domingo, 30 de agosto de 2015

SUSTENTABILIDADE da CASSI - Informe 5 - 30.08.2015

Neste assunto da Sustentabilidade da CASSI estamos em uma guerra sem quartel com o negociador do BB, que usa de todos os artifícios e métodos, os mais ardilosos e implacáveis, para nos pressionar a aceitar condições que implicam a retirada de direitos inalienáveis e inegociáveis a fim de liberar o BB do cumprimento de seus compromissos em relação à CASSI.
Todos os dias nos defrontamos com informes nos grupos na internet relativos a novos detalhes sobre as negociações entre o BB e os representantes dos funcionários.
Participamos das palestras promovidas pela CASSI para nos inteirarmos mais detalhadamente dessas negociações e da atual situação da instituição.
Nesses encontros, nossos representantes se desdobram para nos apresentarem um retrato atual da situação da sustentabilidade da CASSI e o que está sendo feito para o aprimoramento da gestão do órgão.
Existem problemas de gestão, estrutura e controle. Sempre existirão. Fazem parte da evolução. A perfeição é e sempre será uma meta utópica a ser atingida.
Mas pontuais problemas detectados têm sido prontamente corrigidos e novos métodos de gestão, estrutura e controle são introduzidos com o auxílio do avanço da TI (Tecnologia de Informação).
É fundamental que se separe o que é resultado de dolo premeditado e até criminoso e o que é consequência de problemas que surgem em consequência de problemas administrativos, controle precário e outras falhas inerentes ao sistema.
O que não é aceitável  são notícias catadas à esmo e com base em boatos e que são publicadas em grupos na internet sem qualquer comprovação concreta e que só contribuem para tumultuar e causar apreensão nos associados. Isso só serve para denegrir a imagem da CASSI ao misturarmos problemas reais com problemas fictícios.
Como exemplo de acusações desse jaez citamos a sugestão da redução/ extinção de departamentos da CASSI (é citado o número de 52 “cabides de emprego”) e a afirmação de médicos credenciados da CASSI que ganham R$ 16.000,00 e não vão ao emprego. Fala-se de diretores que tem à sua disposição carros alugados, não pagam aluguel, tem cartão corporativo, etc. Cita-se um número de 600 servidores do BB deslocados para a CASSI.  E por aí vai...
Esses comentários aleatórios causam muito constrangimento e atingem a honorabilidade dos dirigentes da CASSI.
Este próprio articulista sente-se prejudicado por essas acusações não comprovadas em razão de ter ressaltado em várias notas o esforço e a dedicação de gestores na administração da CASSI.
Ainda por cima ninguém é acusado isoladamente. São acusações que atingem todo o órgão e seus dirigentes.
Ao perguntarmos quais são esses “cabides de emprego”, quem são, onde e quando ocorreram esses problemas com médicos que não cumprem suas jornadas de trabalho, quais são os reais benefícios concedidos aos diretores, qual o número efetivo de funcionários do BB à disposição da CASSI, não recebemos qualquer resposta conclusiva e as comprovações dessas acusações não são apresentadas.
Essas “notícias” se espalham como rastilho de pólvora e, quando conversamos com associados, muitos usam o adágio de que “onde tem fumaça tem fogo” e, assim, essas acusações assumem uma aura de verdade absoluta até porque não são contestadas.
Já surgiram no “Fantástico”, da TV Globo, notícias (que foram confirmadas com filmagens) de médicos do INSS que abandonavam seus postos de trabalho para trabalhar em seus consultórios particulares. Nunca tomei conhecimento de que isso ocorresse na área da CASSI.
A questão do “cabide de empregos” já foi objeto de comentários em relação à área administrativa da PREVI em razão de uma auditoria efetuada pela empresa Accenture. Também nunca tomei ciência desse tipo de problema na CASSI.
Não se trata aqui de tentar suprimir a verdade do conhecimento público e nem de cercear a liberdade de expressão de ninguém.
Apesar de todos os problemas pelos quais estamos passando, vivemos em um ambiente democrático sólido onde impera a liberdade de expressão e de mídia.
Por isso mesmo, escândalos e falcatruas são noticiados e discutidos diariamente nos jornais e nas TVs e a Operação Lava Jato prossegue a todo vapor.
Essa situação seria impossível durante a ditadura militar onde imperava o silêncio das baionetas.
Na área de comunicação erramos muito pelo que falamos e erramos muito mais pelo que deixamos de falar em razão de inibição ou medo das consequências de nossas palavras.
Para não incorrermos no risco de errar por deixar de denunciar   irregularidades precisamos estar alicerçados por fatos sólidos em relação ao que publicamos.
É preciso ter em mente que calúnia contra a imagem de uma pessoa ou de uma instituição não se trata de um erro de informação, mas de uma ação deliberada para degradar e denegrir a imagem de outrem o que, perante a lei, não é encarada como liberdade de expressão, mas sim de uma ação criminosa passível de sanções legais.
Face ao problema levantado e para preservar a imagem de probidade dos dirigentes da CASSI, julgamos de bom alvitre que seja implementada uma auditoria independente para, no jargão popular, “separar o joio do trigo” na gestão da CASSI.
A propósito de sugestão de auditoria na CASSI, reproduzo parte de nota sobre o assunto publicada na REDE-SOS@yahoogrupos.com.br:
“Problemas de gestão são praticamente um consenso... Os números (medianos) da UNIDAS, bastante inferiores aos observados nos da CASSI são indicadores cristalinos dessa necessidade. A elevação desmesurada das despesas administrativas, nos últimos anos, outro indicativo. O aparente “inchaço” dos quadros funcionais...tantos, tantos itens que merecem apuração com pessoal especializado...Auditoria nos grandes centros cirúrgicos evitando internações longas e pagando-se diárias a preço de hotéis cinco estrelas; as tais “máfias” de equipamentos prescritos para grande número de cirurgias e próteses...Ah, como terá trabalho a empresa eleita para auditar a CASSI !!”
Adaí  Rosembak
Associado da  AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB  

terça-feira, 25 de agosto de 2015

AAFBB Em Foco - 24.08.2015

Impressões da Sede Campestre da AAFBB em Xerém.
Em 22.08.2015, pela primeira vez, visitei a Sede Campestre da AAFBB em Xerém para participar do 18º Festival de Queijos e Vinhos, animado com orquestra e dança.
A breve estadia naquele tranquilo lugar superou minhas melhores expectativas.
Para conhecer com segurança o trajeto até Xerém, optei pelo transporte por van disponibilizada pela própria AAFBB por um preço bem módico.
Por falar em preços, os mesmos são bem baixos para a ampla diversidade de atrações e serviços prestados pela associação.
Só em eventos especiais, como foi o caso desse festival e em comemorações e festividades tais como Carnaval, Reveillon, Natal, Páscoa e outras, os preços sofrem pequena majoração, mas nada comparável aos escorchantes preços de estabelecimentos congêneres como hotéis e pousadas particulares.
As tabelas com as tarifas estão no site da AAFBB, no indicativo Sede Campestre.
Ao chegar, fomos muito bem atendidos pelo eficiente e polido pessoal da recepção. Nos prestaram todas as informações e peguei as chaves de um apartamento.
Na saída da sala da recepção tem uma feirinha com joias  de artesanato local e roupas de inverno. As mulheres adoram.
Na chegada ficamos surpresos com a vasta arborização do local, com um imenso viveiro de pássaros e com coelhos e porquinhos da índia que circulam pelos gramados e jardins. Existem abrigos adequados para todos os animais.
Pelas árvores circulam muitos micos-estrela.  Comecei meu tour oferecendo bananas para eles.
As crianças vibram de alegria com toda essa bicharada e os adultos registram os momentos felizes tirando fotos.
Toda a sede campestre é muito bem cuidada.
Não notei a mínima sujeira em qualquer área da sede.  O fumo é permitido nas áreas descobertas, mas os fumantes, civilizadamente, colocam as guimbas dos cigarros em recipientes espalhados por toda a associação. 
Todos os caminhos e instalações são bem sinalizados com placas e tudo é muito bem organizado e limpo. Os estacionamentos são amplos, com vagas marcadas no chão e situados em locais arborizados.
Os gramados, jardins, árvores e arbustos são bem cuidados e podados. Os jardins, em especial, são maravilhosos e contam com uma imensa diversidade de flores. Também são muito fotografados.
Um ponto imperdível é a “fazendinha”, uma feliz criação do ex-diretor da Sede Campestre Carlos Fernando dos Santos Oliveira (mais conhecido como CAFÉ), onde se encontram aves de várias espécies, coelhos e cabras. A garotada adora apreciar os gansos, patos e marrecos no laguinho e os perus, as galinhas d’angola e diversas outras aves ciscando pela fazendinha.
É maravilhoso acordar pela manhã com o canto do galo.
Vou pesquisar junto à administração a possibilidade de acrescentar na fazendinha uns pavões, umas emas e uns avestruzes. Com certeza iriam ser complicadores na fazendinha e por isso não sei se minha ideia vai frutificar.    
A piscina é de tamanho olímpico e tem em toda a sua volta cadeiras, espreguiçadeiras e mesas com toldos para proteção contra o sol.  Na área da piscina estão localizadas as saunas.
A associação dispõe de sala de jogos e várias quadras para eventos esportivos, todas pintadas e bem cuidadas.
O auditório para eventos é amplo e moderno. Ao lado do auditório está o serviço de enfermaria para atendimentos de emergência.
Vários caminhos com árvores frondosas que oferecem muita sombra também têm mesas e cadeiras para os associados descansarem, conversarem e usufruírem dos serviços do bar.
O bar é um capítulo à parte. É o “point” mais frequentado.
Está sempre cheio com pessoas assistindo TV e conversando enquanto desfrutam do diversificado cardápio de comidinhas, petiscos e bebidas. Os atendentes são simpáticos, alegres e atenciosos.
Uma ideia excelente da diretoria foi implantar o sistema de “dinheiro de plástico”. Muito prático para o controle de caixa. Parabéns à administração pela criativa iniciativa.
Quando passei em frente ao bar fui festivamente recebido com um apertado abraço e um largo sorriso pelo meu amigo Carlos Fernando, o CAFÉ, que me apresentou o Jorge Barroso, atual diretor da Sede Campestre.
Enquanto conversávamos, logo percebi porque a sede campestre é tão bem organizada, limpa e administrada. O Jorge Barroso é um homem que está sempre   atento a tudo, é meticuloso, detalhista, perfeccionista e dinâmico. Enquanto conversávamos, ele anotava minhas impressões e sugestões para posterior análise.
O homem não perde tempo. É uma águia.
Em outra oportunidade, ao conversar informalmente com o José Odilon Gama da Silva, Vice-Presidente do VIPAR e com o ex-presidente do CODEL Jorge Pereira de Almeida, enquanto tomava uma coca diet e saboreava uns petiscos, descobri que o bar também é um local ideal para discutir, de forma informal e descontraída, assuntos de interesse dos aposentados como o BB, a Previ e a Cassi.  
Por um bom tempo, nós três conversamos sobre esses temas. O ponto mais complicado abordado com o José Odilon foi como mobilizar os associados aposentados para a defesa de nossas causas.   Escreverei uma nota sobre esse tópico na série “Sustentabilidade da CASSI” que lancei em meu blog.
O Jorge Pereira de Almeida trouxe à baila a atual situação dos seguros. Confesso que preciso me inteirar melhor sobre essa matéria.
Na Sede Social da AAFBB na cidade, esse diálogo franco e aberto entre os associados e os dirigentes é impraticável. Todos os diretores estão em suas salas de trabalho, tudo é muito formal e compartimentalizado (e nem poderia ser de outra forma) e os associados ficam isolados no espaço dos aposentados no 11º andar. Ou seja, existe uma lacuna de comunicação com os associados difícil de ser contornada, a não ser nos almoços mensais e nas AGOs e AGEs.
Os quartos e chalés da sede campestre têm uma decoração simples, mas são muito bons, asseados e contam com todas as comodidades oferecidas por qualquer hotel de bom padrão, como sabonetes, toalhas de banho e de rosto em invólucros de plástico, ótimas roupas de cama, cobertores extras, geladeira, ar condicionado, TV e serviço de telefone.  Isso tudo sem contar com o silêncio, o ar puro e o canto do galo pela manhã.
Após a chegada, coloquei uma bermuda, uma camiseta e fui andar e conhecer as instalações.
O primeiro lugar que visitei foi o salão de festas. Para minha surpresa, encontrei meu amigo Nelson Luis de Oliveira, o “Empinador de Pipas”, coordenando, junto com a Kátia, a organização do salão. Foi uma surpresa encontrar o pessoal da sede trabalhando a todo vapor na sede campestre.
Era muito trabalho: organização de mesas, com numeração, colocação de toalhas, guardanapos, copos e talheres, organização de mesas de queijos e vinhos e de frutas.
O capricho era tanto que chegaram a fazer perfeitas tartarugas e tatus com frutas. Lindo trabalho, só que o rabo do tatu (uma cenoura) caiu quando o mesmo era transportado deixando o bicho aleijado. Sai logo para não interromper a trabalheira coordenada pelo Nelson.
À noite, fomos para o salão de baile. Todo mundo estava elegantemente trajado.
Comecei os “trabalhos” saboreando as pastinhas com torradas e degustando taças de vinho tinto seco e bebendo muita água.
A orquestra começou a todo vapor e a pista logo lotou.
O Ari Sarmento do Valle Barbosa estava com sua mulher e ficou quietinho com ela.
Por outro lado, o Carlos Fernando, o CAFÉ, estava animadíssimo e brincava com todo mundo.
O Nelson Luis e o Jorge Barroso riam com tudo e estavam felizes com o sucesso da festa. 
Até o José Odilon, sempre muito sério e formal em solenidades oficiais, estava descontraído e até ensaiou uns passinhos de samba.
O ambiente estava animadíssimo com muitas mulheres maravilhosas e a pista estava cheia com exímios dançarinos.
Depois de umas e outras taças de vinho, comecei a me descontrair e me contagiar pela música tocada pela orquestra e fui dançar um tanto inseguro e tentando relembrar os passos dos tempos de dançarino nas academias de dança. Para minha surpresa, efusivamente, o Carlos Fernando veio me dar um abraço e nos parabenizar pela performance na pista.
Fiquei surpreso com a presença da sorridente, animada e bonita Viviane que fotografava a todos. Parabéns a  essa moça que atua com sucesso na sede social e que  presta sua colaboração na sede campestre. 
Enfim, a festa foi um absoluto sucesso em todos os aspectos. Imperdível.
No outro dia, para minha surpresa, no café da manhã, uma senhora se aproximou de minha mesa e veio me parabenizar por eu dançar tão bem. Agradeci e fiquei surpreso com os elogios. Era sinal de que não esqueci de tudo que havia aprendido nas academias de dança.
Depois do almoço, andamos um pouco até a hora da chegada da van que nos levou de volta para o Rio.
Voltei ao Rio feliz com a ida à sede campestre da AAFBB.
Agora entendo a razão da Presidente Célia Laríchia haver ressaltado em um discurso os laços afetivos que prendem os associados à sede campestre da AAFBB.
Acrescento que, para minha surpresa, encontrei associados de outros estados que se encontravam ali hospedados e que, além dos prazeres da sede campestre, também desfrutaram de passeios nas vans da associação para visitar Petrópolis, perto de Xerém, que é a cidade onde o imperador Dom Pedro II tinha sua residência de verão. Petrópolis conta com muitos lugares históricos importantes, museus, palácios e atrações ligados à família imperial. Em verdade, conhecer Petrópolis mais detalhadamente, demanda vários dias de visitas. Petrópolis tem excelentes restaurantes, parques e um comércio vibrante de roupas sofisticadas   (Rua Teresa) que atrai compradores de todo o Brasil. É um passeio sensacional e cheio de boas surpresas.
Também é possível visitar as cidades serranas de Teresópolis, Friburgo e Itaipava. São cidades belíssimas que contam com restaurantes de alto padrão, parques, atrações locais e feiras de artesanato e roupas de inverno.
Ainda no que tange a associados de outros estados, reitero que outras informações detalhadas, fotos, preços e programação de eventos encontram-se no site da associação.
Para finalizar, reafirmo que a visita à sede campestre da AAFBB foi uma experiência revigorante para o corpo e enriquecedora para o espírito que pretendo repetir em outras oportunidades.
ADAÍ  ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

