sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

MAIS SILÊNCIO, MAIS PRUDÊNCIA E MAIS TRABALHO


Caros Amigos,

Acabei de ler o artigo “BB privatizado seria mais eficiente, afirma NOVAES”, no jornal Valor Econômico, de ontem, 15.02.2019, no caderno C3.
Após considerações, RUBEM NOVAES complementa:
                                    

“Não é essa a política do Governo. É uma posição pessoal. Espero que se chegue um dia a essa conclusão.”
RUBEM NOVAES certamente se referiu à liberdade de investimentos e  operações, que os bancos privados gozam, ao contrário do BB, que sempre foi um instrumento para implementação de medidas de interesse da política econômica governamental, que muitas vezes não trazem qualquer lucratividade ao BB e que, para tanto, tem um controle muito mais restrito por parte de autoridades governamentais, a começar pela nomeação de seus dirigentes, o que não ocorre na banca privada.
Apesar desses limites impostos pelo Governo para atuar em áreas de interesse governamental que não são atraentes para a banca privada, o BB concorre em igualdade de condições com seus concorrentes, e consegue dar um lucro formidável.
Se não fossem as limitações impostas pelo governo, e o BB atuasse no mesmo nível de liberdade dos seus concorrentes privados, certamente os lucros seriam muito superiores.
A propósito, RUBEM NOVAES, declara no mesmo artigo que: “Se o banco fosse privado, com a equipe que tem, teria um resultado melhor do que tem hoje.”
A que se deve tal sucesso?
O BB conta com um quadro funcional fiel, atuante e preparadíssimo.
Por isso é que, muitos dirigentes do BB, quando se aposentam, são chamados a atuar em grupos empresariais privados.
O BB é uma empresa eficiente, moderna, de penetração em todo o Brasil e no exterior, e que gera uma lucratividade imensa em áreas que outros bancos não têm a mesma expertise do BB, tal como a complexidade dos financiamentos agrícolas nos mais distantes rincões do país.
O BB, apesar de não ser um banco privado, tem acordos de operações com outros bancos, inclusive do exterior, com grupos empresariais e grupos financeiros de toda magnitude, além de um amplo atendimento aos segmentos de pessoas físicas ou jurídicas.
Quando uma empresa ou pessoa física solicita um financiamento junto a uma instituição privada, só o fato de já ter sido cliente do BB anteriormente, já é uma garantia de sucesso para seu pleito.
Por tudo isso, as ações do BB são um dos papéis mais valorizados e negociados na Bolsa de Valores.
QUAL A RAZÃO DESSE SUCESSO?
Porque o Banco do Brasil é uma instituição que tem tradição centenária de respeitabilidade, de prestação de bons serviços a todo o perfil de clientes no Brasil, sejam órgãos governamentais, pessoas jurídicas ou físicas.
Por essas razões, o Banco do Brasil é uma instituição vitoriosa em sua atuação no Brasil e no exterior.
Novamente inquirido pelas jornalistas Flávia Furlan e Talita Moreira, do Valor Econômico, sobre uma lista de ativos do BB, passíveis de privatização, divulgada pelo Sr. SALIM MATTAR, a entrevista foi finalizada com a declaração taxativa de RUBEM NOVAES de que, “quando quiser saber o que o BB quer fazer, converse com o presidente do BB”.  
Temos como princípio basilar neste blog, não fazer críticas infundadas a quem quer que seja.
Críticas só são acatadas desde que hajam razões relevantes para tanto e exista comprovação efetiva de qualquer delito.
Fora isso, não publicamos boatos, provocações e declarações descabidas que venham causar prejuízos ou denegrir pessoas e instituições.
Mas não temos medo de enfrentar quem quer que seja na defesa de nossos interesses, de nossos companheiros, e das instituições de nossa área, em que atuamos em toda nossa vida funcional, e das quais, hoje, somos sócios, associados e contribuintes, e às quais estamos ligados pelo resto de nossas vidas.
Prezamos nossas instituições, nossa disciplina e nossa cultura funcional, da mesma forma que os militares prezam suas instituições castrenses.
Por isso, em nosso nome, no de nossos dependentes, e de nossos pares, exigimos absoluto respeito e seriedade em qualquer citação sobre o BB, a PREVI e a CASSI.
Em 03.02.2019, redigimos o artigo “OLHANDO PARA O FUTURO”, em que reproduzimos declarações imprudentes  do Secretário de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, SALIM MATTAR, que alardeou o intuito do governo de vender subsidiárias do BB, as chamadas “joias da coroa”, como BBDTVM, a BB Seguridade e as subsidiárias de cartões e investimentos do banco para, nas referências depreciativas de SALIM MATTAR,  deixar o Banco “MAGRINHO”.
Declarações irresponsáveis como essas, de quem quer notoriedade na mídia, sem medir a inconsequência e imprudência das palavras, por certo interferiram no valor das ações do BB, ao criar uma situação alarmista e prejudicial ao BB e à Bolsa de Valores como um todo.
Em outra “pérola”, o mesmo SALIM MATTAR, disse ao jornal “O GLOBO”, edição de 14.02.2019, à página 17, que o “GOVERNO QUERIA REPRIVATIZAR A VALE”, em razão de fundos de pensão de empresas estatais como PREVI, PETROS, FUNCEF e FUNCESP, serem donos de 21% do capital da companhia. 
Também é declarado que a BNDESPar (braço de investimentos do BNDES) tem 6,7% das ações, entre outros investidores.
É preciso lembrar a SALIM MATTAR, o exemplo triunfante do atual estágio do capitalismo nos Estados Unidos, em que os fundos de pensão são os maiores propulsores das bolsas de valores naquele país.
Por fim, pergunta-se, os fundos de pensão citados foram consultados se é de interesse das entidades e de seus associados, vender as ações da VALE?
Com essa cautela, tato e moderação comparáveis à de um símio em uma loja de cristais, mais uma vez SALIM MATTAR deve ter prejudicado o valor das ações da VALE na Bolsa de Valores.
Seria conveniente que os dirigentes desses fundos de pensão se manifestassem na mídia, a respeito do assunto, da mesma forma como o fez   SALIM MATTAR.
Para encerrar esse triste relato, lembro um dos ensinamentos que gravei na PERFECT LIBERTY, que muito me ajudou  na vida, e que repasso ao Sr. SALIM MATTAR:
“FALE POUCO, ANALISE MUITO, SEJA PRUDENTE, TENHA RESPEITO COM OS SEMELHANTES, E AJA COM RAPIDEZ, SABEDORIA E DETERMINAÇÃO” .
Boa Leitura!!

ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

 Artigo do jornal VALOR ECONÔMICO (Fábio Graner – Brasília DF), de 01.02.2019, Seção C10

MATTAR e NOVAES EM DESCOMPASSO SOBRE SUBSIDIÁRIAS DO BB

O debate sobre a venda de subsidiárias de empresas estatais nos últimos dias evidenciou um descompasso nos discursos do Secretário de Desestatização e Desinvestimento, SALIM MATTAR, e do Presidente do BANCO DO BRASIL (BB), RUBEM NOVAES.
O chefe do BB tem mostrado mais cautela em relação ao esforço de privatizações e não quer abrir mão de algumas subsidiárias consideradas “joias da coroa” do banco, ainda que considere fazer parcerias e aberturas de capital.
MATTAR, por sua vez, fala enfaticamente em vender as subsidiárias e deixar as empresas estatais “magrinhas”, ou seja, com o menor número de empresas possível.
“Deverão permanecer como estatais a PETROBRÁS, o BANCO DO BRASIL e a CAIXA ECONÔMICA, só.
Significa um excelente “guidance” para o nosso trabalho.
Então nós temos já o apoio do presidente ao reafirmar que somente estas três empresas deverão permanecer.
E elas deverão permanecer bem magrinhas.
Vamos vender todas as subsidiárias delas”, disse MATTAR, na última terça-feira em São Paulo.
A situação gerou ruído, inclusive nos bastidores do corpo técnico do BB, especialmente por conta da instituição financeira federal ter capital aberto.
A situação, segundo apurou o VALOR, acabou levando a uma conversa para se tentar um alinhamento de discurso entre o NOVAES e MATTAR e evitar novos ruídos.
Embora haja dentro do governo uma convergência de visões sobre a necessidade de se privatizar os ativos públicos, a decisão do presidente JAIR BOLSONARO de poupar o BANCO DO BRASIL (além da CAIXA e da PETROBRÁS) faz com que o atual comando da instituição tenha que ter maior cuidado para lidar com as subsidiárias.
Há mais de um motivo para isso.
O primeiro deles, de acordo com fontes, é que empresas como a BBDTVM, a BB Seguridade, e as subsidiárias de cartões e investimentos do banco são vistas como elementos centrais para garantir a competitividade do banco perante seus principais concorrentes privados, BRADESCO e ITAÚ.
Além disso, a leitura é que essas empresas têm alto potencial de geração de valor para a instituição federal, uma avaliação que já vem sendo feita pela direção do banco desde os tempos de PAULO CAFFARELLI na presidência, que chegou a cogitar a recompra de ações da BB Seguridade, o que não era possível por questões primeiramente de capital da instituição.
Nesse sentido, fontes citam relatório recente divulgado pelo CITIBANK apontando que o retorno sobre o patrimônio do BB seria maior caso não houvesse sido aberto o capital da subsidiária.
NOVAES já disse publicamente que cogita fazer uma abertura de capital da BBDTVM ou partir para uma parceria (ou ambas as coisas), mas sem abrir mão do controle da subsidiária e da geração de valor e de negócios que ela gera para o banco.
O mesmo raciocínio vale para as áreas de cartões e investimentos.
Nesse último caso, a visão é que, como se quer desenvolver cada vez mais o mercado de capitais, manter com o banco o controle da empresa de investimentos é importante para maior geração de valor para a instituição.
Outra preocupação que foi levantada nos bastidores do banco com a fala de MATTAR, é sobre o momento da venda de ativos e em não se passar a impressão de que se está numa corrida para se desfazer de negócios que geraria preços desfavoráveis.
Dessa forma, a cautela mostrada por NOVAES em suas manifestações públicas aponta para a leitura de que mesmo os processos de venda de ativos não estratégicos serão tocados de forma a se obter o melhor preço possível, o que depende inclusive de fatores macroeconômicos, como maior ou menor crescimento do país.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

