada dormindo nas ruas com mendigos, e por aí vai.
Como mudar isso? Sinceramente, não sei. Se fosse pelos traumas ela já teria mudado.
A última notícia que recebi é que ela iria fazer um tratamento radical de desintoxicação em Israel. É um tratamento radical.
A pessoa é internada em uma clínica e, entre parte do tratamento, é toda entubada e seu sangue é todo filtrado. Coisa de ficção científica.
Os especialistas dizem que esse tratamento realmente funciona.
Esses são casos extremos e que podem arrasar com a família toda.
Aí vai uma dica sobre o que li a respeito.
Não se culpe e seja o mais objetiva e racional possível. Acompanhe o tratamento mas não se permita envolver pelo drama dessa pessoa.
Existem limites para nossa atuação pessoal e tem coisas que nunca vamos conseguir realizar e nem corrigir nesta vida.
Entregue o caso para especialistas e o mantenha em uma clínica longe do contato e do convívio familiar.
Se não tiver recursos para tanto, procure apoio governamental para a cura desse rapaz e não comprometa a estabilidade e a saúde do resto da família.
Existem órgãos do governo que prestam esse tipo de apoio. Lógico que não é nada comparável com o tratamento em Israel e em países do Primeiro Mundo.
Procure apoio espiritual e reze bastante.
Casos como esse são os extremos da existência.
Levante o astral i siga com sua vida.
Abração deste querido amigo
Continue a escrever
Adaí Rosembak
Caro Colega Adaí,
ResponderExcluirFez o certo, em publicar é a mais pura verdade, no caso do meu Neto, agora ele vai ficar preso por muito tempo, a depender da condenação em jure popular que deve ocorrer agora em março de 2017, mas são muitas as famílias que vive esse drama, meu neto foi internado diversas vezes, em clinicas pagas, mas não resolve o problema, a cura dessa doença depende da vontade do paciente, se não se pode gatar verdadeiras fortunas e daqui a pouco eles volta para o mesmo vicio e já coloquei meu neto nas mão de Deus, só ele pode resolver, aqui na terra não tenho mais esperança a depender dos homens, mas Deus pode sim, livrar ele de todo esse sofrimento, e Adaí infelizmente afeta sim a todos da Família, mesmo os que estão longe.
Mais uma vez lhe agradeço, só fiz o relato, porque meu neto foi parte de uma matéria feita pela Uniad- unidade de pesquisa em Álcool e drogas, em que em 2007 apontava 50 mil pessoas usavam crack em Goiãnia-Go.
http://www.antidrogas.com.br/mostranoticia.php?c=4630&msg=50%20mil%20pessoas%20usam%20crack%20em%20Goi%E2nia
Mais uma vez te agradeço, não me envergonho de expor esse relato, porque a vida é assim, e temos que enfrentar com coragem todos os seus desequilíbrios, mesmo aqueles que mais esta no ceio da nossa família.
Querida Rosalina,
ResponderExcluirAo expor seu problema de forma tão franca você ganhou grandiosidade frente a todos nós.
Sua conduta, seu desgaste, sua dedicação, e seu comportamento são alvos de admiração por todos nós.
Somos uma só família.
Você não tem por que se envergonhar por estar confessando isso tudo.
Tudo que você contou será útil para os que passam pelo mesmo drama.
Coloco este blog à disposição de quem quer que seja que necessite de ajuda nesse sentido.
Rosalina, o que for possível eu farei para lhe ajudar.
Não tenho familiares envolvidos nesse tipo de problema, mas já acompanhei casos de amigos.
E vi muito de perto como eles sofreram.
Conte com este companheiro.
E mais uma vez parabéns pelo seu relato.
Abração do amigão
Adaí Rosembak
Fabuloso artigo, Dr. Adaí. Tanto o seu, quanto o atribuído a João Ubaldo Ribeiro (Pelo estilo, ouso imaginar que o autor foi ele mesmo). Fiquei orgulhoso de vocês.
ResponderExcluirDepois de toda essa tempestade -- que é a limpeza na psicosfera do Planeta -- virá a bonança. E o Brasil, como Pátria do Evangelho e Coração do Mundo, brilhará no horizonte da terra. Até agora, sem derramamento de sangue.
Caro Riba Ponte,
ExcluirEm primeiro lugar, não sou doutor.
Não gosto desse tipo de personalização. Estamos todos no mesmo nível.
Penso que o artigo "Precisa-se de Matéria Prima para Construir um País" tenha sido mesmo de João Ubaldo Ribeiro. Mas ele cometeu o erro básico de citar nomes e, portanto, estaria sujeito a acusações e processos judiciais. Acho que esse foi o motivo principal que sempre o levou a negar a autoria do excelente texto.