SUSTENTABILIDADE da CASSI - Informe 4 - 21.08.2015

Companheiros,
Apresentamos adiante um resumo elaborado por Mirian Fochi, Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da CASSI, sobre tudo o que foi discutido na Palestra promovida pela CASSI em 17.08.2015, no auditório do Centro Administrativo do BB, no Edifício SEDAN, no Rio de Janeiro.
Manifestamos em nome de todos os associados da CASSI nossos sinceros agradecimentos pela importantíssima matéria encaminhada a este blog que, de forma sucinta e com muita objetividade, enfoca os aspectos mais importantes da crise atual sobre a sustentabilidade da CASSI.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

Relatório da Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da CASSI Mirian Fochi sobre Encontro promovido pela CASSI em 17.08.2015, no auditório do Centro Administrativo do BB, no Ed. SEDAN, no Rio de Janeiro RJ.  

Os diretores eleitos da Cassi, Mirian Fochi - Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, e Willian Mendes - Diretor de Saúde e Rede de Atendimentos, estiveram reunidos com associados no Rio de Janeiro no último dia 17 de agosto.
Na oportunidade, os diretores apresentaram e debateram com os presentes suas opiniões a respeito da crise por que passa a Caixa de Assistência, suas origens, as medidas que estão sendo tomadas pelas respectivas áreas e as propostas a serem implantadas no enfrentamento dos problemas.
A Cassi apresentou resultado negativo no Plano de Associados no ano de 2014 da ordem de R$ 177 milhões. Para este ano de 2015 projeta-se um novo déficit, da ordem de R$ 200 milhões.
Este resultado é decorrente de fatores como, por exemplo, as despesas crescentes na área da saúde, bem acima da inflação e do crescimento das receitas que são vinculadas aos salários dos associados. A não implantação total do modelo assistencial de Atenção Integral para o conjunto dos associados, definido em conjunto com o custeio (7,5% da remuneração dos associados) na reforma estatutária de 1996 também impacta nos déficits porque o modelo tradicional do mercado só resiste devido aos reajustes periódicos nas receitas (contraprestações).
No passado recente, a Cassi teve receitas novas ou extraordinárias que permitiram adiar a discussão sobre os sucessivos déficits do Plano de Associados. Em 2007, a reforma estatutária aprovou receita nova sobre o 13º salário, a criação de coparticipação sobre exames e um aporte por parte do banco de R$ 300 milhões para serem investidos na ampliação do modelo assistencial da Cassi - de Atenção Integral à Saúde, com unidades CliniCassi e a Estratégia Saúde da Família. Já entre 2011 e 2013, entraram mais 400 milhões de reais após a distribuição do BET para os associados do Plano 1 da Previ.
Essas medidas permitiram a Caixa de Assistência cumprir com seus compromissos no período e acumular reservas nos dois planos (Associados e Família), da ordem de R$ 1,5 bilhão. A reserva do Plano de Associados vem agora sendo consumida e as perspectivas apontam para a necessidade urgente de novos aportes de recursos.
Esse resultado negativo seria ainda maior, não fossem as medidas tomadas pela diretoria, seja nas negociações com fornecedores e conveniados, obtendo condições mais vantajosas para a Cassi, seja na adoção de medidas rigorosas de controle das despesas, seja nos investimentos na implantação da Estratégia Saúde da Família.
A Estratégia Saúde da Família permite a Cassi atender aos associados a partir do modelo de Atenção Integral com equipes multidisciplinares (ESF) com olhar nas dimensões de promoção de saúde e prevenção de doenças, recuperação e reabilitação, atuando mais preventivamente, proporcionando saúde, antes da doença se instalar, com uso mais racional dos recursos dos associados.
Os diretores eleitos, periodicamente viajam pelo país para debaterem com os associados da Cassi, visando estreitar o relacionamento com aqueles que são a razão de existir da Caixa de Assistência, bem como mantê-los bem informados quanto aos assuntos referentes a Cassi.
O associado pode saber mais sobre a sua Caixa de Assistência acessando o site da CASSI, lendo os boletins dos eleitos e debatendo com o seu sindicato, entidade associativa ou Conselho de Usuário.
Mirian Fochi
Diretora de Planos de Saúde e de Relacionamento com Clientes da CASSI

terça-feira, 18 de agosto de 2015

SUSTENTABILIDADE DA CASSI - Informe 3 - 19.08.2015

Em 17.08.2015, no auditório do Centro Administrativo do BB no Rio de Janeiro, no 21º andar do Edifício SEDAN, à Rua Lélio Gama, 105, foi realizada Palestra da CASSI   para, basicamente, discutir o atual estágio das discussões da sustentabilidade da instituição com o BB e a contingência na renovação de contratos com fornecedores com impacto direto na prestação de serviços aos associados.
O evento contou em sua mesa expositora com a presença dos diretores eleitos da CASSI Miriam Focchi e William Mendes, a titular do Conselho Deliberativo da CASSI Loreni de Senger, a Gerente da Unidade CASSI-Rio Adriana Franck Sarmento e  o Coordenador do Conselho de Usuários da CASSI Douglas Leonardo Gomes.
Embora o auditório estivesse completamente lotado, grande parte dos presentes reclamou da pouca divulgação do encontro.  Eu próprio só tomei ciência do simpósio no dia anterior, à noite, pela REDE-SOS@yahho.grupos.   Fica a sugestão para que a CASSI divulgue seus eventos pelos diversos grupos organizados na internet. Essa medida, com certeza, ajudará na promoção de futuros debates.
Tive a satisfação de sentar ao lado do companheiro da AAFBB, o discreto, observador e espirituoso Ari Sarmento. Sempre é um prazer conversar com ele. 
Na fila de trás estava o Betto Dias, totalmente atento ao debate e sempre com seu caderno anotando tudo. Nada escapa à sua arguta observação e análise. A Marta Mendonça que estava ao meu lado direito foi se reunir com outras pessoas.
Correspondendo às melhores expectativas, os debates foram intensos, acalorados, e o encontro foi extremamente enriquecedor.
A Miriam Focchi abriu os trabalhos e expôs seus pontos de vista sobre a atual conjuntura da CASSI. Frisou que esta é a pior crise pela qual a CASSI passa.
Salientou que a CASSI nunca se negou a prestar qualquer tipo de atendimento a associados em razão de custos, mas sim por protocolos técnicos.
Falou da manutenção das cláusulas pétreas que são a solidariedade, a cobertura de assistência da CASSI para todos os associados e o compromisso permanente do BB em relação à CASSI.
Disse que, por essas razões, a CASSI é, inquestionavelmente, o melhor sistema de saúde em comparação a qualquer outro no Brasil.
Discorreu sobre as dificuldades e pressões enfrentadas nos debates com o patrocinador que tenta, de todas as formas possíveis, se desobrigar de cumprir com seu papel na sustentabilidade da CASSI.
A palavra foi passada para o William Mendes que fez uma longa e demorada explanação sobre todo o sistema CASSI, que presta assistência a um total de 720.000 associados, sendo 420.000 do Plano Associados e 300.000 do Plano Família. 
Não vamos nos estender na riqueza e amplitude das informações prestadas por William Mendes, senão teríamos de escrever um compêndio.
Ele falou sobre os aspectos que já tinham sido apresentados por Miriam Focchi e abordou outros aspectos singulares da CASSI como as CliniCassi, que tem um papel importantíssimo no acompanhamento do histórico médico dos usuários e, em consequência, para uma mais precisa detecção de problemas de saúde apontando tratamentos objetivos e evitando, dessa forma, exames repetitivos, desnecessários e dispendiosos que só elevam os custos do sistema CASSI.
Discorreu sobre a amplitude da rede de prestadores de serviços da CASSI e explicou que nem sempre os hospitais mais conhecidos são os que prestam o melhor atendimento. O mesmo ocorre com os médicos.
Comentou sobre o não atendimento de procedimentos por parte da CASSI.
Dentro da CASSI existem três níveis de recursos para análise de pedidos.
Por isso apelou aos associados para que não recorram inicialmente à ANS (Agência Nacional de Saúde) quando seus pedidos não forem inicialmente atendidos.
Primeiramente apelem para os três níveis de recursos da CASSI que reexaminarão sob ótica mais apurada e dentro de novos parâmetros de análise os pedidos inicialmente recusados.
Quase sempre é encontrada uma solução satisfatória para o associado.
Também abordou o importante papel dos conselhos de usuários.
William Mendes falou, por horas, sobre diversos outros aspectos importantíssimos relacionados ao avanço tecnológico aplicado à estrutura de atendimento e ao funcionamento do sistema CASSI como um todo, o que o torna um modelo de plano de saúde copiado por outras instituições do gênero em todo o Brasil.
Na parte final de sua exposição, abordou os aspectos relativos à situação financeira do órgão e as discussões com o patrocinador.
Na visão de grande parte dos participantes do encontro, a demora excessiva na apresentação do sistema CASSI, prejudicou o objetivo precípuo da reunião que era, como consta no resumo 3867, de 16.08.2015, da REDE-SOS@yahoo.grupos, “uma palestra sobre a situação financeira e abordar os impactos da contingência na renovação com fornecedores, no Rio de Janeiro. ”
Entendemos e admiramos o extremo esforço do Diretor William Mendes em sua exposição.
Ele quis apresentar todas as medidas adotadas para aperfeiçoar a CASSI e diminuir seus custos dentro da complexidade e do gigantismo do sistema.
A essa altura do encontro, quando alguns participantes começavam a se retirar, a coordenadora dos trabalhos deu a palavra aos presentes para seus apartes.
Foi estipulado o limite de 3 minutos para cada pessoa.
Em sua maioria foram intervenções acaloradas. Surgiram críticas, elogios e observações sobre diversos aspectos que, por sua vez, geravam novos questionamentos.
