Domingo, tomei o café
da manhã, e dei uma olhada nas manchetes do jornal.
A temperatura estava
baixa e decidi ficar em casa.
Fui para o computador,
mas estava sem inspiração para escrever.
Decidi arrumar estantes
e armários pois o escritório estava uma mixórdia.
É impressionante como
guardamos e acumulamos coisas e miudezas de toda ordem: livros, revistas, cartas, retratos, roupas que
não usamos mais, quinquilharias e objetos de toda espécie, CDs e DVDs que não
ouvimos e nem vemos mais, souvenirs, etc. Só de máquinas fotográficas e filmadoras
com defeito, tinha quatro. E também uma máquina de escrever velha, que não
consegui consertar. Relógios enguiçados e jóias de fantasia velhas. E por aí
vai.
Com o tempo, percebemos
que nos falta espaço para guardar coisas novas que, depois de um período, também
vão fazer parte daquele amontoado de coisas que não sabemos que fim dar.
Fui separando tudo em
sacos plásticos.
O trabalho já estava
bem adiantado quando, de repente, me deparo com um álbum de fotografias.
Eram fotos de 35 anos
atrás, quando trabalhava na CACEX - Rio.
Ao as examinar, esqueci
da arrumação das tralhas, e fiz uma viagem ao passado.
A cada foto uma
lembrança.
Em um retrato, estavam
o saudoso Santa Rita, o Mário de Oliveira Bastos, e o Waldyr Argento.
TOLEDO, MARIO BASTOS e WALDYR ARGENTO
SANTA RITA, MÁRIO BASTOS e WALDYR
ARGENTO
Todos
magrinhos, de cabelos pretos e sem barriga.
O Waldyr Argento foi
meu primeiro chefe na área de emissão
de guias de exportação. O Waldyr é,
aparentemente, reservado e introspectivo. Mas quando convivemos com ele, vemos
que é uma pessoa divertida, e que
também, para surpresa de muitos, adora contar “causos”.
O Waldyr Argento é um
pé-de-boi na hora do trabalho. Mergulha na labuta de forma compulsiva. Aliás,
não havia outra alternativa naquela área.
Lembrei-me das imensas
pilhas de guias de exportação. Uma papelada sem fim. Uma trabalheira danada. Uma
luta contra o tempo.
Eram cinco grupos, e
cada grupo analisava uma média de 400 a 600 guias de exportação por dia. Ou seja,
a área analisava e emitia, diariamente, uma média de 2000 a 3000 guias. E a
emissão de cada guia, devido à complexidade da análise do produto exportado,
tinha uma variação muito grande de tempo de emissão de uma guia para outra. Os
despachantes não compreendiam esse aspecto de nosso trabalho, e as discussões
sobre demora para a emissão de guias eram uma constante.
Muitas vezes, não tínhamos hora para sair,
pois grande parte das guias tinha de ser emitida no próprio dia.
O sistema não era
informatizado. Ainda usávamos máquinas de escrever, que hoje são peças de
museu. E haja papel carbono. E ainda
tinha a barulhenta máquina autenticadora de guias.
Cada produto tinha seus
normativos específicos e legislação diferenciada. Trabalhávamos com fichas para
cada produto e, no meio daquela azáfama, recebíamos continuamente longas
mensagens de telex com novas normas sobre produtos específicos, em especial
sobre commodities e produtos de origem agrícola e pecuária.
Tinham guias casadas,
guias em consignação, guias atreladas a financiamentos, guias de prestação de
serviços, produtos controlados, suspensos, proibidos, e até exportações
secretas (armamento), etc., etc. Muitas guias tinham de vir com licenças de
exportação de vários órgãos governamentais. Tudo isso tinha de ser
minuciosamente analisado. E ainda tínhamos de confirmar o código internacional
de cada produto em imensos almanaques que eram diariamente atualizados.
Os chefes da área
– o Waldyr Argento e, depois, o Mário de
Oliveira Bastos - ainda tinham o
“abacaxi” de reanalisar e firmar, de próprio punho, os “certificados de origem”,
para cada guia de exportação. Muitas vezes tínhamos de estender o trabalho para
além do horário de expediente. Com o detalhe de que não recebíamos hora extra.
Uma tourada. E ainda
trabalhávamos, como se diz na gíria, em cima de um fio de navalha. Constantemente
surgiam inquirições sobre casos singulares, e ordens para apresentar
justificativas em relação a relatórios
de inspetores, de setores da Direção Geral, e de outros órgãos do governo.
Mas, apesar do rojão, o
ambiente era muito amigável e salutar.
Tinham os tipos
exóticos e divertidos.
Um deles era o Grou que
está em uma foto.
O GROU e ADAÍ ROSEMBAK
Mais outra do GROU com este articulista
ABRANTES, GROU e outros colegas
MARIO BASTOS, ADAÍ ROSEMBAK e colegas
Esse era o seu nome
artístico.
Atuava em fotonovelas (uma
vez nos mostrou uma revista de romance em quadrinhos em que ele fazia o papel
de mordomo), e era cantor. Gravou um CD com duas músicas: “Cigana Bandalheira”
e “Vá Embora Daqui”.
Nas festas de fim de
ano, os festeiros - Julinho Alt, Bira, Pedro Albano, Alexandre Quartarone, José
Carlos, Paulo Roberto, e outros -
tiravam “fotos” e fingiam “filmar” o Grou, com as máquinas de escrever e
isqueiros, quando ele cantava. Pena que
não filmamos aqueles momentos. Todo mundo se embolava de tanto rir.
JÚLIO ALT "conversando" com uma colega
JÚLIO ALT tomando uma cervejinha com este articulista
ALEXANDRE QUARTARONE e este articulista
JÚLIO ALT brincando de "palmadinha" com colega
ADAÍ ROSEMBAK com colegas
ADAÍ ROSEMBAK e COLEGA
NOVELO, ADAÍ ROSEMBAK com a "MIGNON" no colo e colegas
Lembro-me de uma cena
que presenciei, muito característica do ambiente de descontração que o Grou
causava.
O início do expediente
era silencioso e de concentração. O pessoal tinha de começar trabalhando duro
porque, logo que a porta do setor abria, o balcão ficava cheio de despachantes
aduaneiros, que vinham pegar guias de exportação emitidas.
Aí entrava o Grou na
estória.
Ia na bancada do café,
que ficava no centro da sala, e pegava a xícara com dois dedinhos. Os outros
dedos ficavam esticados. Detalhe: as unhas eram arredondadas e pintadas com
esmalte brilhante incolor.
Era uma figura.
Usava vários anéis, um
deles com uma pedra imensa. Pulseira dourada larga e um colar idem. Sapato de
verniz com salto carrapeta. Camisa colorida de seda esvoaçante, calça “boca de
sino” sob medida, com uma fileira de botões brilhantes na braguilha, e cinto
largo com fivelão. Tinha uma testa calva com chumaços de cabelos de cada lado
da cabeça. E sempre estava perfumado.
Nessa altura do
campeonato, todo mundo já estava com a atenção voltada para o Grou.
Aí, um levantava e ía
tomar café com ele. Me lembro bem do Pedro Albano. Era um gozador emérito. Começava perguntando
ao Grou se ele ía gravar um CD, ou se ía
se apresentar em algum show. Depois vinha
o Júlio Alt, que dizia que, com certeza, ele ía era gravar uma
fotonovela, porque estava muito bonito e cheiroso. Em seguida, era o Bira para
perguntar o nome e o telefone do alfaiate que tinha feito a calça, pois ele ia
mandar fazer uma igual.
Nessa altura, a gozação
era geral.
O Waldyr Argento,
normalmente sereno, reservado, e concentrado no trabalho, ficava desesperado
com aquela agitação, e reclamava com o Grou que era só ele chegar para começar
a bagunça.
O Grou retrucava: “- Mas
Chefe, eu só vim tomar um cafezinho. Quem começou a bagunça foram os outros!!”
