Caros Companheiros,
Ainda abordando o
artigo anterior “CHINA e o BRASIL”, de 31.10.2017, transcrevemos adiante o
artigo “PROBLEMA DA DÍVIDA CHINESA PODE SER O MAIS PERIGOSO”, do Professor
DAVID SHAMBAUGH, da George Washington University, publicado no jornal O Globo,
de 22.10.2017, em que ele comenta aspectos
da economia chinesa e de seus investimentos no exterior, que são
importantíssimos para o conhecimento do governo brasileiro, empresas
estatais, grupos empresariais
privados e fundos de pensão, aí incluída
a PREVI, que venham a se associar a investidores chineses em projetos no
Brasil.
A respeito do assunto,
tive a grata surpresa de receber um comentário, de 01.11.2017, do companheiro
NORTON SENG, que transcrevo abaixo, onde ele tece considerações muito realistas
sobre o tema, em razão de sua experiência de quase 14 anos trabalhando na CHINA:
Norton Seng
Caro Adaí,
Obrigado pelo envio
desta interessante matéria.
Estou de saída, mas
farei uma pequena e modesta ressalva. Como você sabe, trabalhei e habitei na
China continental mais de 13 anos e meio.
Elaborei, no
período, centenas de relatórios sobre aquele país e seu vasto e complexo
mercado.
Além de dezenas,
dezenas, de palestras sobre a China e seus parceiros. Em especial, do Sudeste
Asiático.
O que ocorre mesmo
é que se trata de uma ‘estória’ a afirmação que corre entre executivos
brasileiros de que “existem cursos especializados em orientar executivos para
fazer negócios com empresários chineses" (uma forma de fornecer 'diplomas'
e de jogar dinheiro nas mãos de alguns espertos) pois, na verdade, o que ocorre
mesmo é que os chineses são, isso sim, profissionais. Técnicos competentes
formados por uma maioria de engenheiros que também se encontram em postos-chave
dirigindo o país e as suas maiores empresas.
São essencialmente
pragmáticos. Hábeis negociadores e que, por vias claras e muito mais obtusas e
secretivas, seduzem com facilidade impressionante os seus despreparados contendores
negociais.
E ainda mais quando
se trata do Brasil.
Um país tão cheio
de discursos estéreis e de 'especialistas' que se julgam os 'reis da cocada
preta' e que, assim, entregam por preços ridículos os melhores e maiores ativos
nacionais.
E não só aos chineses,
mas, também, como os sobejos fatos comprovam, aos demais compradores
internacionais que, no Brasil, jocosa e estupidamente são chamados pelos nossos
imbecis governantes e negociadores como 'investidores'. Afinal, tristemente,
eles não vêm aqui como investidores, mas, sim, como compradores dos bens
nacionais.
E, como disse
antes, por preços irrisórios. Ridículos mesmo.
E segundo as
informações que foram divulgadas à época, o nosso fundo de pensão jogou nas
mãos de um grupo chinês (representados por um chinês que sumiu e ninguém sabe
onde anda...) algumas centenas de milhões de reais no caso de 'investimento' da
Invepar. Milhões que evaporaram no ar e, como de hábito, "não se fala mais
no assunto".
Enfim, são tantos
os outros maus negócios, uma lista imensa, mas que, como de hábito e é tão
sordidamente usual no Brasil, ficam na gaveta do esquecimento.
Esperanças no futuro do Brasil? Segundo os aberrantes, imorais, surrealistas e repetitivos casos, em especial nestas últimas 6 décadas, quem as poderia ter?
Abraços,
NORTON SENG
Esperanças no futuro do Brasil? Segundo os aberrantes, imorais, surrealistas e repetitivos casos, em especial nestas últimas 6 décadas, quem as poderia ter?
Abraços,
NORTON SENG
Considerações deste
blogueiro sobre os comentários do colega NORTON SENG:
Primeiramente, fico
gratíssimo ao companheiro e amigo NORTON SENG por honrar este blog com seu tão esclarecedor
comentário.
Como afirmei no
artigo anterior, e corroborando as palavras de NORTON SENG, os chineses são
negociantes habilidosíssimos. São profissionais de primeira linha.
No BRASIL, temos
cursos que preparam altos executivos para negociar com chineses.
Se tais cursos são inúteis,
fica a critério dos que receberam os “canudos”. Mas penso que esses
treinamentos sempre agregam conhecimentos valiosos.
Para quem se propõe
a negociar com chineses, sejam empresários ou funcionários do governo, qualquer
informação adicional sobre o “Planeta CHINA” é importante.
É preciso deixar
claro e aí, eu e NORTON SENG voltamos a concordar, que os chineses vêm aqui
para fazerem bons negócios e obterem a maior margem possível de lucros em seus
investimentos.
Dentro da visão de
qualquer investidor, em qualquer lugar do mundo e em qualquer área, esses são
princípios básicos a serem seguidos.
Por isso, discordo de
NORTON SENG, e considero que, apesar de não ser governante e nem me considerar
“imbecil”, os chineses que vêm fazer negócios no BRASIL, são, de fato,
Investidores.
Se os negócios são
atraentes ou não, é uma apreciação de cada uma das partes que estão avaliando
as perspectivas da negociação.
É importante lembrar
a máxima de que “negócio só é bom quando é bom para todas as partes”.
Na minha visão, e
sempre respeitando o contraditório, penso que esses investimentos abrirão
empregos em massa, pagarão impostos ao estado, e ampliarão a oferta de bens no
mercado interno, abaixando os preços pela concorrência.
Quando forem
produtos para exportação trarão divisas para o Brasil.
Quanto ao destino a
ser dado aos impostos arrecadados, esse não é um problema que deva e nem possa
ser resolvido pelos chineses.
É um assunto inteiramente
nosso. Somos nós que devemos cobrar isso aos políticos que elegemos.
Não cabe aos
chineses fazer o nosso dever de casa, digo erradicar o alarmante nível de
corrupção entre políticos, fazer cessar a violência que assola o país, prestar
boa assistência de saúde e dar educação de alto nível aos cidadãos.
Essas são tarefas
de Hércules que cabem inteiramente a nós, brasileiros, enfrentar.
Não devemos esperar
qualquer interferência nessa área por parte de investidores externos, sejam
eles chineses ou de qualquer outra nacionalidade.
Cabe a eles - sim – avaliarem esses aspectos quando de seus investimentos no
BRASIL, além de terem de encarar uma burocracia governamental ultrapassada e emperrada,
extorsão por parte de agentes públicos inescrupulosos, baixa produtividade, desmazelo, despreparo e
incompetência da mão de obra local, e outros problemas próprios de nosso país.
Quanto ao mau
negócio (negócio ou arapuca ??) com a INVEPAR, citado por NORTON SENG, esse não
passa de mais um, entre tantos outros projetos inúteis e mal elaborados, de
interesse de políticos, que só foram implementados em razão de gerarem propinas,
favores e desvios de toda ordem.
Acabaram jogando o
BRASIL na atual situação de falência generalizada.
Apesar de tudo isso,
me considero um otimista obstinado e incorrigível.
Penso que temos
qualidades extraordinárias que nos capacitam a mudar e evoluir como seres
humanos, para sairmos do buraco em que o Brasil foi colocado, e sermos
bem-sucedidos como povo e como país.
Esse é o objetivo comum
de todos os brasileiros, a despeito da diversidade de opções ideológicas e de
erros nas nossas escolhas de
políticos e de governantes.
Apesar de tudo que
está ocorrendo, estamos em pleno processo de mudança.
Todos os índices da
economia atestam isso.
Em determinados
momentos poderemos resvalar e ter um momentâneo recuo. Mas temos a capacidade e
a sabedoria de reencontrar o caminho para nossa redenção.
Em relação à CHINA,
país em que depositamos a esperança de que nos beneficie com vultosos
investimentos, finalizamos este arrazoado, reproduzindo adiante, o artigo
“Novas ideias na CHINA”, do Sr. LI JINZHANG, embaixador da CHINA no BRASIL,
publicado no jornal O Globo, em 26.10.2017, em que ele transmite sua visão do
processo de transformação pelo qual passa a CHINA, em que XI JINPING foi
entronizado como o supremo dirigente daquele país para o próximo quinquênio, no
XIX Congresso do Partido Comunista Chinês
(PCC).
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB,
ANABB e ANAPLAB
Entrevista de DAVID
SHAMBAUGH, Professor da GEORGE WASHINGTON UNIVERSITY, que veio ao Brasil em 24.10.2017,
para ministrar palestra no CEBRI – CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS.
“PROBLEMA
DA DÍVIDA CHINESA PODE SER O MAIS PERIGOSO”
“UM
CINTURÃO, UMA ROTA’ É O PROJETO DE CONSTRUÇÃO MAIS AMBICIOSO DA HISTÓRIA DA
HUMANIDADE”
Entrevista dada ao jornalista RENNAN
SETTI, e publicada em 22.10.2017, no jornal O GLOBO.
Jornalista - O senhor notou alguma
mudança substancial no discurso de XI JINPING no Congresso do Partido
Comunista, na semana passada?
Professor DAVID: No geral, achei o
discurso de XI JINPING uma reafirmação de várias outras declarações políticas.
Mas também houve novidades,
particularmente no que diz respeito ao seu desejo de aumentar o papel da CHINA
no mundo e transformá-la em uma potência global.
Ele priorizou claramente a liderança
do Partido Comunista em tudo.
Ele também admitiu alguns desafios que
a CHINA ainda enfrenta – pobreza, estratificação social, meio ambiente e
corrupção.
Mas o discurso foi notável por causa
da visão confiante que XI manifestou sobre o futuro da CHINA.
Jornalista - XI chamou a iniciativa
“Um Cinturão, Uma Rota” o “projeto do século”. No que ele consiste?
Professor DAVID: “Um Cinturão, Uma
Rota” é, de longe, o projeto de construção e desenvolvimento mais ambicioso da
história da humanidade e resultará em um gasto estimado entre US$ 12 trilhões e
US$ 14 trilhões em dez anos. A ideia básica é construir vários tipos de
infraestrutura – trem de alta velocidade, estradas, portos, redes elétricas,
banda larga, parques industriais, etc. – da Ásia ao Norte da Europa. Ele vai
seguir dois caminhos: o primeiro através da Eurásia (Ásia Central) e o segundo,
do Sudeste asiático, passando pelo Sul da Ásia e pelo Norte da África e pelo
Sul europeu.
Jornalista - Essa iniciativa terá
impacto na América Latina?
Professor DAVID: Até onde sei, a
América Latina não deve ter nenhum papel nesse projeto. Mas os chineses têm
dito recentemente que é uma iniciativa global. Então, quem sabe?
Eu a considero muito positiva, e
espera-se que ela leve a vários países um desenvolvimento de infraestrutura há
muito tempo necessário.
Sem dúvida, haverá desafios e erros ao
longo do caminho. Mas só conseguiremos avaliar os sucessos e fracassos do plano
daqui a uns cinco anos.
Jornalista - Quais efeitos a mudança
de narrativa chinesa, que passou a apresentar o país como uma grande potência
mundial, terá, especialmente quando os EUA, sob DONALD TRUMP, parecem
desempenhar um papel mais isolado?
Professor DAVID: A retórica de XI e o
papel cada vez maior da CHINA no mundo são notáveis.
Mas isso é ainda mais notável dada a
mentalidade isolacionista de TRUMP e seu desapego ao compromisso americano, de
longa data, de multilateralismo e engajamento no restante do mundo.
Os EUA sob TRUMP estão criando, muito
infelizmente, um vácuo que a CHINA poderia preencher. A questão é: ela fará
isso?
Tenho minhas dúvidas, por várias
razões. Muitos países estão desconfortáveis com a CHINA, e isso servirá para
limitar a influência global da CHINA.
Jornalista - Muitos analistas estão
preocupados com o alto nível de endividamento da CHINA. Como o senhor tem visto
a economia chinesa hoje?
Professor DAVID: A CHINA tem desafios
econômicos significativos hoje.
Entre eles estão: o problema da
dívida; a supercapacidade industrial; a necessidade de reestruturação do setor
industrial, particularmente a reforma das estatais; a inexistência de reforma
do mercado de trabalho e do “hukou” (registro que dificulta a migração de
trabalhadores dentro do país); mercados de ações inflados; necessidade de
reestruturação do setor financeiro; bolhas imobiliárias; protecionismo e
barreira para empresas estrangeiras; e fuga de capitais.
Esses são alguns dos principais
desafios econômicos no presente. Todos eles são significativos e estruturais,
mas você tem razão, o problema da dívida (agora cerca de 282% do PIB) pode ser
o mais iminentemente perigoso.
Mas há várias outras tendências
positivas na economia.
Jornalista - Por exemplo?
Professor DAVID: O PIB ainda cresce
entre 6% e 7%; a CHINA segue no caminho para se tornar a maior economia do
mundo em 2025; o setor privado está liderando o crescimento, com 70% do PIB; há
agilização regulatória e redução da burocracia; a CHINA está construindo cidades
ecológicas, criando centros de inovação em SHENZHEN, CHONGQING e BEIJING; há a
iniciativa “Um Cinturão, uma Rota” e a Parceria Regional Econômica Ampla
(acordo de livre comércio entre 16 países da ÁSIA e da OCEANIA).
Logo, é preciso ter uma visão
equilibrada sobre o desenvolvimento da CHINA. Tem notícias positivas e notícias
preocupantes.
Mas o principal desafio será controlar
o crédito, reduzir a dívida, construir menos infraestrutura e investir em
indústrias de valor adicionado e em tecnologia, enquanto se expande o papel do
consumo e do empreendedorismo privado e do setor de serviços na economia.
Artigo do Sr. LI JINZHANG, embaixador
da CHINA no BRASIL, publicado no jornal O Globo, em 26.10.2017:
NOVAS IDEIAS NA CHINA.
Resultados
esplêndidos foram alcançados. O PIB chinês subiu de US$ 8,5 trilhões em 2012
para US$ 12 trilhões, contribuindo para 30% do crescimento mundial
Com as mudanças profundas e
fundamentais implementadas ao longo dos últimos cinco anos, a CHINA alcançou
amplas realizações, aprofundando a sua interação com o mundo.
Quais são as perspectivas do seu
futuro desenvolvimento?
O que vai guiar suas ações?
Qual será a estratégia para governar o
país?
A comunidade internacional espera
obter uma “sabedoria chinesa” e um “projeto chinês”, bem como uma alternativa
inédita rumo à modernização.
O recém-concluído 19º Congresso
Nacional do Partido Comunista da CHINA trouxe respostas.
Os Pensamentos de XI JINPING sobre o “Socialismo
com Características Chinesas na Nova Era”, incluídos no Estatuto do Partido,
servirão como ideologia balizadora do futuro desenvolvimento.
Na ocasião, também foram definidas as
metas e as estratégias para o crescimento.
O Politburo e seu Comitê Permanente
eleitos após o Congresso constituem um firme núcleo de liderança para a
modernização do país.
Nos últimos cinco anos, com trabalhos
árduos realizados pelo povo chinês e sob o comando do Comitê Central do Partido
Comunista da CHINA com o camarada XI JINPING como núcleo, resultados
esplêndidos foram alcançados.
O PIB chinês subiu de US$ 8,5 trilhões
em 2012 para US$ 12 trilhões, contribuindo para 30% do crescimento mundial.
Foram concluídas obras como a mais
extensa e mais rápida malha ferroviária de alta velocidade, a maior ponte sobre
o mar e o maior terminal portuário automatizado.
Além disso, foram lançados importantes
programas na área da ciência e tecnologia, como voo espacial tripulado, jato de
grande porte e comunicação quântica.
Os pensamentos de XI JINPING para a
Nova Era estabelecem oito questões essenciais para o futuro da CHINA como a
principal missão, a disposição geral e a principal contradição, além de
apresentar 14 diretrizes básicas como persistir na liderança do Partido, no aprofundamento
das reformas, nos novos conceitos de desenvolvimento, na implementação do
estado de direito, na rigorosa auto governança do Partido.
A diplomacia evidencia as conotações
do novo modelo de relações internacionais baseadas em “respeito mútuo, equidade,
justiça, cooperação e benefício recíproco”, defendendo uma comunidade de
destino comum da humanidade e a construção de um mundo limpo e belo com “paz
duradoura, segurança universal, prosperidade comum, abertura e inclusão”.
O desenvolvimento da CHINA encontra-se
numa nova posição histórica.
As metas são divididas em dois
estágios: entre 2020 e 2035, a CHINA ampliará significativamente seu poder
econômico e científico, assumirá uma posição na vanguarda dos países orientados
à inovação, modernizará o sistema e a capacidade de governança. De 2035 até
meados deste século, a CHINA será um país socialista modernizado, próspero,
democrático, ético, harmonioso e belo.
Maiores nações em desenvolvimento dos
hemisférios Oriental e Ocidental, a CHINA e o BRASIL vêm se dedicando a
aprofundar a confiança política mútua e o entendimento entre seus povos,
reforçar a complementaridade de suas estratégias de desenvolvimento e formar
uma cooperação sustentável e abrangente.
Tenho plena convicção de que o 19º
Congresso do Partido não apenas abrirá um novo capítulo no desenvolvimento da
CHINA, como também trará novos impulsos à construção de destino comum dos dois
países.
Temas em um timing perfeito agora que nosso (des)governo publicou decreto que permitirá vender o “filé mignon” das empresas estatais ( http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/325670 ). Devemos, a meu ver, dar a devida atenção aos dizeres dos prós e contras e, entendo, fazer o possível para que possamos encontrar defesas em favor da nossa Previ. Creio que a melhor – e talvez única – solução é o que sugeriu sabiamente o prezado colega Tollendal: lutar para que a Previ adquira o Banco do Brasil. (mcrv)
ResponderExcluirCaro Mário Vercesi,
ExcluirEsse decreto veio embolar ainda mais o jogo.
Tem muita estatal que não serve mais para nada mas tem muitas que são absolutamente necessárias para o país, como é o caso do Banco do Brasil. Se o BB for passado para a iniciativa privada o governo estará dando um tiro no pé.
Não é porque uma empresa seja estatal que ele tenha de ser ineficiente e seja um cabide de empregos para afilhados de políticos. Não é o caso do BB, que é uma empresa eficiente, enxuta e lucrativa.
O que realmente falta no país é ética e um poder judiciário forte.
Isso impediria injunções políticas no BB.
Ou seja, o foco da avaliação está equivocado.
Em relação ao Arthur Tollendal, por quem tenho o maior respeito e admiração, acho que, em último caso, a PREVI poderia adquirir o BB. Mas será que a PREVI, que é especializada em gerir o nosso fundo de pensão, tem a expertise de gerir o BB?
Penso que a ideia precisa ser amadurecida, muito embora, inicialmente, ela seja atraente.
Mas antes disso temos de procurar, por todos os meios, impedir a privatização do BB, que é uma ideia atabalhoada e só vai atender aos interesses da banca privada.
Abraços
Adaí Rosembak
Senhor,
ResponderExcluirGostei de seu artigo mas o senhor acha que os chineses vão investir aqui com toda essa corrupção no meio político e com a violência?
Caro Anônimo,
ExcluirA sua pergunta é muito pertinente.
Um dos maiores problemas que impedem investimentos externos é a insegurança jurídica.
O outro é o custo dos encargos sociais.
É dito que aqui no Brasil se paga R$ 100,00 de salário e R$ 110,00 de encargos sociais. São dados apresentados e que sofrem contestações.
Em países com legislação trabalhista mais flexível diz-se que se paga R$ 100,00 de salário e R$ 40,00 ou menos de encargos sociais.
A disparidade é grande e todos esses fatores somados, obviamente, são razões impeditivas para novos investimentos.
Os outros problemas sérios são justamente a corrupção de representantes do governo e a violência generalizada.
Por óbvio, muita coisa precisa ser mudada para a atração de investimentos externos da China ou de qualquer outro país.
Abraços
Adaí Rosembak