Caros Companheiros,
Hoje é um domingo
ensolarado e, nos meus planos, estava tomar um pouco de sol, bater um papo com
meus amigos, e saborear uma cerva bem
geladinha.
Mas após fazer uma
leitura dinâmica na internet, me fixei no artigo “DENÚNCIA NÃO É CONDENAÇÃO”, de hoje, 09.02.2019, no blog de meu amigo ARI
ZANELLA.
Imprimi o texto e o
levei para a piscina.
Li, reli e cheguei à
conclusão que o ARI ZANELLA estava parcialmente correto em sua apreciação.
Reproduzo aqui o introito
de seu artigo:
“Estou deixando a postagem anterior em banho-maria devido ser
de bom alvitre não se conjeturar no terreno das denúncias. É prudente deixar
que a operação evolua no campo judicial sem proceder qualquer juízo de valor.
Por tal, transformo o dito em rascunho, não tanto pelo conteúdo, mas mais pelos
comentários que possam ensejar animosidades desnecessárias.”
Caríssimo amigo e blogueiro
ARI ZANELLA, faço questão de afirmar que, quando acesso a internet, uma das
primeiras coisas que faço, é acessar o seu blog.
Tenho imenso respeito e
admiração por tudo que você escreve.
Mas discordo
radicalmente de sua afirmação final no artigo “DENÚNCIA NÃO É CONDENAÇÃO”,
quando diz que “transformo o dito em rascunho não
tanto pelo conteúdo mas mais pelos comentários que possam ensejar animosidades
desnecessárias.”
Quando você colocou o
artigo em seu blog e o reproduziu na rede, ele não pode mais ser transformado
em rascunho.
Ele passou a ser de
domínio público.
É um fato consumado.
Quando coloquei meu
comentário no artigo que você tentou inutilmente transformar em rascunho, foi
justamente para rebater acusações injustas, provocar polêmica, ou como você
prefere, “ensejar animosidades desnecessárias”, que prefiro chamar de “embates
absolutamente necessários”.
É assim que deve
funcionar uma democracia.
Por isso, reproduzo
adiante o meu comentário, que você eliminou no artigo anterior, sem, ao mesmo
tempo, ter eliminado todos os comentários desairosos de “anônimos” que atingiram companheiros de projeção em nossa área.
Em tempo, continuarei a
ser um leitor ávido e assíduo de seu admirável e bem fundamentado blog.
Abraços afetuosos deste sincero amigo
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB
e ANAPLAB
“Antes de fazer qualquer consideração desairosa a quem quer
que seja, é preciso que uma denúncia seja aceita pela Justiça.
E se essa denúncia for fruto de uma mera suspeita sem
qualquer fundamento ou base sólida?
Qualquer um de nós pode fazer uma acusação a quem quer que
seja.
Se essa acusação for infundada poderemos sofrer um processo por calúnia.
Como o próprio ARI ZANELLA diz, uma denúncia pode ou não ser
aceita pela justiça.
Só depois de aceita pela Justiça é que o denunciado vira réu.
E só depois de julgado é que ele vai ser condenado ou
inocentado.
Por comentário que leio, no blog do ARI ZANELLA, é dito por
um anônimo, que "Diferente das barragens rompidas da Vale temos uma lista
de culpados certo."
Outro anônimo, cita explicitamente os nomes de "FLORES, SASSERON
e CECÍLIA."
Conheço CECÍLIA GARCEZ
pessoalmente.
É uma lutadora incansável e destemida em defesa de nossas
causas.
É professora de cursos de pós-graduação em MBA, no IBMEC.
É especialista em gestão de fundos de pensão na WHARTON UNIVERSITY, Philadelphia, USA, é
pós-graduada em formação geral para altos executivos em previdência e gestão de
fundos de pensão pela FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS.
Fez parte da gestão de grandes grupos empresariais, como EMBRAER,
CPFL Energia, NEOENERGIA, SAUÍPE S.A., foi Conselheira e Diretora de
Planejamento da PREVI, enfim, é uma pessoa altamente qualificada com uma longa e
exitosa carreira em inúmeras áreas, o que pode ser averiguado pela pesquisa de sites
de empresários e altos executivos na internet.
Não é minimamente aceitável que seu nome seja achincalhado
gratuitamente na mídia e junto à opinião pública.
Outra pessoa que tem uma longa carreira bem sucedida em nosso
meio, é JOSÉ RICARDO SASSERON,
que tem uma coluna em meu blog.