CORDEIRO, PEDRO ALBANO, ABRANTES e outros colegas
DALVA (a ABELHA) com os netos
TIME FEMININO ANIMADO
CONJUNTO MUSICAL
Uma vez, o Grou chegou
atrasado e, para que o Waldyr não o flagrasse, entrou junto com os despachantes
pela porta de entrada do público, e pulou o balcão para dentro da seção. Mas se
deu mal. Acabou se estatelando no chão. Todo mundo viu, inclusive o Waldyr.
As festas e
comemorações eram animadas com um conjunto musical do pessoal da área.
Era sambão e forró em
alto som. Vinha gente de todos os andares.
As moças traziam
salgadinhos e a rapaziada refrigerantes e muita cerveja.
Em um retrato, estamos
eu e o Júlio Alt tomando cerveja.
E, em outro, está a
Dalva com os netos. A Dalva era uma colega querida por todos e muito divertida,
a quem o Júlio Alt, sempre brincalhão, chamava de “Abelha”, porque, quando não
estava “voando”, estava fazendo “cera”.
Depois, a CACEX mudou
para a Rua Senador Dantas, no Edifício SEDAN, que era, na época, o prédio mais
alto do Rio.
Após o Waldyr Argento,
o Mário de Oliveira Bastos assumiu a chefia da área de emissão de guias de
exportação.
O Mário, em comparação
ao Waldyr Argento, é mais descontraído, irônico e brincalhão. Cada um dentro de
seu jeito.
Desde o primeiro
momento que conheci o Mário, vi que seríamos amigos, e que teríamos uma relação
de trabalho respeitosa, com entrosamento, e confiança mútuas.
Eu estava certo.
Eu e o Mário Bastos
temos uma sólida relação de amizade que perdura até hoje.
Devo ao Mário Bastos, a
minha efetivação como comissionado na área, quando ele recomendou meu
comissionamento ao Santa Rita, que era o gerente da área de exportação da
CACEX-Rio.
Mas amizade à parte, o
Mário tem qualidades natas de liderança.
É uma pessoa que sabe
ouvir, é companheiro, é leal, é sincero. Não é de fofocas, e é direto nas
críticas e nos elogios.
Com sangue português, é
uma pessoa que tem um dom nato para negócios e tem espírito de liderança.
O Mário Bastos, também
é um advogado muito bem preparado, articulado, e tem uma capacidade de trabalho
impressionante.
A sua filha, a Doutora
Marilene Maria Tavares Bastos, seguiu os passos do pai e, hoje, é uma advogada
muito bem-sucedida.
Íamos, muitas vezes,
almoçar em restaurantes naquela área, e eram momentos de descontração e
alegria.
Eu me lembro que, uma
vez, fui a Niterói e visitei o Mário Bastos e um outro colega, que trabalhava
em nosso setor, o Quaresma, alcunhado de Quá-Quá. Isso já faz muito tempo. O Mário Bastos, se
não me falha a memória, morava na cobertura, e o Quá-Quá em um andar mais baixo
(5º andar?).
Haviam outras figuraças
na área.
Um era um colega que
não vou dizer o nome. Quem trabalhou naquele setor sabe quem é. Era uma pessoa
simpática, divertida e culta, que escrevia muito bem. Era bacharel em direito. Com
um bigode cortado rente, cabelos já meio encanecidos, sempre trajava um terno
bem talhado e com gravata. Um galã. Para
cada namorada dava um nome diferente. Assim, quando telefonavam para a área,
perguntando por um dos nomes que ele fornecia, ele já sabia qual moça estava ligando. Diziam as
boas línguas que ele já tinha namorado até a Lady Laura, a progenitora do ídolo
Roberto Carlos. Uma vez, em um dia
chuvoso, ele estava almoçando com uma rapariga em um restaurante da periferia,
quando sua mulher o viu. Ela saiu correndo atrás dele pela rua com um
guarda-chuva em riste. Ele entrou em disparada pela porta do banco, e avisou ao
guarda para barrar a entrada de uma mulher que o perseguia.
Tinha um outro colega,
já bem idoso, que tinha a mesma queda pela libidinagem.
