terça-feira, 18 de agosto de 2015

SUSTENTABILIDADE DA CASSI - Informe 3 - 19.08.2015

Em 17.08.2015, no auditório do Centro Administrativo do BB no Rio de Janeiro, no 21º andar do Edifício SEDAN, à Rua Lélio Gama, 105, foi realizada Palestra da CASSI   para, basicamente, discutir o atual estágio das discussões da sustentabilidade da instituição com o BB e a contingência na renovação de contratos com fornecedores com impacto direto na prestação de serviços aos associados.
O evento contou em sua mesa expositora com a presença dos diretores eleitos da CASSI Miriam Focchi e William Mendes, a titular do Conselho Deliberativo da CASSI Loreni de Senger, a Gerente da Unidade CASSI-Rio Adriana Franck Sarmento e  o Coordenador do Conselho de Usuários da CASSI Douglas Leonardo Gomes.
Embora o auditório estivesse completamente lotado, grande parte dos presentes reclamou da pouca divulgação do encontro.  Eu próprio só tomei ciência do simpósio no dia anterior, à noite, pela REDE-SOS@yahho.grupos.   Fica a sugestão para que a CASSI divulgue seus eventos pelos diversos grupos organizados na internet. Essa medida, com certeza, ajudará na promoção de futuros debates.
Tive a satisfação de sentar ao lado do companheiro da AAFBB, o discreto, observador e espirituoso Ari Sarmento. Sempre é um prazer conversar com ele. 
Na fila de trás estava o Betto Dias, totalmente atento ao debate e sempre com seu caderno anotando tudo. Nada escapa à sua arguta observação e análise. A Marta Mendonça que estava ao meu lado direito foi se reunir com outras pessoas.
Correspondendo às melhores expectativas, os debates foram intensos, acalorados, e o encontro foi extremamente enriquecedor.
A Miriam Focchi abriu os trabalhos e expôs seus pontos de vista sobre a atual conjuntura da CASSI. Frisou que esta é a pior crise pela qual a CASSI passa.
Salientou que a CASSI nunca se negou a prestar qualquer tipo de atendimento a associados em razão de custos, mas sim por protocolos técnicos.
Falou da manutenção das cláusulas pétreas que são a solidariedade, a cobertura de assistência da CASSI para todos os associados e o compromisso permanente do BB em relação à CASSI.
Disse que, por essas razões, a CASSI é, inquestionavelmente, o melhor sistema de saúde em comparação a qualquer outro no Brasil.
Discorreu sobre as dificuldades e pressões enfrentadas nos debates com o patrocinador que tenta, de todas as formas possíveis, se desobrigar de cumprir com seu papel na sustentabilidade da CASSI.
A palavra foi passada para o William Mendes que fez uma longa e demorada explanação sobre todo o sistema CASSI, que presta assistência a um total de 720.000 associados, sendo 420.000 do Plano Associados e 300.000 do Plano Família. 
Não vamos nos estender na riqueza e amplitude das informações prestadas por William Mendes, senão teríamos de escrever um compêndio.
Ele falou sobre os aspectos que já tinham sido apresentados por Miriam Focchi e abordou outros aspectos singulares da CASSI como as CliniCassi, que tem um papel importantíssimo no acompanhamento do histórico médico dos usuários e, em consequência, para uma mais precisa detecção de problemas de saúde apontando tratamentos objetivos e evitando, dessa forma, exames repetitivos, desnecessários e dispendiosos que só elevam os custos do sistema CASSI.
Discorreu sobre a amplitude da rede de prestadores de serviços da CASSI e explicou que nem sempre os hospitais mais conhecidos são os que prestam o melhor atendimento. O mesmo ocorre com os médicos.
Comentou sobre o não atendimento de procedimentos por parte da CASSI.
Dentro da CASSI existem três níveis de recursos para análise de pedidos.
