Caros Amigos,
Acabei de ler o artigo
“BB privatizado seria mais eficiente, afirma NOVAES”, no jornal Valor
Econômico, de ontem, 15.02.2019, no caderno C3.
Após considerações,
RUBEM NOVAES complementa:
“Não é essa a política do
Governo. É uma posição pessoal. Espero que se chegue um dia a essa conclusão.”
RUBEM NOVAES certamente
se referiu à liberdade de investimentos e operações, que os bancos privados gozam, ao
contrário do BB, que sempre foi um instrumento para implementação de medidas de
interesse da política econômica governamental, que muitas vezes não trazem
qualquer lucratividade ao BB e que, para tanto, tem um controle muito mais
restrito por parte de autoridades governamentais, a começar pela nomeação de
seus dirigentes, o que não ocorre na banca privada.
Apesar desses limites
impostos pelo Governo para atuar em áreas de interesse governamental que não são
atraentes para a banca privada, o BB concorre em igualdade de condições com
seus concorrentes, e consegue dar um lucro formidável.
Se não fossem as
limitações impostas pelo governo, e o BB atuasse no mesmo nível de liberdade
dos seus concorrentes privados, certamente os lucros seriam muito superiores.
A propósito, RUBEM
NOVAES, declara no mesmo artigo que: “Se o banco fosse privado, com a equipe
que tem, teria um resultado melhor do que tem hoje.”
A que se deve tal
sucesso?
O BB conta com um
quadro funcional fiel, atuante e preparadíssimo.
Por isso é que, muitos dirigentes
do BB, quando se aposentam, são chamados a atuar em grupos empresariais
privados.
O BB é uma empresa
eficiente, moderna, de penetração em todo o Brasil e no exterior, e que gera
uma lucratividade imensa em áreas que outros bancos não têm a mesma expertise
do BB, tal como a complexidade dos financiamentos agrícolas nos mais distantes rincões
do país.
O BB, apesar de não ser
um banco privado, tem acordos de operações com outros bancos, inclusive do
exterior, com grupos empresariais e grupos financeiros de toda magnitude, além
de um amplo atendimento aos segmentos de pessoas físicas ou jurídicas.
Quando uma empresa ou
pessoa física solicita um financiamento junto a uma instituição privada, só o
fato de já ter sido cliente do BB anteriormente, já é uma garantia de sucesso para
seu pleito.
Por tudo isso, as ações
do BB são um dos papéis mais valorizados e negociados na Bolsa de Valores.
QUAL A RAZÃO DESSE
SUCESSO?
Porque o Banco do
Brasil é uma instituição que tem tradição centenária de respeitabilidade, de
prestação de bons serviços a todo o perfil de clientes no Brasil, sejam órgãos
governamentais, pessoas jurídicas ou físicas.
Por essas razões, o
Banco do Brasil é uma instituição vitoriosa em sua atuação no Brasil e no
exterior.
Novamente inquirido pelas
jornalistas Flávia Furlan e Talita Moreira, do Valor Econômico, sobre uma lista
de ativos do BB, passíveis de privatização, divulgada pelo Sr. SALIM MATTAR, a
entrevista foi finalizada com a declaração taxativa de RUBEM NOVAES de que, “quando quiser saber o que o BB quer fazer, converse com o presidente do
BB”.
Temos como princípio basilar
neste blog, não fazer críticas infundadas a quem quer que seja.
Críticas só são
acatadas desde que hajam razões relevantes para tanto e exista comprovação efetiva
de qualquer delito.
Fora isso, não publicamos
boatos, provocações e declarações descabidas que venham causar prejuízos ou
denegrir pessoas e instituições.
Mas não temos medo de
enfrentar quem quer que seja na defesa de nossos interesses, de nossos
companheiros, e das instituições de nossa área, em que atuamos em toda nossa
vida funcional, e das quais, hoje, somos sócios, associados e contribuintes, e
às quais estamos ligados pelo resto de nossas vidas.
Prezamos nossas
instituições, nossa disciplina e nossa cultura funcional, da mesma forma que os militares prezam suas instituições castrenses.
Por isso, em nosso
nome, no de nossos dependentes, e de nossos pares, exigimos absoluto respeito e
seriedade em qualquer citação sobre o BB, a PREVI e a CASSI.
Em 03.02.2019,
redigimos o artigo “OLHANDO PARA O FUTURO”, em que reproduzimos declarações
imprudentes do Secretário de
Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, SALIM MATTAR, que
alardeou o intuito do governo de vender subsidiárias do BB, as chamadas “joias
da coroa”, como BBDTVM, a BB Seguridade e as subsidiárias de cartões e
investimentos do banco para, nas referências depreciativas de SALIM MATTAR, deixar o Banco “MAGRINHO”.
Declarações
irresponsáveis como essas, de quem quer notoriedade na mídia, sem medir a
inconsequência e imprudência das palavras, por certo interferiram no valor das
ações do BB, ao criar uma situação alarmista e prejudicial ao BB e à Bolsa de
Valores como um todo.
Em outra “pérola”, o
mesmo SALIM MATTAR, disse ao jornal “O GLOBO”, edição de 14.02.2019, à página 17,
que o “GOVERNO QUERIA REPRIVATIZAR A VALE”, em razão de fundos de pensão de
empresas estatais como PREVI, PETROS, FUNCEF e FUNCESP, serem donos de 21% do
capital da companhia.
