sexta-feira, 30 de novembro de 2018

PREVI e AAFBB em FOCO - 30.11.2018


CARTILHA DOS PENSIONISTAS – 28.11.2018

Caros Companheiros,

Estamos atravessando uma quadra difícil em relação à defesa de nossos interesses.
A luta pela sustentabilidade da CASSI está prestes a ser definida.
Os titulares de nossas entidades e das associações representativas dos interesses do funcionalismo estão ultimando, em conjunto com a CASSI,  a elaboração da proposta final a ser encaminhada ao BB.
Paralelamente, estamos sofrendo ameaças diversas provindas do Ministério da Fazenda, de privatização do BB, no todo ou em partes.
Qual o sentido de privatizar empresas bem-sucedidas de nossa economia como o BB, a Caixa Econômica e outras, que geram lucros vultosos para o Governo Federal, sem contar que elas financiam um universo de segmentos na iniciativa privada que fortalecem a economia do país, e ajudam a diminuir o desemprego?
Ademais, exercem um papel social junto à população mais desassistida ao manter agências nos rincões mais longínquos do país.
Para que então essa chamada privatização? Para provar uma teoria de liberalismo econômico radical, centrada na linha de ensinamentos da Universidade de Chicago, conhecida como o mais conservador e importante centro da defesa do liberalismo econômico mundial?
Esses conceitos podem até ter dado parcialmente certo nos Estados Unidos, mas decididamente não são modelos a serem implantados à risca em um país como o Brasil.
A história econômica americana é completamente diversa da brasileira.
Por isso, as soluções são diferentes.
Qual é o sentido de privatizar instituições lucrativas, enxutas, bem organizadas, atuantes, modernas e que só trazem benefícios para a população?
Se é para seguir à risca a cartilha da Universidade de Chicago, que se comece por eliminar empresas que dão prejuízos e outras que nunca saíram do papel, tendo como exemplo a EPL – Empresa de Planejamento e Logística, responsável pelo Projeto do Trem-Bala, que nunca construiu nada.
É de se salientar que algumas dessas empresas fantasmas pagam salários nababescos, as vezes maiores do que o de empresas estatais lucrativas.
Nesse contexto nebuloso, precisávamos de notícias otimistas e alvissareiras para levantar nosso ânimo.
Foi quando recebi o convite da AAFBB para assistir a uma palestra sobre a Cartilha dos Aposentados, que foi ministrada por altos executivos da PREVI, no dia 28.11.2018, no auditório da AAFBB.
Percebi de imediato que era um evento imperdível e de alto nível.
Cheguei com meia hora de antecedência e várias cadeiras no auditório já estavam ocupadas.
Troquei algumas palavras com o LUIZ CLÁUDIO DA CONCEIÇÃO MARINS, Coordenador de Núcleo na PREVI, mas a premência na organização do evento o obrigou a interromper nossa conversa.
Em pouco tempo o saguão ficou lotado.
Componentes dos órgãos dirigentes  da AAFBB compareceram em peso. Também marcaram presença membros do Conselho de Usuários da CASSI.
O Diretor   de Seguridade da PREVI, MARCEL BARROS,
                                  

abriu os trabalhos falando da importância do evento que abordaria o tema CARTILHA DOS PENSIONISTAS, um assunto  delicado para a  PREVI, em razão da dificuldade peculiar dos pensionistas, na sua maior parte idosos, em tratar de  assuntos complexos e  diversificados,  e dos quais não tem o necessário conhecimento, ainda mais considerando-se que os problemas que os levam à PREVI, como falecimentos de entes queridos,  empréstimos e outros,  os deixam emocionalmente abalados.
MARCEL BARROS encerrou sua apresentação e deu espaço para o  início da palestra, pois tinha outro compromisso funcional.
Mas, antes de se ausentar, MARCEL BARROS, gentilmente, me apresentou à PAULA GOTO, Diretora de Planejamento da PREVI.
                                   