Não vou me estender sobre suas qualificações para não tornar
este comentário excessivamente extenso.
Essas denúncias precipitadas, descabidas e inconsequentes, jogadas
na mídia, sem que existam quaisquer investigações sobre supostos delitos, são
atos irresponsáveis e absurdos.
O desgaste pessoal que essas pessoas, injustamente acusadas, devem
estar enfrentando por terem sido dirigentes de entidades é imenso.
Não sofreram qualquer acusação formal, não foram julgadas por
nada, mas da forma como as autoridades
competentes divulgam o assunto, as
pessoas já são condenadas por antecipação por um crime que sequer foi
caracterizado.
Alto lá.
As pessoas estão sedentas por justiça e, dessa forma acabam
sendo afoitas, irresponsáveis, caluniosas e injustas.
Não estamos mais na Inquisição, quando, em um período negro
do catolicismo, e apenas por serem meramente apontadas por crime de bruxaria
por autoridades religiosas da época, pessoas eram queimadas vivas em fogueiras
em praças públicas, para satisfação das multidões ensandecidas.
Siga-se a lei para que inocentes não sejam denegridos por
antecipação e nem tenham suas imagens e suas vidas degradadas, desestruturadas
e prejudicadas injustamente.
Sigam a lei.
Adaí Rosembak
Boa Noite Sr. Adai!
ResponderExcluirSou crítico de algumas posições políticas que às vezes o Sr. expõe, mas tenho que reconhecer que nessa questão o Sr. se posicionou de forma perfeita.
Parabéns!!!
Caro Zé Luiz Castro,
ExcluirConcordo com você que minhas posições políticas nem sempre estão de acordo com a de muitos companheiros. É o seu caso.
Temos de seguir dentro do princípio de que não se devem discutir escolhas futebolísticas,políticas e religiosas. Cada um escolhe o que quer.
Mas fico satisfeito que, na questão enfocada, você tenha concordado comigo.
Abraços
Adaí Rosembak
Sr. Adaí,
ResponderExcluirConcordo inteiramente com sua argumentação.
Se não se confirmar qualquer delito ou erro, quem vai pagar pelos danos pessoais que essas pessoas vão ter?
O senhor já disse várias vezes que votou em Bolsonaro.
Mas não é justo que pessoas em busca de notoriedade e de um lugar destacado na política ajam dessa forma. É preciso que seja dado um freio nisso.
Até que surja qualquer acusação com base em fatos, acusações irresponsáveis como essas não podem acontecer.
Gostei de sua atitude.
Caro Anônimo,
ExcluirEstou plenamente de acordo com você.
Repito sua pergunta: e se não se culpabilizar ninguém, quem é que vai pagar pelos prejuízos causados às pessoas caluniadas?
Como fica isso?
As autoridades que estão ávidas por projeção na mídia têm de se conter e serem criteriosas para não cometerem esse tipo de delito.
Penso mesmo que essas pessoas devam ser indenizadas pelos prejuízos causados às suas imagens pessoais.
A Justiça tem de analisar esse aspecto da questão.
Abraços
Adaí Rosembak
Mas se não forem divulgados os desvios como é que vamos saber das coisas?
ResponderExcluirCaro Anônimo,
ExcluirLonge deste blogueiro querer que não se apontem desvios.
O que defendemos é que pessoas inocentes não sejam culpabilizadas por antecipação por atos que nem podem ter sido delituosos.
O sigilo tem de ser mantido até que os crimes sejam qualificados e indícios sobre a culpabilidade de pessoas sejam comprovados.
Apontar o dedo acusador aleatoriamente para cidadãos só porque foram dirigentes de entidades não é correto.
Pelo que saiba ser dirigente de entidade não é crime.
É por esse prisma que esse assunto tem de ser encarado.
Abraços
Adaí Rosembak
Afinal de contas quem roubou nos fundos de pensão? Aí estão o Aerus e o Postalis, só para dar dois exemplos.
ResponderExcluirCaro Anônimo,
ExcluirPrimeiro é preciso que seja caracterizado como roubo, desvio,ou qualquer ato ilícito.
Depois é preciso averiguar se as operações foram feitas de forma regular seguindo as normas do mercado acionário.
Na Bolsa, você entra com o intuito de ganhar e pode acabar perdendo.
É um mercado para estudiosos e especialistas.
Eu mesmo já perdi na Bolsa.
E não posso dizer que alguém especificamente me roubou.
O que houve foram desvios políticos na Petrobrás e em outros grupos grupos, que arrasaram o mercado como um todo.
Enquanto não houverem leis duras como existem nos USA não enxergo segurança no mercado acionário.
Abraços
Adaí Rosembak
Roubaram os fundos de pensão, isso é certo, agora precisam ir a fundo na investigação para ver se acham os larápios.
ResponderExcluiros fundos, precisam fazer uma investigação doa a quem doer, o resto
Cara Rosa,
ExcluirEm alguns fundos como Postalis e Aerus ocorreram desvios específicos que deixaram pistas claras de que ocorreram delitos e quem foram os autores.
Mas no que tange à Petrobrás, Eletrobrás e outros grandes grupos, ocorreram desvios de políticos, que geraram o Mensalão e o Petrolão.
Os fundos de pensão foram vítimas desse rolo.
Aí não posso afirmar se os dirigentes de fundos, ao investirem recursos dos fundos no mercado acionário, agiram de forma delituosa ou se também foram apanhados a reboque nessa onda de corrupção gerada pela classe política, que varreu o país.
Eu fui um que perdi ao investir em ações da Petrobrás. Será que tenho de me considerar culpado de um ilícito contra mim mesmo por ter perdido dinheiro nesse turbilhão de corrupção?
Não sou contras investigações que apurem desvios.
Mas sustento que não é correto que se punam, de forma incriminada, sem a devida apuração, colegas de nosso meio, pelo fato de dirigirem fundos de pensão e terem investido recursos dos fundos de forma correta como reza a legislação, mas, infelizmente, por motivos que fugiram à sua vontade, ao seu controle e, pior ainda, ao seu conhecimento, tenham causado prejuízos em suas operações.
Por essa razão, não invisto no mercado acionário.
Primeiro apurem-se os fatos em profundidade, comprovem-se as culpas e depois se punam.
Essa é a minha visão do assunto.
Abraços
Adaí Rosembak
Abraços
Adaí Rosembak
Prezado Adaí,
ResponderExcluirA Força-Tarefa Greenfield denunciou 34 pessoas por operações irregulares no fundo de investimento em participações Global Equity Properties(FIP GEP) que geraram prejuízos milionários ao fundo e a seus cotistas, entre 2009 e 2014.
Aí temos alguns colegas conhecido no nosso meio e de destaque dentro das associações e sindicatos, e no corpo da denúncia vão responder por gestão temerária se acaso ficar comprovado a veracidade dos fatos ocorridos, o que nos causa estranhamento é que sempre foi reconhecido dentro dos fundos de Pensão, no nosso caso a Previ, como o melhor corpo técnico, avaliações rigorosas, equipe de advogados altamente qualificados, e como não observaram o princípio da transparência, e sem falar na área técnica da previ(como isto passou desapercebido).
Não temos como julgar, nem emitir juízo de valor sobre os envolvidos, mas que muita coisa precisa de fato ser explicado dentro dos fundos de pensão e tudo começa com a falta de transparência e respeito a todos nós que lutamos a vida inteira para ter direito a receber nossa Aposentadoria e Pensão e hoje vivemos massacrados, sem esperança de saber como será o amanha, pois casos de os da VALE(mortes de inocentes) Mariana e Brumadinho e tantos outros investimentos micados, nos remete a certeza que no mínimo existe muito lixo debaixo dos tapetes do Palácio de Cristal em Botafogo no Rio de Janeiro.
Saudações Cordiais,
Rosalina de Souza
Parte 1
ExcluirCara Rosalina de Souza,
Primeiramente, não sou investigador da Operação Força Tarefa Greenfield e nem gostaria de o ser.
Não sei, em detalhes, quais foram as ditas operações irregulares no fundo de investimento em participações Global Equity Properties (FIP GEP), que geraram prejuízos milionários, num montante estimado de R$ 1,3 bilhão de reais, entre 2009 e 2014, a fundos de pensão e seus cotistas, entre os quais FUNCEF, PREVI e PETROS.
Li e continuo a ler muita coisa a respeito do assunto.
E quanto mais leio, mais emaranhado o tema se torna.
Inicialmente, até pela coincidência dos períodos e das características, cheguei a considerar que essas operações pudessem ser um desdobramento da chamada crise do mercado imobiliário nos Estados Unidos, a chamada Subprime Mortgage Crisis, que levou vários bancos à insolvência e cujos efeitos negativos atingiram o sistema financeiro internacional e as bolsas de valores de todo o mundo.
Tudo resultado da prodigiosa criatividade de economistas, matemáticos, estatísticos, financistas e banqueiros, unidos pela ânsia desenfreada por lucros crescentes e incessantes, que criaram o fabuloso produto financeiro que prometia ser o mais sofisticado e rendoso à época, um tal de "derivativo hipotecário", que revolucionaria o mercado imobiliário nos Estados Unidos, daria casas novas, grandes e lindas a todos e, para completar, tornaria todo mundo rico.
Tudo muito dentro do espírito fantasioso e crédulo dos americanos que acreditam em tudo, até na lorota de Orson Welles de que o país estava sendo invadido por marcianos.
Aliou-se a isso a falta de regulação do sistema financeiro que permitiu a criação de um sistema sofisticado de créditos hipotecários e a transferência de riscos para o mercado imobiliário e bancário, em larga escala e ritmo vertiginoso, o que criou uma bolha artificial de créditos baseados em hipotecas, que explodiu e espalhou seus efeitos para todo o planeta.
Pelo que li até o momento, guardadas as devidas proporções, as operações no fundo de investimento em participações Global Equity Properties (FIP-GEP), guardam muita similaridade com a chamada Crise do Subprime.
Grande dose de audácia, criatividade, ganância, sofisticação financeira em operações arriscadas, e legislação frouxa em alguns aspectos e inexistente em outras.
Por mais bem planejadas e, digamos, até bem-intencionadas, essas operações financeiras, com tantos elementos envolvidos, eram de alto risco.
Isso sem considerar a natural instabilidade do mercado e o surgimento de elementos imprevisíveis.
Não gostaria de estar no lugar dos investigadores dessas operações.
Vão ter uma trabalheira sem fim.
E quem, depois de tudo isso, se atreverá a ser dirigente de fundos de pensão, principalmente na área financeira?
Talvez os investigadores não cheguem a lugar nenhum, embora faça votos para que cheguem. Apesar de não imagine a qual lugar.
Voltemos aos Estados Unidos.
Passados mais de 10 anos, o rolo da crise das subprimes, virou um emaranhado sem fim.
Muita gente mudou de ramo, outros mudaram de país, outros morreram, muitas empresas fecharam.
Parte 2
ExcluirAs editoras faturaram e continuam faturando horrores, o tema virou um filé para a indústria cinematográfica, para a TV e para a internet.
Best-sellers e livros de economia a respeito do tema, ainda são leitura obrigatória nos lares, nas universidades e bibliotecas.
O assunto não se esgotou: mais livros continuam a ser escritos.
Já surgiram séries cinematográficas sobre o assunto.
Algumas foram premiadas no Los Angeles Film Festival.
Pelo que li, ninguém foi julgado e muito menos condenado, mas, como sempre, sobrou para os pobres, pois perderam-se 8,7 milhões de empregos à época.
O governo americano arrecadou multas que chegaram a US$325 bilhões.
E, o que é mais espantoso, 10 anos depois da crise dos derivativos imobiliários, a economia americana se recuperou e, as grandes empresas lucraram mais de US$ 1 trilhão.
Voltemos ao Brasil.
Cara amiga Rosalina de Souza, por tudo isso não me atrevo a acusar ninguém de nada.
Vai se desencadear um turbilhão de processos judiciais sem fim, e sem prazo para terminar, e chegaremos a algum lugar?
Há que considerar que as decisões que geraram todos esses problemas, foram aprovadas pelo Corpo Consultivo das entidades em assembleias gerais.
São redigidas atas desses encontros que são registradas em cartório.
Todos associados, presentes ou às assembleias, estão sujeitos a aceitar suas decisões.
Outra pergunta, entre outras, que certamente surgirão em um processo jurídico dessa magnitude: houve dolo dos dirigentes, caracterizaram-se quaisquer desfalques ou desvios que possam ser caracterizados como atos desonestos?
Isso tudo tem de ser considerado.
Li o posicionamento da PREVI sobre o FIP Global Equity Properties, de 07 do corrente.
Muito bem redigida.
É uma tentativa de desvincular a atual administração de qualquer envolvimento no assunto.
Vamos esperar o desenrolar dos acontecimentos.
Muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte.
Por isso, reitero que considero prematuro , descabido, e até passível de cometimento de calúnia, que se levantem hipóteses e se apontem nomes, sem que se desenvolvam investigações aprofundadas sobre a operação em foco, e a Justiça venha a avaliar e dar a palavra final sobre a aceitação ou não desse processo para julgamento.
Abraços
Adaí Rosembak
nao confio no Sasseron nem na Cecilia Garcez.
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