Por isso apelou aos associados para que não recorram inicialmente à ANS (Agência Nacional de Saúde) quando seus pedidos não forem inicialmente atendidos.
Primeiramente apelem para os três níveis de recursos da CASSI que reexaminarão sob ótica mais apurada e dentro de novos parâmetros de análise os pedidos inicialmente recusados.
Quase sempre é encontrada uma solução satisfatória para o associado.
Também abordou o importante papel dos conselhos de usuários.
William Mendes falou, por horas, sobre diversos outros aspectos importantíssimos relacionados ao avanço tecnológico aplicado à estrutura de atendimento e ao funcionamento do sistema CASSI como um todo, o que o torna um modelo de plano de saúde copiado por outras instituições do gênero em todo o Brasil.
Na parte final de sua exposição, abordou os aspectos relativos à situação financeira do órgão e as discussões com o patrocinador.
Na visão de grande parte dos participantes do encontro, a demora excessiva na apresentação do sistema CASSI, prejudicou o objetivo precípuo da reunião que era, como consta no resumo 3867, de 16.08.2015, da REDE-SOS@yahoo.grupos, “uma palestra sobre a situação financeira e abordar os impactos da contingência na renovação com fornecedores, no Rio de Janeiro. ”
Entendemos e admiramos o extremo esforço do Diretor William Mendes em sua exposição.
Ele quis apresentar todas as medidas adotadas para aperfeiçoar a CASSI e diminuir seus custos dentro da complexidade e do gigantismo do sistema.
A essa altura do encontro, quando alguns participantes começavam a se retirar, a coordenadora dos trabalhos deu a palavra aos presentes para seus apartes.
Foi estipulado o limite de 3 minutos para cada pessoa.
Em sua maioria foram intervenções acaloradas. Surgiram críticas, elogios e observações sobre diversos aspectos que, por sua vez, geravam novos questionamentos.
Mas   uma única manifestação fugiu dos parâmetros do que consideramos como equilibrado e respeitoso.
A aparteadora disse que tudo o que havia sido dito até então não tinha qualquer valor para o debate, falou que a gestão da CASSI era péssima e arguiu os palestrantes à mesa sobre a formação acadêmica de cada um.
Fez comparação do Plano CASSI Associados com outro de características completamente diversas que é o plano de saúde dos juízes que, além de não ter caráter solidário, tem um patamar de contribuições totalmente diferenciado.
Ademais, a pessoa estava exaltada e revoltada e apresentou um problema pessoal que fugia completamente do contexto do que estava sendo discutido naquele foro.
Por várias vezes, falou que tinha um diploma de graduação na Holanda. Qual o objetivo dessa vanglória? Jactar-se frente aos presentes na palestra?  Até teve um participante que, em vão, quis   fotografar o tal diploma holandês.  Criou-se uma situação grotesca.
Foi demais para meu gosto e apresentei meu nome à organizadora para um aparte.
Fiquei no último lugar da lista.
Após uma longa espera, chegou minha vez.
Comecei minha explanação dizendo que uma pessoa podia ser um excelente médico, mas ser um péssimo administrador. Essa, aliás, havia sido a confissão sincera de um médico amigo que chefiava um departamento de hospital. Queria o mais rápido possível voltar a se dedicar à sua função de médico e deixar de administrar o “hotel”, que é como ele chamava o hospital. Abordei a comparação entre o Plano CASSI Associados com o Plano de Juízes para dizer que não haviam parâmetros de comparação. O Plano de Juízes não é de natureza solidária e o sistema de contribuições dos associados é completamente diferenciado do Plano da CASSI.
Por fim, fui muito claro ao afirmar que considerava a inquirição sobre a formação acadêmica dos integrantes da mesa uma atitude descabida e deselegante que visava desqualificar os gestores da CASSI presentes ao encontro.  Todos tinham formação superior, eram oriundos do BB, tinham ampla vivência e experiência na área administrativa, já atuavam na CASSI há muitos anos e foram eleitos e escolhidos pelo corpo de usuários para serem seus representantes.
Em seguida, Loreni de Senger tomou a palavra.
Ela foi muito objetiva em suas considerações.
O ponto fundamental em sua abordagem foi de que não é possível fazer milagres em uma situação em que os custos sobem e as receitas decrescem, apesar dos melhores esforços e das mais engenhosas soluções encontradas para diminuir o nível de despesas para a manutenção do sistema.
Frisou que não podemos abdicar sob nenhuma forma da solidariedade dentro do sistema CASSI, que é uma das cláusulas pétreas. Para alguns que reclamam que pagam mais em relação a outros associados que pagam menos, foi clara quando disse que o sistema é equilibrado pois os associados jovens pagam menos e gastam menos e os mais idosos pagam mais e gastam mais.
Acrescentou que os que reclamam porque pagam mais, podem vir ter a grata surpresa de levantar as mãos para o céu se, por uma infelicidade, forem alvos de uma enfermidade séria (citou, como exemplo, o ELA ou um câncer) e o sistema não os abandonar por terem a sua proteção garantida pelo sistema de custeio compartilhado.
Falou sobre as duras discussões com o BB e de que é preciso implementar uma campanha de convencimento junto aos aposentados para não aceitarem as condições do BB para se desvencilhar de seus compromissos com a sustentabilidade da CASSI.
Loreni de Senger salientou ser preciso alertar os mais jovens que, em caso de o patrocinador conseguir impor suas condições, eles serão os mais prejudicados no futuro.  À medida que os mais idosos forem falecendo, os mais jovens serão pressionados a aumentar suas contribuições cada vez mais para manter a sustentabilidade do sistema.
Notei que a Loreni estava com uma fisionomia que denotava cansaço.
Ao fim de sua fala, Loreni se desculpou por não ter conseguido dar   uma maior e melhor contribuição ao debate, pelo fato de ter estado adoentada. Mas a sua intervenção foi magnífica !! Procurei imaginar qual teria sido sua atuação se estivesse em plenas condições físicas.
Por último, falou o Coordenador do Conselho de Usuários da CASSI Douglas Leonardo Gomes.
Disse que, além de funcionário aposentado da PREVI, era cirurgião dentista, professor e atuava na CASSI há mais de 16 anos.
Falou que tinha um contato estreito com a comunidade de aposentados da PREVI para os manter atualizados sobre as questões que os afetam.
Lamentou, de forma sincera, a dificuldade de mobilizar os aposentados para a defesa de seus próprios interesses.
Contou que havia enviado 1714 mensagens por e-mail para os aposentados comparecerem àquela palestra, mas que somente encontrou 4 de seus convidados.   Pasmem!!   Só 4 (quatro) entre 1714 atenderam ao convite!! 
Disse-me que iria mudar de tática. Doravante, iria inserir mensagens com teor bem impactante e assustador, tal como o de que a CASSI iria multiplicar o valor das contribuições e passaria a cobrar as contribuições como os planos particulares. Se não tiverem um infarto com as alarmantes notícias, com certeza os aposentados entupirão os auditórios onde forem promovidas futuras palestras.
Vamos ser otimistas e torcer para que o Douglas Leonardo Gomes tenha sucesso em sua iniciativa e consiga o milagre de mobilizar os aposentados de forma maciça para que todos compareçam aos próximos eventos com muita disposição, saúde e entusiasmo para a defesa de suas causas.
ADAÍ  ROSEMBAK – Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

18 comentários:

  1. Prezado Adaí:

    o senhor sabe que estas explanações infindáveis, com históricos etc são típicas para cansar a plateia. Isto é uma tática antiga da qual os sindicalistas (não importa de qual partido) tiram sempre vantagem e não abrem mão. Lembro-me de ter assistido inúmeras reuniões sindicais, onde deveriam ser discutidos assuntos urgentes e sérios, mas que sempre tinham como introdução uma palestra de um sindicalista, apresentando o histórico do sindicalismo no Brasil, o golpe de 64 etc etc. Cheguei a decorar aquilo.
    Pelo jeito as coisas não mudaram muito, seja nos sindicatos, ou na Cassi.

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  2. Caro Anônimo,

    Respeito suas colocações mas não penso que essa situação que você descreve se encaixe no contexto do encontro promovido pela CASSI.
    Todas as explanações dos representantes da CASSI tinham vinculação direta aos problemas atualmente enfrentados pela instituição.
    O companheiro William Mendes se estendeu um pouco além da conta em sua explanação para apontar uma série de medidas adotadas em diversas áreas da CASSI com o objetivo de aperfeiçoar a gestão do órgão e, assim, cortar muitos gastos.
    Muitas dessas medidas tomadas pelos atuais gestores da CASSI hoje são copiadas por outros planos de saúde.
    Já assisti a outras apresentações do William Mendes e penso que ele se deixou levar pelo entusiasmo e perfeccionismo em relação ao que expõe. É seu estilo pessoal.
    Com isso, efetivamente, o objetivo precípuo do encontro foi um pouco prejudicado.
    Mas, de qualquer forma, tudo que tinha de ser dito foi dito e de forma aberta, sem firulas e subterfúgios com o intuito de tentar acobertar qualquer problema.
    Deixo claro que não sou petista mas isso não me dá o direito de desmerecer o valor dos expositores sejam eles adeptos da que linha política que considerarem a mais adequada para o país.

    Um abraço

    Adaí Rosembak

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  3. Prezado Sr. Adaí,

    Meus sinceros parabéns pela explanação e participação no evento, nos trazendo noticias atualizadas e concretas.

    A divulgação é o mais importante nesta hora, e você o faz com maestria.

    A luta continua.

    Saúde - força e paz são os nossos desejos.

    Abraço,

    Gilberto

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    1. Caro Gilberto Koelzer,

      Na medida do possível sempre procuro participar desses eventos. São momentos preciosos em que podemos fazer perguntas diretas e objetivas aos gestores sobre problemas que nos afetam.
      É uma pena que a divulgação da palestra tenha sido tão limitada mas, mesmo assim, o auditório estava repleto.
      Devido ao longo tempo do debate considerei inviável filmar o encontro.
      Mas quem compareceu só ganhou em termos de informação.
      É nessas horas que você toma conhecimento de muita coisa que acontece atrás dos bastidores e onde você obtém informações importantíssimas que não constam de qualquer manual.
      Valeu !!
      Muito obrigado pelo seu apoio.
      A luta continua !!!

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  4. Adaí, admirável colega e batalhador das boas causas


    Não é fácil ausentar-se de casa aos 89 anos, pressão alta, solitário no Mundo, apenas com a mulher de 75 anos, adoentada de cama, sem empregada, tudo fazendo em casa... Cada passo na rua é a incerteza da mulher, se voltará a ver-me... Qual é o problema de cada um dos elementos de nosso vasto universo de colegas.... Admiro muito o colega... Sei que entenderá o motivo de tantas ausências... Prossiga nessa gloriosa luta...
    Um abraço amigo
    Edgardo

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    1. Caro Edgardo Rego,

      Primeiramente deixe-me confessar que é uma honra receber seu comentário.
      Sou um leitor assíduo de suas notas.
      Acho-as sensacionais. Continue !! Não pare !!
      Entendo perfeitamente a sua situação que é uma condição comum na vida dos aposentados mais idosos.
      Também tenho minhas limitações de saúde.
      Mas apesar desses óbices você é uma pessoa extremamente atuante e muito respeitada e conhecida.
      Se todos os aposentados tivessem uma fração de seu interesse pelas nossas causas nosso movimento seria disparadamente vitorioso.
      Como você está sempre presente nas redes procure incentivar outros companheiros aposentados que não se abstenham de votar. Façam um esforço supremo para não serem prejudicados pelo resto de suas vidas.
      Um grande abraço deste admirador.

      Adaí Rosembak

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  5. Parabéns Adaí. Valeu a presença e o relato.
    Willian Mendes e prolixo, instrutor e palestrante cutista

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    1. Caro Anônimo,

      Grato ao seu reconhecimento ao meu relato.
      O encontro foi muito bom.
      Vou discordar de você sobre as referências ao William Mendes.
      E note que não sou petista.
      Mas tem pessoas no PT e na CUT que admiro muito, a começar pelos palestrantes Miriam Focchi e William Mendes.
      Eles tem suas preferências e visões políticas que eu respeito. Da mesma forma que respeitam as minhas.
      Mas são gestores de primeira linha e bons palestrantes.
      Em nenhum momento o William foi prolixo, é de fato um instrutor e em nenhum momento fez abordagens políticas.
      Fez somente exposições sobre a CASSI ressaltando o aspecto da gestão para mostrar que não é ali que estão os problemas básicos pelos quais a CASSI atravessa no momento.
      Fui sincero quando disse que ele fugiu da pauta programada para o evento em sua demorada intervenção.
      Mas assim mesmo os assuntos específicos da pauta foram abordados mas poderiam ter sido mais aprofundados.
      Isso deixou os participantes um tanto frustrados.
      Fora isso o encontro foi um sucesso absoluto.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  6. Senhor Adaí,
    Porque o senhor não falou para o William Mendes que ele estava fugindo da pauta da reunião?
    Não era uma reunião aberta? Acho que ele errou e os participantes erraram ao permitir o desvio do assunto básico da palestra.

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    1. Caro Anônimo,

      Sua pergunta procede.
      Mas gostei muito da exposição do William. Ele conhece a fundo a CASSI em seus mínimos detalhes e é muito preciso em suas colocações.
      Não esperava que sua exposição demorasse tanto e posso ter falhado em não o alertar para o fato.
      Mas confesso que fiquei absorto com suas informações e, quando me dei conta, o tempo havia transcorrido sem que o objetivo da palestra tivesse sido abordado.

      Um abraço

      Adaí Rosembak

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  7. Mário Magalhães de Sousa19 de agosto de 2015 às 11:31

    Caro Adai,

    Também estive presente na Palestra da CASSI, resumida por você brilhantemente, de forma objetiva e fidedigna às exposições e aos apartes da plateia.

    Compartilho do mesmo entendimento e admiração ali manifestada quanto ao esforço dos palestrantes para mostrar: de um lado, as medidas adotadas para aperfeiçoar a CASSI e diminuir seus custos dentro da complexidade e do gigantismo do sistema; e, de outro, as dificuldades e pressões enfrentadas nos debates com o patrocinador, que tenta desvencilhar de seus compromissos com a sustentabilidade da CASSI.

    Sobre este último aspecto, permita-me acrescentar o receio que, naquela oportunidade, procurei demonstrar, principalmente para os membros eleitos para a diretoria e para uma titular do Conselho Deliberativo da CASSI. Para mais clareza, transmito agora este receio sob a forma de PERGUNTAS e RESPOSTAS:

    1. P.: Qual a composição do Conselho Deliberativo da CASSI?

    R.: São 8 (oito) membros titulares, sendo 4 (quatro) deles eleitos pelo Corpo Social e os outros 4 (quatro) indicados pelo BB (Estatuto – Art. 30).



    2. P.: Como são aprovadas as decisões no Conselho Deliberativo?

    R.: Por maioria absoluta de seus membros titulares, ou seja, com o mínimo de cinco votos (Estatuto – § único do Art. 41).



    3. P.: O Banco do Brasil pode propor a realização de “Consultas ao Corpo Social”?

    R.: NÃO, o Estatuto não prevê esta possibilidade.



    4. P.: Quem pode propor a realização de “Consultas ao Corpo Social”?

    R.: As consultas ao Corpo Social podem ser propostas por integrante do Conselho Deliberativo, da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal ou de, pelo menos, 1% (um por cento) do total dos associados registrados no último balancete mensal publicado (Estatuto – Art. 70).



    5. P.: O Banco do Brasil pode promover a realização de “Consultas ao Corpo Social”?

    R.: NÃO, o Estatuto não lhe concede este direito.



    6. P.: Quem pode aprovar, ou não, a realização de “Consultas ao Corpo Social”?

    R.: Compete exclusivamente ao Conselho Deliberativo deliberar sobre a realização de consultas extraordinárias ao Corpo Social (Estatuto – Art. 37-XV), mesmo nos casos de práticas de irregularidades com o objetivo de extinção da CASSI e reforma estatutária (Estatuto, § 2º do Art. 70 – parte final).



    7. P.: Caso nenhum dos membros eleitos do Conselho Deliberativo vote a favor, podem ser realizadas “Consultas ao Corpo Social” para extinção dos aposentados do Plano CASSI patrocinado pelo Banco?

    R.: NÃO (Estatuto – § único do Art. 41).



    8. P.: Mesmo sem “Consultas ao Corpo Social”, o Banco pode desvencilhar de seus compromissos com a sustentabilidade da CASSI?

    R.: SIM, através da entidade governamental ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar. Desde que o Banco do Brasil insista na estratégia perniciosa que, até o momento, vem adotando nas negociações sobre a sustentabilidade, a ANS poderá intervir na CASSI e modificar seu estatuto e regulamento de benefício.



    9. P.: Há exemplos do uso da estratégia de intervenção governamental nas entidades patrocinadas pelo Banco, para favorecê-lo?

    R.: SIM, na PREVI, no ano de 2002, por vontade do Governo, que é sócio majoritário do BB e principal interessado em robustecer seus resultados financeiros.

    --------

    Espero que eu tenha conseguido, agora, expor minhas preocupações com o andamento das negociações, sobre as quais não me referi quando pegamos o Metrô.

    Um abraço,


    Mário Magalhães de Sousa

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    1. Mário,

      É uma satisfação receber um comentário seu.
      Já vi que você é "doutor" em CASSI.
      Suas informações são valiosíssimas mesmo que já tivéssemos conhecimento delas.
      Quanto à intervenção da ANS, se o problema não for resolvido pelo entendimento entre as partes, no meu entendimento, vai ser prejudicial para todos: o BB, o pessoal da ativa e os aposentados.
      Vamos ver aonde esse imbróglio vai nos levar.
      Coloco o blog à sua disposição se quiser publicar alguma nota.

      Um abração

      Do já amigo

      Adaí Rosembak

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  8. Nestas horas eu me pergunto: para quê saber de certas coisas, se está completamente fora do nosso alcance o deslinde das mesmas? Pelo jeito ficamos com aquilo que Salomão já falou milênios atrás em Provérbios 1:18: "Porque muita sabedoria traz muita frustração, de modo que aquele que aumenta seu conhecimento aumenta sua dor."

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    1. Caro Anônimo,

      Esse ditado tem absoluto fundamento nesses dias que vivemos.
      Por vezes nos defrontamos com tantas barreiras, tantas dificuldades que pensamos em mudar para uma ilha deserta e abandonar tudo. Justamente para não ter tanta frustração e tanta dor.
      Mas parece que temos uma tomada elétrica em nosso corpo para nos ligar novamente à realidade e acordar.
      Temos de continuar lutando. É nossa sina. Não tem saída.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  9. Prezado Adaí, permita-me uma correção: Onde se lê Provérbios, leia-se Eclesiastes:
    ______________________________________________________________________________________________________
    Nestas horas eu me pergunto: para quê saber de certas coisas, se está completamente fora do nosso alcance o deslinde das mesmas? Pelo jeito ficamos com aquilo que Salomão já falou milênios atrás em Eclesiastes 1:18: "Porque muita sabedoria traz muita frustração, de modo que aquele que aumenta seu conhecimento aumenta sua dor."
    ________________________________________________________________________________________________________
    Desculpe o incômodo.

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    1. Caro Anônimo,

      Você não me incomoda.
      Gosto de conversar.
      Reafirmando o raciocínio na resposta ao comentário anterior:
      "Não tem saída. Nossa sina é lutar."

      Um abração

      Adaí Rosembak

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  10. Prezado Adaí,

    Obrigado pelo relato do que ocorreu aí na reunião sobre a CASSI. Pena que o William tenha tomado quase todo o tempo do encontro.

    Macilene (Goiânia) - Movimento SEMENTE DA UNIÃO

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    1. Caro Macilene Oliveira,

      Muito embora a intervenção do William tenha sido muito demorada, a palestra foi muito boa.
      Os debates foram "quentes" e houve muita participação.
      É uma pena que você esteja em Goiânia e não tenha participado.

      Um abração

      Adaí Rosembak

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