Caros Companheiros,
Dando seguimento ao artigo de 10.07.2020, neste blog, “ANABB em FOCO – 10.07.2020”, transcrevemos adiante o artigo “BB e BTG PACTUAL: Associados e Deputados querem
esclarecimentos sobre negociação”, publicado no site da ANABB, em
20.07.2020, às 16.01h.
A ANABB também já havia solicitado esclarecimentos sobre esse assunto ao BB por
meio do ofício ANABB/PRESI, 077/2020, de 02 de julho de 2020 (vide cópia do
documento no artigo “ANABB em FOCO – 10.07.2020, neste blog).
É importante que estejamos atentos e sejamos atuantes e ágeis
sobre essa matéria que nos parece estranha, nebulosa, repentina e desprovida de cautelas e
garantias necessárias que norteiam a boa
aplicação e rentabilidade dos capitais do BB, com reflexos sobre a
PREVI, a CASSI, e a confiança de toda a clientela do BB.
Repito as palavras do Presidente da ANABB, REINALDO FUJIMOTO:
“Ao encaminhar este pedido o que nos
move é tão somente a preocupação legítima em preservar os ganhos do Banco do
Brasil, bem como retorno adequado em todas as suas operações.”
Aproveito o ensejo para parabenizar a ANABB
que tem tomado a dianteira para colocar esse assunto às claras e de forma
detalhada, ao pleno conhecimento da mídia, da classe política e de toda a
sociedade.
Repito mais uma vez o adágio judaico que reza:
“QUEM POR TI, SENÃO TU?”
Atenciosamente
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB e ANABB
ANABB
BB e BTG
PACTUAL: associados e deputados querem esclarecimentos sobre a a negociação.
A
negociação de uma carteira de crédito entre o BB e o Banco BTG PACTUAL continua
gerando repercussão.
E não é
apenas a ANABB que tem buscado esclarecimentos sobre o ineditismo da operação.
Associados
da ANABB e parlamentares querem mais explicações sobre a cessão de uma carteira
de crédito com valor contábil de R$ 2,9 bilhões para um fundo de direitos
creditórios administrado pelo BTG Pactual, com impacto financeiro de R$ 371
milhões ao BB.
Na
última quinta-feira, 16 de julho, o associado e funcionário aposentado do BB, PAULO
ROBERTO TOURINHO, de Niterói (RJ), encaminhou uma carta que foi divulgada pelo
jornal O GLOBO pedindo explicações sobre a transação realizada pelas duas
instituições financeiras:
É
preciso explicar.
O Sr. RUBEM
NOVAES, presidente do BANCO DO BRASIL, e o ministro da Economia, PAULO GUEDES,
precisam explicar por que o BANCO DO BRASIL cedeu carteira de crédito no valor
de R$ 2,9 bilhões ao Banco BTG PACTUAL, sendo a primeira vez na sua história
que ocorreu venda para instituição privada fora de seu conglomerado.
A
operação levanta suspeita tendo em vista que o citado banco foi criado por PAULO
GUEDES, que sempre diz que devemos vender essa "porcaria" do BANCO DO
BRASIL.
Este
blogueiro permite-se acrescentar que o Ilustríssimo Senhor Ministro da Economia
PAULO GUEDES usou a palavra “PORRA” para qualificar o nosso querido BANCO DO BRASIL em
reunião ministerial de 24.04.2020. (vide artigo “QUO VADIS BRASIL?”, de 25.05.2020,
neste blog).
O
assunto que preocupou o associado PAULO ROBERTO TOURINHO foi tema de pedido de informações da ANABB ao
BB.
Conforme
já divulgado, no dia 2 de julho, a ANABB solicitou esclarecimentos sobre a
natureza da operação ao Vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com
Investidores do BANCO DO BRASIL, CARLOS HAMILTON VASCONCELOS ARAÚJO.
MOBILIZAÇÃO
ENTRE DEPUTADOS
No legislativo, dois deputados protocolaram requerimentos na CÂMARA DOS DEPUTADOS para que o BANCO DO BRASIL e o MINISTÉRIO DA ECONOMIA prestem esclarecimentos sobre a cessão da carteira de crédito do BB ao BTG PACTUAL.
O ofício
da ANABB encaminhado ao BB foi citado pelo deputado ENIO VERRI (PT/PR) no requerimento de informações protocolado pelo
parlamentar, que questionou a transação durante discurso no plenário virtual e
requereu ao MINISTRO DA ECONOMIA, PAULO GUEDES, que é um dos fundadores do BTG
PACTUAL, sobre a operação a fim de se atestar “a regularidade de sua ocorrência,
a observância de requisitos de boa governança e, principalmente, o atendimento
ao interesse coletivo, princípio basilar a conduzir operações realizadas por
sociedades de economia mista”, diz no documento.