Mas   uma única manifestação fugiu dos parâmetros do que consideramos como equilibrado e respeitoso.
A aparteadora disse que tudo o que havia sido dito até então não tinha qualquer valor para o debate, falou que a gestão da CASSI era péssima e arguiu os palestrantes à mesa sobre a formação acadêmica de cada um.
Fez comparação do Plano CASSI Associados com outro de características completamente diversas que é o plano de saúde dos juízes que, além de não ter caráter solidário, tem um patamar de contribuições totalmente diferenciado.
Ademais, a pessoa estava exaltada e revoltada e apresentou um problema pessoal que fugia completamente do contexto do que estava sendo discutido naquele foro.
Por várias vezes, falou que tinha um diploma de graduação na Holanda. Qual o objetivo dessa vanglória? Jactar-se frente aos presentes na palestra?  Até teve um participante que, em vão, quis   fotografar o tal diploma holandês.  Criou-se uma situação grotesca.
Foi demais para meu gosto e apresentei meu nome à organizadora para um aparte.
Fiquei no último lugar da lista.
Após uma longa espera, chegou minha vez.
Comecei minha explanação dizendo que uma pessoa podia ser um excelente médico, mas ser um péssimo administrador. Essa, aliás, havia sido a confissão sincera de um médico amigo que chefiava um departamento de hospital. Queria o mais rápido possível voltar a se dedicar à sua função de médico e deixar de administrar o “hotel”, que é como ele chamava o hospital. Abordei a comparação entre o Plano CASSI Associados com o Plano de Juízes para dizer que não haviam parâmetros de comparação. O Plano de Juízes não é de natureza solidária e o sistema de contribuições dos associados é completamente diferenciado do Plano da CASSI.
Por fim, fui muito claro ao afirmar que considerava a inquirição sobre a formação acadêmica dos integrantes da mesa uma atitude descabida e deselegante que visava desqualificar os gestores da CASSI presentes ao encontro.  Todos tinham formação superior, eram oriundos do BB, tinham ampla vivência e experiência na área administrativa, já atuavam na CASSI há muitos anos e foram eleitos e escolhidos pelo corpo de usuários para serem seus representantes.
Em seguida, Loreni de Senger tomou a palavra.
Ela foi muito objetiva em suas considerações.
O ponto fundamental em sua abordagem foi de que não é possível fazer milagres em uma situação em que os custos sobem e as receitas decrescem, apesar dos melhores esforços e das mais engenhosas soluções encontradas para diminuir o nível de despesas para a manutenção do sistema.
Frisou que não podemos abdicar sob nenhuma forma da solidariedade dentro do sistema CASSI, que é uma das cláusulas pétreas. Para alguns que reclamam que pagam mais em relação a outros associados que pagam menos, foi clara quando disse que o sistema é equilibrado pois os associados jovens pagam menos e gastam menos e os mais idosos pagam mais e gastam mais.
Acrescentou que os que reclamam porque pagam mais, podem vir ter a grata surpresa de levantar as mãos para o céu se, por uma infelicidade, forem alvos de uma enfermidade séria (citou, como exemplo, o ELA ou um câncer) e o sistema não os abandonar por terem a sua proteção garantida pelo sistema de custeio compartilhado.
Falou sobre as duras discussões com o BB e de que é preciso implementar uma campanha de convencimento junto aos aposentados para não aceitarem as condições do BB para se desvencilhar de seus compromissos com a sustentabilidade da CASSI.
Loreni de Senger salientou ser preciso alertar os mais jovens que, em caso de o patrocinador conseguir impor suas condições, eles serão os mais prejudicados no futuro.  À medida que os mais idosos forem falecendo, os mais jovens serão pressionados a aumentar suas contribuições cada vez mais para manter a sustentabilidade do sistema.
Notei que a Loreni estava com uma fisionomia que denotava cansaço.
Ao fim de sua fala, Loreni se desculpou por não ter conseguido dar   uma maior e melhor contribuição ao debate, pelo fato de ter estado adoentada. Mas a sua intervenção foi magnífica !! Procurei imaginar qual teria sido sua atuação se estivesse em plenas condições físicas.
Por último, falou o Coordenador do Conselho de Usuários da CASSI Douglas Leonardo Gomes.
Disse que, além de funcionário aposentado da PREVI, era cirurgião dentista, professor e atuava na CASSI há mais de 16 anos.
Falou que tinha um contato estreito com a comunidade de aposentados da PREVI para os manter atualizados sobre as questões que os afetam.
Lamentou, de forma sincera, a dificuldade de mobilizar os aposentados para a defesa de seus próprios interesses.
Contou que havia enviado 1714 mensagens por e-mail para os aposentados comparecerem àquela palestra, mas que somente encontrou 4 de seus convidados.   Pasmem!!   Só 4 (quatro) entre 1714 atenderam ao convite!! 
Disse-me que iria mudar de tática. Doravante, iria inserir mensagens com teor bem impactante e assustador, tal como o de que a CASSI iria multiplicar o valor das contribuições e passaria a cobrar as contribuições como os planos particulares. Se não tiverem um infarto com as alarmantes notícias, com certeza os aposentados entupirão os auditórios onde forem promovidas futuras palestras.
Vamos ser otimistas e torcer para que o Douglas Leonardo Gomes tenha sucesso em sua iniciativa e consiga o milagre de mobilizar os aposentados de forma maciça para que todos compareçam aos próximos eventos com muita disposição, saúde e entusiasmo para a defesa de suas causas.
ADAÍ  ROSEMBAK – Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

SUSTENTABILIDADE DA CASSI - Informe 2 - 05.08.2015

 Quando do lançamento, em 02.08.2015, do Informe nº 1 desta série, recebemos comentários críticos por estarmos repetindo chavões já conhecidos em relação à sustentabilidade da CASSI e ao fato de ressaltarmos as opiniões dos dirigentes das associações e não a visão pessoal deste blogueiro.
Esclarecemos que não temos como fugir aos chamados “chavões”, que já foram “amplamente divulgados em outros espaços”, e que continuarão a ser repetidos em qualquer comentário que se faça sobre a sustentabilidade da CASSI.
Não podemos abdicar das cláusulas pétreas, que são os chavões abaixo, que envolvem a responsabilidade do patrocinador e que são a base do Plano Associados da CASSI:
- Solidariedade e cobertura de assistência da CASSI para todos os associados, sejam da ativa, aposentados, dependentes ou pensionistas;
-Compromisso permanente do patrocinador em relação à CASSI.
É fundamental que nossos representantes nas rodadas de discussões não percam o foco de que os trunfos acima são fundamentais em nossa luta e não poderemos abrir mão deles em qualquer negociação que venha a ser mantida com o Banco do Brasil.
Todos os demais aspectos podem ser discutidos, como aviltamento salarial dos  funcionários do BB (devido ao  PCS de 1997) que gera contribuições irrisórias para a CASSI, incremento da medicina preventiva e a assistência médica aos aposentados, aperfeiçoamento gerencial e administrativo para diminuir custos da CASSI, formas de enfrentar o aumento crescente dos custos médicos e hospitalares com a introdução de novas tecnologias, eliminação de desperdícios com exames excessivos e dispensáveis, redução de custos hospitalares abusivos, etc.
O que estamos presenciando por parte do BB não é uma proposta. É, sem meias palavras, uma ruptura contratual unilateral do BB com seu funcionalismo.
Sem rodeios, é uma agressão, é uma ilegalidade.
Acabei de ler no resumo 3842, da REDE-SOS@yahoogrupos.com.br, o comentário “CASSI – Tática de Negociação”, da companheira Macilene Oliveira, sobre a tática sórdida e covarde que o BB vem adotando nas rodadas de negociação sobre a sustentabilidade da CASSI.
Que me perdoe a colega , mas ela foi muito benevolente quando classificou o assunto como “Tática de Negociação”. Isso que está ocorrendo é verdadeiramente uma “Tática de Chantagem Covarde”.
O representante do BB não apresenta qualquer proposta digna de apreciação nas discussões com os representantes dos funcionários. Usa o fator TEMPO para postergar qualquer entendimento, sempre marcando novas rodadas de negociações, as mais espaçadas possíveis, de 20 ou 30 dias, com o objetivo de manter os mesmos impasses inaceitáveis para a categoria.
O objetivo do negociador é empurrar com a barriga qualquer solução razoável para as partes e impor na marra as suas condições humilhantes para a parte contrária.
A sugestão da FAABB, no nosso entender, de exigir do BB rodadas de negociação com intervalo não superior a 1 (uma) semana para evitar a postergação das tratativas, tem forçosamente de passar pela concordância de ambas as partes. Não é uma decisão unilateral.
O outro aspecto que não foi abordado e, esse sim, pode ser exigido quando das negociações, é não permitir que o representante do BB se debruce na discussão interminável de firulas e detalhes de menor importância com o objetivo de estender as discussões o máximo possível com o objetivo predeterminado de fugir do foco básico das discussões.
Por fim, e aí podemos nos vangloriar de nossas escolhas, estamos sendo muito bem representados por companheiros do mais alto nível.
Citamos, entre outros, as figuras de Isa Musa de Noronha, presidente da FAABB, que dispensa comentários. Outros colegas são o Sérgio Riede, que preside com sucesso a ANABB e que já foi presidente da CASSI e Célia Laríchia, presidente da AAFBB, que é uma pessoa que tem qualidades pessoais extraordinárias para nos conduzir ao sucesso nessa difícil negociação, da mesma forma que tem tido atuação exitosa à frente da AAFBB.  
O patrocinador, nessa tática sórdida, sabe que procedimentos médicos estão sendo recusados por falta de pagamento, pois o orçamento da CASSI está contingenciado por não ter sido aprovado. Surgem mais e mais descredenciamentos e a carência de assistência médica se alastra. Tudo isso faz parte do jogo sujo do patrocinador nas negociações.
Nunca, qualquer funcionário aposentado do BB, poderia imaginar que, para romper com contratos celebrados com os servidores do BB e que constam de suas carteiras de trabalho, o BB, que chamávamos de “Nossa Casa”, pudesse chegar a um nível tão sórdido, covarde e impiedoso.
Pelas informações que nos chegam, as reservas da CASSI devem se esgotar em novembro quando, se não nos curvarmos às condições impostas pelo BB, haverá a intervenção da ANS (Agência Nacional de Saúde).
Ou seja, na mesa de negociações, o   BB está jogando a nossa saúde, as nossas vidas e as de nossos familiares, como trunfos para impor suas inaceitáveis condições.
Já ouvi comentários de funcionários mais antigos que foram forjados dentro do princípio de total fidelidade ao BB, chegarem a comentar, por mais absurdo que soe aos ouvidos dos mais novos e dos mais engajados e  informados que, “o que o BB faz é para o nosso  bem. ”
Pertencem à massa de desinformados que nada leem e não se atualizam sobre o que ocorre atualmente na CASSI e na PREVI.
São a maioria dos que não votam para os dirigentes de nossas entidades.
Foram vítimas da perda do BET, sigla que muitos nem sabem o que significa, como não sabem o que é a Resolução 26.
E já são os primeiros atingidos pela crescente crise de assistência por parte da CASSI que está acontecendo em vários lugares no Brasil.
Quando comentamos com eles sobre essa situação, abrem as bocarras para exclamar:
“- Não é possível, não acredito !!!”
É a essa massa de associados que os dirigentes das associações têm de se dirigir e priorizar   suas mensagens.
Embora possamos até ficar revoltados com a alienação e a acomodação desses companheiros, precisamos deles para o sucesso de nossas causas.
É papel das associações encontrar formas de captar esses participantes da PREVI como associados. Os atuais associados podem ajudar nessa tarefa.
Lembro-me de que, em uma oportunidade, quando estava no 11º andar, na sala dos aposentados da AAFBB, entrou um companheiro que me disse que era associado da AAFBB há mais de 15 anos e que aquela era a primeira vez que comparecia na sede da entidade. Em lugar de o criticar, fiquei a me perguntar o que havia faltado à AAFBB para mobilizar aquele associado para ser mais participativo.
Sobre esse aspecto, parabenizamos a recente iniciativa da AAFBB com o lançamento da publicação “Conexão AAFBB”. Penso que a associação terá absoluto sucesso com essa nova revista. A publicação introduziu novidades que incentivam a uma maior participação dos associados.
Uma campanha digna de registro é a implementada pela AFABB-RS com o movimento “NÃO PASSARÃO”. Com certeza a conclamação que nos traz à mente a luta de Dolores Ibárruri, La Pasionaria, na Espanha, mobilizará muitos associados no Rio Grande do Sul e em outros estados para o sucesso de nossa causa. Para incrementar o movimento, sugiro ao Presidente da AFABB-RS, o companheiro José Bernardo de Medeiros Neto, a confecção de camisetas com o mote do movimento:   “NÃO PASSARÃO”.
Em relação às críticas por expressar as opiniões dos dirigentes das associações e não a minha própria, que sou o administrador deste blog, reitero que este é um espaço democrático em que publico opiniões de outros companheiros, sem me restringir a considerações de ordem partidária ou outras.
Aliás, registro que, neste introito do artigo, já estou expressando minha própria opinião.
Ainda em relação aos dirigentes das associações, friso que eles não expressam suas opiniões pessoais e sim “as opiniões institucionais de suas respectivas associações”.
Antes de liberarem suas mensagens em sites e jornais das entidades, eles conversam e trocam impressões com associados, discutem intensamente com os demais dirigentes, consultam outras associações, enfim, amadurecem suas ideias antes de as lançarem na mídia e nos meios de comunicação das associações.
Por isso, priorizo a publicação, neste blog, dessas mensagens corporativas ou institucionais por representarem a visão dos milhares de membros dessas associações.
Já os blogs, por expressarem a opinião pessoal de seus responsáveis, incorrem, com mais frequência, em erros e equívocos por não terem o mesmo respaldo institucional das associações e a mesma amplitude de informações que os dirigentes das entidades tem.
Por outro lado, os blogs são muito impactantes por manifestarem denúncias e opiniões pessoais sem qualquer limitação de expressão devido a influências pessoais, corporativas ou políticas a que as associações estão sujeitas.
Neste informe 2, de “Sustentabilidade da CASSI”, registramos, sob sugestão de Isa Musa de Noronha, presidente da FAABB, a opinião do diretor da CASSI, William Mendes, que registra os mesmos “chavões” contra a investida do patrocinador de se livrar de sua responsabilidade com os aposentados e pensionistas do Plano de Associados da CASSI. É um depoimento franco, importante e muito esclarecedor, de autoria  de um diretor da CASSI.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

Às
Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil
e colegas.
Prezados,
POSIÇÃO DO DIRETOR WILLIAM MENDES reforça o entendimento da FAABB contra a aceitação da premissa de transferência do BB para o Plano de Associados da Cassi do risco atuarial pós-laboral de contribuir com 4,5%, hoje fixado pelo BB em R$ 5,830 bilhões.
Precisamos continuar insistindo para que o Banco do Brasil retire da mesa sua chantagem explícita e negocie em bases éticas. Multipliquem esta mensagem a todos os seus contatos.
Isa Musa de Noronha – Presidente da FAABB

LEIAM A ÍNTEGRA DA POSIÇÃO DO DIRETOR WILLIAM MENDES
“ - Informo que o Diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento não participou da mesa de negociação com o BB, nem da reunião prévia da comissão negociadora. A coordenação e as entidades representativas sabiam da agenda de Conferências de Saúde em 23 e 24, respectivamente em Roraima e Amazonas. A reunião foi a data possível, segundo a coordenação da comissão.
- Informo ainda minha opinião e preocupação em relação aos relatos da matéria desta 5ª mesa com o BB:
1- Eu, como diretor eleito pelo patrocinador Corpo Social, não estou convencido da premissa estabelecida pelo patrocinador BB, que exige só haver negociação se a proposta dele for adiante, ou seja, aceitar a premissa de transferência do BB para o Plano de Associados da Cassi do risco atuarial pós-laboral de contribuir com 4,5%. O risco hoje, estatutariamente, é só do banco e ele quer transferir para a Cassi. Não vislumbro documento formal que garanta que no futuro os associados (ativa e aposentados) possam cobrar do banco caso o fundo não dê conta de fazer as contribuições mensais dos aposentados para o Plano de Associados. Hoje, a própria exigência da CVM 695 é prova pública de que o BB tem obrigações com os aposentados. E depois?
2- Também me preocupa como representante do Corpo Social ter que assumir novo risco, o risco financeiro nas próximas décadas em manter o fundo criado com valor que dê conta de contribuir com 4,5% mensalmente ao Plano de Associados pelo conjunto de aposentados. Somado ao risco anterior, a proposta do patrocinador BB para o Plano de Associados da Cassi cria dois riscos que hoje não existem. O risco que temos, que é inerente à Caixa de Assistência, é de déficits operacionais ao final dos exercícios por diferenças entre receitas e despesas assistenciais (risco, aliás, de toda operadora de saúde, que visa lucro ou de autogestão).
3- Como a própria matéria sobre a negociação de 24/07 diz e o banco também, se o banco aceita fazer aportes para as iniciativas estratégicas que focam melhorias de gestão na área de regulação e rede de prestadores, e aprofunda o modelo assistencial da Cassi de Atenção Integral à Saúde, trazendo a novidade de fazer dois pilotos em 100% do modelo para o banco ver melhor retornos econômico-financeiros (porque nós da área de saúde não temos dúvidas da eficácia do modelo), enfim, se o banco aceita fazer aportes e inclusive participar de rateios de déficits operacionais da Cassi (afinal, ele também é responsável como gestor), não há que se falar em transferência de risco atuarial pós-laboral dele banco para o Plano de Associados da Cassi. A proposta de aportes extraordinários como nós eleitos propusemos, enquanto a Cassi realiza as medidas estruturantes é bastante razoável e, na nossa leitura, não impacta na obrigação de aumentar provisões de pós-laboral porque o efeito de aporte é em vez única e impacta no resultado do exercício do banco.
4- Quanto às próximas datas e reuniões de negociação, vou informar com bastante antecedência à coordenação minha agenda e espero que possamos contribuir nas próximas etapas negociais. Entendo que a consulta das entidades nacionais às suas bases, no caso das confederações, equivalha a chamar reunião formal de seus sindicatos e federações, e dentro desses, de suas correntes políticas. Quanto mais unidade for construída em fóruns democráticos, entre associados da ativa e aposentados, maior será o acerto na tomada de decisões sobre esse tema tão importante em nossas vidas: a Caixa de Assistência.
William Mendes
Diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi”

sábado, 1 de agosto de 2015

SUSTENTABILIDADE DA CASSI - Informe 1 - 02.08.2015

A discussão sobre a sustentabilidade da CASSI é um tema que vem sendo intensamente debatido em diversos encontros entre representantes de entidades de funcionários da ativa, aposentados e pensionistas da PREVI com representantes do patrocinador Banco do Brasil.
Também é foco de blogs, de sites de associações e de discussão em vários grupos na internet.
Este blog tem procurado fazer uma cobertura objetiva e sucinta desses encontros, das apresentações e da evolução dos assuntos debatidos, que são de vital interesse para todos os associados e pensionistas da PREVI.
Mas a abrangência, a complexidade da matéria e a progressão constante dos temas discutidos são fatores que trazem grande dificuldade para que se façam relatos resumidos sob pena de se comprometer o entendimento mais aprofundado da matéria e de sonegar detalhes de extrema importância sobre os assuntos abordados.
Visando a atingir da melhor forma possível o objetivo a que nos propomos, que é informar, principalmente aos associados e pensionistas da PREVI, a evolução do tema em debate, decidimos criar o quadro “Sustentabilidade da CASSI – número e data”, onde procuraremos expor em artigos curtos, as novidades sobre o assunto.
Se a amplitude, a evolução e a dinâmica do tema o exigirem, criaremos um blog específico para abordar assuntos relativos à CASSI.
Neste número 1 (hum) de “Sustentabilidade da CASSI”, enfocaremos a visão institucional das duas principais associações, a ANABB e a AAFBB. 
Em outros informes apresentaremos comentários de dirigentes de outras entidades e de participantes de grupos na internet.
Esperamos que, com mais essa modesta participação, possamos contribuir para encontrar as melhores soluções para problema tão aflitivo que atinge os associados e pensionistas da  CASSI.
ADAÍ ROSEMBAK – Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