CONSIDERAÇÕES SOBRE A OPERAÇÃO GREENFIELD


Caros Companheiros,

Segue introito de matéria sobre a Operação Greenfield, apresentado na internet:

“A Força Tarefa Operação Greenfield, do Ministério da Fazenda  denunciou 34 pessoas por operações irregulares no Fundo de Investimento em Participações Global Equity Properties (FIP-GEP), que  geraram prejuízos milionários ao fundo e a seus cotistas entre 2009 e 2014.
Todos os denunciados – gestores do fundo e ex-executivos dos fundos de previdência complementar, devem responder por gestão temerária.” 

A respeito do assunto, o blogueiro ARI ZANELLA, 
                            

publicou em 09 do corrente, no seu blog, o artigo “DENÚNCIA NÃO É CONDENAÇÃO.”
Em 10 deste mês, publiquei neste blog a nota “MANIFESTAÇÃO DEMOCRÁTICA E DIREITO DE CONTESTAÇÃO”.
A Companheira e também blogueira ROSALINA DE SOUZA, publicou nesse artigo um comentário que, por sua clareza e objetividade, reproduzo adiante.  
Junto ao seu comentário, publico minha resposta, onde abordo aspectos importantes do comentário de ROSALINA DE SOUZA.
É importante que os companheiros acompanhem com atenção o desenrolar dos acontecimentos sobre esse tema de alta relevância, e que diz respeito às aplicações de diversos fundos de pensão, entre os quais a PREVI.
Boa Leitura!!

ADAÍ  ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

ROSALINA DE SOUZA – 11 de fevereiro de 2019 – 11.11h

Prezado Adaí,

A Força-Tarefa Greenfield denunciou 34 pessoas por operações irregulares no fundo de investimento em participações Global Equity Properties(FIP GEP), que geraram prejuízos milionários ao fundo e a seus cotistas, entre 2009 e 2014.

Aí temos alguns colegas conhecidos no nosso meio, e de destaque dentro das associações e sindicatos e, no corpo da denúncia, vão responder por gestão temerária, se acaso ficar comprovado a veracidade dos fatos ocorridos.

O que nos causa estranhamento é que sempre foi reconhecido dentro dos fundos de Pensão, no nosso caso a Previ, como o melhor corpo técnico, avaliações rigorosas, equipe de advogados altamente qualificados, e como não observaram o princípio da transparência, e sem falar na área técnica da previ (como isto passou desapercebido).

Não temos como julgar, nem emitir juízo de valor sobre os envolvidos, mas que muita coisa precisa de fato ser explicada dentro dos fundos de pensão e tudo começa com a falta de transparência e respeito a todos nós que lutamos a vida inteira para ter direito a receber nossa Aposentadoria e Pensão e hoje vivemos massacrados, sem esperança de saber como será o amanhã, pois casos como os da VALE(mortes de inocentes), Mariana e Brumadinho, e tantos outros investimentos micados, nos remete a certeza que, no mínimo, existe muito lixo debaixo dos tapetes do Palácio de Cristal em Botafogo no Rio de Janeiro.