Confesso, sem qualquer exagero, que foi um dos momentos mais emotivos e prazerosos que já tive desde que criei este blog.
PAULA GOTO é uma mulher jovem, envolvente, carismática, bonita, voz suave e firme, que tem um notável preparo técnico em sua área, e uma atuação altamente exitosa na Diretoria de Planejamento da PREVI.
Eu a abracei efusivamente. Eu já queria a conhecer pessoalmente há muito tempo.
A emoção era tanta que, aliada ao frisson do momento,  esqueci de tirar uma foto com ela para colocar neste artigo.
PAULA GOTO tem um destaque especial neste blog, que vou relatar de forma sucinta.
Lancei dois artigos  na defesa de sua pessoa (“Uma experiência valiosa”, de 04.06.2018, e “Complemento ao artigo anterior “Uma experiência Valiosa” ”, de 05.06.2018), em que defendi PAULA GOTO no episódio de sua habilitação  para o desempenho da função de Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado – AETQ. 
Outros   blogueiros como o MEDEIROS e o ARI ZANELLA também publicaram notas em defesa de PAULA GOTO.
Esse assunto rendeu muita celeuma à época e, confesso, ainda não me conformo com a inabilidade como a matéria foi conduzida.
PAULA GOTO ficou no meio de uma polêmica injustificável que causou um desgaste pessoal muito grande.
O que efetivamente importa é que hoje PAULA GOTO é a vitoriosa e prestigiada Diretora de Planejamento da PREVI.
Querida PAULA GOTO, auguro   cada vez mais sucesso em sua carreira funcional, felicidades em sua vida pessoal e que Deus a proteja!!
Dando sequência à palestra, o Gerente de Núcleo LUIZ CLÁUDIO DA CONCEIÇÃO MARINS, passou a palavra para a representante da PREVI, DENISE MIRANDA DA ROCHA DE OLIVEIRA, que coordena a  área INSS/PRISMA.
DENISE deu um verdadeiro show de bola. Ela conhece a matéria a fundo. Atendeu a inúmeras dúvidas dos presentes sobre os mais complexos problemas que envolvem legislações específicas. Utilizou-se de atualizadas projeções de gráficos para proporcionar uma apresentação mais inteligível dos assuntos apresentados.
DENISE falou por quase duas horas. Haja fôlego.
LORENI de SENGER
                                  


