Caros Amigos,
Enquanto não se resolve
esse angu de caroço, que é a eterna discussão sobre a sustentabilidade da CASSI, somos surpreendidos
com pequenas notas em fundo de páginas
de jornais, em que são mostradas discussões, indecisões, afirmativas e
desmentidos, entre membros do alto
escalão do Governo, que vão mexer com o
futuro de todos os componentes de nossa categoria, aí incluídos funcionários da
ativa do BB, beneficiários da PREVI, associados da CASSI, familiares e dependentes.
Adiante, segue a nota “Futuro
ministro quer BB em mãos privadas”, de autoria da jornalista Vanessa Adachi, no
jornal Valor Econômico, de 08.11.2018, ao fim da página A9.
Confesso que senti um
certo mal-estar, não só pela insegurança em relação ao futuro que nos aguarda,
como pela falta de realismo, e diria até desinteresse, em nosso meio, em relação
a assunto tão vital para nossa classe.
É como se caminhássemos
para o cadafalso com a mesma tranquilidade com que iríamos para um piquenique no
campo.
Lamento ser tão realista,
mas essa e a visão que tenho quando vejo associados da CASSI criarem tantos
questionamentos em relação a filigranas sobre detalhes de menor importância da CASSI, enquanto problemas de muito maior envergadura
e gravidade nos ameaçam, e nem os
notamos.
À vossa reflexão.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB,
ANABB e ANAPLAB
FUTURO MINISTRO QUER BB
EM MÃOS PRIVADAS.
Vanessa Adachi.
O futuro superministro
da Economia, PAULO GUEDES,
deixou transparecer ontem seu viés privatizante para o Banco do Brasil, embora o presidente eleito JAIR BOLSONARO
já tenha colocado o banco federal na lista de estatais que não tem intenção de privatizar.
deixou transparecer ontem seu viés privatizante para o Banco do Brasil, embora o presidente eleito JAIR BOLSONARO
já tenha colocado o banco federal na lista de estatais que não tem intenção de privatizar.
No início da tarde de
ontem, o site “Poder 360” informou que uma das ideias de GUEDES seria propor
uma associação do BB com o maior banco americano, o Bank of America.
A informação foi
replicada mais tarde por outro site, “O Antagonista”.
Em uma nota, o segundo
site informou que GUEDES entrara em contato para esclarecer que uma eventual
fusão do BB com o BofA era uma “ideia para o futuro” e que não há “nada na mesa”.
Segundo GUEDES o comentário
havia sido feito em caráter pessoal com ALEXANDRE BETTAMIO, de quem é amigo.
O
brasileiro BETTAMIO é o chefe do BofA para a América Latina e mora em Nova
York.
Segundo o VALOR apurou,
a conversa entre os dois versou sobre temas variados, como a reforma da
Previdência e, no meio dela, GUEDES teria comentado de forma genérica que seria
muito bom se, no futuro, um banco estrangeiro como o BofA pudesse vir para o
Brasil para se juntar ao BB.
A troca de ideias sobre o assunto não teria ido
além desse comentário.
Na sede do Bank of America, as notícias sobre uma
eventual fusão com o Banco do Brasil causaram enorme surpresa.
Há uma avaliação na
instituição americana de que uma fusão com um banco público como o BB seria
inviável, dadas as diferenças culturais e operacionais.
Quanto a aquisições de controle,
bancos americanos têm sido muito restritivos, por causa das grandes exigências
de capital impostas pela regulação bancária.
Além disso, o banco
americano acredita que o varejo bancário do futuro é digital, o que tornaria
mínimas as chances de haver interesse em empenhar capital para compra do BB.
Independentemente da
viabilidade de uma transação com o BofA, o episódio deixa claro que o futuro
ministro gostaria de ver o BB em mãos estrangeiras, para, entre outras coisas,
aumentar a competição no concentrado mercado bancário brasileiro.
GUEDES aproximou-se de ALEXANDRE
BETTAMIO por ter sido seu cliente por muitos anos.
O executivo do BofA tem
colaborado com ideias para o programa de governo de Bolsonaro e chegou a ser
convidado por GUEDES para presidir o BB, mas declinou, alegando razões pessoais.
