quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

UMA VITÓRIA INCOMPLETA

Companheiros,

A vitória do SIM na aprovação do acordo entre a CASSI e o BB foi uma conquista para todos.
Tanto para os associados, para a CASSI, e para o BB.
Mesmo com limitações, teremos fôlego financeiro até dezembro de 2019, quando serão promovidas novas rodadas de negociação entre os órgãos da Mesa de Negociação e o BB.
Mas temos de ser realistas para reconhecer que, apesar dos novos aportes financeiros conquistados com o SIM, esses recursos continuarão a serem insuficientes e limitados para cobrirem, de forma ampla e satisfatória, as necessidades de atendimento ao universo de associados e usuários da CASSI.
Já foram publicadas notas em redes de funcionários que denunciam que, apesar do aporte de novos recursos, assim mesmo o Plano CASSI Associados continuará em déficit financeiro.
Essas são colocações que devem ser esclarecidas pela CASSI, pois sempre proliferam comentários culpando a CASSI por várias ocorrências quando, em grande parte das vezes, a responsabilidade não é devida à atuação da CASSI mas a culpa é, equivocada ou até propositalmente, jogada em cima  da instituição.
Como exemplo, conto um fato que ocorreu com este articulista.
Há cerca de três anos, fiz uma operação para desentupimento de carótidas. Já preparado para a cirurgia e, com o médico e sua equipe à postos, fui avisado pela administração do hospital que a CASSI não havia aprovado parte dos custos da cirurgia.  De imediato, entrei em contato com a CASSI e foi confirmado que a autorização já havia sido dada. O que ocorreu foi que o hospital incluiu novos materiais necessários para a cirurgia, mas não pediu outra autorização da CASSI para cobrir os novos custos. Após a comunicação do acréscimo de despesas, a CASSI deu nova autorização sem mais delongas. Mas, é preciso ressaltar que, inicialmente, a culpa pela ocorrência foi, injustamente, jogada nas costas da CASSI.
Já conversei com membros da CASSI que citaram   casos semelhantes, causados por uma falha de comunicação  com a CASSI por parte de médicos, hospitais e clínicas.
Esse é claramente um problema de ordem administrativa.
Não é um problema de ordem médica.
Por essa razão, discordo que médicos sejam colocados à frente da administração da CASSI, até porque os dirigentes da CASSI são eleitos pelo seu corpo de associados, muito embora nada impeça que dirigentes eleitos da CASSI também tenham formação na área médica.
É importante ressaltar que esses representantes eleitos, em sua maioria, atuam há décadas na direção da CASSI, e acumulam uma carga de conhecimentos e experiências na área que supera a dos melhores profissionais do ramo.
Como exemplo mais evidente do correto ordenamento administrativo da CASSI, faço a comparação com a MÚTUA, o bem-sucedido plano de assistência do Judiciário no Rio de Janeiro.
Na MÚTUA, a Diretoria, e os Conselhos Deliberativo e Fiscal, são ocupados exclusivamente por juízes e desembargadores.
A área médica se restringe ao Programa de Prevenção, que é composto por 27 cargos, ocupados por profissionais ligados à área de saúde.
Mas quais são as razões básicas para o sucesso da MÚTUA?
Primeiro, inexiste problema de sustentabilidade financeira, como ocorre na CASSI, face ao alto nível de contribuição dos associados da MÚTUA, em razão de seu elevado patamar salarial. Outro aspecto relevante, é que na MÚTUA não existe o traço da Solidariedade, que é característica fundamental da CASSI.
Por tudo que foi citado, seria de estranhar que a MÚTUA registrasse qualquer ocorrência negativa junto à ANS – Agência Nacional de Saúde.
A CASSI dispõe de um quadro médico responsável para cuidar de assuntos relativos à área médica. Mas, embora não tenha dados numéricos à mão, calculo que, nem de longe, o número de profissionais do quadro médico da CASSI se equipare, estatisticamente ao quadro de usuários, ao da MÚTUA.
É preciso ressaltar que a MÚTUA conta com 5000 associados e está restrita ao  Rio de Janeiro, enquanto a atuação da CASSI cobre todo o país e presta assistência a 750.000 pessoas.
Na CASSI, casos singulares dentro da área médica são analisados no âmbito desse setor especializado.
O gigantismo e a complexidade dos serviços prestados pela CASSI, que abrange todo o país, exige um sistema cada vez mais abrangente, rápido e eficiente na área de TI-Tecnologia da Informação, para resolver problemas dessa natureza.
Apesar do ingresso de novos recursos, pergunta-se se existe margem financeira suficiente para a implementação e manutenção de um programa tecnologicamente sofisticado dessa envergadura no Brasil inteiro.
É preciso que a CASSI incremente um programa de contato e comunicação constante com os associados e usuários do sistema, para o esclarecimento de assuntos pertinentes à sua área de atuação.
Falo isso em razão de uma denúncia que foi encaminhada a este blog e que coloquei na área de comentários do artigo “Blog é Coisa Séria”, de 11.12.2016, e que se referia a “Não Autorização” de um exame especializado.  Esclareço que, em resposta ao companheiro, emiti uma opinião pessoal de que, como associado, usuário e, principalmente, como contribuinte da CASSI há mais de 50 anos, o comentarista deveria tornar a dirigir seu pleito diretamente à CASSI.
Um outro assunto, levantado por um articulista de projeção de nossa área, foi de que a CASSI não participou de um importante Congresso Mundial na área de Saúde da Família. Reproduzo abaixo, “ipsis litteris”, os termos de sua nota:
“Como é possível crer que a CASSI valorize adequadamente a ESF se não compareceu a um Congresso Mundial realizado no Rio de Janeiro, portanto, sem necessidade de caras viagens ao exterior, que tratou especificamente das experiências ocorridas no mundo inteiro em relação à saúde família?”
No que se refere aos casos supracitados, este blog - que publicou essas notas -  se coloca à inteira disposição da CASSI para noticiar as explicações que se façam pertinentes sobre a matéria.
No nosso entendimento, críticas como essas devem ser objetos de análises e de respostas de pronto por parte da CASSI, e os esclarecimentos devem ser   de domínio geral dos associados, para que não pairem dúvidas sobre a atuação da CASSI e para que sua imagem não seja maculada, e que, se for o caso, se tomem as providências adequadas para evitar ocorrências da espécie.
Outras indagações recorrentes são formuladas em relação à Implementação das medidas que foram acordadas no Acordo celebrado entre a CASSI e o BB. São levantadas críticas de que, depois de firmado o acordo, o assunto foi deixado de lado.
Por tudo isso, insisto na tese de que a CASSI está em desvantagem nessa guerra, não em razão dos esforços dispendidos para prestar uma mais ampla e aperfeiçoada prestação de serviços aos associados, mas    em razão da falta de amplitude de comunicação com seu quadro social.
Falando mais explicitamente, a CASSI está perdendo a GUERRA da COMUNICAÇÃO.

ADAÍ ROSEMBAK
Associado da ANABB, AAFBB e ANAPLAB

domingo, 11 de dezembro de 2016

BLOG É COISA SÉRIA


Companheiros,

Blog é uma criação recente. Surgiu pouco  depois da invenção da internet.
Inicialmente era muito rudimentar e, com o tempo, foi se sofisticando cada vez mais. Sempre surgem novidades na área tecnológica, de segurança e de criatividade.
Quem se propõe a ser blogueiro deve estar atento a essas inovações, principalmente as tecnológicas, para não incorrer em erros crassos.
Hoje existem técnicos especializados em dar assistência a blogueiros. As grandes empresas na área de TI (Tecnologia da Informação) – como a Google – contam com  departamentos especializados em blogs.
Desde há algum tempo, estou fazendo uma faxina na área de documentos no computador.
É muita coisa antiga e sem serventia e que já deveria ter sido descartada há muito tempo. Esse entulho sem finalidade torna o sistema cada vez mais pesado e lento.
Nesse afã de organização, também resolvi fazer uma reestruturação geral no blog.
Uma das mais recentes inovações tecnológicas nesse campo – pelo menos no que tange ao Google – foi que o acesso do público de internautas ao blog, foi completamente separado do acesso restrito do blogueiro à parte operacional do sistema, que é feito pelo acesso ao item “blogger”, por código específico e senha renovável. Antes, essa separação não era tão delimitada.
Esse foi um dos passos de segurança adotados para preservar os blogs da invasão por “hackers”. 
Entrei em “blogger” e comecei a fazer várias modificações e atualizações: Incluí novos colunistas, eliminei rascunhos, atualizei e reorganizei matérias, corrigi pequenas falhas, etc.
E foi aí que me ferrei feio.
Entrei na relação de colunistas e vi que a única referência que destoava das demais era justamente a da companheira Célia Laríchia. Lá estava “Coluna Célia Laríchia”, enquanto os nomes dos outros colunistas eram precedidos de um “do” ou “da”. Parti para mudar “Coluna Célia Laríchia” para “Coluna da Célia Laríchia”.
Primeiro mudei o nome na relação de colunistas e, depois, na relação de artigos.
Aí ocorreu o problema.
Ao alterar o nome da colunista em um artigo de meses atrás, “AAFBB em FOCO – 21.07.2016”, a Google considerou essa alteração como um novo artigo e o lançou no sistema.
Fui acessar a seção de “blogs prediletos” em outros blogs, como Ari Zanella, Medeiros e Rosalina de Souza, e lá estava, como nova matéria em meu blog, o artigo de meses atrás, “AAFBB em FOCO-21.07.2016”.
Não dei maior importância ao fato por considerar uma falha sem relevância.
Mais tarde, quando fui acessar o blog novamente, a GOOGLE o havia retirado do ar e, em seu relatório técnico, solicitava uma ação imediata de correção e recuperação, sob pena do mesmo ser cancelado definitivamente.
Tremi pelas bases.
Telefonei de imediato para um técnico especializado e ele me assustou ao dizer que, entre várias hipóteses, o blog poderia ter sido invadido por algum hacker isolado, ou por iniciativa governamental no Brasil ou no exterior.
Eu me indagava se teria sido uma invasão por artigos que escrevi sobre a Rússia ou sobre referências à situação política e econômica que estamos passando, ou se seria por uma ação isolada de algum hacker por não sei qual motivo.
Eu e o técnico acessamos o sistema da Google e o relatório da empresa acusava as origens do problema. 
Entre essas, a que eu havia me utilizado de três e-mails diversos para alterar matérias no blog; doravante, eu deveria usar somente o e-mail registrado na Google.
O segundo ponto, o mais importante, foi justamente a alteração da referência à colunista em matéria já publicada há tempos atrás, o que gerou a republicação da matéria como se fosse de outra colunista (isso somente pela inclusão da palavra “da”).  Essa mudança, que gerou a suspensão do blog, havia acionado o alerta sobre a possibilidade de invasão por hackers.
O assunto foi sanado e, como medida adicional de segurança, a Google incluiu um novo sistema de acesso ao “blogger”, que bloqueia a invasão de hackers, cautela que recomendo que seja tomada pelos demais blogueiros.
Esse novo sistema é muito sofisticado e é difícil de ser burlado por hackers.
Ou seja, esse assunto “hacker” que, há algum tempo, parecia coisa de ficção científica, hoje é um problema real.
Assim, sinto-me muito satisfeito por voltar a atuar em nossa área.
Algumas pessoas já me perguntaram sobre a criação de um blog. Primeiramente, é preciso esclarecer que existem blogs voltados para os mais diversificados e estranhos assuntos que se possa imaginar.
Este blog tem o objetivo fundamental de abordar fundos de pensão e planos de saúde, mais especificamente a PREVI e a CASSI, muito embora, esporadicamente, fujamos desses temas, para abordar assuntos relacionados com economia, política, relações humanas, etc.
Para ter um blog bem-sucedido é importante observar algumas premissas.
Primeiro, é preciso gostar de escrever.
Segundo, é preciso estar disposto a pesquisar bastante e trabalhar duro.
Terceiro, devemos estar conscientes de que discutir assuntos controversos sempre vai mexer com interesses diversos e provocar atritos com outras pessoas e, portanto, temos de estar preparados para receber contestações e provocações de toda ordem.  
Assim, ao falar sobre assuntos delicados e que possam gerar consequências graves e denegrir a imagem de alguém, devemos ter o máximo de cuidado com nossas palavras e ser cautelosos e diplomáticos pois, como administradores dos blogs, corremos o risco de responder judicialmente por acusações infundadas, ofensas e calúnias contra pessoas e instituições às quais nos referirmos.
Por outro lado, não devemos dar acolhida a insultos, agressões pessoais, mentiras e outras baixarias. Tudo isso tem o destino certo, que é a lixeira. As próprias regras do blog estabelecem essas premissas.
Dependendo da gravidade e da torpeza dos ataques sofridos, podemos até apelar para a Justiça em busca de reparação monetária por agressões e calúnias sofridas.
É importante manter um relacionamento respeitoso e amigável com todos a fim de conquistar o máximo de apoio às causas de nosso interesse.
Por isso, procuro ser pródigo em elogios e extremamente limitado em relação a críticas.
Essa á a razão de muito me chamarem de “puxa-saco e baba-ovo. ” Até rio dessas “pseudo-pechas.” Prefiro classificar meu comportamento como “saber viver”.
É importante que separemos as pessoas da forma delas pensarem. Podemos divergir diametralmente de alguém por uma série de razões sem que, por causa disso, venhamos a prejudicar a admiração e a amizade que nutrimos por essa pessoa.
Só devemos ser “inimigos” nos estádios, quando os “amigos” estão em um grupo, e os “inimigos” de outro time estão em outro espaço.
Voltemos ao blog.
Muitas vezes, temos o imenso prazer de receber o apoio, a colaboração e a crítica construtiva aos artigos de nossa lavra, por parte de pessoas pelas quais temos a maior admiração.
E, outras tantas vezes, infelizmente, recebemos o pedido de retirada de e-mails de nossa lista de endereços, por parte de pessoas também admiráveis, pela simples razão de discordarem de nossa forma de pensar.
Paciência.
O que lamentamos nesses casos, são concepções fundamentalistas e a intolerância que impede essas pessoas de lidarem com o contraditório. Divergir da opinião de outrem faz parte do ambiente democrático.
Demonizar quem pensa de forma diversa, fugir da discussão democrática e querer implantar uma só forma de pensar, é um comportamento fundamentalista próprio de ditaduras.
Quem não estiver preparado para conviver dentro desse ambiente amplo, diversificado e cheio de riscos, é melhor nem pensar em ter um blog.
Ao ler o jornal de hoje fiquei abatido pelo que está ocorrendo em nosso país.
Mas, pelo menos para mim, o “renascimento” deste blog é um motivo de grande prazer.
Para comemorar esse momento, tenho o prazer de reproduzir adiante, notas diversas, de alguns de nossos mais respeitáveis representantes, que são os companheiros e colunistas SÉRGIO FARACO, ARIALDO PACELLO e MARCOS COIMBRA

Atenciosamente
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da ANABB, AAFBB e ANAPLAB

APRECIAÇÃO de SÉRGIO FARACO sobre a UTILIZAÇÃO do ES-EMPRÉSTIMO SIMPLES
Mensagem  de  SÉRGIO  FARACO  a  um companheiro
                                                


Colega,
A utilização que você e a esmagadora maioria faz não caracteriza desvio de finalidade. 
Esta se configura quando o tomador não necessita dos recursos, mas toma o empréstimo e o aplica em alguma modalidade que lhe dê rendimento muito próximo ou até superior ao custo do ES por este ser muito baixo. 
E assim faz porque tem a expectativa de que irá falecer antes de quitá-lo, situação em que o saldo devedor será liquidado pelo FQM e os herdeiros receberão a aplicação feita.
Renova o empréstimo assim que tiver pago o número mínimo de prestações previsto e novamente aplica o que receber.
Consequentemente, o objetivo do empréstimo não é fazer frente a eventual necessidade, até porque muitos do que assim procedem possuem reservas aplicadas acima do necessário para qualquer eventualidade. Digo isso porque conheço casos concretos.  
O resultado dessa prática é que o ES se torna mais um seguro de vida, porém a custo muito aquém do que seria cobrado por uma seguradora. Aliás, a maioria das seguradoras não aceita seguro pessoal a partir de determinada idade.  
Isso não caracteriza ilegalidade e nem quebra de ética. É tirar proveito do que é oferecido, dentro das regras.
Mencionei essa situação apenas para mostrar que o custo do ES é tão baixo a ponto de ensejar a sua utilização dessa forma.
Talvez não devesse ter considerado desvio de finalidade porque não foi desrespeitada qualquer regra.
Entretanto, penso que a instituição do ES foi norteada para atender necessidade, existente ou potencial.  
Espero ter esclarecido, mas se restar alguma dúvida, estou à sua disposição. 
Abraços
SÉRGIO  FARACO
Assumiu no BB em 13.01.1964, na Metr. Pinheiros (SP),  exerceu comissões diversas, inclusive de gerente  em várias agências. Aposentou-se  em setembro de 1991, como Gerente Geral na Metr. Ana Rosa (SP).Também foi instrutor no ADCRE e Instrutor Formador de Crédito e Riscos no DESED. Já aposentado, entre outras atuações, foi assessor de interventor em fundo de pensão, responsável por vários setores, inclusive o de Seguridade.  Consultor de empresas. Consultor de escritórios de advocacia na área de previdência complementar. Fez parte da AAPBB-RJ.

A CASSI – PROTEÇÃO E APOIO
Apreciação de ARIALDO PACELLO sobre a CASSI
                                             


A CASSI é um plano de saúde, mas não pode ser confundida com planos comerciais.
A CASSI não é uma empresa com objetivo de lucro.
A CASSI tem fundamento na solidariedade.
Fundada em 1944, por um grupo de funcionários do BB, tinha, no início, apenas 3.500 associados, quando o número total de funcionários do BB era de 7.000. Hoje, com mais de 720.000 associados, é uma das maiores instituições brasileiras de autogestão. 
A sustentação financeira da CASSI está assentada nas contribuições de seus associados e da empresa Banco do Brasil. O objetivo é atender a saúde de todos por meio de ações preventivas e de recuperação.
A CASSI está subordinada, em termos de procedimentos, às regulamentações da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Até mais ou menos 20 anos atrás, muitas atividades da CASSI eram desenvolvidas dentro das próprias agências do BB, por funcionários da ativa, dedicados e envolvidos com a saúde de seus colegas de trabalho.
Tal prática era perfeitamente defensável, pois, assim como a PREVI, a CASSI é um diferencial importante e histórico para uma empresa diferenciada (o BB) que também foi criada com o propósito de apoiar o desenvolvimento da Nação brasileira, financiando atividades produtivas na cidade e no campo – indústrias, serviços, agricultura e pecuária.
E que não teve o lucro como seu objetivo primordial.
E pode-se dizer, apesar dos percalços, que essas três instituições (ainda) são um orgulho nacional, pelo seu sucesso, cada uma em sua específica área de atuação.