Saudações Cordiais,

Rosalina de Souza


Resposta

ADAÍ ROSEMBAK- 11 de fevereiro de 2019- l7.56h

Cara Rosalina de Souza,

Primeiramente não sou investigador da Operação Força Tarefa GREENFIELD e nem gostaria de o ser.
Não sei, em detalhes, quais foram as ditas operações irregulares no fundo de investimento em participações Global Equity Properties (FIP GEP), que geraram prejuízos milionários, num montante estimado de R$ 1,3 bilhão de reais, entre 2009 e 2014, a fundos de pensão e seus cotistas, entre os quais FUNCEF, PREVI e PETROS.
Li e continuo a ler muita coisa a respeito do assunto.
E quanto mais leio, mais emaranhado o tema se torna.
Inicialmente, até pela coincidência dos períodos e das características, até cheguei a considerar que essas operações pudessem ser um desdobramento da chamada crise do mercado imobiliário nos Estados Unidos, a chamada Subprime Mortgage Crisis, que levou vários bancos à insolvência e cujos efeitos negativos atingiram o sistema financeiro internacional e as bolsas de valores de todo o mundo.
Tudo resultado da prodigiosa criatividade de economistas, matemáticos, estatísticos, financistas e banqueiros, unidos pela ânsia desenfreada por lucros crescentes e incessantes, que criaram o fabuloso produto financeiro que prometia ser o mais sofisticado e rendoso à época, um tal de “derivativo hipotecário”, que revolucionaria o mercado imobiliário nos Estados Unidos, daria casas novas, grandes e lindas a todos e, para completar, tornaria todo mundo rico.
Tudo muito dentro do espírito fantasioso e crédulo dos americanos, que acreditam em tudo, até na lorota de Orson Welles de que o país estava sendo invadido por marcianos.
E os americanos foram às compras, gastando o que tinham e não tinham.
Aliou-se a isso a falta de regulação do sistema financeiro que permitiu a criação de um sistema sofisticado de créditos hipotecários e a transferência de riscos para o mercado imobiliário e bancário, em larga escala e ritmo vertiginoso, o que criou uma bolha artificial de créditos baseados em hipotecas.
De repente, em 08 de agosto de 2017, a bolha explodiu e espalhou seus efeitos para todo o planeta.
Pelo que li até o momento, obviamente guardadas as devidas proporções, as operações no fundo de investimento em participações Global Equity Properties (FIP-GEP), guardam muita similaridade com a chamada Crise do Subprime.
Também tiveram grande dose de audácia, criatividade, ganância, sofisticação financeira em operações arriscadas, e legislação frouxa em alguns aspectos e inexistente em outras.
Por mais bem planejadas e, digamos, até bem-intencionadas, essas operações financeiras, com tantos elementos envolvidos, eram de alto risco, isso sem considerar a natural instabilidade do mercado e o surgimento de elementos imprevisíveis.
Não gostaria de estar no lugar dos investigadores dessas operações.
Vão ter uma trabalheira sem fim.
E quem, depois de tudo isso, se atreverá a ser dirigente de fundos de pensão, principalmente na área financeira?
Talvez os investigadores não cheguem a lugar nenhum, embora faça votos para que cheguem.
Voltemos aos Estados Unidos.
Passados mais de 10 anos, o rolo da crise das subprimes, virou um emaranhado sem fim.
Muita gente mudou de ramo, outros mudaram de país, outros morreram e muitas empresas fecharam.
As editoras faturaram e continuam faturando horrores, o tema virou um filé para a indústria cinematográfica, para a TV e para a internet.
Best-sellers e livros de economia que versam a respeito do tema, ainda são de leitura obrigatória nos lares, nas universidades e bibliotecas.
O assunto não se esgotou: mais livros continuam a ser escritos sobre a matéria.
Já surgiram filmes e séries cinematográficas sobre o  assunto.  Algumas dessas obras foram premiadas no Los Angeles Film Festival.
Pelo que li, ninguém foi julgado e muito menos condenado (será que vai acontecer o mesmo na Operação Greenfield?), mas, como sempre, sobrou para os pobres, pois foram fechados 8,7 milhões de postos de trabalho à época.
O governo americano arrecadou multas que chegaram a US$ 325 bilhões.
E, o que é mais espantoso, 10 anos depois da crise dos derivativos imobiliários, a economia americana se recuperou e as grandes empresas lucraram mais de US$ 1 TRILHÃO.
Voltemos ao Brasil.
Cara amiga Rosalina de Souza, por tudo isso não me atrevo a acusar ninguém por nada.
Vai se desencadear um turbilhão de processos judiciais, sem prazo para terminar.
E chegaremos a algum lugar?
Há que considerar que as decisões que geraram esses investimentos, foram aprovadas pelo Corpo Consultivo das entidades em assembleias gerais.
São redigidas atas desses encontros que são registradas em cartório.
Todos os associados, presentes ou não às assembleias, estão sujeitos a acatar suas decisões.
Outra pergunta, entre outras, que certamente surgirão em um processo jurídico dessa magnitude: houve dolo dos dirigentes, caracterizaram-se quaisquer desfalques ou desvios que possam ser classificados como atos desonestos?
Isso tudo tem de ser considerado.
Li o posicionamento da PREVI sobre o FIP Global Equity Properties, de 07 do corrente.
Muito bem redigido.
Desvincula a atual administração de qualquer envolvimento no caso.
Vamos esperar o desenrolar dos acontecimentos.
Muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte.
Por isso, reitero que considero prematuro, descabido, e até passível de acusação de cometimento de calúnia, que se levantem hipóteses e se apontem nomes, sem que se desenvolvam investigações aprofundadas sobre a operação em foco, e a Justiça venha a avaliar e dar a palavra final sobre a aceitação  ou não desse processo para julgamento.
Como vovó dizia, caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém.

Abraços deste Amigo e Admirador

ADAÍ  ROSEMBAK



domingo, 10 de fevereiro de 2019

MANIFESTAÇÃO DEMOCRÁTICA E DIREITO DE CONTESTAÇÃO


Caros Companheiros, 

Hoje é um domingo ensolarado e, nos meus planos, estava tomar um pouco de sol, bater um papo com meus amigos, e saborear uma  cerva bem geladinha.
Mas após fazer uma leitura dinâmica na internet, me fixei no artigo “DENÚNCIA NÃO É CONDENAÇÃO”, de hoje, 09.02.2019,  no blog de meu amigo ARI ZANELLA.
                               

Imprimi o texto e o levei para a piscina.
Li, reli e cheguei à conclusão que o ARI ZANELLA estava parcialmente correto em sua apreciação.
Reproduzo aqui o introito de seu artigo:
“Estou deixando a postagem anterior em banho-maria devido ser de bom alvitre não se conjeturar no terreno das denúncias. É prudente deixar que a operação evolua no campo judicial sem proceder qualquer juízo de valor. Por tal, transformo o dito em rascunho, não tanto pelo conteúdo, mas mais pelos comentários que possam ensejar animosidades desnecessárias.”

Caríssimo amigo e blogueiro ARI ZANELLA, faço questão de afirmar que, quando acesso a internet, uma das primeiras coisas que faço, é acessar o seu blog.
Tenho imenso respeito e admiração por tudo que você escreve.
Mas discordo radicalmente de sua afirmação final no artigo “DENÚNCIA NÃO É CONDENAÇÃO”, quando diz que  “transformo o dito em rascunho não tanto pelo conteúdo mas mais pelos comentários que possam ensejar animosidades desnecessárias.”
Quando você colocou o artigo em seu blog e o reproduziu na rede, ele não pode mais ser transformado em rascunho.
Ele passou a ser de domínio público.
É um fato consumado.
Quando coloquei meu comentário no artigo que você tentou inutilmente transformar em rascunho, foi justamente para rebater acusações injustas, provocar polêmica, ou como você prefere, “ensejar animosidades desnecessárias”, que prefiro chamar de “embates absolutamente necessários”.
É assim que deve funcionar uma democracia.
Por isso, reproduzo adiante o meu comentário, que você eliminou no artigo anterior, sem, ao mesmo tempo, ter eliminado todos os comentários  desairosos de “anônimos” que atingiram  companheiros de projeção em nossa área.
Em tempo, continuarei a ser um leitor ávido e assíduo de seu admirável e bem fundamentado blog.
Abraços afetuosos deste sincero amigo

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB  

“Antes de fazer qualquer consideração desairosa a quem quer que seja, é preciso que uma denúncia seja aceita pela Justiça.
E se essa denúncia for fruto de uma mera suspeita sem qualquer fundamento ou base sólida?
Qualquer um de nós pode fazer uma acusação a quem quer que seja. 
Se essa acusação for infundada poderemos sofrer um processo por calúnia.
Como o próprio ARI ZANELLA diz, uma denúncia pode ou não ser aceita pela justiça.
Só depois de aceita pela Justiça é que o denunciado vira réu.
E só depois de julgado é que ele vai ser condenado ou inocentado.
Por comentário que leio, no blog do ARI ZANELLA, é dito por um anônimo, que "Diferente das barragens rompidas da Vale temos uma lista de culpados certo."
Outro anônimo, cita explicitamente os nomes de "FLORES, SASSERON e CECÍLIA."
Conheço CECÍLIA GARCEZ 
                       
   
pessoalmente.
É uma lutadora incansável e destemida em defesa de nossas causas.
É professora de cursos de pós-graduação em MBA, no IBMEC.
É especialista em gestão de fundos de pensão   na WHARTON UNIVERSITY, Philadelphia, USA, é pós-graduada em formação geral para altos executivos em previdência e gestão de fundos de pensão pela FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS.
Fez parte da gestão de grandes grupos empresariais, como EMBRAER, CPFL Energia, NEOENERGIA, SAUÍPE S.A., foi Conselheira e Diretora de Planejamento da PREVI, enfim, é uma pessoa altamente qualificada com uma longa e exitosa carreira em inúmeras áreas, o que pode ser averiguado pela pesquisa de sites de empresários e altos executivos na internet.
Não é minimamente aceitável que seu nome seja achincalhado gratuitamente na mídia e junto à opinião pública.
Outra pessoa que tem uma longa carreira bem sucedida em nosso meio, é JOSÉ RICARDO SASSERON,
                         

 que tem  uma coluna em meu blog.
Não vou me estender sobre suas qualificações para não tornar este comentário excessivamente extenso.
Essas denúncias precipitadas, descabidas e inconsequentes, jogadas na mídia, sem que existam quaisquer investigações sobre supostos delitos, são atos irresponsáveis e absurdos.
O desgaste pessoal que essas pessoas, injustamente acusadas, devem estar enfrentando por terem sido dirigentes de entidades é imenso.
Não sofreram qualquer acusação formal, não foram julgadas por nada, mas da forma como  as autoridades competentes divulgam  o assunto, as pessoas já são condenadas por antecipação por um crime que sequer foi caracterizado.
Alto lá.
As pessoas estão sedentas por justiça e, dessa forma acabam sendo afoitas, irresponsáveis, caluniosas e injustas.
Não estamos mais na Inquisição, quando, em um período negro do catolicismo, e apenas por serem meramente apontadas por crime de bruxaria por autoridades religiosas da época, pessoas eram queimadas vivas em fogueiras em praças públicas, para satisfação das multidões ensandecidas. 
Siga-se a lei para que inocentes não sejam denegridos por antecipação e nem tenham suas imagens e suas vidas degradadas, desestruturadas e prejudicadas   injustamente.
Sigam a lei.