ANABB
Em nossas notas “ANABB em Foco”, de 13.06.2015 e 21.06.2015, fizemos uma apresentação dos 5 (cinco) excelentes vídeos produzidos pela ANABB e apresentados por seu presidente Sérgio Riede, em que ele aborda todo o leque de problemas pertinentes à CASSI. 
Em 28 e 29.07.2015, Sérgio Riede promoveu debates sobre a CASSI, nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, a convite de Ricardo Maeda, coordenador do Conselho de Usuários local e dos diretores regionais da ANABB, Celson Matte, Valmir Canabarro e Ênio Friedrich.
Em Porto Alegre, a reunião aconteceu na sede da AFABB e foi aberta pelo presidente da entidade, companheiro José Bernardo de Medeiros.
Levamos ao conhecimento da  direção da ANABB  que, em conversa com  associados da ativa, aposentados e pensionistas da PREVI , foi manifestado o desejo de   que esses encontros no RS também tenham sido gravados e esses vídeos venham a ser apresentados no site da ANABB.
AAFBB
Na AAFBB, o Presidente do CODEL, Gilberto Santiago, em 08.07.2015, expressou sua opinião sobre a sustentabilidade da CASSI no excelente artigo “Cláusulas Pétreas”, que está no espaço “Antenado”, no site da associação. O companheiro Gilberto Santiago expôs o assunto de forma brilhante, objetiva e sucinta. Recomendamos a todos os associados da PREVI, independentemente de serem ou não sócios da AAFBB, que acessem o site da associação, no espaço “Antenado” e se inteirem das relevantes matérias ali expostas para se manterem atualizados sobre os assuntos de nosso interesse.
Já a presidente da AAFBB, Celia Larichia, esteve presente, no dia 24 de julho, em nova rodada de negociação com o Banco do Brasil, sobre a sustentabilidade da Cassi, realizada em Brasília.
Primeiramente faremos um resumo do evento e  exporemos a visão de Célia Laríchia, que é a posição institucional da AAFBB.

Resumo da reunião

No início, foram lembrados os consensos já firmados entre os negociadores representantes dos associados e o Banco. Entre esses consensos, estão a necessidade da implementação do Modelo de Atenção Integral à Saúde em plenitude, a manutenção da solidariedade e da garantia dos atuais direitos de ativos, aposentados e pensionistas (o que ainda gera muitas dúvidas para os representantes das entidades).

Foram feitos diversos questionamentos relativos à proposta de transferência para a Cassi da provisão para o pós-laboral existente no balanço do Banco. Foi expresso que um grande contingente de associados avalia que isso significa o rompimento de garantias hoje existentes.

Banco do Brasil reafirma posicionamento

O Banco reiterou posicionamento de que não há qualquer intenção de deixar os aposentados desamparados e que a transferência para a Cassi do fundo de R$ 5,83 bilhões garante o aporte mensal dos 4,5% hoje de responsabilidade do BB para os atuais aposentados e para os ativos que vierem a se aposentar. Afirmou que a contribuição adicional de 0,99% (ou outro percentual que vier a ser acordado) na contribuição do BB para os ativos representa uma antecipação, durante o período laboral, de contribuição que vai permitir que a Cassi tenha à disposição valor equivalente aos 4,5% da contribuição mensal que hoje o Banco faz para os aposentados.

O diretor Carlos Neri afirmou que o BB concorda com a inclusão deste compromisso no estatuto da Cassi. Ficou de trazer uma proposta de redação na próxima reunião, para ser examinada pelos negociadores representantes dos associados.

Além disso, o BB reiterou a disposição de fazer aporte para as ações estruturantes do Modelo de Atenção Integral à Saúde, bem como de participar do rateio de eventuais déficits futuros, desde que consiga se desvencilhar da obrigação de fazer as provisões previstas na CVM 695.

Os negociadores dos associados ficaram de continuar os debates com suas bases e de oferecer sugestões de medidas concretas que garantam ao conjunto dos participantes os seus direitos inalienáveis. Há consenso entre todas as entidades que participam da mesa de que não há negociação que passe pela supressão de direitos de ativos, aposentados e pensionistas.

Aproveitando a oportunidade da reunião com o Banco, diversos integrantes da mesa levantaram problemas de atendimento à saúde que começaram a ocorrer com maior frequência e gravidade em decorrência do regime de contingenciamento do orçamento da Cassi. Foi pedida ao Banco maior flexibilidade dos conselheiros deliberativos indicados pelo BB nos casos excepcionais que vão à apreciação do Deliberativo, quando se trata de questões que deixam participantes sem atendimento, visto que envolve sérios riscos à saúde de todos.

O BB lembrou que as reservas da Cassi estão acabando e que existe uma decisão unânime do Conselho Deliberativo da Cassi de contingenciar o orçamento. Mas afirmou que seus indicados já têm aceitado aprovar algumas exceções em casos que coloquem em risco a saúde dos participantes e que vai ficar atento aos casos futuros.

Ficou acertado que a próxima reunião de negociação deve ocorrer em meados de agosto.

Posição da AAFBB

Na visão da presidente Celia Larichia, que representa a AAFBB na mesa de negociações, a transferência do valor de R$ 5,8 bi para um Fundo na Cassi (provisão para o pós-laboral exigida pela CVM 695), poderá significar que o BB se exima de suas responsabilidades junto aos aposentados. “Em que pese alguns avanços obtidos nas últimas reuniões com o patrocinador, essa ainda é a nossa grande preocupação. Não vamos concordar com propostas que permitam que qualquer segmento, seja da ativa, aposentados ou pensionistas, fique sem o atendimento integral à saúde. O ônus de qualquer decisão não pode recair sobre os associados”, afirma Célia Larichia.
A AAFBB ratifica as premissas consideradas inegociáveis:

* manutenção do princípio de solidariedade;

* manutenção/garantia de responsabilidade do BB pelo atendimento à saúde dos funcionários da ativa, aposentados e pensionistas, sem perda de direitos adquiridos;

* em caso de déficit futuro, o rateio não poderá ser efetuado apenas entre os associados;

* ampliação do Modelo de Atenção Integral à Saúde, conforme projeto dos dirigentes eleitos.

Todas essas questões que envolvem a sustentabilidade da Cassi foram relatadas pela presidente Celia Larichia e pela conselheira deliberativa da Cassi e vice-presidente do Codel, Loreni de Senger, em reunião do Conselho Deliberativo da AAFBB, ocorrida em 13 de julho, tendo sido registrado pelos presentes que esse deve ser o assunto prioritário na pauta da Associação, pois afeta a vida de cerca de 200 mil famílias do universo Banco do Brasil.
A AAFBB lembra seus associados da necessidade de estarem atentos ao desenrolar dos acontecimentos, em busca de informações e de esclarecimentos para suas dúvidas, pois qualquer proposta que envolva alteração estatutária será objeto de consulta ao Corpo Social.