terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Momento Certo e a Representação no Parlamento

Foi com satisfação que tomamos conhecimento de mensagem do Colega Adilson Santos, de 13.11.2014, sobre a iniciativa tomada a partir de julho do corrente ano, junto ao Escritório Jurídico do ilustre e renomado jurista Professor Dr. Ives Gandra da Silva Martins, sobre a análise jurídica da Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, sem qualquer custo na parte preliminar, para futura ação contra os saques abusivos dos recursos da PREVI em detrimento dos aposentados e pensionistas assistidos pelos planos de benefícios da PREVI, por força de dispositivos da ilegal Resolução 26.
Qualquer medida contra a Resolução 26 , em princípio, deve merecer o apoio dos associados da PREVI.
No caso específico dessa iniciativa legal, consideramos que o retorno dos benefícios para a PREVI e para seus associados, justificam plenamente sua avaliação de custos.
Transcrevemos o inteiro teor da mensagem do Companheiro Adilson Santos ao final deste artigo.
No entanto, é importante salientar que é fundamental escolher cuidadosamente o momento mais adequado para se encetar um processo dessa envergadura.
E este não é o momento apropriado para tanto.
Em janeiro se formalizará a posse da Presidente Dilma Rousseff e dos novos parlamentares. E os melhores analistas antecipam fortes tormentas para o início do novo período político.
No momento, a área empresarial, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário, estão extremamente convulsionados com as investigações da Operação Lava-Jato que apura corrupção e desvios de recursos na Petrobrás.
É uma operação de amplitude inédita e de tempo imprevisível para seu encerramento em que, pela primeira vez na história do Brasil, não só corruptos mas também corruptores estão sendo investigados.
Com a experiência adquirida no Processo do Mensalão, o julgamento e as condenações começarão de imediato, caso a caso, logo após as investigações e apurações efetuadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.
No Mensalão todos os casos foram englobados em um único processo, que se tornou um mastodôntico mostrengo jurídico para, só após a conclusão das investigações, os envolvidos no processo serem julgados e condenados.
Os parlamentares envolvidos no caso, serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal pois possuem foro privilegiado.
Até lá, a classe política permanecerá em um estado de absoluta expectativa e tensão até que essas investigações em desdobramentos que, pelo que é noticiado pela imprensa, transcederão as limitações da Petrobrás, sejam encerradas e os julgamentos e condenações sejam concluídos.
Ou seja, com toda essa tensão reinante nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, não vislumbramos um clima adequado para que nossos pleitos sejam analisados com a devida serenidade, profundidade e equilíbrio exigidos para o assunto.
Por isso, consideramos que as consultas a serem entabuladas junto ao Escritório do Jurista Ives Gandra da Silva Martins podem e devem ser iniciadas de imediato , mas o efetivo desencadeamento do processo legal só deva começar após o encerramento da Operação Lava-Jato , já comumente chamada de Petrolão, independente do tempo decorrido, sob pena de incorrermos em mais uma investida infrutífera.
Um outro aspecto importantíssimo na defesa de nossas causas e que não é objeto de análise e crítica de nossos mais destacados companheiros, é que não contamos no Congresso com representantes de peso na defesa de nossos interesses.
Paradoxalmente, o colega aposentado do BB que mais se destaca no cenário político, é o Senador José Pimentel (PT-CE) que nos “presenteou” com a Resolução 26.
As forças armadas, por exemplo, contam com vários representantes e, entre esses, destaco a figura do Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Por mais controvertido que esse parlamentar possa ser considerado por algumas de suas convicções e atuações pessoais, esse congressista tem um histórico absolutamente elogiável na defesa dos interesses de sua categoria.
Tanto na defesa de interesses dos militares reformados e da ativa, aumentos dos soldos da categoria, reequipamento das forças armadas e tantas outras demandas, a atuação do Deputado Jair Bolsonaro tem sido vital para o sucesso dessas causas.
Falta-nos um líder no Congresso que defenda nossa categoria com o mesmo vigor e notoriedade com que os militares são defendidos por esse parlamentar.
É fundamental que, para obtermos sucesso em nossas questões, contemos com companheiros que nos representem com dedicação, energia e destemor no Congresso Nacional.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB e AFABB-RS

Reunião com o Professor Doutor Ives Gandra da Silva Martins- São Paulo, 06.11.14
Adilson Santos “ adilsonsantos@spcafe.com.br - 13/11/2014

Prezados Colegas!
Atendendo o pleito de vários partícipes da nossa REDE-SOS, iniciamos diligências a partir de julho do corrente, junto ao Escritório Jurídico do reconhecido jurista Professor Dr. Ives Gandra da Silva Martins de São Paulo, em vista de o haver conhecido nos tempos de minha formação jurídica em 1986,
consultando-o, bem como sua banca, se estariam dispostos à análise jurídica e qual seria o caminho mais adequado para desvendar-se o imbróglio a que se revestiu a conhecida e discutida Resolução 26, relativamente à Reversão de
Valores ao patrocinador, de superávit de recursos financeiros, existentes na conta Reserva Especial de Fundo de Pensão.
Assim, após receber sinal positivo quanto à disposição de sua banca de analisar o assunto à luz da ótica jurídica, sem qualquer custo inicial, nessa parte preliminar , e depois de ouvir, antecipada e particularmente,colegas partícipes de nossa Rede, Pedro Ferreira, Nasser e Balduino, quanto
à pretensa empreitada, passamos, após solicitar-nos (Dr. Ives e sua banca), em subsidiá-los com as cópias dos vários e excelentes trabalhos desenvolvidos pelos nossos experts colegas na área das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar sobre a Resolução 26, transitados pela nossa REDE-SOS, bem como da ACP/MPF do Rio de Janeiro RJ, subscrita pelo Procurador da República Dr. Gustavo Magno Albuquerque; do PDS 275 de autoria do Senador Paulo Bauer, os quais se encontram transitando, bem como da ADI
4644 e respectivo despacho do Ministro Dr. Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal, providências essas que fizemos durante o meses de agosto/setembro, com o objetivo de sintonizá-los do que já houvera ocorrido,
quanto à discussão da enfocada resolução.
Após ser analisada a citada documentação, recebemos convite daquele escritório jurídico em meados do mês de outubro, combinando-se para o dia 06 de novembro para realização de umareunião,preliminar.
Entrementes, iniciamos contatos e convites a diversos colegas interessados e com conhecimentos sobre esses assuntos previdenciários, acabando por ser circunscrita e limitada a apenas 6 pessoas, que ocorreu com a participação
dos colegas Ruy Brito, Faraco, Daisy, Ivo Ritzmann, Hindemburgo (representando a FAABB, a pedido de sua presidente Isa Musa) e Adilson, muito embora é de se reconhecer que outras dezenas de colegas também
estariam aptos à participação dessa primeira reunião, quando foram discutidos vários assuntos, quanto aos constantes assédios aos recursos financeiros existentes no nosso Fundo de Pensão.
Presente o Dr. Ives Gandra, bem como sua assessora jurídica Dra. Fátima Fernandes, podemos adiantar que a reunião foi muito frutífera, e pudemos ouvir a afirmativa, até então apenas verbal, do Dr. Ives, de sua convicção de que os artigos que orientam a distribuição dos recursos existentes em conta de Reserva Especial, no que tange à Reversão de Valores ao
patrocinador são ilegais, visto extrapolar os ditames da legislaçãovigente.
Dessa forma, conforme entendimento desse respeitado jurista, afirmou ele aos presentes que a melhor alternativa, no momento, após analisar todo o contexto, que deveria ser desenvolvido fundamentado memorial jurídico sustentando essa ilegalidade, o qual deverá ser juntado ao processo da ACP/MPF, como reforço às razões já contidas no pleito desta ação,
aproveitando-se o seu já adiantado estado de sua movimentação, já concluso ao juízo, desde 09.07.14, para despacho, onde o Dr. Ives discorrerá tese de sua absoluta convicção jurídica, quanto à ilegalidade dos artigos da Resolução 26, no que tange à Reversão de Valores ao patrocinador, relativamente aos recursos financeiros existentes nas contas de reservas de Fundo de Pensão.
Muito embora saibamos que a decisão/sentença é de alçada exclusiva do magistrado, é também de se reconhecer, que a entrada no processo, dessa reconhecida autoridade jurídica, será, sem sombra de dúvidas, de extrema
valia, inclusive no que tange aos futuros recursos judiciais, se for o caso. Tendo recebido nesta data, via epistolar, o valor proposto dos honorários advocatícios ao preparo desse memorial, e em breve, de outros demais processos que serão elencados e que pretendemos levar aos estudos desse
conhecido Escritório Jurídico, à proposição das devidas ações quanto aos demais atos havidos, de que temos dúvidas quanto à sua licitude, comentados neste encontro.
Assim, por consenso havido entre os partícipes dessa reunião, está sendo a citada proposta repassada à Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil - AFABB, solicitando à sua Presidente Isa
Musa, em assumir, a condução das negociações, para que envide todos os necessários esforços junto às nossas entidades associativas, com a finalidade de angariar os exigidos recursos financeiros ao pagamento das custas, do contrato de honorários advocatício e demais exigências protocolares, esperando-se que haja bom senso de todos, pois, já diz a conhecida frase em latim:
Dormientibus non sucurrit jus, ou seja: O direito não protege os que dormem. 

10 comentários:

  1. Prezado Adair,



    Veja que a orientação do Dr. Yves não é ingressar com nova ação judicial mas aproveitar a ACP movida pelo MPF que está conclusa para despacho. Nesse caso, não haveria sucumbência caso julgada improcedente, além de queimar etapas. Nessas condições, o momento é agora. Até porque eventual decisão desfavorável na ACP cria jurisprudência desfavorável a novo processo. A questão a ser enfrentada refere-se ao custeio dos honorários do Dr. Yves. Por ora, não houve manifestação de associação se dispondo a arcar ou até mesmo a realizar campanha de arrecadação específica junto a associados e não associados. Além disso, o patrocínio de nova ação teria com certeza honorários bem maiores, que não foram cogitados em razão da recomendação do Dr. Yves. O que ficou acertado é que eventuais novas ações para discutir fatos passados como, por exemplo, o Acordo de 1997, teriam que ser submetidas a nova análise e novos orçamentos.



    Abs

    Faraco

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    1. Caro Faraco,

      Suas ponderações são extremamente bem colocadas.
      Veja que quando abordei a adoção de medidas contra a Resolução 26 falei "em princípio".
      Assim, outras ponderações, além das suas, com certeza se farão presentes.
      A área jurídica sempre oferece diversas alternativas.
      Quando falei sobre o momento certo me referi ao tumulto pelo qual o país passa no presente momento com o Petrolão.
      Joguei o assunto no artigo baseado na mensagem do Colega Adilson Santos mas é óbvio que o assunto deve ser discutido entre os representantes das associações e a FAABB.
      E, evidente, com o apoio esclarecedor de advogados atuantes na área.
      A FAABB e as associações contam com diversos causídicos experientes que podem nos prestar esse assessoramento.
      Quanto aos custos, é evidente que serão elevados.
      É outro assunto a ser deliberado entre as associações e a FAABB.
      Fico extremamente grato pelos seus esclarecimentos e coloco o blog à sua disposição para qualquer nota que atenda aos nossos interesses.

      Um grande abraço

      Adaí Rosembak

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  2. Senhor Adaí,

    Logo o Jair Bolsonaro? Esse cara é defensor de torturadores, defende a ditadura, é homofóbico, parece que é da TFP.
    Não poderia apontar outro exemplo melhor ?

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    1. Caro Anônimo,

      Eu coloco na minha nota que o Bolsonaro é controvertido para alguns em relação a alguns de seus pontos de vista que considero completamente superados e conservadores.
      Eu próprio sou contra a algumas de suas convicções, principalmente em relação aos homossexuais.
      O assunto é mais complexo do que ele quer fazer parecer.
      Mas também acho que até nesse aspecto ele tem algumas posições defensáveis.
      Acho muito desagradável uma família com seus filhos em uma fila de cinema para comprar ingressos e um casal de gays ma frente a se beijarem e se agarrarem em público. Eu vi essa cena e fiquei constrangido.
      Acho que isso é forçar a barra e afrontar e desrespeitar as demais pessoas.
      Existem lugares próprios para isso. A começar pelas suas próprias residências.
      Outra coisa é a tal da cartilha gay. Como Bolsonaro, também sou absolutamente contra.
      Quanto a você dizer que ele é defensor de torturadores e defensor da ditadura acho que você tem de ver o outro lado da moeda.
      Por acaso alguém vai contra terroristas e assassinos que hoje estão no poder?
      Mas esses não foram meus focos em relação a esse parlamentar.
      Procurei exaltar sua atuação em defesa dos interesses de seus pares e das Forças Armadas.
      E sob esse aspecto não há o que contestar tanto que que ele foi o deputado mais bem votado.
      Isso é a prova de que existem muitos brasileiros que o admiram.
      Nossa categoria precisa de um defensor dessa estirpe.

      Adaí Rosembak

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  3. O senhor não falou em cifras e nem quais associações pagarão por essa tentativa.
    Estou na expectativa de mais esclarecimentos.

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    1. Caro Anônimo,

      Meu foco restringiu-se à mensagem do Companheiro Adilson Santos.
      Ele não falou em cifras. Já ouvi comentários os mais diversos em relação aos custos.
      O mesmo em relação sobre quem arcaria com esses gastos.
      Penso que isso tenha de ser arcado pelas associações e pela FAABB.
      Também existem outros aspectos sobre a questão que ainda devem ser discutidos e decididos.
      Assim, acho que as associações sob a batuta da FAABB ainda vão se reunir para debater esse tema.

      Abração

      Adaí Rosembak

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  4. A matéria é de extrema importancia para nós e não me furtarei, seja através de associação ou mesmo individualmente e quando chamado, a colaborar com a importancia que estiver a meu alcance.

    Afinal trata-se de apoiar com sólido parecer jurídico a posição do MPF na citada ACP.

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    1. Luiz Faraco,

      Parabéns pelo seu posicionamento.
      Este blog coloca-se a disposição para o sucesso da causa.

      Abraços

      Adaí Rosembak

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  5. coloco-me a disposição para colaborar dentro da minha possibilidade.

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    1. Caro Barreto,

      O blog está à disposição.

      Abraços

      Adaí Rosembak

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