Adaí  Rosembak    

domingo, 3 de fevereiro de 2019

OLHANDO PARA O FUTURO


Caros Companheiros,

Encontro-me na mesma situação em que a blogueira ROSALINA DE SOUZA se encontrava há algum tempo, quando ficou com seu blog inativo por um longo período.
Os momentos de recolhimento espiritual e reflexão são importantes para analisarmos o que, de fato, importa em nossas existências.
Após esses momentos de isolamento, voltamos renovados e energizados para lutar na defesa de nossas causas.
Neste blog, procuramos mostrar para nossos companheiros  as soluções  possíveis para nossos problemas,  mas também procuramos esclarecer  - principalmente para os mais jovens -   que  a experiência de nossas vidas não foi constituída    de vitórias, mas também, e principalmente, de perdas, insucessos e erros.                               Muita coisa aconteceu a partir da eleição de JAIR MESSIAS BOLSONARO
                                  

que, como um terremoto, ainda provocará ondas de choque que continuarão a sacudir e mudar todo o país.
Processo semelhante ocorreu quando da Revolução de    31.03.1964, imposta pela força das baionetas.
À época tinha 21 anos.
Conheci pessoas atuantes politicamente, mas iludidas e fanatizadas pela ideologia fracassada do comunismo, que entraram na luta armada, a despeito de alertas  para que não mergulhassem  naquela perigosa aventura.
Cometeram crimes de sangue, não pela defesa de princípios democráticos, mas pela implantação da ditadura do proletariado em nosso país.
Era um período de radicalismos políticos.
Agora, acessando a internet, me defrontei com o texto abaixo:

“Não há Mito.
 Há FATO!
Não foi um Bozonaro
Que criou um país de idiotas.
Foi um país de idiotas
Que precisava de um representante”

Impressionante! Após 55 anos, é  o mesmo discurso raivoso dos inconformados, iludidos, fanáticos e revoltados, que abraçaram o terrorismo a partir de   1964.
A diferença é que hoje, JAIR MESSIAS BOLSONARO não foi levado ao poder pela força das baionetas, mas sim pelo VOTO popular.
Esses alienados não conseguem enxergar que suas ideologias políticas falidas foram superadas pela realidade dos novos tempos.
Ressalto que, dentro de uma democracia, como a que vivemos, é livre a opção dos cidadãos de defenderem  os princípios políticos que considerem ser os mais adequados para nosso país, mas   abraçar o terrorismo, como ocorreu em 1964, continua a ser  crime que deve  ser combatido duramente pelas forças de segurança.
Podem berrar, podem insultar os cidadãos apoiadores da nova escolha pelas urnas, podem destilar  veneno pelas redes sociais, mas vão ficar por aí.
Não vão conseguir criar novos grupos terroristas para dominar a sociedade na marra, como tentaram fazer a partir de 1964.
É espantoso que não consigam ver que o povo não elegeu JAIR MESSIAS BOLSONARO pela sua pessoa, mas sim para a implantação de uma nova ordem política no país, que expurgasse de nossas instituições o domínio deletério do petismo radical   que afundou o país.
A sociedade operou uma mudança de rumos e de valores.
É previsível que o novo governo vá cometer mais erros, excessos, atropelos e abusos, como é de se esperar de um governo estreante, ainda mais na situação caótica em que o país foi deixado pelos governos que o antecederam.
Nessa situação, o país precisa de um Poder Legislativo altivo e atuante para conter, discutir e adequar à nossa realidade, as iniciativas de reformas partidas do Poder Executivo.
Por isso, uma oposição responsável e forte dentro do Congresso nunca foi tão necessária como agora.
O Parlamento é a verdadeira arena política onde vão se propor, discutir e se aprovar as mudanças que o país necessita fazer para sair do abismo em que foi jogado.
Por isso, voltamos a repetir, é fundamental que tenhamos uma oposição esclarecida, atualizada e atuante nesse processo.
É lamentável que hoje, a atual oposição em nosso parlamento,  ainda seja constituída de grupos  petistas radicais e de outros partidos minoritários de esquerda, derrotados nas urnas, mas ainda fanatizados pela ideologia comunista que soçobrou no Século XX, com a Queda do Muro de Berlim e a implosão da ex-União Soviética.
A sociedade se pergunta até quando o PT vai ter como presidente do partido uma pessoa tão desestruturada, agressiva, desequilibrada, e desvinculada da realidade como GLEISI HOFFMANN.
A ida dessa representante à posse de MADURO foi um ato de extrema sandice.
Até mesmo para petistas e seguidores de outros partidos de esquerda, isso foi uma ação que só veio denegrir   ainda mais a já desgastada imagem do PT junto à sociedade.  
Nessa situação, pergunta-se: Até quando o Congresso vai funcionar sem uma oposição à altura de desempenhar adequada e equilibradamente seu papel constitucional?
A oposição é fundamental para o exercício da democracia plena.
Todas as mudanças pelas quais nosso país precisa passar para que saia da crise humana, financeira e econômica em que foi jogado por sucessivos governos liderados pelo PT, precisam ser intensamente discutidas em nosso Congresso.
É importante que, o mais rápido possível, o PT faça uma autocrítica profunda,  se livre de seu bolor e ranço políticos ultrapassados pela realidade dos novos tempos,  se reconstitua e renove suas  bases para atuar no Congresso dentro da  situação política atual.
O PT tem quadros da mais alta relevância.
Para lembrar alguns representantes políticos    de destaque, cito os atuais governadores CAMILO SOBREIRA de SANTANA (PT-CE), FLÁVIO DINO de CASTRO e COSTA (PCdoB – MA) e RUI COSTA (PT-BA). Também poderia lembrar JAQUES WAGNER (PT-BA), que é um político de cabeça aberta, não é um inflexível petista, e tem uma visão atualizada em relação às mudanças pelas quais o Brasil e o Mundo passam.
Portanto, não é por falta de quadros  de alto nível, que a esquerda não tem condições de se renovar e de atuar no Congresso como uma oposição altiva, atualizada, crítica e combativa para discutir projetos  do Governo ou da oposição, que venham ao encontro das aspirações da sociedade.
O Congresso precisa da atuação e da participação de políticos dessa grandeza para discutir os problemas do Brasil, que não podem ficar a critério   de tecnocratas insensíveis e despreparados para discutir e decidir sobre problemas vitais para a sociedade.
Nesse aspecto, no que tange ao BB, à PREVI e à CASSI, estamos enfrentando sérios desafios.
Diariamente, defrontamo-nos com notícias na mídia que nos deixam chocados e tristes.
Agora mesmo, o jornal Valor Econômico, em sua edição do dia 01.02.2019, na seção C10, nos apresenta o embate entre o Presidente do BB, RUBEM NOVAES
                                    

e o Secretário de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, SALIM MATTAR, sobre a venda de subsidiárias do BB, chamadas de “joias da coroa”, como a BBDTVM, a BB SEGURIDADE e as subsidiárias de cartões e investimentos do BB, que são consideradas como elementos centrais para garantir a competitividade do banco perante seus principais concorrentes privados, Bradesco e Itaú.
Além disso, a leitura é que essas empresas têm alto potencial de geração de valor para a instituição federal, uma avaliação que já vem sendo feita pela direção do banco desde os tempos de PAULO CAFFARELLI na presidência.”
                          
Transcreverei o texto dessa matéria, em sua integralidade, no final deste artigo.
Ressalto que a defesa incondicional do BB  é uma causa  que atinge a todos nós e pela qual  devemos nos unir e lutar duramente, independentemente da opção política de cada um.
Lembramos que o BB, fundado em 12.10.1808, portanto com 211 anos de existência, é um banco altamente lucrativo, que tem uma capilaridade de agências que atinge os mais longínquos rincões de nosso país e   tem uma ampla rede de agências no exterior.
Além de competir em condições de igualdade com os maiores bancos do Brasil, desempenha um papel relevante como o maior financiador à agricultura no país e também exerce a função de defensor dos interesses econômicos e financeiros do Governo em todo o país como, por exemplo, é o caso da redução dos juros.
Não enxergamos a lógica de se privatizar áreas tão importantes da instituição e que são bases vitais para o sucesso e progresso do BB.
Acreditamos que essa decisão foi mal planejada, feita às pressas e no afã de mostrar resultados imediatos com a privatização de empresas estatais que são ineficientes, são cabides de empregos para afilhados de políticos, e que só dão prejuízo.
Mas esse não é o caso do BB.
Como já  dissemos em artigos anteriores, é um erro magistral desestruturar uma empresa com o gigantismo do BANCO DO BRASIL,  com sua amplitude de atuação, e seu papel econômico e social dentro de todo o país,  com  importância para toda a população brasileira, tendo como justificativa e base para operacionalizar essas mudanças a adoção de    princípios teóricos liberais de  instituição de estudos econômicos de  outro país, sem fazer as adequadas adaptações para as especificidades e características da economia de nosso país.
Isso será matar a galinha dos ovos de ouro.
Temos de estar absolutamente atentos a esses projetos mirabolantes, precipitados e mal planejados, elaborados por executivos advindos da área privada, que basicamente só enxergam limitadas cifras sobre lucros, e não conseguem vislumbrar as consequências nefastas de suas decisões para o Banco do Brasil em si e para o país como um todo.
Devemos nos organizar e cerrar fileiras com nossos representantes no Congresso para apoiar  a posição do Presidente do BB, RUBEM NOVAES, na defesa incondicional do BANCO DO BRASIL, que é uma instituição eficiente, altamente rentável, muito organizada e moderna, e com um corpo funcional altamente qualificado, que luta duramente há mais de 200 anos  para tornar o BRASIL uma nação desenvolvida,   com uma população bem educada, sadia e feliz.
A propósito, transcrevemos abaixo, a esclarecedora mensagem a respeito do tema, de 30.01.2019,  de nosso companheiro JOSÉ RICARDO SASSERON:
                                   
“Para os colegas que vivem propagandeando que o governo BOLSONARO não vai privatizar o BB.
O Secretário das Privatizações e dono da LOCALIZA, SALIM MATTAR, disse que vai vender rapidamente todas as subsidiárias do BB, da  Caixa e da Petrobrás.
Traduzindo: vende a parte mais lucrativa para a concorrência, reduz o tamanho do banco, cede os nichos mais lucrativos do mercado para os bancos privados, enxuga, fecha agências, demite funcionários, reduz a lucratividade e, depois, privatiza o que sobrou, a preço de liquidação.
E se o banco fica pequeno e perde a serventia, acaba também com a CASSI e a PREVI.
Afinal de contas, estes benefícios só são oferecidos quando a empresa quer atrair os melhores cérebros do mercado.
Se ainda não entenderam as intenções deste governo, a gente vai explicando.”