e CÉLIA LARÍCHIA
                                   

tiveram de se ausentar do evento pois viajariam para Brasília para participar de encontro relativo à finalização da proposta a ser apresentada ao BB sobre o equacionamento da sustentabilidade da CASSI.
A seguir, LUIZ CLÁUDIO DA CONCEIÇÃO MARINS tomou a palavra e passou a falar sobre a parte da assistência prestada pela PREVI aos pensionistas.
Também discorreu amplamente sobre a CAPEC.
Da mesma forma que o processo de assistência junto à PREVI e o INSS são distintos, a CAPEC também segue um caminho peculiar.
O titular do pecúlio precisa estar atento à nomeação do beneficiário do pecúlio, em caso de mudança em seu estado social, como separação, nova união, etc.
Também precisa manter sua documentação junto à PREVI atualizada.
É sempre importante estar atento a esse aspecto, a fim de evitar surpresas desagradáveis quando vier a solicitar qualquer direito ou benefício.
LUIZ CLÁUDIO DA CONCEIÇÃO MARINS deu informações preciosíssimas sobre a assistência prestada pela PREVI que se distingue da assistência prestada pelo INSS, que foi objeto da palestra de DENISE MIRANDA ROCHA DE OLIVEIRA.
São processos com diferenciações de documentos, prazos e outras características específicas.
Mas tudo é conduzido junto à PREVI.
Não vou me aprofundar em detalhes técnicos nem na abordagem de casos singulares, senão este artigo vai ficar maçante e se transformará em um verdadeiro tratado.
O importante é que a CARTILHA DOS PENSIONISTAS está disponível no site da PREVI e é constantemente atualizada pela PREVI, acompanhando a mudança da legislação.
A CARTILHA DOS PENSIONISTAS deve ser acessada no site da PREVI para estudo constante e esclarecimento de dúvidas.
Registro aqui a falta de fotografias no GOOGLE e YAHOO dos expositores e organizadores do evento. 
 Só consegui localizar as fotos de MARCEL BARROS e PAULA GOTO para colocar nesta nota.
É importante que esse registro fotográfico seja feito para ressaltar os artigos e tornar os expositores reconhecidos pessoalmente.
Ao final da apresentação do LUIZ CLÁUDIO DA CONCEIÇÃO MARINS, aproveitei um lapso de tempo, e fui conversar com MÁRCIA CASTRO MOREIRA, Gerente Executiva da GEBEN-Gerência de Benefícios da PREVI, que estava acompanhada pelo responsável pelo suporte físico do evento, FELIPE VELASCO CODI, da Gerência de Vínculo e Arrecadação da PREVI.
Entre vários tópicos, dirigi a MÁRCIA CASTRO MOREIRA, a pergunta principal que quis fazer para o LUIZ CLÁUDIO DA CONCEIÇÃO MARINS e, mais diretamente, para o Diretor de Seguridade da PREVI, MARCEL BARROS, mas que não foi possível pela premência na organização da apresentação.
Aí vai a vital questão:
A PREVI NÃO VAI MAIS PRESTAR ATENDIMENTO PERSONALIZADO NA SEDE DA PREVI NO EDIFÍCIO MOURISCO, NO RIO DE JANEIRO?
Seguem algumas perguntas a respeito dessa diretiva:
- Está sendo adequado   o atendimento a pessoas idosas com carência de visão e audição e que têm flagrante dificuldade para lidar com assuntos burocráticos complexos? É de se observar que, quando vão à PREVI, normalmente vão acompanhadas de parentes mais jovens para os auxiliarem.
- Como está sendo feita a checagem de documentos pela PREVI? Observei que, em idas à PREVI, os funcionários que prestavam o atendimento, solicitavam aos participantes a apresentação de documentos originais com autenticações, etc. Como isso está sendo feito à distância? E o preenchimento de formulários da PREVI, que eram feitos no ato do atendimento personalizado?
- Muitos idosos não têm computador (conheço um que, imaginem, ainda tem máquina de escrever!! É fato.).
O imposto de renda pela internet é feito por terceiros.
Mas e os assuntos da PREVI e INSS? Os netos querem distância dessas coisas que não fazem parte de seu universo de interesses. Como esse serviço está sendo prestado atualmente?

Poderia abordar outros problemas enfrentados pelos aposentados.  Lembro-me  que encontrei alguns que residiam em outras cidades e que se deslocavam até o Rio de Janeiro e se hospedavam em hotéis para comparecerem cedo na sede da PREVI no Mourisco, para resolverem diversos assuntos referentes a, principalmente, falecimento de cônjuge, aposentadoria, pensão,  dependentes, regularização de documentos, etc.

O fato é que o trabalho da PREVI é multifacetado.

Seus dirigentes têm de dar atenção prioritária à diversidade de investimentos do fundo de pensão para obter retornos suficientes que cubram a cobertura dos planos de benefícios e que, dentro do possível, também propiciem superávits.