Chamavam-no de “Vovô
Tarado”. Vira e mexe tinha uma colega que falava das investidas do personagem.
Uma vez ele me contou
que, quando mais jovem, arrumou uma namorada morena que morava em um morro
perto do Centro. Ela era casada, mas o
convidou a ir no seu barraco, pois o marido trabalhava fora e só vinha nos fins
de semana. Ele foi lá algumas vezes “bater o ponto” e se deu bem.
Mas surgiu um problema
em razão de uma greve na fábrica onde o marido da jovem trabalhava. Ele foi
dispensado do trabalho e antecipou sua volta ao lar.
Nosso colega foi
surpreendido pelo marido da moça no auge dos “trabalhos”. Teve de correr morro abaixo, nu, com as roupas
embaixo do braço, e com o maridão da manceba atrás dele, armado com um pedaço
de pau.
Imaginei a cena. Eu sugeri
que ele escrevesse um livro sobre suas aventuras.
Depois de 35 anos,
posso contar essas estórias sem comprometer ninguém, até porque não cito nomes.
Tínhamos um outro
companheiro que era alcoólatra. Tinha feito vários tratamentos, mas não
conseguia largar o vício. Acabou falecendo em razão da bebida.
Havia um que era
pródigo. Conseguia gastar o salário de
um mês em poucos dias. Comprava tudo que encontrava, promovia farras homéricas,
e lá se ía o dinheiro do sustento familiar.
A mulher recorreu à
Justiça, e o Juiz interditou 50% dos rendimentos do colega, que passaram a
ficar somente à disposição da mulher. Depois, soube que ela entrou com novo pedido
de interdição de 75% dos rendimentos do esposo. Sua alegação era que, além do
sustento dela e dos filhos, ainda tinha de sustentar o marido.
Quando me lembro de outro
colega e amigo, o Bira, fico com o coração apertado. Ele não tinha comissão e
era pai de três filhos. Levava uma vida humilde e morava em uma casa bem simples
em Bangu, aonde eu o levei uma vez de carro, por um problema urgente de saúde
de um filho dele.
Foi comissionado como subgerente
em um posto do BB no Ministério da Fazenda, e se suicidou com um tiro dentro da
casa forte com o revólver de um vigilante.
Era muito inteligente, simpático
e brincalhão. Como conversava muito com ele, eu o conhecia muito bem e sabia de
um lado obscuro, triste e revoltado em sua personalidade. Foi uma perda que me
abalou profundamente, pois eu era muito amigo dele. Ainda hoje, quando percebo em alguém essa
tristeza entranhada na alma, que os negros americanos chamam de “blues”, sinto
calafrios.
Tinha um outro colega
que admirava muito. Depois de aposentado, o encontrei algumas vezes, mas não o
vejo há muito tempo.
Esse é um amigo bem-sucedido,
e digo seu nome com muita satisfação e orgulho: Paulo Lamas. (na foto abaixo)
Estudamos inglês no
Curso Yázigi e praticamos dança de salão na Companhia Aérea de Dança.
Ele tem o toque de
Midas. Em qualquer negócio em que se mete, é bem-sucedido.
É uma pessoa
observadora, inteligente, detalhista e calculista.
Sabe tudo em termos de
investimentos e negócios.
E faz os cálculos de
suas operações de cabeça.
O Paulo Lamas é natural
de Juiz de Fora. Seu pai tinha uma família numerosa, e tirava o sustento da
prole de um pequeno armazém. Ele me contou que começou a trabalhar desde
pequenino com o pai no pequeno empreendimento, e que foi lá que adquiriu as
bases de sua habilidade como negociante, através dos ensinamentos do pai, e das
dificuldades pelas quais viu seu progenitor passar.
Hoje, Paulo Lamas, pelo
dinamismo e sucesso nos diversos negócios, deve ser um bilionário muito
bem-sucedido.
Monopolizou o mercado
de fabricação e distribuição de gelo no Rio de Janeiro. Dominou com êxito, no
Saara, no centro comercial do Rio, um ramo de negócio em que muitos falharam: o “factoring”.