Também é declarado que a BNDESPar (braço de investimentos
do BNDES) tem 6,7% das ações, entre outros investidores.
É preciso lembrar a
SALIM MATTAR, o exemplo triunfante do atual estágio do capitalismo nos Estados
Unidos, em que os fundos
de pensão são os maiores propulsores das bolsas de valores naquele país.
Por fim, pergunta-se,
os fundos de pensão citados foram consultados se é de interesse das entidades e
de seus associados, vender as ações da VALE?
Com essa cautela, tato e
moderação comparáveis à de um símio em uma loja de cristais, mais uma vez SALIM
MATTAR deve ter prejudicado o valor das ações da VALE na Bolsa de Valores.
Seria conveniente que
os dirigentes desses fundos de pensão se manifestassem na mídia, a respeito do
assunto, da mesma forma como o fez SALIM MATTAR.
Para encerrar esse
triste relato, lembro um dos ensinamentos que gravei na PERFECT LIBERTY, que muito
me ajudou na vida, e que repasso ao Sr.
SALIM MATTAR:
“FALE POUCO, ANALISE
MUITO, SEJA PRUDENTE, TENHA RESPEITO COM OS SEMELHANTES, E AJA COM RAPIDEZ, SABEDORIA
E DETERMINAÇÃO” .
Boa Leitura!!
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB,
ANABB e ANAPLAB
Artigo do jornal VALOR ECONÔMICO (Fábio Graner – Brasília DF), de
01.02.2019, Seção C10
MATTAR e NOVAES EM DESCOMPASSO SOBRE
SUBSIDIÁRIAS DO BB
O debate sobre a venda de subsidiárias
de empresas estatais nos últimos dias evidenciou um descompasso nos discursos
do Secretário de Desestatização e Desinvestimento, SALIM MATTAR, e do
Presidente do BANCO DO BRASIL (BB), RUBEM NOVAES.
O chefe do BB tem mostrado mais
cautela em relação ao esforço de privatizações e não quer abrir mão de algumas
subsidiárias consideradas “joias da coroa” do banco, ainda que considere fazer
parcerias e aberturas de capital.
MATTAR, por sua vez, fala
enfaticamente em vender as subsidiárias e deixar as empresas estatais
“magrinhas”, ou seja, com o menor número de empresas possível.
“Deverão permanecer como estatais a
PETROBRÁS, o BANCO DO BRASIL e a CAIXA ECONÔMICA, só.
Significa um excelente “guidance”
para o nosso trabalho.
Então nós temos já o apoio do
presidente ao reafirmar que somente estas três empresas deverão permanecer.
E elas deverão permanecer bem
magrinhas.
Vamos vender todas as subsidiárias
delas”, disse MATTAR, na última terça-feira em São Paulo.
A situação gerou ruído, inclusive nos
bastidores do corpo técnico do BB, especialmente por conta da instituição
financeira federal ter capital aberto.
A situação, segundo apurou o VALOR,
acabou levando a uma conversa para se tentar um alinhamento de discurso entre o
NOVAES e MATTAR e evitar novos ruídos.
Embora haja dentro do governo uma
convergência de visões sobre a necessidade de se privatizar os ativos públicos,
a decisão do presidente JAIR BOLSONARO de poupar o BANCO DO BRASIL (além da
CAIXA e da PETROBRÁS) faz com que o atual comando da instituição tenha que ter
maior cuidado para lidar com as subsidiárias.
Há mais de um motivo para isso.
O primeiro deles, de acordo com
fontes, é que empresas como a BBDTVM, a BB Seguridade, e as subsidiárias de
cartões e investimentos do banco são vistas como elementos centrais para
garantir a competitividade do banco perante seus principais concorrentes
privados, BRADESCO e ITAÚ.
Além disso, a leitura é que essas
empresas têm alto potencial de geração de valor para a instituição federal, uma
avaliação que já vem sendo feita pela direção do banco desde os tempos de PAULO
CAFFARELLI na presidência, que chegou a cogitar a recompra de ações da BB
Seguridade, o que não era possível por questões primeiramente de capital da
instituição.
Nesse sentido, fontes citam relatório
recente divulgado pelo CITIBANK apontando que o retorno sobre o patrimônio do
BB seria maior caso não houvesse sido aberto o capital da subsidiária.
NOVAES já disse publicamente que
cogita fazer uma abertura de capital da BBDTVM ou partir para uma parceria (ou
ambas as coisas), mas sem abrir mão do controle da subsidiária e da geração de
valor e de negócios que ela gera para o banco.
O mesmo raciocínio vale para as áreas
de cartões e investimentos.
Nesse último caso, a visão é que,
como se quer desenvolver cada vez mais o mercado de capitais, manter com o
banco o controle da empresa de investimentos é importante para maior geração de
valor para a instituição.
Outra preocupação que foi levantada
nos bastidores do banco com a fala de MATTAR, é sobre o momento da venda de
ativos e em não se passar a impressão de que se está numa corrida para se
desfazer de negócios que geraria preços desfavoráveis.
Dessa forma, a cautela mostrada por
NOVAES em suas manifestações públicas aponta para a leitura de que mesmo os
processos de venda de ativos não estratégicos serão tocados de forma a se obter
o melhor preço possível, o que depende inclusive de fatores macroeconômicos,
como maior ou menor crescimento do país.