Colega JOSÉ RICARDO SASSERON, parabéns pela breve e elucidativa explanação!
Esperamos que o Governo não permita que a área econômica cometa tamanha insensatez, até para que este articulista não venha a se arrepender em ter votado em JAIR MESSIAS BOLSONARO nas últimas eleições.  
Conclamamos todos os companheiros e todas as instituições, associações e entidades vinculadas aos nossos interesses para que se unam na defesa dessa justa causa.
Felicidades para todos.

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

Artigo do jornal VALOR ECONÔMICO (Fábio Graner – Brasília DF), de 01.02.2019, Seção C10

MATTAR e NOVAES EM DESCOMPASSO SOBRE SUBSIDIÁRIAS DO BB

O debate sobre a venda de subsidiárias de empresas estatais nos últimos dias evidenciou um descompasso nos discursos do Secretário de Desestatização e Desinvestimento, SALIM MATTAR, e do Presidente do BANCO DO BRASIL (BB), RUBEM NOVAES.
O chefe do BB tem mostrado mais cautela em relação ao esforço de privatizações e não quer abrir mão de algumas subsidiárias consideradas “joias da coroa” do banco, ainda que considere fazer parcerias e aberturas de capital.
Mattar, por sua vez, fala enfaticamente em vender as subsidiárias e deixar as empresas estatais “magrinhas”, ou seja, com o menor número de empresas possível.
“Deverão permanecer como estatais a PETROBRÁS, o BANCO DO BRASIL e a CAIXA ECONÔMICA, só.
Significa um excelente “guidance” para o nosso trabalho.
Então nós temos já o apoio do presidente ao reafirmar que somente estas três empresas deverão permanecer.
E elas deverão permanecer bem magrinhas.
Vamos vender todas as subsidiárias delas”, disse MATTAR, na última terça-feira em São Paulo.
A situação gerou ruído, inclusive nos bastidores do corpo técnico do BB, especialmente por conta da instituição financeira federal ter capital aberto.
A situação, segundo apurou o VALOR, acabou levando a uma conversa para se tentar um alinhamento de discurso entre o NOVAES e MATTAR e evitar novos ruídos.
Embora haja dentro do governo uma convergência de visões sobre a necessidade de se privatizar os ativos públicos, a decisão do presidente JAIR BOLSONARO de poupar o BANCO DO BRASIL (além da CAIXA e da PETROBRÁS) faz com que o atual comando da instituição tenha que ter maior cuidado para lidar com as subsidiárias.
Há mais de um motivo para isso.
O primeiro deles, de acordo com fontes, é que empresas como a BBDTVM, a BB Seguridade e as subsidiárias de cartões e investimentos do banco são vistas como elementos centrais para garantir a competitividade do banco perante seus principais concorrentes privados, BRADESCO e ITAÚ.
Além disso, a leitura é que essas empresas têm alto potencial de geração de valor para a instituição federal, uma avaliação que já vem sendo feita pela direção do banco desde os tempos de PAULO CAFFARELLI na presidência, que chegou a cogitar a recompra de ações da BB Seguridade, o que não era possível por questões primeiramente de capital da instituição.
Nesse sentido, fontes citam relatório recente divulgado pelo CITIBANK apontando que o retorno sobre o patrimônio do BB seria maior caso não houvesse sido aberto o capital da subsidiária.
NOVAES já disse publicamente que cogita fazer uma abertura de capital da BBDTVM ou partir para uma parceria (ou ambas as coisas), mas sem abrir mão do controle da subsidiária e da geração de valor e de negócios que ela gera para o banco.
O mesmo raciocínio vale para as áreas de cartões e investimentos.
Nesse último caso, a visão é que, como se quer desenvolver cada vez mais o mercado de capitais, manter com o banco o controle da empresa de investimentos é importante para maior geração de valor para a instituição.
Outra preocupação que foi levantada nos bastidores do banco com a fala de MATTAR, é sobre o momento da venda de ativos e em não se passar a impressão de que se está numa corrida para se desfazer de negócios que geraria preços desfavoráveis.
Dessa forma, a cautela mostrada por NOVAES em suas manifestações públicas aponta para a leitura de que mesmo os processos de venda de ativos não estratégicos serão tocados de forma a se obter o melhor preço possível, o que depende inclusive de fatores macroeconômicos, como maior ou menor crescimento do país.