Como disse, gostei tanto do escrito que o guardei. Esperava que um dia eu o tiraria do limbo
para o colocar no centro das discussões.
E esse tempo chegou quando redigi meu artigo.
Acho que João Ubaldo Ribeiro ficaria muito feliz por estar vivendo o atual momento e ver que suas descrições da alma do povo brasileiro, enfim, estariam mudando.
Parabenizo o seu comentário por constatar que a revolução que estamos operando está sendo na alma das pessoas. Portanto, sem verter sangue.
E também partilho da opinião de que depois da tempestade - sem sangue - que será a limpeza na psicosfera do Planeta, virá a bonança.
Também partilho de sua opinião de que somos a Pátria do Evangelho e somos o Coração do Mundo.
Maravilhoso o seu comentário.
Todos estão orgulhosos dele e de você.
Um grande abraço deste blogueiro e de todos os internautas que acessam este blog.
Feliz Ano Novo.
Adaí Rosembak
Senhor Adaí,
ResponderExcluirMuito tocante e profundo seu artigo.
Pergunto como operar essa mudança na mente das pessoas.
A Europa com milênios de civilização enfrenta o desafio de convivência com sociedades de sociedades diferentes e desiguais.
O senhor não considera sua visão um tanto além da realidade?
Acha que é possível uma mudança tão profunda em uma mentalidade marginal como a nossa?
Pelo que o senhor falou acho tudo muito utópico e fantasioso.
Caro Anônimo,
ExcluirA necessidade extrema e a violência operam essas mudanças.
Aqui no Brasil, somos a chamada Belíndia, que seria uma sociedade mista de Bélgíca e Índia.
A Europa tem séculos de guerras e mudanças de toda ordem e ainda continua dividida em bolsões culturais.
A China é uma potência em ascensão mas tem uma cultura de 5000 anos.
De modo que penso que o processo de revolução no Brasil não será de todo pacífico.
Mas essa mudança se operará dentro de um ambiente de democracia e liberdade de expressão.
O império da lei está se afirmando cada vez mais.
Ainda teremos muito chão pela frente.
Rezemos para que tudo transcorra da melhor forma possível.
Abraços
Adaí Rosembak
Fiquei em estado de choque com o relato da Rosalina. Confirmou seu perfil de transparência e sinceridade expondo sua vida.É evidente que não deve se culpar porque não temos o poder de mudar ninguém nem mesmo os filhos e netos. Se já a considerava uma guerreira agora nem tenho adjetivos para essa mulher forte e corajosa que ainda se envolve com os nossos problemas.Que Deus lhe dê muita força.
ResponderExcluirCaro Anônimo,
ExcluirA Rosalina realmente é uma pessoa fora do comum.
Fiquei muito indeciso se publicaria ou não o comentário dela. No final achei bom publicar para que nós todos que, muitas vezes, choramos por pouca coisa entendamos os dramas alheios.
A Rosalina ainda teve um outro drama na vida que foi um desastre automobilístico que desestruturou a sua vida e de sua família.
A Rosalina é um exemplo de pessoa forte.
É uma pessoa admirável.
É por contarmos com pessoas como ela que tenho tanta confiança em nosso país e no nosso povo.
Grande abraço
Adaí Rosembak
Caro colega,
ResponderExcluirEsta é a primeira vez que acesso seu blog. Um colega me recomendou este artigo que o senhor escreveu.
O senhor foi fundo no assunto.Gostei muito.
Mas permanece uma pergunta. Como forjar a mentalidade de um povo?
Pela guerra? Pelo sofrimento? Será que só existem esses caminhos?
Somos um povo pacífico, um país de mixagem racial e sem conflitos territoriais.
Será que teremos de mudar essa índole?
Espero sua opinião.
Caro Anônimo,
ExcluirEstou solidário com suas colocações.
Sim, somos um povo pacífico, o Termo "mulato" é muito utilizado por turistas ao se referirem à mixagem racial de nosso povo. Essa é uma qualidade que todos eles elogiam e que dizem que só existe no Brasil.
Aqui nunca tivemos os nível de conflitos raciais que, em passado recente, marcaram países como África do Sul e USA, nunca tivemos divisão em castas como na Índia, a nossa língua é uma só, as nossas leis também, nunca passamos por guerras e sempre soubemos resolver pela diplomacia eventuais problemas com os países vizinhos.
Sim, temos virtudes.
Mas em alguma coisa teremos de mudar nossa índole. Diria melhor, seremos forçados a mudar para nos transformarmos como país e como povo.
João Ubaldo Ribeiro foi muito objetivo no seu relato.
Não creio que entremos em guerra. Isso é algo que afronta nossa formação.
Mas teremos conflitos internos sim. Estamos tendo agora com rebeliões em presídios. Estamos tendo agora com a ação da Lava-Jato.
Isso não deixa de ser sofrimento. Nada comparável aos quase 30 milhões de seres humanos mortos em nome de uma ideologia que se provou falida e equivocada como na ex-URSS.
Não tenha dúvidas de que nossa índole mudará muito mais ainda.
Essa é a minha opinião.
Abraços
Adaí Rosembak
Caro amigo,
ResponderExcluirAcho que é uma utopia o que o senhor propõe. Transformar um bandido sanguinário em um anjo???
Como é que vai se transformar um povo como esse que o João Ubaldo Ribeiro descreveu?
Só com muito sofrimento e uma boa guerra.
Caro Anônimo,
ExcluirAcabei de dar a resposta ao comentário anterior.
Passaremos por sofrimentos sim.
Concordo com você que não é possível transformar um bandido sanguinário em um anjo.
Essa transformação, diria formação, seria possível desde que tivesse sido feita a partir da primeira infância sem interrupções até a idade adulta. Na vida adulta considero essa mudança muito difícil, embora muitos especialistas do assunto discordem de meu ponto de vista.
Nos USA existem grupos muito atuantes dentro das comunidades negras que atuam para a formação e integração social de novos cidadãos. Eles atuam junto com organizações religiosas e com grupos que recebem ajuda governamental e de outras fontes.
As crianças recebem formação básica de cidadania, espírito público, atuação comunitária, formação de grupos de ajuda, preparo aprofundado para convivência social no trabalho e nas comunidades onde vivem. Muita coisa tem mudado nessas comunidades que ainda são marginalizadas, desorganizadas, desestruturadas, com alto índice de criminalidade e, por isso tudo, ainda são alvos de discriminação. O mesmo ocorre com comunidades pobre e favelas no Brasil.
Não é correto e muito menos justo dizer que por serem pobres são aliados da criminalidade e devem ser marginalizados. Esse é um conceito totalmente equivocado e marcado por uma abominável e injusta discriminação.
A maioria desses cidadão tem boa índole, querem o melhor para suas famílias e seus filhos e são as maiores vítimas da criminalidade dentro de suas comunidades.
Mas a mudança, embora lenta, continua constante e cada vez mais aprofundada.
Concordo com você que ainda passaremos por muito sofrimento para mudar nosso povo, que foi alvo de críticas tão contundentes por parte de João Ubaldo Ribeiro.
Mas não creio em guerras. Isso vai contra nossa índole pacífica.
Abraços
Adaí Rosembak
Caro Senhor,
ResponderExcluirNão acha que o senhor foi insensível quando recomenda que a família de um transgressor o abandone do deus dará?
Filho é filho.
Caro Anônimo,
ExcluirNão. Não me considerei insensível.
Pelos relatos que li de mães de transgressores da lei pude aquilitar o quanto elas sofrem.
Mas é preciso olhar para as diversas famílias cujos membros foram vítimas desses facínoras.
Por essa razão, confesso-lhe que fico muito propenso a apoiar a pena de morte para esses casos extremos.
Esse é o lado negro de nossa existência.
Adaí Rosembak
Senhor Adaí,
ResponderExcluirDiscordo inteiramente dos que defendem brandura com bandidos.
Existe um ditado que diz que "pau que dá em Chico também dá em Francisco".
Se defendemos medidas duras e encarceramento aos corruptores e bandidos da sociedade através da Lava-Jato, também temos de ser duros com os criminosos e assassinos que superlotam nossas cadeias. Não precisamos chegar até a pena de morte como nos Estados Unidos e outros países. Mas temos de ser extremamente duros antes que eles dominem a sociedade.
Caro Anônimo,
ExcluirPrimeiramente, desculpe-me pela demora em lhe responder.
Vou ser objetivo e franco.
Concordo completamente com tudo o que você disse.
Você está certíssimo.
Não podemos ser complacentes com o crime organizado senão eles tomam conta deste país.
Veja o caso do México que é dominado por famílias de traficantes.
Cada família domina uma parte do território e penetra em todos os setores do Governo.
Com certeza o Trump que construir um muro dividindo os dois países por causa disso, embora eu considere que o tal muro não vá resolver a situação, pois o mercado de consumo está nos Estados Unidos, e onde tem consumo tem oferta.
Abração
Adaí Rosembak