sábado, 29 de novembro de 2014

Petróleo Pode Quebrar a Rússia e Respingar no Brasil

Pela sua importância, transcrevo o artigo “Petróleo pode quebrar a Rússia e respingar no Brasil” , de autoria de Regis Machado de Souza Rodriguez, da OCB Trading Ltda., remetido pelo Companheiro Pedro Paulo Portela Paim, Presidente da AFABB-BA.
É mais uma contribuição ao assunto da exploração do xisto para obtenção de gás e petróleo, matéria que foi alvo de meu artigo “O Futuro da Petrobrás”, o qual recomendo como leitura para maior detalhamento do tema ora focado.
É importante que todos nós avaliemos com seriedade e profundidade a dimensão dos reflexos que a exploração do gás e petróleo de xisto se fará sentir nas nossas vidas, no nosso país e em todo o planeta.
A humanidade está prestes a passar por transformações de magnitudes imprevisíveis em razão da exploração do xisto que está causando uma baixa irreversível e permanente do custo da energia em todo o mundo.
Causa-nos estranheza que matéria dessa relevância e gravidade não esteja tendo o destaque devido na imprensa brasileira. Também é importante que os blogs que abordam nossos interesses se debrucem na análise e estudo do assunto, pois grande parte dos investimentos da PREVI está focado em ações da Petrobrás que, diretamente, será afetada pela queda drástica do preço do petróleo no mundo.

Adaí Rosembak
Associado da AAFBB , ANABB , AFABB-RS e ANAPLAB

Caro Adaí,
Acho que a mensagem abaixo tem relação com seu texto sobre petróleo/Petrobras.
Paim

Data: 28 de novembro de 2014 – 10.26h
Assunto:PETRÓLEO
"Petróleo pode quebrar a Rússia e respingar no Brasil
A queda do preço do petróleo, que se agravou nas últimas horas, torna ainda mais dramática a situação da Rússia, que precisa do barril negociando a 100 dólares para evitar uma recessão.
E se a coisa piorar um pouquinho, pode sobrar para o Brasil.
As vendas de petróleo e gás respondem por mais de dois terços das exportações da Rússia. Além do país estar perdendo receita com o barril barato, o acesso ao crédito também está secando como resultado das sanções do Ocidente, que tenta conter o neoimperialismo de Vladimir Putin.
No primeiro semestre deste ano, o preço médio do petróleo era de 110 dólares por barril. Ontem, o West Texas Intermediate (WTI) listado na bolsa de Chicago derreteu para menos de 70 dólares por barril depois que os membros da OPEP não chegaram a um acordo para cortar a produção. (Já não se fazem mais cartéis como antes.) O Brent — principal benchmark do mercado de petróleo — agora sai a 73 dólares.
Para compensar a perda de receita, a Rússia deixou o rublo andar. A moeda já se desvalorizou 31% em relação ao dólar em três meses, e negocia no nível mais baixo da história (veja gráfico abaixo).
O Brasil é sensível ao que acontece na Rússia. Em 1998, a “crise russa” contaminou os mercados emergentes e fez secar linhas de crédito para o Brasil.
Se os russos começarem a dar calote, o custo de tomar dinheiro no mercado internacional vai subir para empresas como a Petrobrás — assumindo que ela ainda tenha acesso ao mercado de dívida.
As empresas russas devem cerca de 500 bilhões de dólares em empréstimos internacionais. Deste total, 130 bilhões vencem até o fim de 2015.
No mês passado, a Standard & Poor’s manteve o rating da Rússia em BBB-, o nível mais baixo do grau de investimento. A perspectiva é negativa, o que significa que a Rússia está sujeita a um downgrade em abril — a próxima revisão da nota agendada pela agência — ou antes.
A situação da estatal do petróleo, a Rosneft, é preocupante.
Com seu acesso a dólares limitado, a empresa pediu que o Kremlin saque de seus fundos soberanos e a ajude a honrar 30 bilhões de dólares em dívidas que vencem nos próximos 12 meses.
Segundo a Bloomberg, quando se compara o tamanho de sua dívida com seu lucro, a Rosneft é a segunda petroleira mais endividada do mundo.
A primeira é a Petrobrás. 

Regis Machado de Souza Rodriguez
OCB Trading Ltda
Tel    55-19-3294.7711
Fax   55-19-3294.7200
Cel   55-19-98105.4685 

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6 comentários:

  1. Prezado Colega Adaí,

    Primeiro, gostaria de lhe parabenizar por tão importante blog, que cativa a leitura e mesmo sem postar diariamente sempre acompanho diariamente as suas postagens,sempre muito atualizada e com ótimo conteúdo.

    Segundo, desde a crise de 2008, quando as ações na bolsa derreteu e perdemos bilhões, a Previ continua sua politica de concentração nos mesmos papeis, Vale, Petrobras, e Sistema financeiros que vive de especulação.

    Mas o mundo esta mudado e o mercado global, pede renovação e desafios para o futuro de como continuar auferindo lucros, com a concorrência desleal e novas tecnologias, nem sempre acompanhadas por nossas cabeças pensantes.

    Tivemos uma safra muito ruim de Presidentes na Previ, se a Previ tem visão de longo prazo, suas metodologia de trabalho esta anos luz da nossa realidade.

    Para que serve o planejamento estratégico de na pratica é ignorado, fora investimentos forçados que o Governo nos impõe, e nossa idade adiantada tendo que esperar resultados no longo prazo, investimentos que se quer vamos ver funcionando.

    Essa revelação sobre a empresa SETE BRASIL sobre sondas do pré sal demostra o tipo de empresas que a Previ tem investido o nosso dinheiro, e eu ti pergunto onde esta o tal planejamento estratégico se golpes e mais golpes são aplicados para levar nossos dirigentes a erros grosseiros.

    Já perdemos recursos com as empresas X, somos tentados diretamente por empresas como a JBS que sera uma das próximas a quebrar e lesar os cofres públicos, pois do alto dos meus 69 anos de idade nunca vi um frigorifico que não tenha fechado e largado uma cidade inteira arrasada.

    Nossos representantes estão mostrando aos poucos a podridão escondida dentro do Mourisco, são investimentos forçados, lentidão nos reclamos dos assistidos, fala-se tanto em governança, mas que serve apenas para outros, casa de ferreiro espeto é de pau.

    São tantos os escândalos, BÔNUS para diretoria no ano da perca do BET antecipado, números maquiados referente a contratos no ES, volta das contribuições, e eu diria que 2015 muitas outras novidades cabeludas vão surgir, e uma empresa que devemos ficar de olho é a INVEPAR, que tem um rombo enorme em investimentos, com dinheiro mais caro, e sem falar nas elétricas, na minha pequena visão sobre o nosso mundo, a Previ esta atolada em investimentos na corda bamba, mau estruturados, isto tudo sem falar nas comunicações que tem outro abaxi enorme a ser descascado.

    Sei que é um defensor das nossas associações, mas as duas maiores ANABB E AAFBB continuam se fingindo de mortas, enquanto brota escândalos e mais escândalos no nosso mundinho.

    Aproveitando vi que logo acima temos uma lista de associações, links para ser acessados, bem que o colega poderia adicionar a ANAPLAB, da qual faço parte como conselheira fiscal, seria de grande ajuda para a nossa divulgação entre os seus muitos leitores.

    No mais faço votos de um final de ano tranquilo, e que em 2015 venha com muitas outras novidades, saúde, paz e serenidade a você e seus familiares e que continue sempre firme na defesa dos nossos direitos junto ao BB/CASSI/PREVI.

    Feliz Natal,

    São meus votos,

    Rosalina de Souza
    Pensionista
    Matricula 18.161.320-4

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    1. Cara Rosalina,

      A maioria de suas colocações procedem.
      Cada vez surgem novas irregularidades em várias áreas.
      O Globo criou até chamadas em relação a esses assuntos: "Escândalos em Série" , "Contas em Risco" e outros.
      Já li várias denúncias que o próximo assunto que vai render novas manchetes são os fundos de pensão.
      Aerus já quebrou há muito tempo, o Postalis está na fila.
      E vão surgindo mais e mais denúncias sobre irregularidades em outros fundos.
      Pergunto: O que fazer?
      A culpa é toda nossa.
      De um lado o desinteresse, a preguiça, o comodismo, a irresponsabilidade, a falta de planejamento , a improvisação,e uma das coisas mais importantes, a falta de fiscalização.
      Do outro lado, uma ambição e falta de escrúpulos sem limite, falta de honestidade e falta de ética.
      E a coisa vai rolando e rolando.
      Mas, sem que nos apercebamos precisamente, esse caldo cultural vem mudando há bastante tempo.
      Veja o Escândalo dos Anões do Orçamento, o Mensalão e, agora, o Petrolão ou Lava-Jato.
      Tem político preso, tem empresário preso, tem delação premiada, tem atuação dura da PF, do Ministério Público Federal, da Justiça Federal, etc, etc.
      Ou seja, o Brasil está mudando.
      E daqui para a frente esse processo tende a se intensificar.
      Quanto à ANAPLAB, vou colocar no final das matérias.
      Tenho um respeito e admiração muito grande pelo Ari Zanella, que é um dos dirigentes dessa associação.
      Mas não tenho tido condições de me ausentar com frequência do Rio de Janeiro.
      Parabéns pelo seu papel como defensora e conselheira fiscal da associação.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  2. Prezado Adai,
    existem ainda muita polêmica em torno dessa matriz energética. Veja na mensagem abaixo alguns aspectos negativos a resistência que poderá haver caso o seu uso seja implementado. (Fonte - Exame.com - de 27/11/2013)
    Abr.,
    Julo Alt

    A extração do gás de xisto tem sido questionada pelos riscos e danos que pode gerar ao meio ambiente, principalmente a poluição da água, usada em quantidades colossais na técnica de exploração chamada de faturação hidráulica (do inglês, "hydraulic fracturing", ou simplesmente “fracking”).

    Na esteira do desenvolvimento dessa indústria, que além dos EUA, já ganhou escala comercial no Canadá, cresce o número de estudos que relacionam o método de fraturação a graves problemas ambientais. Conheça a seguir os principais riscos já identificados.

    Contaminação da água

    A técnica de extração do gás não convencional consiste na injeção de toneladas de água misturadas a produtos químicos e areia para gerar fraturas na rocha. Toda a água usada no processo de extração retorna à superfície, poluída por hidrocarbonetos e por outros compostos e metais presentes na rocha e pelos próprios aditivos químicos.

    Além do risco de contaminação de áreas vizinhas, o processo pode permitir que os gases acumulados nas rochas atinjam aquíferos. Um estudo feito por cientistas da Universidade Duke, da Carolina do Norte, encontrou níveis elevados de metano e etano em mais de 100 poços privados que abastecem as casas situadas na bacia de gás de xisto de Marcellus, no nordeste da Pensilvânia e no sul do estado de Nova York.

    As concentrações de metano na água potável das residências situadas a menos de um quilômetro dos locais de perfuração eram, em média, seis vezes maiores às da água das casas que estavam mais distantes, enquanto as concentrações de etano eram 23 vezes superiores.

    Tremores de terra

    Estudos recentes também relacionam a injeção de água residual no subsolo ao aumento da ocorrência de tremores no país. Um deles, realizado pelo Serviço Geológico dos EUA (USGS ) indica que o número de terremotos aumentou dramaticamente ao longo dos últimos anos, na região central e leste do país.

    Mais de 300 terremotos acima de magnitude 3,0 ocorreram a cada três anos entre 2010-2012, em comparação com uma taxa média de 21 eventos por ano, observadas entre 1967 e 2000. Os cientistas da USGS descobriram que em alguns locais o aumento da atividade sísmica coincide com a injeção de efluentes em poços de descarte.

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  3. Continuação - Júlio Cesar Alt
    Um segundo estudo, feito pelo Earth Observatory da Universidade de Columbia, em Nova York, indica que pelo menos metade dos terremotos de magnitude superior a 4,5 que atingiram o interior Estados Unidos na última década ocorreram perto dos locais de injeção de fluídos.

    A suspeita é de que o aumento da atividade em poços de gás natural alterou tensões em áreas suscetíveis a terremotos, aumentando a pressão de poros fluidos nas rochas subterrâneas, lubrificando falhas pré-existentes e deixando-as mais propensas à ruptura.

    Mortandade animal

    Os fluidos poluídos do fraturamento hidráulico são apontados como a causa da morte de espécies aquáticas em rios de Kentucky próximos à áreas de exploração onde foram verificados vazamentos.

    Estudo realizado pelo USGS e o Serviço de Pesca e Vida Selvagem Americano (Fish and Wildlife Service) mostra que os fluidos liberados no ambiente degradaram a qualidade da água ao ponto de causar lesões nas guelras dos peixes e no fígado e baço.

    Emissão fugitiva de metano

    Apesar de poluir menos que o carvão, a extração de gás de xisto pode emitir na atmosfera, de maneira fugitiva, volumes nada desprezíveis de metano, um gás efeito estufa 20 vezes mais potente que o CO2.

    Embora os Estados Unidos tenham visto suas emissões globais de gases efeito estufa declinarem com a expansão dessa fonte na matriz energética, em cidades onde ocorrem operações de fracking, tem se verificado um aumento das emissões de metano.

    Vazamentos na exploração de petróleo e gás, na produção e no processo de distribuição são suspeitos de ser uma das principais fontes de emissão desse gás.

    Incertezas no Brasil

    O leilão que ocorre nesta quinta-feira se desenrola num contexto nada convencional. A busca pelo gás de xisto no território brasileiro vai ser inaugurada sem que existam ainda uma legislação ou marco regulatório claro sobre como as explorações devem ocorrer.

    Além disso, o país ainda carece de estudos aprofundados sobre os riscos socioambientais da extração de gás não convencional.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Julio Cesar Alt,

      Coloquei o comentário e a resposta como artigo no blog.
      Acesse.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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