Por
mais que queiramos nos debruçar sobre os interesses concernentes à
PREVI, CASSI, BB, PREVIC e afins, não conseguimos desviar nossa
atenção sobre o cataclismo que se abate sobre a Petrobrás.
No
que concerne aos interesses específicos dos aposentados e
pensionistas da PREVI, os reflexos se refletem nas aplicações da
PREVI em ações daquela empresa, isso sem contar com as perdas
individuais de funcionários e clientes do BB que adquiriram ações
ou investiram em fundo de ações da Petrobrás.
Hoje,
a imprensa denuncia que fundos de pensão, entre esses a PREVI,
formaram um chamado clube para celebrar negócios irregulares com a
Petrobrás e com grupos empresariais que prestam serviços à mesma,
conforme relatou um interrogado na Operação Lava-Jato.
Também
foi dito que o BB efetuou empréstimos e financiamentos irregulares
nessa área.
Internamente,
a empresa passa por investigações de comissões de apuração
que, segundo admitiu a companhia, apontaram “o não cumprimento de
procedimentos normativos internos”.
No
âmbito federal, a empresa é investigada pela Justiça Federal,
Polícia Federal e Ministério Público e, na esfera da Bolsa de
Valores, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Pela
primeira vez no Brasil, os corruptores, representados por donos e
altos executivos de grandes empreiteras, são investigados e presos.
As
autoridades estão se defrontando com um emaranhado de
irregularidades de toda ordem em contratos , subcontratos, parcerias
e acordos, tais como serviços pagos, sem quaisquer recibos ou
comprovantes , pagamentos para fornecimento de equipamentos ou
prestação de serviços sem que as empresas tivessem a mínima
condição de fabricação e nem de operacionalização de tais
estruturas.
A
amplitude e a força dessas investigações tendem a se ampliar
para outras áreas que não somente a Petrobrás, já atingindo a
Eletrobrás.
A
entrada de atores externos nas investigações, como o Departamento
de Justiça dos USA na área criminal, e da Securities and Exchange
Commission (SEC), órgão regulador do mercado acionário americano,
no âmbito da Bolsa de Valores de Nova York, é uma garantia de que
não haverá qualquer impunidade , como aconteceu com as
investigações internas da CPI do Congresso que não foram avante
face ao boicote da bancada governamental.
É
legítima a atuação desses órgãos externos, que não se submetem
à influência de forças governamentais e políticas no Brasil,
pois a Petrobrás tem ações negociadas nos USA e comprou uma
refinaria em Pasadena, Texas, negócio alvo de denúncias e
investigações no Brasil e nos USA.
Como
primeira medida efetiva, a PriceWaterhouseCoopers, PwC, empresa
externa de auditoria, recusou-se a assinar o balanço da Petrobrás.
Com
base nessas premissas, escritórios de advocacia americanos também
estão realizando investigações independentes e estão entrando com
ações na defesa de interesses de clientes que investiram em ADRs da
Petrobrás na Bolsa de Valores de New York (NYSE) .
O
Departamento de Justiça dos USA, através de sua procuradora-geral
assistente, Leslie Caldwell, responsável pelos casos de corrupção
fora do país, acaba de declarar a intenção de prender mais pessoas
corruptas em lugar de penalizar companhias e seus acionistas.
Por
força dessas ações externas , a Operação Lava-Jato não será
bloqueada por qualquer interferência política ou do Governo e
tende a ampliar as investigações sem qualquer limitação de
tempo e de consequências junto à classe empresarial, ao
Governo e à classe política.
Paralelamente,
a visão míope da área econômica do Governo de não permitir o
aumento de derivados de petróleo no mercado interno, como forma de
conter a inflação, está levando a Petrobrás ao debacle
financeiro.
Desde
2010, essa política absurda de pagar preços mais altos pelos
derivados do petróleo no mercado externo para vender por preços
mais baixos no mercado interno, já tirou a Petrobrás do pódio de
empresa mais valorizada do país.
Em
14.11.2014, a AMBEV (R$ 248 bilhões) passou para o primeiro lugar, o
Grupo Itaú-Unibanco (R$ 182 bilhões) para o segundo lugar e, a
Petrobrás que, em 08.03.2011, valia R$ 413,3 bilhões, agora foi
avaliada em R$ 169 bilhões e passou para o terceiro lugar.
Segundo
o ranking da Consultoria Internacional IHS a Petrobrás foi, entre
as 10 maiores empresas de energia do Mundo, a única que teve queda
de valor entre 2009 e 2014. Todas as demais conseguiram se reerguer
da crise e se valorizaram.
Desde
2009, quando a ação foi cotada a US$ 47.00, a queda foi constante.
Mesmo em 2010, quando a Petrobrás promoveu uma captação bilionária
de 120 bilhões de reais no mercado para financiar os investimentos
na exploração do petróleo do pré-sal, a queda continuou.
A
empresa já alertou que não atingirá a meta de aumentar a extração
de petróleo no país em torno de 7,5% em 2014, em razão de
postergações na entrega de plataformas e necessidade de obras,
entre diversos outros motivos.
Agora
é rezar para que a nova equipe econômica, que tomará posse no
segundo período de governo de Dilma Rousseff, mude com urgência
essa política equivocada e destrutiva em relação à Petrobrás e
tome medidas que possibilitem a empresa a se recuperar após tantos
reveses.
Mas,
neste exato momento, a Petrobrás está passando por essa barreira de
choque e é provável que o seu valor caia ainda mais.
Por
isso, na modesta visão deste articulista que investiu alguns
caraminguás no fundo de ações da Petrobrás do BB, recomendo que
os investidores tenham calma e paciência pois, após esse furacão
por que passa a Petrobrás, com certeza as ações e esse fundo vão
se valorizar novamente. Muitos investidores até dizem que esta é
a hora de comprar.
Mas
como investidor cauteloso e conservador não seguirei essa
orientação.
Prefiro
me manter atento ao noticiário, torcendo para que a Petrobrás se
reestruture e volte a crescer e se valorizar, e o fundo de ações
da Petrobrás do BB suba de valor.
O
que mais prezo atualmente, é continuar a dormir tranquilo, curtir a
vida a meu modo e evitar um infarto.
Decididamente,
não sonho em ser um novo Warren Buffett e nem o invejo.
A
Petrobrás e a Revolução no Mercado Internacional de Energia
Consideramos
que o esquema de desfalques e corrupção que está sendo
apurado na Petrobrás com a Operação Lava-Jato e os problemas de
compressão dos preços de petróleo e derivados causados pela
política da atual equipe econômica do Governo para combater a
inflação, são problemas que terão de ser resolvidos dentro de um
prazo razoável, sob pena de se comprometer o mercado acionário no
Brasil e no exterior.
Mas,
o que mais nos preocupa e que não tem ocupado as manchetes dos
jornais é que, em nenhum momento, houve qualquer manifestação do
posicionamento da Petrobrás face à revolução que ocorre
atualmente no mercado internacional de energia.
A
produção petrolífera no
Brasil é
muito
cara, pois está
concentrada
principalmente na
exploração do pré-sal, a
7.000 metros de profundidade, que
produz
petróleo pesado,
quando nossa maior
necessidade é o petróleo tipo leve
que é mais encontrado em reservas
em outros países.
No
Brasil, temos
poucos
depósitos de
petróleo leve.
O
principal é o da
Bacia do Recôncavo Baiano, que produz petróleo leve de alto valor e
que pode ser misturado ao petróleo pesado.
Outras
jazidas de petróleo leve também foram encontradas em Sergipe,
Espírito Santo e Santos.
Mas,
por enquanto,
ainda
temos de importar
petróleo leve
enquanto exportamos petróleo pesado.
Por
outro lado, a revolução
energética nos
USA com a
exploração de
gás e petróleo
de xisto (shale
gas) , com maior
incremento desde
2008, vem abalando
o mercado de
energia ao redor do Mundo.
O
xisto, que
é uma rocha impregnada de hidrocarbonetos, já
era usado pelos índios norte-americanos para aquecimento e preparo
de alimentos e
teve seu
primeiro poço explorado em 1825,
em Fredonia, New
York State.
Por
muitas décadas sua exploração em larga escala era inviável
econômica e tecnicamente.
Com
o surgimento e aperfeiçoamento constante das técnicas básicas de
exploração, Perfuração Horizontal (Horizontal Drilling) e a
Fraturação Hidráulica (Hydraulic Fracturing , também chamado de
Fracking), a exploração de gás e petróleo de xisto tornou-se
compensadora e continua a ficar cada vez mais barata em relação à
exploração convencional e tem alcançado um avanço exponencial.
Em
1976, face à queda na produção de gás natural, o governo dos USA
começou a investir em outras alternativas de suprimento de
gás, incluindo o
Projeto do Leste de Gás de Xisto (Eastern
Gas Shale Project),
que durou de 1976 a 1992. Logo
após, o FERC (Federal Energy Regulatory Commission) aprovou
orçamento de
pesquisa do Gas Research Institute.
Em
1986, o Departamento de Energia fez parceria com companhias privadas
de gás para completar o primeiro poço de gás de xisto com
perfuração horizontal e fraturação hidráulica.
Daí
em diante o
progresso não parou mais.
Universidades
norte-americanas de renome criaram centros de pesquisas
especializados na área do xisto, surgiram novas parcerias entre
grandes grupos privados, universidades
e órgãos
governamentais.
A
produtividade dos poços tem aumentado constantemente e novos poços
continuam a serem abertos.
Em
2004, os USA tinham 18.485 poços , em 2007 esse número subiu
para 25.145 e espera-se que o número
de poços continue a crescer
até 2040.
As
empresas exploradoras de xisto , órgãos governamentais e as
universidades, ao mesmo tempo que se
debruçam
no desenvolvimento
e aprimoramento
dessas técnicas de exploração de poços de xisto, também
desenvolvem pesquisas avançadas para
criar novas tecnologias para evitar a contaminação do solo e das
grandes reservas subterrâneas de água.
As
reservas de xisto se estendem por 48 estados norte-americanos e são
estimadas em 24,4 trilhões de metros cúbicos.
Com
o sucesso americano, a exploração do xisto estendeu-se rapidamente
no Canadá e, mais recentemente, tem despertado interesse na
exploração das reservas na Europa, Ásia e Austrália.
As
reservas da China são
as maiores do mundo
com 36,1 trilhões de metros cúbicos, e
o governo chinês está implementando a exploração acelerada de
suas jazidas
de xisto.
Para
que se tenha uma perspectiva do avanço da exploração do xisto nos
USA, o International Energy Agency (IEA) prevê que, em 2015, os USA
superarão a Rússia na produção de gás e, em 2017, ultrapassarão
a Arábia Saudita na produção de petróleo.
Além
disso, a cotação do WTI (West Texas Intermediate, também
conhecido como Texas Light Sweet ), que é a base de avaliação
norte-americana para a negociação de contratos futuros de petróleo
leve na Bolsa Mercantil de Chicago, em razão da queda de seu preço,
desvinculou seu valor de negociação do valor do BRENT (Crude Oil
Brent), que é a principal referência internacional de preços para
a negociação de petróleo leve .
O
mercado interno de gás e petróleo nos USA, com preços cada vez
mais baixos em relação aos preços do mercado externo, em razão
da exploração do xisto, está levando grandes indústrias, que
dependem do uso intensivo de energia, a se instalarem em território
americano.
Mesmo
que o valor do barril do petróleo no mercado externo chegue a US$
60.00, a exploração de gás e petróleo de xisto ainda será
lucrativa nos USA.
A
baixa do preço do gás e do petróleo de xisto nos USA está
causando grandes disputas e conflitos no mercado internacional de
energia.
Na
última reunião da OPEP, em outubro corrente, a Venezuela, que vende
a maior parte de sua produção para os USA, solicitou aos demais
membros da OPEP a diminuição da produção de petróleo para que o
preço do barril – que em outubro estava a US$ 92.00 - voltasse a
aumentar.
A
Venezuela tem seu equilíbrio econômico-financeiro baseado na
exportação de petróleo cotado a US$ 120.00 o barril. Essa é a
razão por que a Venezuela está passando por sérias crises de
desabastecimento e não atendimento aos amplos programas sociais
criados por Hugo Chavez durante o período de vacas gordas com o
alto preço do petróleo.
A
Arábia Saudita, a maior produtora internacional de petróleo,
recusou-se a diminuir a produção com a sólida argumentação de
que preços mais altos tornariam a exploração do xisto cada vez
mais competitiva além de tornar viável a exploração de outras
reservas de petróleo ao redor do Mundo. E foi além: aceitaria
abaixar o preço do barril de petróleo para US$ 90.00 ou até US$
80.00 dependendo da situação do mercado.
Ressaltamos
que, em 21.11.2014, a cotação do Brent Crude Oil no mercado
internacional, fechou a US$ 80.36.
E,
pasmem, Hugo Chavez, quando vivo, declarou, em um de seus delirantes
discursos, que a Venezuela seria a segunda potência na América
Latina, depois do Brasil, pois o preço do petróleo chegaria a US$
200.00 por barril.
Nesse
período ajudava, com os polpudos lucros do ouro negro, vários
países na América Latina, tais como Cuba, Bolívia, Equador e até
a Argentina.
Estava
criado o clube dos países seguidores do bolivarianismo.
Nicolás
Maduro que agora descasque esse abacaxi.
Outro
país que também está sendo afetado seriamente por essa conjuntura
é a Rússia.
A
Polônia, que se sente ameaçada pela Rússia e a Ucrânia, que teve
sua integridade territorial violada com a anexação da Criméia
pela Rússia, e continua a combater rebeldes armados pela Rússia
na parte leste do país , estão recebendo ajuda americana para
exploração de suas reservas de xisto para não dependerem mais do
gás proveniente da Rússia.
Os
USA estão implementando rapidamente a transferência da tecnologia
de exploração do xisto.
Especialistas
calculam que a cada US$ 1.00 na queda do preço do barril de
petróleo, a Rússia perca US$ 2 bilhões de suas receitas com a
exportação de petróleo.
Em
19.10.2014, o próprio Presidente Vladimir Putin, declarou que o país
poderá ter que cortar gastos, face à conjuntura econômica.
Com
todo esse tumulto ao redor do Mundo, perguntamos:
“ -
Como fica a situação da Petrobrás nesse contexto ? ”
Quando
em 2006, o Presidente Lula anunciou pomposamente a descoberta de
petróleo na camada do pré-sal e, em 2008, ao ser extraído pela
primeira vez petróleo daquela área, parecia que o Governo tinha
achado a solução para todos os males do país.
O
preço do barril estava a US$ 145.00 e, pelo discurso do hermano Hugo
Chávez (hermano do Lula, meu não), o preço chegaria a US$ 200.00.
A
Petrobrás endividou-se até a medula. Afinal de contas tudo seria
resolvido com a extração e venda do ouro negro.
Foi
construída uma infra-estrutura de serviços gigantesca para atender
a esse projeto desvairado, tudo a custos estratosféricos,
naturalmente.
A
Petrobrás estava tão bem cotada que lançou suas ADRs na NYSE,
obviamente abençoada com o aval dos “experts” americanos.
O
resultado vemos agora.
Sou
um leigo na área de prospecção petrolífera como a maioria dos
brasileiros o são.
Mas,
mesmo naquela época, como a maioria dos brasileiros, achava tudo
aquilo um sonho megalomaníaco, um verdadeiro absurdo.
Eu
me perguntava: “-Não é mais negócio comprar petróleo leve dos
árabes do que tirar petróleo pesado a 7.000 metros de profundidade?
”
E
ainda mais no Brasil onde são grandes as probabilidades da Lei de
Murphy serem vitoriosas ?
A
Lei de Murphy venceu. E agora José ?
Inicialmente,
a forma de o Governo tratar a Petrobrás terá de ser exatamente o
oposto do que o PT e a equipe econômica, comandada pelo “sábio”
Guido Mantega, fizeram para endividar e acabar de arrasar a empresa.
Duro
é ouvir esse personagem declarar que, se o povo elegeu Dilma
Rousseff para um segundo mandato, isso é uma prova de que sua
política de conduzir o Ministério da Fazenda estava correta.
A
nova equipe no Ministério da Fazenda, encabeçada pelo economista
Joaquim Levy – uma excelente escolha de Dilma Rousseff -
infelizmente terá de promover novos aumentos substanciais da
gasolina e demais derivados do petróleo para cobrir os custos da
irresponsabilidade de toda essa colossal farra megalômana, para não
acabar de quebrar a Petrobrás. O que, aliás, seria uma ideia
interessante se não fossem as investigações do Departamento de
Justiça dos Estados Unidos, da Securities and Exchange Commission
(SEC) e de grandes escritórios de advocacia americanos na defesa dos
interesses de seus clientes.
Nos
USA a coisa é levada a sério. Não dá para fugir das garras da
águia americana.
Que
o diga a Argentina na luta contra os fundos abutres tendo como
árbitro o juiz americano Thomas Grieza.
Para
começar o saneamento da Petrobrás, a medida dura e sofrida para
todo o povo brasileiro e que significa o reconhecimento de mais um
colossal erro por parte dos governos do PT, mas da qual não vemos
como escapar, é abandonar de imediato e definitivamente a
exploração do petróleo no pré-sal.
Muitos,
com certeza, contra-argumentarão que isso seria um prejuízo
arqui-bilionário para as finanças da Petrobrás e do Brasil.
Mas
continuar a perder mais dinheiro e tempo nessa megalomania
desvairada, seria apenas estender a sobrevida dessa insanidade sem
solução.
Continuar
nessa trilha para justificar a decisão tresloucada do Governo, só
vai levar o país a uma crise econômico-financeira ainda maior e o
povo a mais sofrimento.
Outra
medida importante a ser tomada pelo Governo para reerguer a
Petrobrás , é promover a exploração do petróleo leve nas
reservas em terra firme até agora descobertas, como a Bacia do
Recôncavo Baiano, de Sergipe, Espírito Santo e Santos. E tratar de
incrementar pesquisas para localizar mais reservas de petróleo leve
no território continental brasileiro.
Por
último e mais importante , é partir urgentemente para a
exploração em larga escala do xisto no Brasil.
Segundo
a IEA (International Energy Agency ) temos a décima reserva de
xisto no Mundo, avaliada em 6,9 trilhões de metros cúbicos de gás
de xisto e de 5,3 trilhões de barris de petróleo leve de xisto, em
pelo menos três bacias conhecidas .
A
propósito , a Petrobrás já conta com a Superintendência de
Industrialização do Xisto (SIX), que é uma refinaria localizada
no Município de São Mateus do Sul, no Paraná, com capacidade para
a produção de 7.800 toneladas/dia de xisto.
Tudo
o que aqui foi dito representa uma verdadeira revolução no mercado
de energia no Brasil e que implicará, inicialmente, em perdas
gigantescas para o país.
É
o preço a pagar por essa aventura mal pensada, mal estruturada e
irresponsavelmente conduzida.
A
culpa não é só do PT e nem da Presidente eleita.
É
de todos nós que surfamos nessa onda.
Não
estamos isentos de cometer erros.
Como
consolo, temos de considerar que outros países já cometeram
erros muito mais graves do que os que ora nos afligem.
Como
exemplos recentes, citamos a equivocada Guerra do Golfo contra o
Iraque, promovida pelos USA no Governo Bush ou, retornando um pouco
atrás na história, a Rússia, com a adoção do Comunismo, que
matou cerca de 100 milhões de pessoas ao redor do Mundo.
Até
hoje, as pessoas nos países da ex-URSS, se perguntam como foi
possível eles terem abraçado e suportado por tanto tempo aquela
ideologia sanguinária, sufocante e utópica.
Pensamos
que, só depois de seu total saneamento econômico e financeiro, com
o apoio do Governo , do incremento da exploração do petróleo leve
em terra firme e da implementação de um programa amplo e acelerado
da exploração das reservas de xisto, a Petrobrás se reerguerá
como o mais importante conglomerado industrial do Brasil, voltará a
ser lucrativa e respeitada no mercado internacional de energia, terá
suas ações valorizadas na BOVESPA e na NYSE e tornará a ser
motivo de orgulho para o povo brasileiro.
Adaí
Rosembak
Associado
da AAFBB, ANABB , AFABB-RS e ANAPLAB