sexta-feira, 1 de novembro de 2019

EM DEFESA DA CASSI - ISA MUSA DE NORONHA


Caros Companheiros,

Em meio ao disperso e farto material na mídia e na rede, sobre o processo de reestruturação pelo qual passa a CASSI, ao ler o Blog da ROSALINA DE SOUZA e o site WWW.AFAGO.COM.BR, também resolvi reproduzir a oportuna manifestação da Companheira ISA MUSA DE NORONHA    em relação ao  artigo  “CASSI, do Banco do Brasil, precisa de R$ 1,4 bi para não quebrar”, publicado no Blog do VICENTE, em 22.10.2019, no jornal Correio Braziliense.

Como sempre, ISA MUSA DE NORONHA, foi brilhante, focada e precisa em suas colocações, que sempre vão de encontro à justa defesa dos interesses de nossa categoria.
                               
Adiante, dou início a esta nota com as admiráveis colocações de ISA MUSA DE NORONHA e, ao final, reproduzo o artigo de VICENTE NUNES em seu blog.
Boa Leitura !!

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB


CASSI

ISA MUSA DE NORONHA, Presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil.
                                      
A propósito da reportagem “CASSI, do Banco do Brasil, precisa de R$ 1,4 bi para não quebrar”, divulgada no Blog do Vicente, do Correio (22/10), permito-me contestar a veracidade das informações publicadas com tendenciosa dramaticidade.

É verdade que a CASSI enfrenta sérias dificuldades , contudo, trata-se da maior autogestão do país, atende a mais de 700 mil vidas, perdura há 75 anos e é referenciada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como experiência exitosa no Laboratório de Inovação em Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira e vem honrando todos os seus compromissos com a rede credenciada/referenciada, médicos, hospitais e clínicas.

NÃO É VERDADE que os associados da CASSI, funcionários do BB da ativa e seus aposentados e pensionistas, resistem em aumentar suas contribuições.

Ao contrário, desde 2015, as entidades representativas do funcionalismo enviam propostas de sustentabilidade, todas rejeitadas peremptoriamente pelo patrocinador Banco do Brasil, que age consoante com as determinações do governo.
A CASSI existe para proporcionar a seus associados a atenção à saúde, que deveria ser responsabilidade do Estado.

No entanto, o Estado sempre se mostrou ineficiente em cumprir a Constituição quanto ao direito à saúde de toda a população consoante o disposto no Artigo 196:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

Na falta de ações efetivas do Estado, em 1944, os funcionários do Banco do Brasil criaram a CASSI, que se mostrou fundamental para a interiorização do banco quando foi necessária a presença do BB para incentivar a produção de gêneros alimentícios em uma época de guerra e alimentos escassos.

Hoje, o modelo de atenção à saúde no Brasil, a CASSI é associação de ajuda mútua, baseada no princípio de solidariedade, segundo o qual cada participante contribui com base em sua remuneração e utiliza os serviços na medida de suas necessidades, proporcionando a todos tranquilidade no que se refere à saúde.

ISA MUSA DE NORONHA – Presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil


Blog do VICENTE – Correio /braziliense

CASSI, do Banco do Brasil, precisa de R$ 1,4 bi para não quebrar.
Publicado em 22.10.2019 – 18.09h- VICENTE NUNES – Economia


A CASSI, Caixa de Assistência que administra os planos de saúde dos funcionários do Banco do Brasil, precisa de R$ 1,4 bilhão até o início de 2020 para formar a reserva de segurança exigida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Desse montante, a CASSI dispõe de aproximadamente R$ 500 milhões.
Mas enfrenta dificuldades para convencer sua patrocinadora, o Banco do Brasil, e seus associados a dividirem a fatura para não quebrar.
A CASSI já está sob direção fiscal da ANS, devido à sua delicada situação financeira.
Sem as reservas exigidas pela ANS, a decisão do órgão regulador pode ser dramática.
O problema é que nem o Banco do Brasil nem os associados ao plano querem abrir o bolso para compor as reservas de R$ 1,4 bilhão.
Para aumentar as contribuições dos associados a fim de reforçar as reservas da CASSI, dois terços dos associados têm que votarem a favor da medida.
O BB, por sua vez, sofre com as limitações impostas pelo governo para contribuir com os planos de saúde de seus empregados.

FLEXIBILIZAÇÃO
Quem acompanha de perto a situação da CASSI garante que ainda há solução.
A operadora atente mais de 670 mil pessoas.
Em 2018, registrou rombo de R$ 377,7 milhões, depois de um déficit de R$ 206 milhões em 2017.
Nos primeiros seis meses deste ano, o resultado foi positivo em cerca de R$ 80 milhões.
Na avaliação de ANDERSON MENDES, Presidente da UNIDAS, associação que reúne as operadoras de autogestão, como a CASSI, a exigência de reservas tão altas por parte da ANS não condiz com a atual realidade do mercado.
Não por acaso, as operadoras recorreram ao Congresso na tentativa de flexibilizar as regras dos planos de saúde.
Mendes acredita que as regras que regem o mercado precisam passar por uma atualização, de forma a incluir mais gente no mercado e não afastar aqueles que desejam ter planos de saúde.
Desde 2014, as operadoras perderam 3 milhões de associados, a maior parte, no sistema de autogestão.

Brasília, 18h09min

6 comentários:

  1. Estimado Adaí
    Parabéns para Isa Musa e obrigado por essas informações.
    Edgardo Amorim Rego

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    1. Caro Edgardo Amorim Rego,

      O mérito da matéria é todo da Isa Musa de Noronha.
      Eu apenas transcrevi a manifestação dela.
      Com certeza ela ficará muito feliz quando ler sua manifestação.
      É sempre uma honra e satisfação receber um comentário de uma pessoa com a sua grandeza.

      Grande abraço

      Adaí Rosembak

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  2. Amigo,

    Acabei de ler seu artigo. Muito bom.
    Isa Musa mostrou muito bem como se rebate uma imprensa viciada e comprometida com um status quo condenável.
    A CASSI, sem exageros, é o plano de saúde mais abrangente e bem estruturado do país. É uma organização forte, atuante e íntegra.
    Libera o INSS do atendimento a quase 800 mil pessoas.
    Ela veio para ocupar o lugar de um Estado inoperante, como Isa Musa diz.
    Concordo que existe um número imenso de estatais falidas e quem não têm mais razão de existir.
    Não é caso do BB, da Caixa e do BNDES.
    O que houve é que muitas empresas foram corrompidas por governos esquerdistas que criaram um estado corrupto monstruoso. Grandes grupos privados também foram levados à bancarrota pelo mesmo motivo.
    Não é o caso do BB, da Caixa, da Petrobrás e outras.
    O BB sempre deu lucro ao governo.
    É um banco que, apesar das amarras do Governo Central, de pequenos desvios, tem um papel vital na promoção da agricultura neste país e serve para a sobrevivência de um sem número de pequenas cidades do interior profundo do Brasil.
    Matar a galinha dos ovos de ouro é fácil.
    Difícil vai se encontrar outra.
    Parabéns a Isa Musa de Noronha, à CASSI e ao BB.

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    1. Caro Anônimo,

      Concordo integralmente com todas suas afirmações.
      Parece-me que vivemos um momento de inversão de valores.
      Antes era a corrupção do PT. Hoje é a supremacia do grande capital privado.
      Pergunto aos reformistas de plantão:
      Quem vai se responsabilizar pela promoção da agricultura neste imenso país?
      Essa é uma área complexa, difícil e sujeita a imensas perdas em razão da imprevisibilidade de intempéries. A banca privada só pensa em lucro.Ela vai correr esse risco? A quem os agricultores vão apelar?
      Vamos ver o que vai sair daí.
      Torço para que não matem a galinha dos ovos de ouro.
      E a assistência a milhares de pequenas cidades que só têm o Banco do Brasil?
      Alegar que o BB não acompanha a evolução tecnológica é uma falácia.
      O BB sempre esteve à frente dessa evolução.
      Vamos ver o que vem por aí.

      Abraços

      Adaí Rosembak

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  3. REPASSANDO ===> Apenas com um reparo. Se é para ler sem preconceito, por que discriminar o atual governo, contra as aspirações da CASSI ante o patrocinador, se se diz que "Na verdade a CASSI vem sendo destruída ao longo dos último 25 anos"? Muito se tem dito, e escrito, que o esquerdismo-petismo-lulismo aparelhou tudo o que pôde enquanto esteve de plantão. Não seria o caso de se indagar: por que não salvaram a CASSI se, como está dito abaixo, é a "extema direita, que, sabidamente, não se preocupa nem um pouco com o social.? Beirando os 91 anos, nada me importa ser confundido com "os da direita" ou "os da esquerda" ou ainda com "os do centro". De fato sou e me sinto democrata, sem impedimento de qualquer ordem, a não ser os limites da lei, para expressar-me livremente, conscientemente e responsavelmente sobre o que me aprouver. No caso do desequilíbrio financeiro da CASSI, tudo se tem dito ao avaliar contrariamente propostas aparentemente responsáveis para o encaminhamento de soluções possíveis do problema. O curioso é que ao preconceito ideológico para não aceitar propostas tidas como razoáveis, junta-se o terrorismo da intenção de privatizar o BB, ameaça que paira no País desde o governo Collor, em 1990, e que o atual governo já declarou não constar da sua agenda. É isso! Paulo Lacerda (Rio).

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  4. Estão dizendo que esse novo plano de salvação da Cassi é bom. Não pode ser. Seria, se sua execução ficasse a cargo de uma outra diretoria democraticamente escolhida pelos associados.
    Respeitosamente.

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