Paralelamente, têm de prestar assistência aos aposentados, às viúvas, dependentes, etc. em uma imensa variedade de atendimentos peculiares.
Esse é um atendimento difícil, complicado, demorado, trabalhoso e que exige pessoal altamente qualificado, que tenha maturidade, compreensão, paciência e empatia para dar um atendimento adequado e humanizado para esse público diferenciado.
E, o que é pior: esse tipo de atendimento só dá despesas.
Mas é preciso enfatizar que esse é um dever a ser assumido da forma mais eficiente e humana possível pela PREVI.
Por tudo isso, é perigoso fazer cortes de custos e modernizações nessa área, como a atual eliminação do atendimento personalizado, sem que a qualidade, e diria, até a concretização do atendimento, seja comprometida.
Fica a Mensagem.
De resto, agradeço a extrema paciência, simpatia e compreensão de que fui alvo por parte de MÁRCIA CASTRO MOREIRA. Entendo que é frustrante perseguir o perfeccionismo em um país com tantas carências como o nosso. Mas temos de continuar lutando.
A administração da AAFBB está parabenizada por acolher em sua Sede uma apresentação com a grandeza e o sucesso da “CARTILHA DOS APOSENTADOS”, promovida pela PREVI.  
Sugerimos, inclusive, que, se possível, o CODEL promova apresentações sobre o tema, abordando aspectos parciais, em tempo reduzido, em suas assembleias bimensais, que contam com a presença de representantes de outros estados. 
É importante que esses preciosos ensinamentos tenham um efeito multiplicador e que todos os associados tomem conhecimento   dessas preciosas informações.
Parabéns à PREVI e à AAFBB!!
A palestra foi um sucesso absoluto!!
Estamos no aguardo da próxima!!
Vocês foram maravilhosos!!
Abraços em Todos!!

Atenciosamente

ADAÍ ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

ANABB em FOCO - 26.11.2018



Caros Companheiros,

Em seguimento  ao artigo “NOVOS TEMPOS”, de 24.11.2018, neste blog, transcrevo a oportuna e importantíssima CARTA ABERTA  da ANABB, de 25 do corrente, relacionada ao mesmo assunto, dirigida ao eleito Presidente da República, Excelentíssimo Senhor JAIR MESSIAS BOLSONARO.
                                    

A ANABB foi extremamente objetiva em lembrar ao primeiro mandatário da nação, seu compromisso de campanha de preservar empresas públicas eficientes e que cumprem função social insubstituível para o país.
Por essa razão, a ANABB   declara estranhar a nomeação pelo Ministro da Fazenda indicado, Senhor  PAULO GUEDES,
                                     

de economista atuante na área de finanças privadas e defensor radical da privatização.
A ANABB se estende ao relatar a importância do BB no cenário econômico brasileiro, em que apresenta resultados positivos e abrangentes em um sem-número  de áreas, no Brasil e no exterior.
Reproduzo adiante, parte do conteúdo extraído da carta da  ANABB, que diz:
“Ao atuar em um sistema financeiro moderno e altamente competitivo, o Banco do Brasil apresenta hoje desempenho que, além de agradar ao mercado, assegura sólido retorno de dividendos ao Tesouro Nacional, beneficiando, assim, amplamente a sociedade brasileira.
Neste duplo papel – mercadológico e de execução de políticas públicas -, o Banco do Brasil foi estruturado dentro de um modelo de negócios nos quais a privatização de ramos rentáveis – BBDTVM, Cartões, Consórcio, etc – caso aconteça, vai comprometer estrategicamente a sobrevivência da empresa.”
Segue abaixo o texto completo da missiva da ANABB  encaminhada ao  Excelentíssimo Senhor  JAIR MESSIAS BOLSONARO , eleito próximo Presidente da República.
Aproveito este ensejo para publicar, ao final desta nota,  importante denúncia do Spbancários (Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo), com informações do jornal Valor Econômico.
É fundamental alertar para que todos os funcionários ativos do BB,  os aposentados pela PREVI e pensionistas mantenham-se atentos à  evolução da situação apresentada que afetará o BB e o nosso futuro e de nossos familiares.
Boa Leitura.
Atenciosamente

ADAÍ  ROSEMBAK

Associado da AAFBB, ANABB e ANAPLAB


Carta aberta da ANABB ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, eleito, JAIR MESSIAS BOLSONARO.

A QUEM INTERESSA O ENFRAQUECIMENTO  DO BANCO DO BRASIL?

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL – ANABB

BRASÍLIA, 25 de novembro de 2018

Apesar da promessa de campanha de preservar empresas públicas eficientes e que cumprem insubstituível papel social para o Brasil, e declarações públicas de não privatização do Banco do Brasil; de garantir que os indicados devem ser técnicos, no que concordamos plenamente, e funcionários de carreira do Banco, o Sr. PAULO GUEDES, indicado por Vossa Excelência para o Ministério da Fazenda, acaba de anunciar a indicação, para presidir o Banco do Brasil, de profissional conhecido como consultor vinculado ao mundo das finanças privadas e defensor inconteste das privatizações.
Os números exibidos pelo Banco do Brasil foram resultado de um contínuo processo de transformações.
Iniciada em 1996 e que se cristalizou de forma permanente na cultura interna do BB, esta evolução tem sido marcada pela demonstração da eficiência e da entrega de resultados sólidos e sustentáveis, reconhecidos pelos analistas de mercado e investidores.
Este ajuste vitorioso permitiu ao Banco do Brasil ser considerado, hoje, como lição contra radicalismos: a qualidade do que é público-estatal não deve ser medida pelo tamanho, mas sim pela efetividade.
Ao atuar em um sistema financeiro moderno e altamente competitivo, o Banco do Brasil apresenta hoje desempenho que, além de agradar ao mercado, assegura sólido retorno de dividendos ao Tesouro Nacional, beneficiando, assim, amplamente a sociedade brasileira.
Neste duplo papel — mercadológico e de execução de políticas públicas —, o Banco do Brasil foi estruturado dentro de um modelo de negócios nos quais a privatização de ramos rentáveis — BBDTVM, Cartões, Consórcio, etc. — caso aconteça, vai comprometer estrategicamente a sobrevivência da empresa.
Sem pilares que gerem receita e equilibrem a atuação social do BB, o Governo terá um resultado apenas imediato: o mercado se apropriará de fatias rentáveis e, no longo prazo, a saúde do maior banco do País estará gravemente comprometida.
As medidas anunciadas pelo indicado por Vossa Excelência para a presidência do BB desde já colocam sob ameaça números exuberantes: a geração de valor para a sociedade de R$ 34 bilhões, que movimentam a economia; R$ 3,2 bilhões distribuídos aos acionistas; a presença em 99,6% dos municípios brasileiros; os 65 mil pontos de atendimento; a atuação global em 24 países; a liderança no mercado bancário de R$ 1,47 trilhão em ativos totais; o market share no agronegócio de 58,8%; R$ 686,3 bilhões da carteira de crédito que irrigam toda a cadeia produtiva brasileira.
Contra estas medidas, que foram divulgadas pela mídia, a ANABB, que representa um exército de mais de 200 mil funcionários da ativa e aposentados (alcançando mais de 1,5 milhão de pessoas, se contarmos seus familiares) que ajudaram a construir esse patrimônio brasileiro, bicentenário, lutará incansavelmente em todas as frentes.
Os funcionários do Banco do Brasil são exemplo de solidariedade junto às comunidades onde vivem e emprestam seu voluntarismo para o bem-estar dos que mais necessitam e de toda a sociedade.
Senhor Presidente eleito, em nome dos funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil e da solidez da empresa, que pertence a todos os brasileiros, solicitamos que reveja decisões que — em nome do enxugamento do Estado — vão ferir estruturas e modelos que foram aperfeiçoados ao longo dos anos.
No jargão do futebol, "em time que está ganhando não se mexe".
Não vamos ameaçar pilares que estão sólidos, geram valor para a sociedade e pertencem a todos os brasileiros.
Fazemos este apelo ao Senhor Presidente eleito, JAIR MESSIAS BOLSONARO, desejando-lhe um governo exitoso, pautado pelo equilíbrio, estabilidade das instituições democráticas e bem-estar social, porque, assim, todos os brasileiros serão contemplados.


Denúncia do SpBancários:
BANCO DO BRASIL ENVOLVIDO EM TRANSAÇÃO ESCUSA.
                                   
 
Sem comunicar o mercado, instituição pública controlada pelo governo está em tratativas para entrega de ativo diretamente com empresa interessada, informa jornal.

Redação Spbancarios, com informações do Valor Econômico
Publicado em 23/11/2018 12:04 / Atualizado em 23/11/2018 18:23

O Banco do Brasil está em tratativas com a gigante gestora de recursos americana BlackRock para um negócio envolvendo a BB DTVM, o braço do banco público para gestão de recursos.
As informações foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico.

“Se existe uma negociação, está errado”, afirma MARCEL BARROS, diretor de seguridade da PREVI. 
                                    

“O Banco do Brasil está listado na B3 [Bolsa de Valores].
Então, se há uma negociação em curso, tem de haver uma comunicação ao mercado, porque os acionistas devem saber que o banco tem intenção de abrir o capital de um dos seus ativos.”
“Além disso, se o governo quer vender uma parte do banco, essa entrega tem de ser feita por meio de disputa pública, e não com um único interessado. Mas como a notícia não dá muitos detalhes, não é possível saber o que de fato está ocorrendo”, ressalta o dirigente. 

A natureza das discussões, que ocorreram com mais frequência durante a presidência de PAULO CAFFARELLI, que deixou a instituição no início deste mês, ainda é tratada com elevado grau de sigilo dentro do banco, mas uma fonte a par do assunto revelou ao jornal Valor que envolveria venda de pelo menos parte da subsidiária do banco à gestora.

MARCEL BARROS avalia que, se o governo pretende negociar um dos ativos do Banco do Brasil, essa negociação deve ser feita por meio de IPO (oferta inicial de ações).

“Por isso a notícia preocupa, porque se de fato ela é verdade, o mercado tem que saber. Mas para o Banco do Brasil, como banco público, não é vantajoso, nesse momento, vender uma parte da instituição”, enfatiza MARCEL BARROS.  

A assessoria da estatal, contudo, negou ao Valor qualquer discussão para se desfazer de sua participação na empresa.

Entretanto, outra fonte ouvida pelo jornal confirmou que as discussões, ao longo do ano, trataram de possíveis parcerias e negócios do BB com a BlackRock envolvendo a BB DTVM.

Mas o interlocutor não quis especificar de que natureza teriam sido as conversas.

Questionado pelo Valor, o banco público respondeu que a “BB DTVM mantém parceria com 40 gestoras de recursos e é absolutamente normal, e esperado, que aconteçam reuniões de negócios com frequência”.

“Se essa entrega se confirmar, será mais um passo em direção ao encolhimento do banco público que, no atual governo, continua perdendo capilaridade e ativos, enfraquecendo sua importância”, protesta JOÃO FUKUNAGA,
                                   

secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato e bancário do Banco do Brasil.

sábado, 24 de novembro de 2018

NOVOS TEMPOS


Caros Amigos,

Estou achando que a montagem do governo está sendo feita de forma um tanto atabalhoada.
É muita gente falando ao mesmo tempo.
Paralelamente, acordos com as bases políticas de apoio ao governo que precisam ser feitos,  não o são.
O caso mais flagrante foi o da nomeação do futuro ministro da educação.
E note-se que o novo governo recém-eleito só começa efetivamente a atuar em 2019.
Até lá, ainda estamos sob o Governo Temer.
O lado positivo é que o Presidente MICHEL TEMER
                                   

está colaborando ao máximo com o próximo Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO.
                                    

Na história recente do Brasil, nunca houve uma mudança de governo tão tranquila como essa.
Na área do BB, que nos interessa, o futuro ministro da economia PAULO GUEDES, 
                                 

nomeou como presidente da instituição o economista RUBEM NOVAES,
                                   

que foi seu colega quando estudaram na Universidade de Chicago, considerada o centro universitário mais destacado na defesa do liberalismo econômico no Mundo.
RUBEM NOVAES, é PhD nessa universidade, foi diretor do BNDES, presidente do SEBRAE e é professor da FGV.
Ou seja, é um executivo que reune as qualificações e experiências necessárias para assumir a presidência do BB.
Mas, a despeito de seu preparo, consideramos muito prematura sua afirmação de que a prioridade de sua gestão vai ser   o “enxugamento da máquina” e a “privatização do que for possível”.
Naturalmente, temos de relativizar que foi um discurso de apresentação de quem ainda nem assumiu o cargo e nem se inteirou da complexidade do Banco do Brasil.
Enxugar o que?
Durante o período nefasto de ALDEMIR BENDINE, foram desligados quase 10.000 funcionários e fechou-se 402 agências.
Esse colossal corte, feito com extrema celeridade, e sem o adequado planejamento, deixou resultados deletérios dos quais a instituição, até hoje, não se recuperou.
Quanto à privatização do BB, o Bank of America, “BofA”, consultado, não se interessou pela proposta de associação com o BB,  conforme declarou ALEXANDRE BETTAMIO
                                 

, que é amigo de PAULO GUEDES, e é o chefe do  BofA para a América Latina.  
Os altos executivos do BofA consideraram que uma fusão com o BB seria inviável em razão de diferenças culturais e operacionais entre os dois bancos.
Essa foi a primeira tentativa de mexer no BB.
Virão outras, certamente.
O que pode vir a acontecer será, por óbvio, impactante e causará apreensão e tensão no funcionalismo do BB.
Não há como fugir dessa situação.
Isso faz parte do momento revolucionário que o Brasil está atravessando.
Temos de ser frios, analíticos e estar preparados para mutações.
Isso faz parte da vida.
Positivamente, temos de considerar que o nível de emprego vem crescendo mês a mês, e a  Lava-Jato continua atuante como nunca.
Todo dia tomamos conhecimento de novas operações e somos surpreendidos com novas prisões de criminosos do colarinho branco.
O Brasil vem sendo continuamente sanado e purgado da corrupção que muitos analistas internacionais, pouco atualizados com o que acontece no Brasil,  ainda insistem em dizer que faz parte da índole do país e de seu povo.
Novos grupos internacionais voltam a se interessar por investimentos no Brasil.
A inflação está  sob controle, os juros têm descido e a Bolsa de Valores tem subido.
Então, a expectativa é positiva e o panorama geral da economia e do país , apesar das falhas do Governo Temer, tende a melhorar cada vez mais.
Apesar dos inúmeros desafios que o país terá de enfrentar, o futuro governo está comprometido com a seriedade, com o apoio à Lava-Jato e com a reestruturação e modernização do estado.
Foi com essas premissas que JAIR MESSIAS BOLSONARO  ganhou o apoio da opinião pública e teve uma vitória tão surpreendente e acachapante.
Estão postas  as condições para transformar o Brasil em uma nação dinâmica, próspera, mais justa e com educação e saúde de alto nível.
Por nosso lado, temos de fazer  nossa parte e sermos atuantes e confiantes em um governo que, finalmente, merece ser respeitado.
Dentro desse panorama, transcrevo adiante o excelente artigo “ESTADOS DE ESPÍRITO”, de autoria do Frei BETTO, considerado por muitos um dos ícones da esquerda, mas que prefiro classificar como um humanista, publicado no jornal O GLOBO, em 24.11.2018, à página 27, que aponta  os questionamentos que os cidadãos  se fazem dentro da atual conjuntura brasileira.  

