Caros amigos,
Após meu artigo “Uma
Ótima Notícia”, de 11.12.2018, recebi algumas críticas por
apresentar um quadro pessimista em relação às recentes discussões sobre a
sustentabilidade da CASSI, depois do NÃO.
Na verdade, gostaria
que minha posição fosse qualificada como realista pois não me considero ave de
mau agouro, mormente quando, neste momento, o que se discute é a sobrevivência da
CASSI, assunto de vital interesse para todos nós, inclusive de minha pessoa, visto
ser associado da CASSI.
Nunca é demais reiterar
que TODOS NÓS queremos o melhor para a CASSI.
A introdução da SEST
para participar das discussões, a convite do BB e dos eleitos, foi um elemento
novo que veio desequilibrar o fiel da balança.
Essa é a realidade da
situação.
Acabei de ler no site
da ANABB o artigo “Futuro da CASSI: ANABB pede novamente ao Banco do Brasil a
reabertura das negociações.”
Muito bem redigido,
objetivo e sucinto.
Mas será que foi
realista?
Vou me restringir a
abordar a parte que extraí do texto, que segue:
“as entidades que
compõem a Mesa de Negociação (AAFBB, ANABB, CONTEC, CONTRAF, FAABB) não receberam
resposta do patrocinador sobre a proposta que foi entregue no dia 20.11.2018.”
Por favor, antes de me
qualificarem novamente como ave de mau agouro, reflitam sobre o exposto, e
permitam-me fazer a acrimoniosa pergunta:
“Quais serão os maiores
prejudicados, pela continuação de discussões sobre a sustentabilidade da CASSI,
sem o menor interesse de término a curto, médio ou, preferivelmente, longo prazo?”
Registro que gostaria
de estar equivocado. Ninguém é dono da verdade.
Mudemos de assunto.
Em um processo
revolucionário, erros e absurdos são cometidos em nome de novos princípios e
uma nova ordem.
Para os que ainda têm dúvidas
do que está por vir no bojo de uma revolução capitalista, democrática e
conservadora, recomendo que leiam a excelente análise “A Revolta Conservadora”,
de Marcos Nobre, na edição 147, de dezembro de 2018, na Revista PIAUÍ.
No que diz respeito ao
BB, a despeito das declarações iniciais de privatização e enxugamento de pessoal,
penso que o futuro gestor do BB, RUBEM NOVAES, venha se informando e se
atualizando sobre a realidade do BB atual, e tenha chegado à conclusão de que
qualquer passo precipitado ou mal dado será um tiro no próprio pé.
Em relação ao
enxugamento de pessoal, diversos planos com esse objetivo já foram implementados
em profundidade, até com prejuízo do bom funcionamento da estrutura do BB.
No que diz respeito à
privatização, seria um contrassenso o governo matar a galinha dos ovos de ouro.
Quanto à PREVI, à qual
temos de dar a máxima prioridade e atenção, pois é dela que tiraremos o pão nosso
de cada dia quando nos aposentarmos, temos ótimas notícias a apresentar.
Apesar de perdas pontuais
no passado, como o conjunto hoteleiro em Costa do Sauípe e no FIP Sondas (Sete Brasil),
em razão do contexto geral de injunções
políticas e corrupção que assolava o país, a atual política séria e competente de
governança da PREVI, tem garantido investimentos seguros e rendosos que
projetam excelente perspectiva para 2018 e, seguindo nesse bem-sucedido caminho,
teremos superávits ainda mais vultosos em 2019.
Os mais recentes
levantamentos apontam um resultado positivo de R$ 14,485 bilhões até
outubro/2018.
A rentabilidade de
janeiro até outubro do Plano 1 foi de 17,96% e a do Previ Futuro foi de 11,84%.
Ambas estão acima da
média atuarial, que é de 7,84%.
Esses números comprovam
mais uma vez a bem-sucedida governança da PREVI.
A propósito das mais
recentes mudanças projetadas para incrementar
o sucesso na política de investimentos da PREVI, publicamos adiante o auspicioso
artigo “PREVI DEVE REDUZIR FATIA NA VALE
COM PLANO DE INVESTIMENTO PARA 2019”, transcrito
do jornal VALOR ECONÔMICO, de 17.12.2018, à página C1, que contou com as exposições
do Diretor de Investimento da PREVI, MARCUS MOREIRA,
e da Diretora de Planejamento da PREVI, PAULA GOTO.
Por tudo isso, tenho
absoluta fé de que, apoiados no
elitizado, bem preparado e combativo agrupamento de pessoas que dirigem nossas entidades e, a despeito das
surpresas e desafios que enfrentaremos no turbulento período que se
iniciará com a posse de JAIR MESSIAS BOLSONARO na Presidência da República, não
só sobreviveremos como sairemos vitoriosos de todos os embates que se
apresentarem em nosso porvir.
Boa Leitura!
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB,
ANABB e ANAPLAB
PREVI DEVE REDUZIR
FATIA NA VALE COM PLANO DE INVESTIMENTO PARA 2019
Juliana Schincariol –
Do Rio
A PREVI, maior fundo de pensão da América Latina,
tem uma meta de venda de participações acionárias
de R$ 5,92 bilhões no próximo ano, o que pode incluir uma redução na
participação que tem na Vale.
O investimento,
atualmente avaliado em R$ 45,5 bilhões, representa 25% do patrimônio do Plano
1, de benefício definido.
A fundação dos
funcionários do Banco do Brasil segue com sua estratégia de sair dos blocos de
controle de empresas e planeja diversificar os investimentos em renda variável participando
de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), que devem retornar
ao mercado em 2019.
Uma eventual venda da fatia
na Vale depende de algumas iniciativas no âmbito da LITEL, veículo de
investimentos em que detém a participação na mineradora com outros fundos de
pensão.
“Avaliamos fazer (uma
venda) já em 2019”, diz o diretor de investimentos da fundação, MARCUS MOREIRA.
A proposta é distribuir
as ações para os acionistas da LITEL – além da PREVI, PETROS (fundo de pensão
da Petrobrás), FUNCEF (Caixa Econômica Federal) e FUNCESP (Empresas Elétricas
de São Paulo) – para que cada fundação adote uma estratégia individual em
relação às participações.
“A ideia é que o início
seja individual sem o prejuízo de estruturarmos alguma operação maior de forma
conjunta”, diz o diretor.
A PREVI passou a adotar
uma nova metodologia para contabilizar os resultados da VALE, ainda por meio da
LITEL.
Desde setembro, a
fundação passou a contabilizar mensalmente o valor das ações a partir de uma
média ponderada dos três meses anteriores.
Antes, a avaliação era
feita anualmente pelo valor econômico.
Apesar de ter sido
beneficiada com a recente alta das ações da mineradora – com a mudança, o Plano
1 saiu de déficit para o superávit -, passa a conviver com a alta volatilidade
de um ativo que tem peso elevado na carteira.
“A única motivação para
venda é a alta concentração. Confiamos muito no futuro da empresa”, diz
MOREIRA.
Somente em dividendos
da VALE no próximo ano, a PREVI deve receber mais de R$ 2 bilhões.
Além da VALE, a PREVI
ainda está nos blocos de controle de empresas como INVEPAR, TUPY, KEPLER WEBER
e NEOENERGIA, que teve uma oferta pública inicial de ações (IPO) cancelada há
um ano.
Se tudo correr dentro
do esperado e as condições de mercado permitirem, o objetivo é retomar o
IPO da NEOENERGIA em 2019.
MOREIRA evita
estabelecer um prazo. “Estamos monitorando o mercado. A estratégia é abrir
capital e não mudou.”
Com a redução de
participações e saídas de blocos de controle, o plano para diversificar a
carteira de renda variável passa pela participação mais ativa em IPOs.
Pelo porte da fundação,
que tem investimentos de quase R$ 200 bilhões, interessam as ofertas a partir R$
3 bilhões.
Em 2017, a PREVI
investiu R$ 500 milhões no IPO da BR DISTRIBUIDORA, valor que respondeu por 10%
da operação e 3% do capital da empresa.
“Pode haver uma
reabertura do mercado. Há expectativas do novo governo fazer vendas de
participações”, afirma o diretor, sem detalhar.
Segundo MOREIRA, os
nomes já levantados ainda são mera especulação.
Com a revisão da
política de investimentos para 2019, o intervalo para a alocação em renda
variável passou a ser de 41,27% a 49,27%.
Em 2018, a faixa ia de
43,90% a 51,90%.
Mas, ao mesmo tempo, a
PREVI passou a permitir uma flexibilização da velocidade para a migração
líquida de renda variável para fixa, para que possa se proteger da volatilidade
no mercado e ainda participar de oportunidades que possam surgir.
Assim poderá vender ou
comprar mais ativos, sem interferir na liquidez ou na solvência do plano, diz a
Diretora de Planejamento da entidade, PAULA GOTO.
Para 2019, a PREVI
estabeleceu um intervalo de R$ 4,66 bilhões a R$ 10,47 bilhões.
No caso da renda fixa, a
política de investimentos determinou que a alocação fique entre 40,83% e 48,83%
em 2019 – neste ano, era entre 38,20% e 46,20%.
Já no Previ Futuro, a
alocação em renda variável foi mantida, com intervalo de 0% a 60%.
O plano de contribuição
variável prevê que os associados participem mais ativamente da gestão e devem
escolher um perfil de investimento de conservador a agressivo.
A política de investimentos
também passou a permitir que a fundação adote hedge (proteção) para até 100% do
patrimônio ante uma fatia anterior de 10% na renda variável do Plano 1.
Desde 2016, a PREVI não
aplica mais em fundos de investimentos em participações (FIPs).
A partir daquele ano, a
aplicação passou a ser oficialmente vedada.
“A vedação será mantida
até que se tenha um arcabouço regulatório melhor. No momento, estamos
capturando os ganhos”, diz PAULA GOTO.
Segundo ela, há
insegurança de que o patrimônio dos cotistas possa ser atingido em caso de
litígio ou contingência em empresas investidas pelos FIPs.
Os investimentos
estruturados, que incluem os FIPs, apresentaram a melhor rentabilidade entre as
aplicações da fundação, apesar de ser uma participação muito pequena frente ao
patrimônio. No ano até outubro, têm rentabilidade de 25% no Plano 1 e de 35,7%
no Previ Futuro.
A PREVI também deve
começar a enfrentar no próximo ano as novas regras para investimentos em
imóveis.
Com a edição da
Resolução 4661 do Conselho Monetário Nacional (CMN), as fundações ficaram
proibidas de investir diretamente em imóveis e terão 12 anos para vendê-los ou
transformá-los em fundos de investimentos imobiliários exclusivos.
No Plano 1, a PREVI
deve se desfazer da carteira de R$ 10 bilhões e descarta a alternativa dos
fundos por causa dos elevados custos de impostos de transmissão de bens imóveis
(ITBI).
No Previ Futuro, a
alocação é menor – de R$ 581 milhões – e a possibilidade dos fundos será considerada.
Para isso, está
elaborando critérios de seleção de gestores e vai analisar itens como
performance, tamanho e liquidez.
Em geral, a fundação
tem a tradição de gerir internamente suas aplicações.
Companheiro,
ResponderExcluirConfio em suas convicções em relação a tudo isso.
Será que estamos em um cheque mate nessa questão da CASSI?
Caro Anônimo,
ExcluirComo disse no artigo, espero estar errado.
Mas usando um anglicismo: "meu feeling" diz que os ventos não sopram a nosso favor.
Primeiro chamar o SEST para participar das discussões é o mesmo que chamar o lobo para a reunião dos cordeiros.
Segundo, essa demora inexplicável do BB em responder à solicitação das entidades para retomar as tratativas. Isso me cheira mal.
Enfim, repito o que disse: espero estar errados nas minhas deduções.
Tenho um imenso respeito por todas as entidades e seus dirigentes que nos representam mas meu sentimento está exposto acima.
Isso nos deprime.
Abração
Adaí Rosembak
Blogueiro,
ResponderExcluirAcho que o senhor está sendo pessimista mesmo. Posso até estar errado mas acho que, do jeitinho brasileiro, vai tudo se ajustar atendendo a todos os interesses.
Caro Anônimo,
ExcluirJá disse que procuro ser realista e também que gostaria de estar errado em relação às minhas deduções.
Sinceramente, torço para que suas expectativas de que tudo possa se ajustar do "jeitinho brasileiro" se concretizem.
Torço para estar equivocado.
Abração
Adaí Rosembak
Eu o chamo de ave de mau agouro mesmo.
ResponderExcluirA ANABB está lutando pelos nossos direitos.
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ExcluirCaro Anônimo,
ExcluirComo disse gostaria de ser classificado como realista.
Tenho a maior admiração e respeito pela ANABB e por seus dirigentes.
Efetivamente tudo que a ANABB faz é em defesa de nossos interesses.
Também luto pelos nossos interesses.
Isso não implica em dizer que deva concordar com todas as decisões da ANABB e vice versa.
Como dizia o saudoso Nelson Rodrigues "Toda unanimidade é burra".
Abraços
Adaí Rosembak
Prezado Adaí,
ResponderExcluir1 - A situação da Cassi é tão periclitante que acho seus comentários bastante otimistas. Já o anônimo das 14:44 é um sonhador. Sonha zé...
2 - Reportagem da Juliana Schincariol - Do Rio. Adaí, fala pra essa menina que a Previ não é uma fundação, mas sim uma sociedade civil sem fins lucrativos. Gostei da reportagem, mas ficaria melhor sem o termo "fundação", repetido por 9 (nove) vezes, viu Janaína!.
Um abraço,
Genésio - Uberlândia-MG.
Caro Genésio Guimarães (uberlândia MG),
ExcluirConcordo plenamente com tudo o que você disse.
Também acho que o comentarista das 14.44h é um tanto irrealista. Mas, enfim, temos de respeitar a diversidade de opiniões.
Quanto à Juliana Schincariol, ela é a jornalista que elaborou o artigo no jornal Valor Econômico. Foi pertinente sua observação mas não me atreverei a tomar a iniciativa de apresentar qualquer correção. Talvez isso possa a prejudicar.
Abraços
Adaí Rosembak
Caro Blogueiro,
ResponderExcluirVou repetir uma nota que o senhor não publicou não sei por qual motivo.
Concordo com todas as suas posições.
E outra coisa que o senhor não abordou é que um grupo oportunista sempre tenta reiteradamente interferir nos assuntos da CASSI para desqualificar seus dirigentes com a alegação de que eles "não têm preparo técnico".
Caro Blogueiro,
ExcluirObrigado por concordar com minhas posições. Temos de ser sucintos em um blog. As vezes erramos, expressamos opiniões equivocadas de terceiros e, o que é pior, nos permitimos guiar por fake news.
Mas procuramos acertar e não temos compromissos corporativos que nos impeçam de jogar barro no ventilador.
Quanto a grupos oportunistas, isso existe em todo lugar, inclusive em nossas áreas.
Também já tive algumas desavenças nessa área.
Abraços
Adaí Rosembak
Blogueiro,
ResponderExcluirLi o artigo "Pirulas" de 11.12.2018, no Blog do Medeiros e também li o seu "Uma Ótima Notícia", da mesma data, em que noticiam a inclusão da SEST nas conversações.
Onde mais isso foi noticiado?
Creio que tenha havido algum equívoco, até porque o BB tem de seguir as orientações da SEST.
Ou seja,a a SEST sempre vai estar influente no caso, mas creio que não presente nas conversações.
Estou errado?
Caro Anônimo,
ExcluirVocê não é o primeiro colega que levantou esse assunto.
Um outro dirigente de associação também levantou essa dúvida.
Confesso que talvez eu e o Medeiros tenhamos sido vítimas de uma fake news.
Aliás, li no O Globo, que muita gente está se afastando de rede sociais em razão de fake news.
De qualquer forma, nesse caso específico, nada vai mudar nas discussões sobre a sustentabilidade da CASSI, pois se os dirigentes do BB fugirem do disposto na Solução CGPAR 23 (embora suspensa no momento)ainda nos resta enfrentar a intervenção da ANS.
Esse assunto está se tornando um sapo difícil de engolir.
Espero que venhamos a ter uma solução equilibrada e sensata para essa situação.
Abraços
Adaí Rosembak
Caro Amigo,
ResponderExcluirAcha que sus suspeita sobre a demora do BB de se manifestar sobre a questão da sustentabilidade da CASSI procede.
A cabei de ler a denúncia "O silêncio do BB sobre a Cassi tem Motivo" do J.C.Neto e de autoria do Fernando Amaral, em que esse atraso é forçado para que o BB assuma a Cassi.
Caro Anônimo,
ExcluirMeu único mérito, se a isso pode ser chamado mérito, foi a estranheza da não manifestação do BB em relação ao assunto.
Uma demora injustificável e estranha. Deduzi que essa era uma atitude planejada e bem pensada do BB.
Agora o Fernando Amaral levantou essa provável hipótese.
Mas será, como ele mesmo diz, mais uma "fake news"?
Não podemos ficar nessa corda bamba. É nossa saúde e a de nossas famílias que está em jogo.
Acho intolerável esse jogo por trás dos panos em relação aos nossos interesses.
Amigo,
ResponderExcluirOnde eu acho essa revista Piauí. Gostaria muito de ler o artigo "A Revolta Conservadora" que o senhor citou em seu artigo.
Caro Anônimo,
ExcluirA revista Piauí tem uma tiragem muito limitada.
O ideal é fazer assinatura. Mas já leio (e não leio tanta coisa que assino) muita coisa.
Vou tentar localizar esse artigo para colocar em um artigo.
Várias outras pessoas já me fizeram o mesmo questionamento que você está me fazendo.
Vou procurar o atender.
Abração
Adaí Rosembak
Cara,
ResponderExcluirVou ser direto. Leio seus artigos e os comentários.
O que vejo é meia dúzia de pessoas que se interessam pelo que acontece a um palmo do nariz.
É um bando de desinteressados e desinformados.
Não sabem nada do que acontece além do que é colocado no Globo News e das novelas.
Aliás, adianta saber?
Nem vocês e muito menos eles vão conseguir mudar alguma coisa.
Li uma vez que a guerra é uma coisa muito importante para ser discutida só por generais.
É o caso do governo e da economia hoje em dia no Brasil.
O povo deveria estar mais ligado e se manifestar mais sobre nossos problemas.
Antes que os políticos metam as mãos em nossos bolsos e os economistas façam doidices.