Lembro-me de uma passagem
ocorrida em um verão escaldante.
Um amigo faleceu e eu, com um grupo de amigos comuns, fomos ao seu
enterro.
Chegamos ao Cemitério do Caju de terno e gravata e com muita
antecedência à cerimônia.
O suor escorria pelo corpo e fomos obrigados a tirar os paletós,
desabotoar os colarinhos e afrouxar as gravatas.
Em frente ao cemitério havia um bar.
Decidimos ir tomar uma cervejinha, e cada um acabou tomando, no mínimo,
umas três “louras”.
Não esperávamos encontrar um bar tão animado justamente na frente do
cemitério. Era o que poderíamos chamar de um sacrilégio.
Duas mesas animadíssimas no fundo do bar chamaram nossa atenção. Era um grupo de umas 9 pessoas. Já haviam
bebido uns 2 engradados de cerveja e se deliciavam com pastéis feitos na hora.
Também decidimos pedir porções de pastéis.
O melhor da animação nas mesas, e que nos deixou fascinados, era uma
batucada animada com pandeiro, reco-reco, tamborim e duas mulatas com corpos
esculturais rebolando e acompanhando o ritmo em cima das mesas. De vez em
quando, um dos beberrões já bem “aguado”, tentava alisar as pernas das moças,
mas era contido pelos demais.
Eu me sentia uma figura fora do contexto com um paletó no ombro e uma
gravata frouxa no pescoço. Nosso amigo no céu, com certeza, estava torcendo
para que entrássemos naquela farra, que não tinha nada a ver com cerimônia de
enterro.
Aliás, naquela altura do campeonato, após termos tomado umas e outras, estávamos
tão animados com a batucada e fascinados com os corpos suados e excitantes das
moças, que acabamos nos esquecendo completamente do féretro.
Quando olhei o relógio e percebi nosso atraso, tivemos de correr
cemitério adentro até chegar na capela onde o corpo de nosso amigo estava sendo
velado.
Na saída da capela, fingindo um semblante triste em respeito aos
familiares do falecido, eu e os demais companheiros de bar, levamos um susto
quando cruzamos com outro grupo que se dirigia para a capela para velar por outra pessoa.
Para nossa surpresa, era o mesmo grupo que estava bebendo, comendo
pastéis e curtindo as mulatas que sambavam nas mesas.
As maravilhosas mulatas – a melhor invenção brasileira - passaram bem ao nosso lado e, para surpresa
das pessoas de nosso grupo, nos jogaram uns beijinhos e deram umas piscadinhas
bem safadas e provocantes.
Até hoje, eu e meus amigos nos arrependemos de não termos abandonado
aquela cerimônia triste e chata para satisfazer os parentes do falecido e que
não tinha nada a ver com o espírito revolucionário, libertário e contestador de
nosso amigo que, com certeza, estava nos olhando lá de cima a nos recriminar por
não termos dado uma meia volta para participar de uma segunda rodada de cerveja
com aquela turma animada e aquelas mulheres maravilhosas.
Ele teria adorado. Era um transgressor incorrigível, um tipo Cazuza.
Aquela cena não ocorrida em nossas vidas, por respeito a princípios
éticos ultrapassados, classificamos como “um momento do qual nos arrependemos
de não ter vivido”.
Estou contando essa passagem para reafirmar a agenda positiva e otimista
que esse blog se propõe a seguir para, posteriormente, não nos arrependermos de
não reagir à altura a desafios e constrangimentos, devido a pruridos éticos
descabidos ou respeito a princípios de conduta ultrapassados.
É revoltante presenciarmos pessoas de comportamento realizador,
expansivo e otimista, serem gratuitamente atacadas por suas realizações ou pela
manifestação de seus pontos de vista.
Assisti várias vezes a isso acontecer e ainda assisto a esse tipo de
baixaria em relação a amigos e dirigentes da AAFBB.
Esses ataques covardes e anônimos tem como objetivo único degradar,
desmoralizar e humilhar as pessoas.
Aos que fizeram gratuitos ataques a este articulista,
ao blog, à AAFBB e a seus dirigentes pela publicação dos artigos “Comemoração dos
64 anos da AAFBB”, de 25.10.2015 e “Esclarecimentos Oportunos”, de 27.10.2015, reafirmo
que isso não ocorrerá mais. Esses insultos pela internet serão sumariamente
eliminados.
Aproveito este momento para reafirmar os motivos que me levam a defender a
AAFBB.
Reitero que não faço parte do corpo administrativo da AAFBB. A
propósito, mesmo nas eleições da associação, nunca solicitei a quem quer que
fosse, minha inclusão em qualquer chapa. A única exceção foi quando fui
CONVIDADO pelo saudoso e querido companheiro Aldo Alfano para participar de sua
chapa “Nova Aliança na AAFBB”.
Vivo no Rio de Janeiro, sou carioca e a AAFBB, que tem sua sede no Rio,
é a associação que mais frequento e onde tenho muitos amigos e ex-colegas de
trabalho.
Esclareço terminantemente, que os artigos publicados neste espaço, são
de minha exclusiva responsabilidade e autoria, não consultei e nem pedi
autorização a quem quer que seja para os redigir e publicar e, portanto, sou
integralmente responsável pelo que aqui é publicado.
Pelo que foi acima exposto, a defesa da AAFBB contra ataques rasteiros partidos
de pessoas frustradas, revoltadas e envolvidas em um clima de permanente negativismo,
foi e continuará a ser uma das linhas editoriais deste veículo.
Também esclareço que, na qualidade de associado da AAFBB, se e quando
detectar qualquer erro ou comportamento reprovável na associação, eu próprio denunciarei
o fato independentemente de qualquer medida que a associação venha tomar a
respeito.
Mas não levantarei, sob qualquer hipótese, calúnias ou acusações
infundadas.
Até acho que a AAFBB deveria
reagir e tomar medidas legais cabíveis contra ataques infundados, calúnias ou acusações
falsas desferidas contra membros de reputação ilibada da associação.
Apesar dessa visão, respeito a associação por seguir o conhecido
provérbio português “os cães ladram e a caravana passa”.
Dentro desse prisma, nada melhor para neutralizar quaisquer calúnias partidas
de pessoas fracas, frustradas e recalcadas, do que deixar que o sucesso e as
realizações da associação e de suas administrações sejam levados ao
conhecimento público.
Aproveitamos a oportunidade para publicar adiante o artigo “Em defesa
dos associados”, da Presidente da AAFBB, Célia Laríchia,de 15.10.2015, em que
são mostradas uma série de conquistas para os associados e para todos os servidores da ativa do BB, aposentados
e pensionistas da PREVI. Também são
relatados os resultados de diversos encontros em que a AAFBB participou para
tratar de interesses dos associados. A sustentabilidade da CASSI é outro tema comentado
e mostra que a AAFBB tem estado presente nessa área e lutado em defesa dos
interesses dos associados. Também é abordada a mudança de regras relativas ao
ES. Segue a nota em sua integridade.
Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB
Em defesa dos
associados (Célia Laríchia)
A AAFBB se
empenha cada vez mais em participar de todos os debates de interesse de nossos
associados. O principal deles, neste momento, é a mesa de negociações da CASSI,
que visa buscar soluções emergenciais e ações estruturais para o equilíbrio
financeiro da Caixa de Assistência. Em recentes reuniões, a AAFBB tem se
posicionado firmemente na defesa dos direitos dos associados da ativa,
aposentados e pensionistas. Esse é o tema da matéria de capa desta edição.
Já em Por
dentro da Previ você vai entender por que as regras para concessão do
Empréstimo Simples foram alteradas e que alternativas a AAFBB está solicitando
à Previ para minimizar os impactos provocados na vida dos associados. Na seção
Giro pelas Representações, você vai conhecer o novo representante de Salvador e
saber de que forma o escritório atende os sócios. Além disso, terá um panorama
geral da cidade soteropolitana e de seus principais pontos turísticos.
Na editoria
Pingue-pongue, confira uma entrevista especial com David de Aquino, recém-aposentado
pelo Plano de Aposentadoria incentivada do Banco do Brasil. Os eventos
promovidos pela AAFBB, como a Festa Junina, o Dia dos Pais e o Queijos e
Vinhos, também são tema desta edição, que mostra ainda a visita do presidente
da Previ, Gueitiro Genso, à nossa sede e às Representações de Goiânia e Porto
Alegre.
Saúde é outro
assunto importante para a AAFBB. Por isso, neste número, trazemos uma
reportagem sobre a Doença de Alzheimer, explicando seus sintomas, diagnóstico e
tratamentos. Em Mundo Sustentável, você vai conhecer o trabalho de artesãs que
transformam malotes antigos do Banco do Brasil em bolsas, carteiras e outros
acessórios.
Em artigo
assinado, o advogado Hugo Jerke, assessor jurídico da AAFBB, dá dicas de como
aumentar o benefício do INSS pela desaposentação. Em Papo Jurídico, você vai
ler duas reportagens especiais: a defesa da Associação pelo Projeto de Decreto
Legislativo (PDS) 275/2012 e o resultado da Ação Plano Verão. Por fim, um
passatempo para você se divertir e dicas sobre os CCBBs do Rio de Janeiro, de
Belo Horizonte, de São Paulo e de Brasília.
Boa leitura !
Um abraço,
Célia
Laríchia, presidente da AAFBB
Editorial publicado na Revista Connexão AAFBB – Nº 101 – Jul/Ago/Set
2015
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