Atenciosamente


ADAÍ ROSEMBAK

Associado da ANABB, AAFBB e ANAPLAB


ESTADOS DE ESPÍRITO
Frei BETTO
                                 
                                                                    
Há momentos em que prefiro Bach, na expectativa de que me antecipe o céu.
Em outros, Tchaikovsky, para que me suscite energias criativas.
Nosso estado de espírito muda com as circunstâncias.
Como reza o Eclesiastes, há tempo para tudo, de destruir e de construir, de chorar e de rir.
Agora, vitoriosos e derrotados na eleição presidencial conhecem tempos distintos.
Passado o pleito, as fissuras abertas no estado de espírito do brasileiro ainda não cicatrizaram.
Relações familiares foram rompidas, amizades se desfizeram, batalhas nas redes sociais se intensificaram.
Conhecida a preferência das urnas, os estados de espírito variam.
Há derrotados que sofrem de melancolia e insônia, afogam-se em inquietações e lamúrias.
Os mais politizados afirmam que é hora de o PT fazer autocrítica e se reinventar.
Mas há quem insista que não há do que se arrepender; os acertos do partido teriam sido maiores que os erros.
E há ainda os que estão convencidos de que o PT acabou, ainda que tenha elegido a maior bancada da Câmara dos Deputados e quatro governadores.
Do lado vitorioso, o estado de espírito varia da euforia desaforada, ao fazer eco ao eleito de que é hora de passar o trator na oposição, ao receio de que o novo governo não corresponda à expectativa criada.
Depositou-se o voto na caixa de Pandora sem saber o que ela contém.
A democracia será aprimorada ou a censura estará de volta?
A Escola sem Partido criará um clima de terror nas salas de aula?
Sérgio Moro fez bem ao se deixar picar pela mosca azul?
O Brasil haverá de superar a recessão, retomar o crescimento e reduzir o desemprego?
Eleitores de um e de outro lado têm um sentimento comum: medo.
Não do mesmo tipo.
O dos antibolsonaristas é o de que vândalos antipetistas aprofundem o clima de intolerância e ameacem direitos constitucionais, como a liberdade de expressão.
Do lado da situação, o medo é ver tamanha esperança precocemente abortada.  
Desavenças na equipe de governo, nomeação de políticos acusados de corrupção, atropelos entre os poderes e dificuldade de aprovar as reformas.
Medo de ser feliz à custa do encolhimento dos direitos e do espaço democrático.
A eleição deste ano representou o canto do cisne da Nova República.
Ninguém sabe o que virá.
O programa de governo apresentado é superficial.
Prefere apontar prioridades, como a reforma da Previdência, o combate ao crime organizado e o equilíbrio das contas públicas.
Mas como fazê-los?, eis o dilema.
Na reforma da Previdência, haverá quem seja poupado, como os militares? No combate ao crime a prioridade é prender bandidos ou erradicar as causas que favorecem o narcotráfico, o comércio ilegal de armas e as penitenciárias como centrais do crime?
E na questão fiscal, mais cortes, mais contingenciamentos e privatizações ou o Estado como indutor do desenvolvimento e da criação de empregos?
E como fica o atendimento à saúde?
Quando serão substituídos os médicos cubanos, sobretudo nos 3.228 municípios assistidos exclusivamente pelos cubanos?
“Não se faz omelete sem quebrar os ovos”, diz o ditado. Que ovos serão quebrados?
E quem comerá a omelete?
Dos 208 milhões de brasileiros, mais de 100 milhões sobrevivem com menos de R$ 954,00 (valor do salário mínimo) por mês.
Destes, 52 milhões estão abaixo da linha da pobreza, ou seja, sobrevivem com menos de R$ 547,20/mês.
Isso significa que 90% dos brasileiros ganham, por mês, muito menos que o auxílio-moradia dos juízes, que é de R$ 4.378,00.
Ora, o Brasil não terá futuro e o estado de espírito do brasileiro não haverá de melhorar enquanto o problema número 1 do país não for decididamente atacado: a desigualdade social.
Só os cínicos e os ególatras conseguem aparentar felicidade com tanta infelicidade em volta.
Frei BETTO