O outro
requerimento foi feito pelo deputado GLAUBER BRAGA (PSOL/RJ) que também protocolou um convite ao
presidente do BB, RUBEM NOVAES, a comparecer à CÂMARA DOS DEPUTADOS para
responder perguntas sobre o assunto.
POSICIONAMENTO
DA ANABB
Por ser tratar de uma ação inédita e pela falta de divulgação de qualquer processo de concorrência e de securitização, a ANABB encaminhou ao BB, uma série de questionamentos sobre a cessão da carteira de créditos a uma instituição privada, um dia após o banco divulgar ao mercado a negociação.
A ANABB
continua aguardando respostas dos questionamentos encaminhados ao
vice-presidente do BB, CARLOS HAMILTON VASCONCELOS ARAÚJO.
Veja os Questionamentos
solicitados pela ANABB:
1. Existe algum impedimento
legal-jurídico para que a operação não tenha transitado pela ATIVOS S.A?
2. O processo assegurou ampla
concorrência e de que modo?
3. O leilão, como modalidade para que
o BB possa ceder parte de seus ativos sem questionamentos sob direcionamentos,
não seria o caminho mais adequado?
4. A negociação teve aval formalizado
pelo TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, BANCO CENTRAL e CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO?
5. Qual composição e características
da carteira negociada?
6. O comunicado informa, ainda, que a
operação faz parte de um projeto piloto para dinamizar a gestão de crédito. Quais
características principais, justificativas e objetivos deste novo projeto?
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº RIC 808/ 2020 , do Deputado Senhor
ENIO VERRI (PT/PR).
Solicita informações ao Sr. Ministro da Economia a respeito
da operação realizada pelo Banco do Brasil em favor de fundo administrado pelo
BTG PACTUAL Serviços Financeiros S.A. DTVM.
Senhor Presidente:
Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50 da CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, combinado com os artigos 115 e 116 do Regimento Interno, sejam
solicitadas informações ao Senhor Ministro de Estado da Economia, Sr. PAULO
GUEDES, a respeito da cessão de carteira de créditos no valor contábil de R$2,9
bilhões realizada pelo BANCO DO BRASIL S.A. a Fundo de Investimentos em
Direitos Creditórios Não-Padronizado e Exclusivo (FIDCNP), administrado pelo
BTG PACTUAL Serviços Financeiros S.A. DTVM, com impacto financeiro no montante
de R$371 milhões.
JUSTIFICAÇÃO: Em comunicado ao mercado datado de 1º de julho
de 2020, o BANCO DO BRASIL S.A. (BB) informou a realização, naquela mesma data,
de cessão de carteira de créditos no valor contábil de R$2,9 bilhões a Fundo de
Investimentos em Direitos Creditórios Não-Padronizado e Exclusivo (FIDCNP)
administrado pelo BTG PACTUAL Serviços Financeiros S.A. DTVM.
O impacto financeiro da transação, conforme o mesmo
comunicado, foi de R$371 milhões, contabilizados no resultado do terceiro
trimestre de 2020.
É a primeira vez que o Banco do Brasil realiza uma operação
de cessão de ativos cujo cessionário não faz parte de seu conglomerado e, ainda
de acordo com os termos do comunicado ao mercado, “esta operação é o piloto de
um modelo de negócios recorrente que o Banco está desenvolvendo para dinamizar,
ainda mais, a gestão do portfólio de crédito”.
Dado o ineditismo da operação, o vultoso montante envolvido e
as limitadas informações disponibilizadas no comunicado ao mercado feito pelo
Banco, a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), em
nome dos quase 90 mil associados do BB, encaminhou ofício *CD206388407800*
Documento eletrônico assinado por ENIO VERRI (PT/PR), através do ponto
SDR_56449, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n.
80 de 2016.
Apresentação: 15/07/2020 16:47 - Mesa RIC n.808/2020 ao
Vice-Presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco
solicitando informações com vistas a esclarecer a natureza da operação.
No mesmo sentido, o presente requerimento visa a obtenção dos
dados, análises e maiores detalhamentos pertinentes à cessão realizada a fim de
que se possa aferir a regularidade de sua ocorrência, a observância de
requisitos de boa governança e, principalmente, o atendimento ao interesse
coletivo, princípio basilar a conduzir operações realizadas por sociedades de
economia mista.
Apresentam-se, assim, os seguintes questionamentos a serem
respondidos pelo Senhor Ministro de Estado da Economia:
1. Qual a composição detalhada (incluindo valores, emissor,
data de emissão e de vencimento, notação, etc) e características da carteira de
ativos cedida ao BTG PACTUAL?
2. Qual o valor original da carteira? Qual valor das
provisões referentes à carteira cedida constituídas em 31/12/19 e 30/06/20?
3. Como foi definido o valor da operação? Foi realizada
avaliação independente a fim de aferir o valor da carteira de ativos cedida?
Caso afirmativo, qual foi o valor da carteira calculado pelo
avaliador?
Quem foi o avaliador?
Qual foi o valor pago pelo serviço de avaliação?
Foi feito um laudo pelo avaliador independente indicando
metodologia e processo usados na avaliação?
4. Quais motivos justificam a opção pela cessão da carteira
fora do conglomerado do Banco do Brasil?
Qual o desempenho do BB na recuperação deste tipo de crédito
comparado ao desempenho do Pactual?
5. O processo de cessão da carteira assegurou ampla
concorrência?
De que modo?
6. A carteira foi oferecida a outros potenciais interessados?
Se não, por quê?
Se sim, a quais?
Foram recebidas outras propostas?
Se sim, de quem?
O que motivou sua rejeição?
7. A negociação teve aval formalizado pelo Tribunal de Contas
da União, Banco Central e Controladoria-Geral da União?
8. Em relação ao projeto piloto ao qual faz menção o
comunicado ao mercado, quais são os objetivos e características desse projeto e
em que fase de implantação ele se encontra?
Quais são os valores e datas previstos para as próximas
operações deste tipo?
9. Qual é o novo
modelo de negócios que o Banco está desenvolvendo para dinamizar, ainda mais, a
gestão do portfólio de crédito?
10. A operação de cessão da carteira tem relação com a
política de desinvestimento pretendida pelo governo?
De que forma se relacionam?
*CD206388407800* Documento
eletrônico assinado por (ENIO VERRI PT/PR), através do ponto SDR_56449, na forma do art. 102, § 1º, do
RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016.
Apresentação: 15/07/2020 16:47 - Mesa RIC n.808/2020 Sala das
sessões, 15 de julho de 2020. Deputado ENIO VERRI – PT/PR Líder do PT na Câmara dos Deputados *CD206388407800* Documento
eletrônico assinado por ENIO VERRI (PT/PR).
Caro amigo,
ResponderExcluirAcabei de ler o artigo.
Confesso-me chocado.
Como isso é possível?
Não existe lei neste país?
Caro Anônimo,
ExcluirConcordo inteiramente com você.
Leio nos jornais que estão cortando até na educação básica para equilibrar o orçamento.
Todo dia sai notícia de desvios no auxílio de R$600,00, enquanto os que realmente devem receber ficam a ver navios.
Onde está a Justiça, onde está a Lava-Jato? Onde está a mídia para noticiar isso tudo?
Vá em frente. Não pare.
Precisamos de cidadãos como você.
Parabéns.
Adaí Rosembak
Ao que prece, o BB é a única empresa no mundo que existe para não crescer ela própria, e sim, promover o crescimento de empresas concorrentes.
ResponderExcluirEdgardo Amorim Rego
Caro Edgar Amorim Rego (ED),
ExcluirEste blog fica muito honrado em recepcionar comentários de sua parte.
Você sabe das coisas.
Não podemos nos deixar cansar.
Não podemos recuar.
Temos responsabilidade em todo esse processo de mudança, não só em relação ao que acontece no BB, na PREVI e na CASSI.
Mas, principalmente, em relação ao que acontece em todo o país.
Enfrentamos forças e inimigos muito poderosos.
Mas não podemos recuar.
Parabéns por suas muito oportunas colocações.
Abraços.
Adaí Rosembak
Caro blogueiro,
ResponderExcluirTenho acompanhado esse caso. e não entendo porque ainda não foi aberta uma investigação sobre isso.
Certamente tem gente graúda dentro do BB envolvida nesse caso.
Caro comentarista, para ser sincero, também não entendo o mutismo da mídia como um todo.
ResponderExcluirE também não entendo a falta de participação dos funcionários da ativa e aposentados.
Tudo muito estranho.
Abraços
Adaí Rosembak
Caro blogueiro,
ResponderExcluirAcabei de ver na internet que o Presidente do BB pediu demissão e um dos possíveis indicados para o substituir é justamente o Vice-Presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco do Brasil Carlos Hamilton Vasconcelos Araujo, que anunciou o Comunicado de aplicação de R$ 2,9 bilhões a Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios Não-Padronizados e Exclusivo (FIDCNP) administrado pelo BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. DTVM. E agora?
Caro Blogueiro,
ExcluirTambém acabei de ler essa notícia.
Temos um sábado e domingo pela frente.
Pelo visto. a semana que vem deve ser "quente".
É esperar para ver.
Durma em paz.
Adaí Rosembak