Em Juiz de Fora, é um
dos maiores empreendedores na área imobiliária, com diversos prédios lançados.
É um investidor
bem-sucedido na Bolsa de Valores.
Faz negócios rentáveis
com pedras e metais preciosos, no mercado de produção agrícola e industrial, e com
operações de arbitragem de câmbio no país e no exterior.
Sempre me deu boas
dicas de investimentos.
Para completar, é um
pai dedicado e amoroso. Tem uma filha maravilhosa de um relacionamento com uma
namorada, e a encaminhou para estudar em uma das mais renomadas universidades
na Europa.
Ouvi dele alguns
princípios fundamentais, que, se eu tivesse seguido, não teria tido prejuízos
em negócios em que me meti na vida.
Eis um:
“A primeira coisa que faço quando negocio com alguém, não é
analisar o negócio em si, mas sim com quem estou negociando. Um gesto, uma
palavra, as sugestões, as feições , o olhar, a maneira de se comportar e até de
se vestir, dizem tudo da personalidade de uma pessoa. Se perceber qualquer
problema nessa área, encerro a conversa.
Já fiz excelentes
negócios com pessoas preocupadas e nervosas. Podem estar nervosas em um
determinado momento, justamente porque estão tensas, amedrontadas e tem
seriedade e escrúpulos no que fazem. Normalmente, sempre me dou bem com essas
pessoas. Mesmo quando surge um problema, ele é contornável quando a pessoa é
séria e honesta. ”
Outro:
“Nunca me fio em recomendações alheias. Tenho de me
certificar pessoalmente do caráter da pessoa com quem vou fechar um negócio. ”
Mais outro:
“Se tem insegurança e medo de entrar em um negócio, não
entre. Se tem dúvidas sobre o caráter da pessoa, não entre. Analise tudo muito
bem. Nos mínimos detalhes. Não se apresse e nem se force a nada. Procure se
informar, entender e resolver todos os pontos impeditivos. Se não conseguir,
não entre. Tudo tem de estar às claras e perfeitamente entendido e estabelecido.
Caso contrário, você estará entrando em um campo minado.”
Por último:
“No atual estágio em que estou, não posso trabalhar sozinho.
Preciso da ajuda de outras pessoas. Então tenho de analisar com apuro as
pessoas que vão trabalhar para mim e que vão me representar. ”
Parecem recomendações
óbvias, mas a maioria das pessoas leva prejuízos e é malsucedida, justamente
por não seguir esses princípios.
Qualquer dia desses,
vou tentar reencontrar o Paulo Lamas.
Vendo as fotos,
lembrei-me de outros tantos colegas: O Cordeiro (o nome retrata o próprio
colega, tranquilo, calmo, e educado.
Entrou no primeiro PDV e montou um negócio em Niterói), o Novelo (eu o
encontrei com sua família no Mercado Modelo, em Salvador, sempre alegre e
afável), o Paca (começou a correr comigo, e hoje disputa maratonas), o Dupret,
o Abrantes. E tinham as colegas Dora, Laura, Dalva e outras mais.
Por que dei o título de
AAFBB em FOCO a este artigo?
Por que foi na AAFBB,
que reencontrei, depois de tanto tempo, os amigos Waldyr Argento, Mário Bastos e
Júlio Alt, que trabalharam comigo na CACEX.
Um pensador disse que,
a certa altura, o nosso maior patrimônio na vida são os nossos amigos. Procuro aumentar
e cuido desse patrimônio com muito zelo. Trato desse jardim com muito carinho,
sensibilidade e proteção.
Hoje os cabelos estão encanecidos, ficamos um
tanto papudos e barrigudos, mas estamos mais espirituosos, mais experientes,
mais realistas, mas com a mesma alegria e garra de quando éramos mais jovens.
É importante que nos
mantenhamos ativos.
Estou muito feliz nesta
fase da vida. É um momento em que estamos preparados para dar o melhor de nós
mesmos para a sociedade.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB,
ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB