OPERAÇÃO GREENFIELD - Comunicado 2 - 09.09.2016

QUE SE FAÇA JUSTIÇA

Como retratamos em diversos artigos neste blog, sempre apoiamos integralmente a Operação Lava-Jato. Por essa razão muitos nos acusam de golpistas, reacionários, traidores da categoria, e por aí vai.

Sempre deixamos patente nossa posição em defesa da ação da PF, do MPF, da Justiça Federal, do papel da mídia, e dos demais órgãos envolvidos em todas as operações que se desenrolam no país.

Acompanhamos diariamente tudo que é noticiado a respeito dessas ações, e sempre manifestamos nossa posição contrária a postergações judiciais, chicanas jurídicas, desvios, influências políticas, e quaisquer outras pressões que visem a protelar e até acabar com essas operações.

As autoridades envolvidas nessas investigações e, em especial o MPF e a PF, são calejadas nessa área e só agem quando estão amplamente municiadas de provas, e tem todo o suporte jurídico quando atuam, para evitar que sejam desmoralizadas, como já ocorreu no passado.

Quando essas operações ocorrem, são cumpridas ordens de prisão, condução coercitiva, apreensão de documentos e computadores, e são feitos interrogatórios de suspeitos e de dirigentes das instituições investigadas.

É assim que deve ser feito, e é assim que as autoridades agem em qualquer país.

A mídia, no seu papel, noticia com amplitude o andamento de todas essas ações.

Só depois de analisado todo o conjunto do material que foi colhido nessas operações, é feito um amplo e bem detalhado relatório fartamente amparado com provas e documentos, o qual é encaminhado para o  Poder Judiciário para o devido julgamento do processo.

O Poder Judiciário faz o julgamento e são estabelecidas as condenações.

Por isso, ficamos pasmos com informes que estamos lendo pelas redes de funcionários, em que são feitas acusações sérias, inconsequentes e sem provas a dirigentes da PREVI, inclusive citando seus nomes, em razão da Operação Greenfield.

Deixamos claro que não estamos pleiteando recurso, objeção, perdão ou atenuação de pena a qualquer dirigente da PREVI, até porque, por ora, isso seria impossível pois ninguém foi julgado nem condenado por nada. 

O que aconteceu até agora, frisamos, foram procedimentos de praxe relativos a operações investigativas.

Por isso, não podemos acusações  de forma precipitada a partir de suposições  para não cometermos injustiças, calúnias, difamações e, como já retratamos em notas anteriores neste blog, desgraçarmos as vidas de muitas pessoas inocentes e de suas famílias, sem qualquer fundamentação legal ou prova.

Não pleiteamos impunidade.

Muito pelo contrário, queremos que essas diligências sejam conduzidas com o máximo de vigor, retidão e inflexibilidade, e que tudo seja investigado e apurado com profundidade e detalhamento.

Mas, repetimos, não queremos que sejam cometidas injustiças.

A mídia não pode se transformar em um tribunal de exceção.

Os responsáveis pelos blogs, pelas redes na internet e por qualquer outro meio de comunicação, que também são parte da mídia, devem estar conscientes de seu papel e desses princípios basilares para que  não sejam posteriormente   processados por aqueles que forem alvos de injúrias, mentiras e acusações descabidas que  desarticulem suas vidas e a de suas famílias.

Para não incorrermos nesses erros, é importante que atentemos para o sábio pensamento abaixo:

“Há quatro coisas que não voltam atrás:

A pedra, depois de atirada;

A palavra, depois de proferida;

A ocasião, depois de perdida;

O tempo, depois de passado. ”

Adaí Rosembak

Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB