sábado, 14 de fevereiro de 2015

Um Retrato do Juiz SÉRGIO MORO

       Veja quem é o Juiz da Operação Lava-jato, a quem podemos comparar a
       Joaquim Barbosa.
Dono de estilo reservado, caráter ilibado, honestidade implacável e hábitos simples, o JUIZ da Vara Federal de Curitiba-PR entrou para a história do nosso país ao levar EXECUTIVOS PODEROSOS ligados ao PT de EMPREITERAS FAMOSAS para a CADEIA e se mostrar implacável no combate à CORRUPÇÃO da PETROBRÁS e da POLITICA brasileira. Sempre que alguém o compara com Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sérgio Moro desconversa. Ou melhor, silencia.
O juiz da 13ª vara federal criminal de Curitiba, que ganhou notoriedade à frente das investigações da Operação Lava-Jato, não gosta desse tipo de comparação nem de especulações sobre o seu futuro.
Há alguns anos, rejeitou sondagens para se tornar desembargador, o que para muitos é degrau natural para galgar a última instância do Judiciário. Moro afastou-se da oferta por desconfiar de tentativa de cooptação por parte de um figurão da política nacional que temia virar réu num inquérito que chegou à sua mesa. Não fosse isso, ele daria outro jeito de recusar a oferta por acreditar que ainda há muito o que fazer na prim eira instância.
Eleito pela REVISTA  “ISTO É” o "BRASILEIRO do ANO", SÉRGIO MORO não mostra sedução pelo poder da toga.
De hábitos simples, ele faz parte de uma rara safra de juízes que encararam a magistratura como profissão de fé.
Não dá entrevista, nem posa para fotos. Dispensa privilégios. Vai para o trabalho todos os dias a bordo de um velho Fiat Idea 2005, prata, bastante sujo e repleto de livros jurídicos empilhados no banco de trás. Antes, chegou a ir de bicicleta.
"Quando eu chego aos lugares, ninguém imagina que é o Sérgio Moro", conta, sorrindo.
Apesar de ter se tornado o inimigo número 1 de poderosos, prefere andar sem guarda-costas.
Quem sempre reclama é a esposa, a advogada Rosângela Wolff de Quadros Moro, procuradora jurídica da Federação Nacional das Apaes, instituição dedicada à inclusão social de pessoas com deficiência. A "sra. Moro" teme pela segurança do marido, e dela mesma, afinal o magistrado se mostrou implacável com a corrupção ao encurralar integrantes do governo do PT e levar, numa ação inédita, executivos das maiores empreiteiras do País à cadeia.
Nascido em PONTA GROSSA - há 42 anos, Moro é filho de Odete Starke Moro com Dalton Áureo Moro, professor de geografia da Universidade de Estadual de Maringá - morto em 2005.
Antes de ingressar na Magistratura, seguiu os passos do pai. Integrou o mesmo Departamento de Geografia da UEM e também deu aula nos colégios Papa João XIII e Dr. Gastão Vidigal.
Obteve os títulos de MESTRE e DOUTOR em DIREITO do Estado pela Universidade Federal do Paraná. Seu orientador foi Marçal Justen Filho, um dos mais conceituados especialistas em licita ções e contratos. Cursou o Program of Instruction for Lawyers na prestigiada Harvard Law School e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro no International Visitors Program, promovido pelo Departamento de Estado americano.
Sérgio Moro criou varas especializadas em crimes financeiros na Justiça Federal e traz no currículo outras operações de peso. Presidiu o inquérito da operação Farol da Colina, que desmontou uma rede de 60 doleiros, entre eles Alberto Youssef.
A investigação fora um desdobramento do caso Banestado, que apurou a evasão de US$ 30 bilhões de políticos por meio das chamadas contas CC5.
Ciente de que os mecanismos de lavagem de dinheiro evoluem e se tornam cada vez mais complexos, Moro não para de estudar.
É um aficionado pela histórica "Operação Mãos Limpas". Quando a compara com a Lava Jato, não tem dúvidas: "É apenas o começo".
O caso que marcou para sempre a política italiana foi deflagrado por um acordo de delação, mecanismo inaugurado anos antes nos processos contra a máfia. Após dois anos de investigações, a Justiça italiana havia expedido 2.993 mandados de prisão contra empresários e centenas de parlamentares, dentre os quais quatro ex-premiês.
Num artigo sobre o caso italiano em 2004, Moro exalta os chamados "pretori d'assalto", ou "juízes de ataque", geração de magistrados dos anos 1970 na Itália que ganharam espécie e legitimidade ao usar a lei para "reduzir a injustiça social", tomar "posturas antigovernamentais" e muitas vezes agir "em substituição a um poder político impotente".
O juiz SÉRGIO MORO se identifica com essa geração e vê no Brasil de hoje um cenário semelhante e propício ao combate à CORRUPÇÃO

12 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Num país onde o foco maior está sendo a corrupção e a roubalheira institucionalizada, é muito recomendável - elogiável 100% - falar de pessoas que são exatamente os opostos, que ainda têm a coragem e a humildade, de erguerem suas vozes contra os descalabros. Parabém Sérgio Moro! Que Deus o proteja sempre dos abutres do mal. Deus o colocou no caminho dos brasileiros para ser nosso escudo, nossa segurança contra os malfeitores do nosso querido Brasil cristão. Joaquim Barbosa não aguentou a pressão. Tomara que Moro aja firmemente, sem falar nem dar declarações, posto que estas idas à mídia que incomodam mais o PT. Parabéns meu caro Adaí, pelo seu oportuno e ótimo texto!

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    1. Meu caro Ari Zanella,
      Primeiramente é uma grande honra receber um comentário seu no meu blog.
      Relutei muito em colocar esse texto sobre o Juiz Sérgio Moro, visto que ele atinge nossos interesses só de forma indireta.
      Mas não me contive !!
      O Juiz Sérgio Moro é realmente uma figura admirável.
      E ele está fazendo escola. Tem um grupo que trabalha com ele composto de pessoas jovens , muito bem preparadas e determinadas.
      É gente assim que vai mudar o Brasil.
      Em outras palavras para falar da influência e da atuação do Juiz Sérgio Moro seria preciso muitas páginas.
      Deus o proteja.
      Mas, seria bom que ele não confiasse só em Deus mas que contratasse um serviço de segurança de primeira linha.
      O cargo que ocupa e o risco que corre exigem isso.
      Do jeito que a coisa está tudo é possível.
      Um abração do admirador
      Adaí Rosembak

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    2. Não há dúvida sobre o excelente trabalho que vem sendo executado pelo Dr. Sergio Moro. Mas a Operação Lava-Jato não está encerrada e tem desdobramentos. Dentre em breve, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, divulgará a relação completa dos investigados, incluindo políticos que têm foro privilegiado e foram citados na delação premiada. Para que o trabalho do Dr,.Moro seja completo e coroado pela isenção e imparcialidade, só teremos conhecimento após a divulgação da lista.

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  3. Ricardo da Silveira Mendes14 de fevereiro de 2015 às 15:35

    Como fazer chegar ao juiz Moro, o pedido para que aceite segurança, também não sei se ele confia, em atenção a própria família que certamente ele tem. Mas incluiria no pedido, todos os brasileiros que sentem nele uma esperança, para com que esses predadores, partidos e políticos e ate juízes que estão se servindo dos recursos do povo, para enriquecerem, tenham de parar. Temo que possam organizar um atentado, sendo assim, perderemos um homem honesto e dificilmente teremos outro a defender o interesse da nação, e a família também perderá. Esses aproveitadores que desde o Getúlio, Juscelino, Jânio, ditadores, Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma, sempre governaram escondendo crimes e corrupção, podem organizar algo parecido ao que houve na Argentina.
    Abraços.

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    1. Caro Ricardo da Silveira Mendes,
      Você tem absoluta razão.
      Na resposta ao Ari Zanella (comentário anterior) coloquei esse assunto.
      Muitos juízes já foram mortos.
      Outros são ameaçados e tem de andar permanentemente com seguranças.
      O que é que esse homem pensa disso tudo? Acho que ele está sendo extremamente imprudente.
      Deveria andar em carro super blindado e com um grupo de seguranças de primeira linha.
      Fico aterrorizado com essa situação.
      Mataram um juiz na Argentina e muitos desconfiam que foi uma trama do governo argentino. Mas ele já está morto.
      Vou procurar o e-mail do Juiz Sérgio Moro e mandar esta mensagem com estes comentários.
      Faça o mesmo e mande uma mensagem para ele.
      Um abração
      Adaí Rosembak

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  4. Sr. Adaí Rosembak,

    Seu artigo sobre o eminente magistrado Juiz Sérgio Moro dá uma dimensão clara do que é ser cidadão de bem em nosso país.
    Antes de ingressar no BB tive a oportunidade de militar no judiciário estadual e lá vi e ouvi juízes dos mais diversos tons e matizes. A maioria, felizmente, honrando e respeitando a toga. Um deles, titular da Vara, concedeu inúmeras liminares em Mandados de Segurança contra atos coatores de presidentes de institutos que queriam proibir o acesso de advogados aos processos administrativos de segurados, seus clientes. Vejo, na pessoa do meritíssimo, ressurgir os valores que me foram incutidos por meus pais e professores. É possível, com cidadãos desse naipe, o soerguimento da sociedade brasileira. Existe, na verdade, luz no fim do túnel, e não é a de um trem vindo em sentido contrário.
    Parabéns pela clareza e objetividade de seu artigo.

    Cordialmente,
    Luiz Faraco

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    1. Luiz Faraco,
      Primeiramente, sinto-me lisonjeado de você fazer um comentário em meu blog.
      Compartilho inteiramente com o teor de seus comentários.
      Figuras como o Juiz Sérgio Moro e tantos outros que lutam anonimamente para tirar este país deste lodaçal moral nos dão absoluta segurança de que este país vai mudar.
      Temos muita coisa boa no país que nos permite ser uma nação que tem tudo para mudar e se projetar.
      Somos um povo mestiço, pacífico, não temos disputas territoriais com vizinhos, respeitamos todas as religiões e credos, nossa formação cultural é eclética, temos um território vasto e com imensos recursos naturais.
      Mas temos essa guerra dura pela frente: abraçar novos valores morais e fazer justiça com a população menos beneficiada pela nossa riqueza.
      Parabéns por sua nota.
      Mande outras.
      Um abração

      Adaí Rosembak

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  5. Bom dia,
    Tão jovem e demonstra uma firmeza, uma determinação.
    Alguém sabe quando o ilustre senhor, hoje magistrado, ingressou na magistratura?
    Em qual concurso?
    Antecipo o meu agradecimento.

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    1. Caro Anônimo,

      É isso aí.
      O Magistrado Sérgio Moro é uma pessoa admirável.
      Precisamos de pessoas assim.
      Se você deseja mais informações sobre o juiz acesse o google.
      Um abração
      Adaí Rosembak

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  6. Só tenho a agradecer a existência desse grande homem e cidadão brasileiro. Sem dúvida, um operador do direito a inspirar jovens juristas.

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    1. Caro André Nascimento,

      Também me orgulho da existência de uma pessoa como Sérgio Moro.
      Mas temos de lembrar que, como diz o ditado "uma única andorinha não faz verão", precisamos de outros Sérgios Moros para mudar este país.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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