Por razões classificadas como técnicas e profissionais, a CASSI foi colocada para fora do âmbito das Agências.
E teve de montar uma administração própria, o que lhe onerou significativamente o orçamento e as finanças. Mas conseguiu sobreviver. E continua sendo o melhor Plano de Saúde brasileiro.
Por outro lado, teve de enfrentar a elevação constante e desproporcional dos custos médicos e hospitalares, que no Brasil cresceram de forma exponencial e injustificável, muito acima da inflação e dos salários.
Teve – e está tendo – de enfrentar uma cultura puramente mercantilista na área da saúde.
 Procedimentos, exames, critérios os mais diversificados e desregulamentados transformaram a Medicina num campo puramente comercial e lucrativo.
A ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, vinculada ao Ministério da Saúde, só é responsável pelo setor de Planos de Saúde.
Ora, se o objetivo da ANS é o “interesse público”, penso que ela não deveria restringir-se a regulamentar apenas os Planos de Saúde – deveria, também, e principalmente, regulamentar as atividades da Medicina, abrangendo médicos, clínicas e hospitais.
O CFM – Conselho Federal de Medicina, os CRMs- Conselhos Regionais de Medicina e outros análogos, parecem-me mais voltados a defender o corporativismo de sua classe – e não os interesses da saúde dos brasileiros.
As distorções que a mercantilização da Medicina trouxe à população brasileira são flagrantes e odiosos. Por exemplo, tempos atrás um estudo comprovou que somente na Avenida Paulista, em São Paulo, havia mais aparelhos de Tomografia computadorizada do que na França inteira! Exames, próteses, internações e procedimentos desnecessários e caros são coisas corriqueiras neste país.
Propinas, passeios e estadias em resorts são coisas comuns oferecidos pelos grandes laboratórios a médicos, para conseguir a cooptação deles, passando ao largo dos interesses reais e fundamentais da população. E nada acontece. E ninguém é punido. E a população é obrigada a pagar o alto preço desses desmandos.
E a CASSI paga, também, um altíssimo preço por essa falta de regulamentação, e por essa pressão mercantilista, onde o lucro está em primeiro lugar.

Daí o meu repto a todos os funcionários do BB, da ativa e aposentados, e a todos os brasileiros: é preciso regulamentar a Medicina.
Deve ser criado um órgão isento de interesses corporativos para disciplinar as atividades médicas e hospitalares.
Não é possível convivermos com as queixas das “Santas Casas” e vendo grande parte dos médicos morando em condomínios de alto luxo, e construindo prédios comerciais com recursos próprios, isolados da população, como se nada tivessem a ver com a saúde dos brasileiros. (Ou então que a própria ANS altere seus estatutos e abranja os anseios da população em geral).
Claro que estão fora deste raciocínio os “Médicos sem fronteiras”, cujo princípio humanitário e sem fins lucrativos, atende e socorre milhões de seres humanos, sem pensar no lucro.
Estão fora deste raciocínio os tantos milhares de médicos (brasileiros e estrangeiros) que por este Brasil afora devotam-se de corpo e alma na atenção da saúde dos mais desamparados.

A CASSI – repito – não tem fins lucrativos. Por isso deve continuar tendo pleno apoio de seus associados e da empresa Banco do Brasil, que jamais deverá ter o lucro com seu principal objetivo.
Não admito nenhum atentado contra a CASSI! Em nome da justiça social. Em nome da solidariedade.

ARIALDO  PACELLO
Funcionário aposentado do BB. Posse: 1964. Comissionado desde o primeiro ano de serviço, nomeado, em caráter excepcional, pela DG. Aposentou-se como Gerente-Geral. Formado em Direito, com registro na OAB-SP. Curso de Macroeconomia para administradores de empresas, pela FGV. Lecionou Análise de Balanços em Colégio Técnico de cidade da Grande São Paulo. Lecionou durante 15 anos para cursinhos preparatórios para concursos do BB, CAIXA e BC. Foi assessor em área técnico-administrativa da Prefeitura de Piracicaba.

DITADURA DO POLITICAMENTE CORRETO
Economista MARCOS COIMBRA
                                               

Artigo extraído do Blog de JOÃO CARLOS LAGO NETO.

O cidadão brasileiro é tiranizado hoje em dia pela ditadura do politicamente correto, imposta por minorias atuantes, que avançam em face da passividade da maioria silenciosa do povo.
Chega ao cúmulo de termos que exercer a autocensura, com receio de sermos “linchados” moralmente e penalmente pelos patrulheiros ativistas “xiitas”, acostumados a exercer a tirania sobre o cidadão.
O direito constitucional de liberdade de expressão torna-se letra morta, pois, caso algum cidadão divirja das “regras” impostas pelos radicais fiscais das “minorias”, será punido severamente.
Um dos exemplos mais marcantes foi ação empreendida, tempos atrás, no sentido de censurar a obra do genial escritor Monteiro Lobato, autor predileto da criançada do século passado, responsável pelo hábito de leitura de milhões de brasileiros.
Ninguém aguenta mais a supremacia de discussões sobre homossexualismo, cotas raciais, igualdade de gênero, ao invés do debate sobre as questões de sobrevivência do país, como falência de Estados, corrupção endêmica, ameaças à classe de baixo, através da famigerada reforma da previdência, sabotagem à operação Lava Jato e outros.
E ai de quem se atreva a matar um jacaré em defesa de sua família. Será preso sem direito a fiança e punido com uma severa pena. Já assaltar e matar, a estória passa a ser outra. Existem vários criminosos condenados a dezenas de anos de prisão, os quais, após alguns poucos anos de reclusão, são liberados e voltam a delinquir.
         Os ativistas de diversas destas ditas minorias são altamente agressivos não aceitando o direito dos cidadãos de pensar de um modo diferente, ameaçando-os de enquadramento nas diversas “leis” impostas por eles e aceitas pelos congressistas passivos, ansiosos por agradar aos “formadores de opinião”, adeptos de práticas e comportamentos repudiados pela maioria do povo brasileiro.
         Um exemplo claro deste procedimento é a questão da descriminalização da droga, defendida por figuras de relevo do meio artístico e até mesmo político, em causa própria, ou de parentes próximos, respaldados por uma ofensiva internacional envolvendo interesses de entidades, grupos e agentes interessados em negócios bilionários. Afinal, qual a razão do Sr. George Soros defender a legalização das drogas?
         Na Segurança, entidades ditas defensoras dos “direitos humanos” vão progressivamente demonizando as forças policiais, de modo a inviabilizar sua ação de contenção de hordas de vândalos, a maioria treinada por grupos terroristas, inclusive do exterior, muitos dos quais subvencionados direta ou indiretamente por ONGs e até mesmo por órgãos governamentais da administração direta e indireta.
           A ação do crime organizado cresce desmesuradamente, ameaçando e intimidando o cidadão comum e colocando contra a parede as autoridades da área, incapazes de garantir o direito de ir e vir da população. Crimes bárbaros são cometidos diariamente e denominados “menores” barbarizam a cidade, ancorados na certeza da impunidade prescrita em legislação desatualizada, merecedora de urgente revisão, com a adoção da diminuição da idade de maioridade penal para um patamar a ser determinados pelos especialistas no setor, a exemplo de países mais desenvolvidos.
   Na maior parte das recentes manifestações havidas, inicialmente pacíficas, hordas de bárbaros assumem a liderança dos movimentos, promovendo toda sorte de crimes, seja de ordem pessoal ou patrimonial, depredando lojas, agências bancárias, prédios públicos, obras de arte, quando não saqueiam o comércio, roubando bens de toda espécie.
         Os vândalos são protegidos por advogados militantes e também pela atuação de integrantes de “mídias alternativas”, os quais simplesmente proíbem a ação da imprensa tradicional e divulgam imagens distorcidas dos acontecimentos, de modo engajado, de forma a inibir a ação policial de manutenção da lei e da ordem, em proveito da anarquia e da baderna generalizada. Chegamos ao cúmulo de assistir frequentemente grupos de poucas pessoas impedindo o trânsito nas principais artérias do país, ocasionando engarrafamentos monstruosos, com prejuízos a centenas de milhares de cidadãos pagadores de impostos. Ora, o direito constitucional de ir e vir não é menos importante do que o de liberdade de expressão destes grupos. Também deve ser respeitado. Ativistas comandados por militantes de partidos políticos ocupam irregularmente centenas de escolas públicas em vários Estados, em protesto contra iniciativas dos atuais detentores do poder político, sobre as quais não possuem conhecimento, funcionando como massa de manobra de interesses partidários.
          Até hospital sofre ameaça de invasão.  Então, autoridades policiais omitem-se com receio de serem processadas e punidas por qualquer ação empreendida, considerando-se o histórico recente de “vitimização” de criminosos e “criminalização” dos integrantes das forças policiais, estrategicamente aplicado por grupos interessados em coibir qualquer tentativa de contenção dos excessos delituosos cometidos por profissionais radicais.
           E a Justiça permanece omissa. Quando age, procede de forma tíbia, sem a devida autoridade.
         Vivemos momentos muito difíceis, os quais podem provocar consequências extremamente graves ao tecido social, ocasionando situações indesejáveis.

MARCOS COIMBRA
Aposentado do BB. Esteve por 14 anos à disposição da ESG. Professor, Economista, Assessor Especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, há 15 anos é colunista semanal no Jornal Monitor Mercantil, acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa, e Autor do livro Brasil Soberano.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

MOMENTOS DE CRISE

Companheiros,

Por mais que queiramos nos ater às matérias específicas que dizem respeito à nossa categoria, somos surpreendidos diariamente por notícias no cenário político nacional, que vão atingir a vida de todo o povo brasileiro.
Ao acessar o portal UOL, nesta segunda-feira,à noite, fomos surpreendidos pela decisão do Ministro MARCO AURÉLIO MELLO
                                          
                                         
de afastar o Senador RENAM CALHEIROS da Presidência do Senado.
Em seu lugar, o Senador JORGE VIANA (PT-AC), 1º vice-presidente, deverá assumir a Presidência da Casa.
                                         
   
Reproduzimos, adiante, matéria do Portal UOL, que noticia a matéria.
Paralelamente, o Presidente da República MICHEL TEMER, vai pedir ao Senador ROMERO JUCÁ (PMDB-RR), líder do governo no Congresso, e EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB-CE), líder do PMDB no Senado, que conversem com o Senador JORGE VIANA, sobre quais serão os passos que ele pretende tomar na atual conjuntura.
O Governo está confiante de que a votação da Proposta de Emenda à Constituição 55, prevista para 13.12.2016, que estabelece um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, não enfrentará maiores problemas, até porque já existe um acordo entre os líderes no Senado.
Outro assunto, que é a reforma da Previdência, também é uma medida da qual o Poder Executivo depende do Poder Legislativo  para ser aprovada e implementada. 
De qualquer forma, apesar do otimismo do Governo, não cremos que haja qualquer certeza do Governo em relação a nada, em razão da Presidência do Senado ficar nas mãos de um senador petista, muito embora o Presidente MICHEL TEMER
                                           

diga que mantém um excelente relacionamento com o Senador JORGE VIANA, a quem considera uma pessoa sensata e afável.
A última notícia que acaba de chegar, através do Portal da GLOBO, e que reproduzimos adiante, em parte, é que o Senador RENAM CALHEIROS
                                         

se recusou a receber a notificação do STF sobre seu afastamento da Presidência do Senado.
Só nos resta esperar pelo próximo capítulo dessa eletrizante novela que é a política brasileira.
Enquanto isso, o povo brasileiro, ansioso por reformas e pela moralização da política no Brasil, assiste a isso tudo como se fosse um espetáculo surrealista.

ADAÍ ROSEMBAK
Associado da ANABB, AAFBB e ANAPLAB

PORTAL UOL

Ministro do STF afasta Renan Calheiros da presidência do Senado
Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília
05/12/201619h17 > atualizada 05/12/201619h4
  • Alan Marques - 6.jul.2016/ Folhapress 
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello decidiu afastar nesta segunda-feira (5) o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A decisão mantém o mandato do senador.
A decisão do ministro Marco Aurélio atende a ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade.
O argumento é o de que Renan não poderia permanecer na linha de substituição do presidente da República sendo réu em processo criminal.
"Defiro a liminar pleiteada. Faço-o para afastar não do exercício do mandato de senador, outorgado pelo povo alagoano, mas do cargo de presidente do Senado o senador Renan Calheiros. Com a urgência que o caso requer, deem cumprimento, por mandado, sob as penas da lei, a esta decisão. Publiquem", diz decisão do ministro.http://t.dynad.net/pc/?dc=5550001892;ord=1480977777839https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001577;ord=1480977783660
Na semana passada, 
o STF decidiu abrir processo e transformar Renan em réu pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público).
 A decisão pelo afastamento é liminar, ou seja, foi concedida numa primeira análise do processo pelo ministro, mas ainda precisa ser confirmada em julgamento pelos 11 ministros do Supremo. Ainda não há previsão de quando o processo será julgado em definitivo.
O mandato de Renan à frente da presidência terminaria em fevereiro, mas, na prática, ele exerceria o comando do Senado apenas até o final deste mês, quando o Congresso deve entrar em recesso.
O afastamento do senador pode causar instabilidade política para a aprovação de projetos importantes para o governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Na terça-feira (13) da próxima semana está na pauta do Senado a votação em segundo turno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Teto de Gastos Públicos, apresentada como a principal medida do governo Temer para combater a crise na economia.
Com o afastamento de Renan, deve assumir a condução do Senado o 1º vice-presidente, o senador Jorge Viana (PT-AC), de partido de oposição ao governo Temer.
A reportagem do UOL entrou em contato por telefone com a assessoria de Renan Calheiros, que informou não ter, até o momento, nenhum posicionamento dele em relação à decisão do STF.

PORTAL DA GLOBO

Renan se recusa a receber notificação do STF sobre afastamento da presidência do Senado.
Oficial de Justiça não consegue entregar notificação na residência oficial.
POR MARIA LIMA
05/12/2016 21:53 / atualizado 05/12/2016 22:47


BRASÍLIA - O oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) foi na noite desta segunda-feira à residência oficial do Senado para entregar ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a notificação da decisão do ministro Marco Aurelio Melo sobre o afastamento da presidência do Senado. Renan se recusou a receber o oficial.
O peemedebista foi até a porta e voltou sem a notificação. O oficial saiu alguns minutos depois com os papéis na mão.
Segundo o secretário geral da mesa Senado, Bandeira de Melo, Renan alegou que não se pode receber notificação judicial após as 18h, segundo a lei.
Perguntado sobre como Renan reagiu à decisão do ministro do Supremo, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, disse que ele está tranquilo e que vai receber a notificação amanhã às 11h.
- Normalíssimo, frio, traquilo. Marcou para receber a notificaçao amanhã às 11 horas.
Há um entra e sai de caciques e ministros do PMDB e outros partidos da base na residência oficial do presidente do Senado, para reunião de emergência.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que mora na casa ao lado, na residência oficial da Câmara, fez o deslocamento de poucos metros até a casa do Senado de carro e escolta oficial para driblar o batalhão de jornalistas de plantão na porta.
O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), que assumirá a presidência da Casa no lugar de Renan, saiu da reunião e foi para uma reunião da bancada do PT no Senado.

O ex-presidente do Senado José Sarney, o ministro Helder Barbalho, os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI), Rose de Freitas (PMDB-ES), Garibaldi Alves, deputado Hugo Mota, também foram se encontrar com Renan.

P.S.: Falando em política, recomendo o livro “À Sombra do Poder”, de Rodrigo de Almeida. Fiquei muito relutante ao comprar esse livro, pois Rodrigo de Almeida foi secretário de imprensa da ex-Presidente Dilma Rousseff, e eu achava que, por essa razão, seria uma peça tendenciosa a favor da ex-Presidente e do PT. Mas, pelo contrário, é um depoimento politicamente isento, intenso, que nos prende da primeira à última página, e que nos mostra o que ocorreu nos bastidores da política brasileira, e que não foi exposto na mídia. 

domingo, 4 de dezembro de 2016

PLANO DE REESTREUTURAÇÃO DO BB


Companheiros,

O presente Plano de Reestruturação do BB é um assunto que está sendo intensamente debatido por nossas associações e entidades com o BB.
O chamado Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), que deverá atingir 18.000 servidores, é   um tema que causa grande aflição no funcionalismo do banco, ainda mais na situação econômica em que o país se encontra, com alto nível de desemprego.
Os reflexos das medidas a serem implementadas também impactarão diretamente a PREVI e a CASSI.
Entendemos que, por também ter uma função pública, o BB nunca poderá ter seus índices de rentabilidade comparados com os de bancos particulares, na forma como é previsto no Acordo de Basileia.
O artigo “O ajuste nas empresas estatais”, que transcrevo abaixo, em parte, publicado no jornal O Globo, desta data, confirma claramente esse aspecto:
“Até se entende que instituições financeiras do Estado, por cumprirem certo papel institucional, não tenham a rentabilidade de bancos privados.”
Portanto, para preservar a eficiência do banco e o bom atendimento à clientela do BB, é fundamental que se atente para essa peculiaridade do BB como agente da política financeira do governo.
Atualmente, a carência de funcionários está atingindo até o atendimento do chamado segmento “Estilo” nas agências.  A demora é imensa e as reclamações se sucedem.
Então, esse corte imenso de funcionários, mesmo considerando o fechamento de 402 agências, e a transformação de outras 379 em postos de atendimento, precisa ser cuidadosamente avaliado.
Muito embora o plano de reestruturação do BB nos pareça bem planejado, e continue a ser amadurecido e discutido com todos os atores envolvidos em sua implementação, programas dessa amplitude sempre podem tropeçar no princípio de que “a teoria na prática é outra”.
Em um dos aspectos mais ressaltados, que é digitalização dos serviços, é preciso considerar que, grande parte da clientela, ainda é composta de pessoas idosas que encontram dificuldade no acesso a serviços informatizados. Para o atendimento desse segmento ainda será necessário o atendimento pessoal.
Os bancos privados nunca tiveram problemas em relação ao enxugamento de seu quadro de pessoal.
Mesmo diante da dura atuação e dos protestos dos sindicatos bancários para a obediência rígida pelos bancos das leis trabalhistas e contra programas de demissão, sempre houve o chamado “voo das andorinhas”, que é a contratação em massa de funcionários jovens que, após algum tempo, são demitidos, e os bancos partem para novas contratações em massa.  E esse ciclo se repete continuamente. É o que os americanos chamam de “turnover”. Assim,  os bancos conseguem ter uma redução de custos com a manutenção de seu quadro funcional. Mas essa redução de custos tem o seu lado negativo, pois nunca conseguem que seus servidores atinjam a dedicação, a especialização e eficiência de seus funcionários, como no BB.
Ressaltamos que a baixa lucratividade do BB reside em outros fatores fundamentais que fogem do âmbito do programa de reestruturação. 
Esse assunto é muito bem dissecado, de forma franca e objetiva, como é do estilo da blogueira, no artigo “Cuidado, Nunca Desista de Seus Sonhos”, desta data, que pode ser acessado no blog da companheira ROSALINA DE SOUZA.
Também reproduzimos, adiante, a excelente matéria “ANABB discute com dirigentes do BB o Plano de Reestruturação do Banco”, de 24.11.2016, extraída do site da ANABB, que detalha minuciosamente o plano em foco.
Por fim, publicamos a nota “BB – PREVI – INSS  e  Planos de  Aposentadoria Incentivada”, de 01.12.2016, de autoria do colega JOSÉ RICARDO SASSERON, ex-Diretor de Seguridade da PREVI. É um depoimento importante sobre diversas cautelas a serem tomadas pelos funcionários que aderirem ao PEAI.

ADAÍ  ROSEMBAK
Associado da ANABB, AAFBB e ANAPLAB


Quinta-feira,  24/11/2016- 18h07m
ANABB discute com dirigentes do BB o Plano de Reestruturação do Banco


A ANABB reuniu-se em 23 de novembro com Banco do Brasil, para obter esclarecimentos sobre todo o Plano de Reestruturação anunciado pela instituição no último dia 20. O diretor de Gestão de Pessoas, JOSÉ CAETANO DE ANDRADE MINCHILLO, e o gerente executivo da DIPES, JOÃO GIMENEZ, detalharam aos dirigentes da ANABB como foi estruturado o Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).
O PEAI é uma das partes do Programa de Reorganização Institucional que contempla, dentre outros itens, o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento. A ANABB esteve representada pelo presidente, REINALDO FUJIMOTO; o vice-presidente de Relações Funcionais, HAROLDO VIEIRA; e o vice-presidente de Relações Institucionais, JOÃO BOTELHO. 

De acordo com o Banco do Brasil, as informações sobre essas medidas já foram amplamente disponibilizadas para os funcionários da ativa, por meio da Intranet, desde 21/11/2016.
Veja abaixo os principais pontos debatidos:

PEAI
O conjunto de medidas para reorganização institucional do Banco do Brasil prevê a redução de 9.072 vagas. Para isso, o BB promoveu o Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), cujo público-alvo é de 18 mil pessoas.
Podem aderir ao PEAI os seguintes funcionários:
• Aposentados pelo INSS, por tempo de contribuição ou idade, e os funcionários que adquirirão as condições de aposentadoria até 31/12/2016.
• Funcionários com condições de receber benefícios dos planos de previdência privada da Previ, do Economus, da Fusesc e do Previbep, até 31/12/16.
• Funcionários que reúnem os requisitos para aposentadoria pelo INSS e derem entrada no pedido de aposentadoria até 31/12/2016 receberão os valores do PEAI quando a aposentadoria for concedida pelo INSS, ainda que em data posterior a 31/12/2016.

ADESÃO
A adesão ao PEAI é voluntária e deve ser feita até 9 de dezembro de 2016. O Banco esclarece que o prazo definido, com efeitos até 31/12/2016, foi aprovado pelo Conselho de Administração. Informou também que o conjunto de medidas para a reorganização institucional só pôde ser divulgado aos funcionários e à imprensa, após o comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por força de regras do mercado.

INCENTIVOS
De acordo com o Banco, os incentivos para quem aderir ao PEAI são:
• Incentivo de desligamento no valor de 12 salários-base;
• Indenização pelo tempo de serviço (Prêmio Pecúnia), tendo como base a data de 01/12/2016, conforme a seguir:
- Quem tem 29 anos e menos de 30 anos de BB = recebe 1 salário-base;
- Quem tem 28 anos e menos de 29 anos de BB = recebe 2 salários-base;
- Quem tem menos de 28 anos de BB = recebe 3 salários-base.
O incentivo de desligamento (12 salários-base) e a indenização pelo tempo de serviço (até 3 salários-base) são verbas de caráter indenizatório, por isso, são isentas de Imposto de Renda. Também são isentas de IR as verbas referentes a vendas de férias, folgas, abonos e licenças-prêmio.
O Imposto de Renda incidirá apenas sobre o saldo de salários correspondente aos dias trabalhados no mês da rescisão.
O Banco do Brasil informou que as diferenças de 7ª e 8ª horas para esse público poderão ser negociadas administrativamente por meio da Comissão de Conciliação Prévia (CCP).

QUEM ADERE PERDE A CASSI?
O funcionário que aderir ao PEAI e passar a receber benefício de complemento ou renda de aposentadoria da Previ continuará usufruindo da Cassi, pagando a cota pessoal e o Banco a cota patronal, conforme previsto no regulamento do Plano de Associados da Caixa de Assistência.
A exceção é para o funcionário que, enquanto ativo, não tinha a condição de participante da Previ. Nesse caso, ao aderir ao PEAI, para continuar com a Cassi, precisa se tornar Autopatrocinado, arcando com pagamento das cotas pessoal e patronal.
• Funcionários com MAIS de 10 anos de Cassi: a manutenção do Plano de Associados será vitalícia se o ex-funcionário tiver contribuído para o Plano por, pelo menos, 10 anos até a data do seu desligamento.
• Funcionários com MENOS de 10 anos de Cassi: o funcionário que contribuiu para o Plano de Associados por um período inferior a 10 anos terá direito a permanecer no Plano à razão de 1 ano para cada ano de contribuição. Nessa hipótese, o valor inicial da contribuição será sobre o valor da última remuneração mensal vigente na data do desligamento.

REESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL
De acordo com o Banco do Brasil, o fechamento das 402 agências e a transformação de 379 em postos de atendimentos será para adequar o Banco à nova realidade e ao perfil dos clientes que buscam cada vez mais os serviços digitais. Com isso, haverá a necessidade de realocação dos funcionários dessas agências.
O Banco informou que está preparado para realocar os funcionários da melhor forma possível, gerando o mínimo de impacto. Para isso, estruturou as seguintes ações:
• Os funcionários que perderem funções nas agências continuam recebendo os mesmos salários, durante 4 meses, a partir de 1º/2/17, na condição de Vantagens de Caráter Pessoal (VCP).
• A remoção compulsória de funcionários apenas pode acontecer na mesma praça.
• O Banco criou um sistema de concorrência, chamado TAO Especial, para o período de realocação dos funcionários que perderem funções ou tiverem agências fechadas.
• No TAO Especial, os funcionários só poderão concorrer para vagas em funções semelhantes àquelas exercidas atualmente (concorrência em lateralidade). Os funcionários poderão concorrer para até 50 oportunidades em localizações diferentes. Poderão ser escolhidos, para cada oportunidade, os que estiverem classificados entre os 50 primeiros. Em condições normais, a escolha se dá entre os 20 primeiros.
• Há também, para um determinado grupo de funções, a possibilidade de o funcionário escolher jornada de 8 horas ou 6 horas.  Os funcionários que fizerem a opção pelas 6 horas terão a redução de 16,25% do valor de referência da função, enquanto a carga horária de 8 para 6 horas representa uma diminuição de 25% na carga horária. Os funcionários que forem removidos, se quiserem, podem manter as 8 horas.
• Para viabilização do Plano de Reestruturação, o objetivo é garantir a movimentação dos funcionários sem travas, com a garantia da lateralidade para funcionários que escolherem mudar de cidade. 
• A abertura do processo de concorrência pelo TAO Especial, na condição de lateralidade, iniciar-se-á no dia 02/12 e as nomeações começarão em 5/12.

POLÊMICAS
• Os dirigentes do Banco asseveraram aos gestores da ANABB que não há sinalização de privatização da instituição.
• Quanto às reações ao anúncio, eles ressaltaram que o pacote anunciado pela instituição foi bem recebido pelo mercado e pela imprensa.
• Em relação à percepção do funcionalismo, os diretores do BB afirmaram que a maior crítica foi em função de os funcionários não terem sido informados anteriormente. No entanto, está sendo dada total atenção aos colaboradores, ressaltando que a adesão é voluntária.

POSICIONAMENTO DA ANABB
De tempos em tempos, observamos que tem sido comum as empresas estatais promoverem planos de demissão voluntária ou programas de aposentadoria incentivada. Dependendo das particularidades do momento para a empresa, os planos surgem com características diferentes. No caso em pauta, o que ficou claro na conversa com o Banco é que os objetivos principais giram em torno da redução de custos, do reordenamento da rede de agências, da reorganização da direção geral e um foco muito forte na modernização e no atendimento digital. Segundo o diretor, não está mudando nada no que se refere à missão, visão, valores e na estratégia do Banco.
Como na redução de custos, as despesas com pessoal representam um componente significativo, onde o Banco espera uma redução de 9.072 vagas, percebe-se que o PEAI oferece mais vantagens do que os planos ofertados pelo BB anteriormente.  Estão sendo oferecidos 12 salários-base como incentivo, além do prêmio pecúnia, que pode chegar a até 3 salários-base, podendo chegar a um total de 15 salários-base. O PAI de 2015 ofereceu apenas 5 salários-base de incentivo.
A ANABB entende que, para quem tem todas as condições para uma aposentadoria integral, os diferenciais oferecidos são bons. Entretanto, cada funcionário deve avaliar criteriosamente todos os pontos do Plano, seus benefícios, vantagens, riscos e os reflexos disso na sua vida funcional e pessoal.
Um ponto considerado negativo e crítico é o relacionado ao fechamento de agências, em virtude da possibilidade da perda de comissão de alguns colegas e a ansiedade no momento da realocação. A ANABB reforça que ficará atenta à movimentação dos funcionários, principalmente em relação às pressões que poderão sofrer dos administradores. É inadmissível que funcionários sofram qualquer tipo de constrangimento durante o processo. Sabemos que os próximos meses serão de incertezas para alguns colegas. Porém, a ANABB deixou claro na reunião com o Banco que não aceitará ingerências por parte de gestores na decisão pessoal de cada colaborador.
A ANABB julga que o tempo para a adesão é muito curto. Não se decide uma vida em menos de 20 dias. O ideal neste processo seria um prazo de pelo menos 3 meses a fim de que as famílias pudessem tomar uma decisão mais tranquila, longe da pressão do tempo.
Com relação ao VCP (Vantagens de Caráter Pessoal), a ANABB acompanha o posicionamento das entidades sindicais no sentido de que o período seja estendido até o final de 2017.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA
A mídia tem divulgado que as principais empresas de mercado controladas pelo governo estão realizando processos similares e que a expectativa é que mais de 55 mil funcionários façam sua adesão aos planos de aposentadoria incentivada.
Um fator que merece ser avaliado é a sinalização da reforma da previdência em curto prazo que prevê o aumento significativo da idade na hora de aposentar. Importante refletir sobre as vantagens oferecidas neste momento e os impactos negativos que poderão advir para esse público no caso da reforma que está sendo sinalizada. Em 1998, muita gente que estava próximo da aposentadoria teve que cumprir mais um pedágio e adiar o momento da saída.

E COMO FICA A SITUAÇÃO DA PREVI?
Alguns colegas têm manifestado essa preocupação. Não há nenhum problema em relação à Previ. A Reserva Matemática já prevê que todos os associados do Plano de Benefícios I vão exercer o direito à aposentadoria e reflete o real compromisso. Os estudos atuariais consideram o valor atual dos benefícios futuros e o valor atual das contribuições futuras. Ou seja, os valores são permanentemente atualizados e aprovisionados. O fluxo de caixa também já está garantido, conforme estudo da Previ, com projeção para os próximos sete anos, que evidencia que os fluxos de recebimentos serão maiores que os fluxos de pagamentos.
Fonte: Agência ANABB

BB – PREVI – INSS  e Planos de Aposentadoria Incentivada 
JOSÉ RICARDO SASSERON
em 01/12/2016, às 17:23
Alertas sobre aposentadoria a quem pensa em aderir ao  PEAI (Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada)

Colegas do BB,
Por certo a decisão de aderir ao plano de aposentadoria incentivada do banco é de caráter estritamente pessoal.
Gostaria somente de fazer alguns alertas sobre a aposentadoria pela Previ e/ou INSS, assunto angustiante para quem vai decidir o que fazer.

1. São três os requisitos para a aposentadoria no Plano 1 ou no Previ Futuro: mínimo de 15 anos de filiação ao plano, aposentadoria pelo INSS e rompimento do vínculo empregatício com o BB. Quem tiver no mínimo 50 anos de idade poderá requerer o complemento da Previ mesmo sem estar aposentado pelo INSS. 

2. O complemento de aposentadoria do Plano 1 é calculado pela média dos 36 últimos salários de participação menos o valor das 36 últimas Parcelas Previ, tudo corrigido pelo INPC para a data do cálculo. O valor do benefício é proporcional aos meses de contribuição ao plano – por exemplo, 336/360 para quem tem 28 anos completos.

3. O benefício do Previ Futuro é calculado dividindo-se o saldo de conta do associado pelo número de meses correspondentes à sua expectativa de vida (contam-se 13 meses por ano). O associado pode escolher se deixa pensão aos dependentes ou não. A decisão interfere no valor do benefício, pois a Previ levará em conta o pagamento da pensão no cálculo.

4. Importante: quem sair no PEAI e ainda não tiver direito à aposentadoria pela Previ deve continuar contribuindo e pedir a preservação do salário de contribuição.

5. A aposentadoria pelo INSS exige o mínimo de 30 anos de contribuição da mulher e 35 do homem. O benefício é calculado pela média dos 80% maiores salários de contribuição recolhidos desde julho de 1994. Sobre esta média incide o fator previdenciário, um redutor calculado de acordo com o tempo de contribuição e idade de aposentadoria. O fator penaliza quem se aposenta mais cedo. A tabela do fator previdenciário é pública (digite “fator previdenciário 2016” no google e ela aparecerá).

6. Importante 1: quem sair no PEAI e não tiver tempo de INSS, deve continuar contribuindo, se não só vai poder se aposentar por idade, aos 60 para a mulher ou 65 para o homem, e desde que tenha pelo menos 15 anos de contribuição ao INSS.

7. Importante 2: está vigente a Fórmula 85/95, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado. A mulher que atingir 85, na soma da idade de aposentadoria mais tempo de contribuição, se livrará do fator previdenciário. O homem que atingir 95 nesta mesma soma também se livrará do fator. Isto altera consideravelmente o valor do benefício. Então, sugiro verificar quando você completará a soma e se é conveniente esperar mais um tempo pagando o INSS para se aposentar.

8. Importante 3: você pode agendar uma ASSESSORIA PREVIDENCIÁRIA com a Previ, que criamos quando fui diretor de Seguridade. O pessoal da Previ estudará sua situação e discutirá com você a data mais conveniente para se aposentar.

José Ricardo Sasseron, ex-diretor de Seguridade da Previ
Parte superior do formulário
Fonte....... Grupo  PREVI Para Todos, no Facebook