Hoje o BofA já tem uma
operação relevante de banco de atacado no país, mas não atua no varejo, o forte
do BB.
Adaí,
ResponderExcluirNunca comentei seus escritos mas, agora, não tem como. Preocupação maior é que até agora não surgiu nenhum desmentido. No blog do Ari escrevi várias vezes sobre esse perigo. Agora aguentem. ricardo
Caro Ricardo,
ExcluirVocê tem razão.
Também já havia antecipado esse problema.
Agora vão ter de correr.
Não tem como fugir da atual situação falimentar da CASSI.
Abraços
Adaí Rosembak
Será que o Bolsonaro vai deixar o Guedes fazer isso?
ResponderExcluirAcho difícil...
Caro Anônimo,
ExcluirTenho minhas dúvidas.
Olhando friamente, reduziram o poder do BB a um banco de mercado.
Não sei se é muito difícil o Guedes convencer o Bolsonaro.
Só nos resta esperar.
Abraços
Adaí Rosembak
Tem gente que não perdeu a mania de conversar muito...
ResponderExcluirCara Angela Paes,
ExcluirNa política, conversar e saber conversar é fundamental.
E quando digo saber conversar é saber tirar objetivos concretos das conversas.
Isso é o que falta.
Abraços
Adaí Rosembak
Bolsonaro vai ser a rainha da Inglaterra no Brasil.
ResponderExcluirCaro Maurício,
ExcluirNa minha opinião ele está mais para Trump do que para a Rainha da Inglaterra.
Vamos ver se saímos vivos dessa peleja.
Abraços
Adaí Rosembak
Amigo,
ResponderExcluirOu esse assunto da CASSI se resolve ou vamos entrar em uma gelada. O BB não vai ceder.
Caro Anônimo,
ExcluirEstive refletindo e acho que a CASSI não pode e não vai quebrar, principalmente com Bolsonaro.
Isso seria muito mal para a imagem do Governo.
O BB pode não ceder em relação à Resolução CGPAR 23 mas pode arrumar alguma forma criativa de ajudar a CASSI.
Mas a atual administração da CASSI vai permanecer e reformas estruturais serão feitas.
Abraços
Adaí Rosembak
Ilustre blogueiro,
ResponderExcluirEssa notícia é importante. Se não foi o Bank of America a comprar o BB, poderá ser outro.
E aí como ficam a PREVI e a CASSI? nÃO SEI SE QUEM VENHA ASSUMIR O bb SERÁ OBRIGADO A ASSUMIR A cassi. aLIÁS, NÃO VEJO NINGUÉM OBRIGADO A ISSO.
Caro Anônimo,
ExcluirNão se antecipe em perspectivas incertas.
Ser futurólogo em economia já desmoralizou muito economista de alto calibre.
Quanto à CASSI acho que, de uma forma ou outra, ela vai sobreviver.
Abraços
Adaí Rosembak
Será que seria o pior dos mundos, para os aposentados & pensionistas do "PB-1", caso se confirmasse a privatização do patrocinador? Com certeza, imagino, não seríamos assaltados tal qual ocorreu em 2008 quando da edição da malfadada resolução 26. A Valia, fundo de pensão dos funcionários da Vale do Rio Doce, empresa hoje privatizada, cujo capital tem participação da Previ, via Litel, não sofreu com as consequências causadas pela edição da resolução 26. Pelo contrário, o tratamento dispensado aos associados é bem diferente de uma empresa que possui patrocinador estatal.
ResponderExcluirCaro Jorge Teixeira,
ExcluirJá me fiz essa pergunta.
O BB tem sido uma máquina bem azeitada e eficiente apesar de ser uma instituição.
A governança funciona.
O BB tem metas e as cumpre.
Para ser breve, somos eficientes e lucrativos.
Então volto a me perguntar, como você o faz: Poderia a participação nos lucros ser maior para os funcionários? Por outro lado, a Resolução 26 não nos garfaria novamente.
Suas teses procedem.
Parabéns!!
Abraços
Adaí Rosembak