MUDANÇA DE RUMO

O que virá por aí? 

É o que perguntam todos os brasileiros com a mudança do mandatário do país.

A resposta mais adequada à inquirição é que somente o rumo da direção do país mudou.

Nenhum passo ainda foi dado, com exceção da viagem do Presidente Temer à China.

As mudanças serão gradativas, mas tomarão velocidade ao longo da caminhada.

A marcha será dura, cheia de obstáculos e longa.

O buraco deixado pela política implementada pela presidente deposta foi tão fundo, que não é possível fazer uma previsão de qual será o tempo necessário para recolocar o país e a administração pública nos eixos.

A sensação que sentimos é a de que acabamos de ser salvos do mergulho em um precipício.

Abrimos o jornal e lemos que o governo despojado do poder vai entrar com processo junto ao STF para cancelar o impeachment. É até possível que ganhem o apoio de alguns senadores depois da lambança que foi a aprovação do impeachment e, paradoxalmente, a manutenção dos direitos políticos de Dilma Rousseff. Coisas do Brasil.

Essa incongruência dará margem para a continuidade da surrada balada dos derrotados.

De qualquer forma, esse é um processo irreversível.

Não temos ressentimentos ou raiva da ex-presidente nem de seus sectários. Eles, dentro de suas obtusidades e fanatismos políticos, agiram de acordo com suas consciências.

Temos dó.

E também lamentamos pelo destino de tantos brasileiros que foram alvos do sofrimento causado por um proselitismo político fictício, falido, sórdido e sanguinário, que suprimiu inutilmente dezenas de milhões de vidas na história da humanidade.

Será que aqueles apoiadores da ex-dirigente que, ridiculamente, ainda discursa expondo suas mágoas pessoais por ter perdido seu brinquedinho, que era a presidência da República, não   têm um mínimo de realismo em relação a tudo que houve? Será que não enxergam a situação catastrófica em que o país foi colocado?

Não vamos voltar a reiterar a marcha da insensatez promovida pelo PT com seus deletérios resultados, que são sobejamente conhecidos   e que acabou por levar o Brasil à atual situação de derrocada econômica, social e financeira em que nos encontramos.

Quanto tempo demorará para que a esquerda no país e o PT em especial, façam uma autocrítica para enxergar e dimensionar a desgraça  em que colocaram o país, e se reciclem para formar uma nova oposição com os pés na realidade, no Congresso?

Sim, porque vivemos em uma democracia e é fundamental que haja um bloco de oposição no Parlamento.

O governo entrante tem consciência de que reformas fundamentais terão de ser feitas rapidamente, para que se reestruture a governabilidade do país e a economia volte a se reativar, para recuperar milhões de empregos sacrificados pela matriz falida do governo deposto.

O estrago foi de tal magnitude e os desafios são tantos para recolocar o país em ordem, que o papel do Congresso, aí incluída uma oposição comprometida com o bem do país, será vital para a reorganização do país.

Ademais estamos prestes a ter novas eleições no país e não será com esse modelo comprometido com a falência do país protagonizado pelo PT e pelas esquerdas, que a oposição terá a mínima esperança de ser bem-sucedida nesse sufrágio.

Ironicamente, a respeito de eleições, a única certeza que podemos ter, às custas da derrocada do PT e das investigações da Lava-Jato a respeito do Lula, é a da eleição do zelador do tríplex do Lula que, muito oportuna e espertamente, se lançou como candidato em Santos, com o codinome de “Afonso Zelador do Triplex- nº 11.333”.

É nele que eu votaria se fosse santista.

ADAÍ  ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB