Caros Amigos,
O Brasil está entrando em
uma nova fase de sua vida econômica, social e política.
O calor das eleições e
o radicalismo político já são coisas do
passado.
A tarefa mais árdua, mais
abrangente e sem tempo previsto para terminar, começa efetivamente com a posse do
Presidente eleito JAIR MESSIAS BOSONARO, em 2019.
Agora estão sendo
dados os primeiros passos com a organização da máquina governamental.
O país não pode parar e
as mudanças ocorrerão dentro do bordão “trocar a roda do carro com o veículo em
movimento”, comumente usado por políticos.
E assim será feito. E
não vai ser só a roda do carro que vai ser trocada, mas o carro inteiro vai ser
mexido.
Todas as estruturas da
sociedade serão mudadas.
A ideologia do
marxismo-leninismo, que foi implantada e implodida no século passado, cujo
maior exemplo foi a ex-URSS, espraiou-se ao redor do Mundo, e ainda continua impregnada
em diversos nichos da sociedade.
No Brasil, as instituições
seguidoras do marxismo-leninismo foram o PT, outros partidos e movimentos menores
radicais da esquerda, mas não menos deletérios e violentos.
A exemplo, citamos o
MST, o MTST, o PSOL, o PSTU, o PCdoB e
outros.
Ainda temos diversas outras
categorias que, além de seguirem esses princípios ultrapassados, também vivem
às custas dos impostos pagos por toda a sociedade.
Como exemplo, citamos a
classe artística que se ampara na chamada Lei Rouanet, que concede benefícios à
categoria artística à custa de isenção de impostos de grupos privados.
A ilicitude campeia
nessa área.
Outro exemplo são
universidades federais e estaduais gratuitas que também vivem de nossos
impostos e, paradoxalmente, atendem às categorias mais abastadas da sociedade.
Sim, porque os pobres
trabalham de dia e, à noite, estudam em universidades particulares pagas.
Ao longo do tempo, inchou-se
a máquina pública com milhões de apadrinhados políticos, o que a tornou lenta, pesada,
complexa, ineficiente e corrupta.
Seguidos governos
petistas criaram uma gigantesca, ineficiente, corrupta e diversificada rede de
assistência social em diversas áreas, que só serviu para viciar a população a
sobreviver com esmolas governamentais, em lugar dos governos propiciarem efetivas
condições para a atuação da iniciativa privada que traria dinheiro, criatividade,
dinamismo e modernização, criando milhões de empregos condignos.
Criou-se um sistema de
isenções de impostos para grupos privados para incentivar o crescimento
industrial. Essa decisão não propiciou crescimento industrial nenhum e incentivou
a corrupção nessa área.
Por conta desse
desfalque, em 2015, no Governo de DILMA ROUSSEFF, o Governo Federal abriu mão
de R$ 40 bilhões em receitas da Previdência Social, por conta de renúncias de
impostos, concedidas a micros e pequenas empresas, entidades filantrópicas e
exportadores agrícolas.
Sem essas isenções, o
rombo da Previdência cairia pela metade.
Criaram-se esquemas de
propina criminosos dentro das empresas estatais, fundos de pensão e outras
áreas da sociedade, que empobreceu a população e levou muitas empresas estatais
a um estado falimentar.
A Petrobrás é o exemplo
mais claro dessa corrupção desenfreada.
O Estado foi saqueado e
a população está de joelhos.
Tudo isso agora é coisa
do passado, é página virada.
Mas os efeitos
deletérios demandarão muitos anos para serem sanados.
Não será em 4 anos que
o país mudará.
Isso é tarefa para uma
geração.
Serão mudanças de toda
ordem, nas áreas econômica, financeira, social, política, jurídica e, no que
considero a mais difícil, a mudança de mentalidade do povo como um todo.
Só com esse
comprometimento construiremos um novo país.
É fundamental que a
oposição se conscientize da profundidade das mudanças que ocorrem no Brasil e
também em nível internacional, para que
possa assumir o papel de uma oposição responsável comprometida com a democracia
e com o bem-estar do povo e com o progresso do Brasil, e não seguidora de ideologias superadas pela realidade da
história.
A propósito da vitória
de JAIR MESSIAS BOLSONARO que, efetivamente, foi o primeiro passo dessa mudança,
transcrevo adiante o excelente e bem abalizado artigo “O TRIUNFO DO
BOLSONARISMO”, de autoria de JAIRO NICOLAU, cientista político e professor da
UFRJ, publicado na Revista PIAUÍ, edição 146, de novembro de 2018.
Boa Leitura !!!!
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB,
ANABB e ANAPLAB
“O TRIUNFO DO
BOLSONARISMO”
No sábado, véspera do primeiro turno das eleições, fui a uma festa de
família em Nova Friburgo, minha cidade natal. Durante o dia, no inevitável
passeio pela avenida principal da cidade, deu para perceber os sinais de
campanha presidencial, o que não tinha ocorrido em nenhum momento no Rio de
Janeiro: dezenas de cabos eleitorais balançando bandeiras, muita gente vestindo
a camisa amarela com a foto de Bolsonaro estampada.
Em conversa com familiares, comecei a dimensionar a
força do bolsonarismo na cidade.
No grupo de 25 pessoas que jogam vôlei com a minha irmã, apenas ela e
mais três disseram que não votariam no candidato do PSL; no grupo de vinte que
jogam a tradicional pelada de fim de semana com o meu cunhado, apenas ele e
mais quatro não iam votar em Bolsonaro.
O mais inesperado foi ouvir relatos sobre antigos colegas de colégio,
figuras silenciosas e discretas, que tinham se transformado em virulentos
defensores de Bolsonaro nas redes sociais.
Adotando uma “tática de enxame”, eles se especializaram em, conjuntamente,
atacar páginas do Facebook de amigos que postassem qualquer crítica ao capitão.
Friburgo é uma cidade conservadora, mas saí de lá com a sensação de que
Bolsonaro estava muito mais forte do que eu imaginava.
De volta ao Rio, ao votar no primeiro turno, encontrei uma situação
muito mais equilibrada.
Meu passatempo, durante a longa espera, foi tentar identificar o voto
dos eleitores das filas vizinhas.
Alguns, atendendo ao pedido da campanha de Bolsonaro, chegaram com a
camisa da Seleção brasileira.
Vi muitos com adesivos de candidatos do PSOL e de Ciro Gomes.
Será que as urnas em geral estariam mais próximas da maré bolsonarista
vista em Friburgo ou do cenário mais equilibrado das filas de uma escola de
Botafogo?
Já faz alguns anos que não ligo a tevê para acompanhar a apuração.
Prefiro baixar o programa do TSE e abrir o site de um grande jornal,
navegando conforme as minhas escolhas.
Esse ano, porém, como os resultados demoravam a aparecer, resolvi seguir
as previsões feitas pelas pesquisas de boca de urna.
À medida que os resultados eram divulgados nos jornais televisivos e
outros eram compartilhados via WhatsApp por amigos que estudam eleições, mais
estupefato eu ficava.
No Rio de Janeiro, o juiz Wilson Witzel, candidato apoiado pela família
Bolsonaro, chegava em primeiro lugar, desbancando Eduardo Paes, líder em todas
as pesquisas que foram publicadas desde o começo do ano. Imediatamente, recebo
mensagens de toda a parte.
Quem é esse juiz?
Em Minas Gerais, os petistas sonharam com o crescimento do candidato do
Novo, um empresário chamado Romeu Zema.
Mas não imaginavam que ele tirasse o governador Fernando Pimentel da
disputa no segundo turno.
A sensação de que essa era uma eleição de ruptura com a velha ordem
partidária ficou clara quando apareceram os dados para o Senado de Minas, com a
ex-presidente Dilma amargando o quarto lugar.
Era isso mesmo? Sim.
Uma ex-presidente vitoriosa em quatro turnos naquele estado estava atrás
de outros três concorrentes.
Os resultados da noite deixaram os analistas de política sem adjetivos.
O uso de analogias climáticas, embora meio desgastado depois de anos de
crise (quem não se lembra da “tempestade perfeita”?), foi a opção. Estávamos
diante de um “tsunami” eleitoral, do “furacão” Bolsonaro, da “avalanche” de
votos do PSL.
Restava falar da velha ordem política também com imagens de destruição.
O sistema partidário estaria “em escombros”, “em ruínas”, teria vindo ao
chão diante de uma “hecatombe” de renovação.
Afinal, quais eram as bases do sistema partidário que teria sido
destruído no primeiro turno do pleito de 2018?
Vale a pena voltar no tempo e lembrar a grande instabilidade que marcou
a primeira década da vida partidária após a redemocratização.
Cinco partidos foram fundados ainda no regime militar: PDS, PMDB, PT,
PDT e PTB. Entre 1985 e 1994, nada menos do que 68 partidos foram organizados e
disputaram pelo menos uma eleição. Dentre esses, destacam-se o PFL, o PSDB, o
PL, o PCdoB, o PSB e o PRN.
Mais do que pelo grande número de legendas, o período foi caracterizado
pela crise que afetou os partidos tradicionais.
Nas eleições presidenciais de 1989, os candidatos do PMDB e PFL – os
dois partidos responsáveis pela vitória na eleição de Tancredo Neves no Colégio
Eleitoral – tiveram um desempenho pífio.
Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte que encerrara
seu trabalho um ano antes da eleição, obteve 4,7% dos votos. Aureliano Chaves,
ex-vice-presidente da República, alcançou apenas 0,9%.
A vitória de Fernando Collor pelo PRN, legenda à qual se filiou apenas
para concorrer à Presidência, e o subsequente governo de Itamar Franco,
presidente que se desfiliou do PRN e governou sem estar vinculado a nenhuma
legenda, ilustram bem o quadro de crise do sistema partidário nos primeiros
anos da década de 90.
Podemos definir o ano de 1994 como o início do sistema partidário com
características mais ou menos estáveis, que perduraria por duas décadas até as
eleições de 2014.
Destaco três principais características desse sistema.
A primeira delas é a polarização entre PT e PSDB na disputa
presidencial.
Os dois partidos chegaram em primeiro ou em segundo lugar em todos os
dez turnos disputados entre 1994 e 2014. Nas duas eleições em que o PSDB venceu
no primeiro turno (1994 e 1998), o PT chegou em segundo lugar. Nos oito turnos
em que o PT venceu (2002, 2006, 2010 e 2014), o PSDB chegou em segundo lugar.
A segunda característica é o papel central do PT no sistema partidário.
Será difícil para os historiadores do futuro não chamarem esses vinte anos de
“era do PT”.
O partido ficou à frente da Presidência por mais tempo do que qualquer
outro na história da República.
Mesmo durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o PT conseguiu ser um
ator relevante, comandando uma combativa oposição.
Para além do sucesso eleitoral, um aspecto que sempre chamou a atenção
no PT foi a sua capacidade de organização.
Enquanto os outros partidos mantiveram uma estrutura organizacional
tênue, com baixo envolvimento dos filiados em suas atividades, o PT inovou ao
apostar em uma estrutura capaz de mobilizar milhares de quadros para as suas
fileiras.
Os cientistas políticos David Samuels e Cesar
Zucco, no livro Partisans, Antipartisans and Nonpartisans: Voting
Behavior in Brazil(2018), mostraram como a divisão PT/anti-PT foi
importante na escolha dos eleitores. Caso raro, o principal concorrente do PT
não foi outro partido, mas um sentimento genérico com nome próprio:
antipetismo.
Uma terceira característica do sistema partidário brasileiro é a
fragmentação. Contrastando com a disputa concentrada para a Presidência, o
quadro no Congresso Nacional é de alta pulverização, tendência que vem se
aprofundando desde os anos 90.
Para se ter uma ideia dessa dispersão: em 1994, as quatro legendas mais
importantes (PSDB, PMDB, DEM e PT) tinham, juntas, 308 cadeiras na Câmara dos
Deputados; em 2014, passaram a deter apenas 210.
A predominância dos quatro partidos não é por acaso.
PT e PSDB controlaram a Presidência, enquanto o PMDB (depois MDB) e o
PFL (depois DEM) foram centrais no controle do Congresso Nacional.
Depois da perplexidade com os resultados de boca de urna do primeiro
turno divulgados pela televisão, voltei ao computador para analisar os dados
oficiais da apuração.
Ao abrir os resultados de deputado federal do Rio
de Janeiro me dei conta que o sucesso de Bolsonaro tinha transbordado para os
cargos proporcionais.
Quem é esse Hélio Lopes que chegou em primeiro entre os candidatos a
deputado federal, elegendo-se com 345 mil votos, à frente de Marcelo Freixo?
Encontro na internet a foto de Lopes. Lembro que recebi um santinho dele. Dias
depois, me atualizo.
Chamado por Bolsonaro de “Hélio Negão”, ele é subtenente do Exército e
tentou ser vereador em Nova Iguaçu em 2016, quando recebeu 480 votos. Nas
estatísticas não será considerado como um político que tenta um cargo pela
primeira vez.
Numa eleição de tantas surpresas, nada foi mais espantoso do que a
votação obtida pelo Partido Social Liberal para a Câmara dos Deputados.
O partido obteve 11,3% dos votos e 10,1% das cadeiras.
Havia conseguido eleger apenas um deputado federal nas quatro das cinco
eleições que disputou antes de 2018. Era um dos partidos a serem barrados pela
cláusula de desempenho.
A filiação de Bolsonaro e de seus seguidores ao PSL, em março desse ano,
mudou inteiramente a sorte da legenda.
O PSL foi o partido que teve o maior crescimento desde as eleições de
1990, quando é possível comparar com a primeira eleição do regime democrático,
em 1986.
Em 1990, o PRN do então presidente Collor obteve 8,3% dos votos,
enquanto o estreante PSDB recebeu 8,7%.
Ambos já contavam com um grande número de deputados e tinham o apoio de
importantes lideranças regionais.
Outra característica singular do PSL é o grande número de eleitos que
disputam um cargo pela primeira vez.
Dos 52 deputados federais eleitos, trinta nunca haviam concorrido.
Nunca um partido elegeu tantos novatos como o PSL.
Guardadas as proporções, é um fenômeno semelhante ao da ascensão do
partido do presidente francês Emmanuel Macron (La République en Marche!) e do
Movimento 5 Estrelas, na Itália; são novos partidos que levam dúzias de
cidadãos sem experiência prévia aos legislativos nacionais.
Os diversos perfis da bancada do PSL feitos pela imprensa destacam a sua
heterogeneidade.
O que os une, além da admiração por Bolsonaro, é o fato de se
posicionarem na extrema direita do espectro partidário.
Só no fim da noite de domingo do primeiro turno da eleição, quando já
era possível estimar o tamanho das bancadas de cada partido, me dei conta de
algo surpreendente: os eleitores haviam criado o maior partido de extrema
direita da história das eleições brasileiras.
Quando teria começado a ruína dos partidos e de parte da tradicional
elite política do país?
Não são poucos os analistas que atribuem a origem
de tudo às manifestações que varreram o país em 2013.
O forte conteúdo antipolítica dos protestos teria
ajudado a minar a confiança da população no sistema representativo.
Além de pedir aos manifestantes que não usassem camisas com símbolos
partidários e promover a queima da bandeira dos partidos, os protestos lançaram
alguns bordões que expressam uma visão realmente negativa da política.
“Partidos não” e “Não me representa” eram palavras de ordem reiteradas
inúmeras vezes quando as pessoas se aproximavam da Câmara Municipal ou da
Assembleia Legislativa.
É difícil dimensionar se 2013 teve um efeito mais duradouro sobre a
avaliação dos brasileiros acerca dos seus representantes.
O fato é que nas eleições do ano seguinte o impacto não foi perceptível.
As pesquisas de opinião não indicaram um aumento da desconfiança em relação às
instituições e aos partidos.
A taxa de abstenção continuou praticamente a mesma da eleição anterior.
Fora do padrão, apenas um aumento dos votos nulos e em branco para
deputado federal, particularmente nos estados do Rio e de São Paulo.
Somente uma força externa muito poderosa poderia abalar um sistema de
partidos estruturado em duas décadas de competição política, com diversos
mecanismos de autoproteção.
A Operação Lava Jato cumpriu esse papel.
As investigações afetaram diversas legendas, mas sobretudo as três mais
importantes: PT, PSDB e MDB.
O PT teve vários de seus dirigentes presos e investigados, entre eles o
ex-presidente Lula.
Os principais dirigentes investigados do MDB tinham foro privilegiado
(eram senadores e deputados), mas o que se viu na maior seção do partido, a do
Rio de Janeiro, com a prisão de Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e Jorge Picciani,
foi suficiente para fazer um estrago sem precedentes na legenda.
Vários dirigentes do PSDB investigados também se beneficiaram do foro
privilegiado, mas a revelação das conversas de Aécio Neves com o empresário
Joesley Batista também amplificou muito a rejeição ao partido.
Olhando para trás e relembrando a maré de denúncias contra a elite
política que circulou entre 2015 e 2018, percebo como os analistas subestimaram
os efeitos da Lava Jato.
A operação mudou o patamar de rejeição em relação aos principais
partidos.
Todos foram igualados por participarem sem pudor de gigantescos esquemas
de corrupção.
Até o começo do horário eleitoral, a visão dominante dos cientistas
políticos sobre as eleições de 2018 era a de que repetiria os padrões dos
pleitos anteriores.
Eles acreditavam que: a disputa pela Presidência se
daria novamente entre PT e PSDB; a renovação parlamentar seria baixa; e o trio
PSDB/PT/MDB continuaria dominando a política brasileira.
O argumento dos que defendiam a tese de que “essa eleição é igual às
últimas” baseava-se em duas premissas. Primeiro, a importância que a estrutura
partidária e a montagem das coalizões de apoio nos estados havia tido em
pleitos anteriores.
Segundo, a nova legislação eleitoral, que concentrou o tempo de
propaganda eleitoral e o dinheiro do fundo eleitoral nos grandes partidos;
juntos, MDB, PSDB, PT e PP ficaram com 44% do dinheiro.
A mesma visão parece ter orientado as ações dos dirigentes partidários.
O PSDB optou por lançar Geraldo Alckmin, uma liderança tradicional, que
já havia sido candidato à Presidência.
O ex-governador de São Paulo, mais do que qualquer um dos nomes
ventilados pelo partido, tinha a cara da velha política.
O PSDB teve como prioridade a montagem de palanques estaduais e o apoio
dos partidos para conquistar o que havia sido o melhor ativo de outras
eleições: o tempo de propaganda na tevê.
A estratégia do PT também mirou o passado.
A ideia parecia simples.
Lula liderava as pesquisas com enorme vantagem.
O que, por si só, seria uma evidência de que o eleitorado queria uma
nova edição da época de ouro dos governos petistas.
Como as pesquisas mostravam que um número expressivo de eleitores
estaria disposto a votar em um nome indicado por Lula, a equação estava
fechada. Confiando na força do ex-presidente e na teoria de transferência de
votos, o PT se deu ao luxo de fazer a mais estreita coalizão eleitoral desde
1989. Só conseguiu o apoio do PCdoB – que retirou a candidatura de Manuela
D’Ávila à Presidência – e do PROS.
Nada, porém, supera a crença dos partidos na manutenção da velha ordem
do que o comportamento dos partidos do centrão (DEM, PP, PR, PRB e
Solidariedade).
É interessante lembrar que alguns deles haviam sido sondados pelo PT e
outros pela candidatura de Ciro Gomes. Bolsonaro gostaria de ter o senador
Magno Malta como seu vice, mas o PR não aceitou.
Depois de semanas de negociação, os partidos resolveram apoiar qual
candidato? Geraldo Alckmin.
PT e PSDB se prepararam para enfrentar um ao outro.
Nenhum dos dois acreditava no fenômeno Bolsonaro.
No último debate do primeiro turno na Rede Globo, a certa altura Alckmin
escolheu Haddad para responder uma de suas perguntas.
Durante minutos os dois falaram como se estivessem em 2014.
Enquanto isso, Bolsonaro concedia uma entrevista nos seus termos à Rede
Record do bispo Edir Macedo.
Fui mais cético que meus colegas de ofício sobre a possibilidade de que a
eleição de 2018 repetisse o padrão das eleições anteriores.
Minha desconfiança se devia a duas razões.
A primeira, mais genérica, pode ser resumida no
sentimento de que, depois de três anos de crise política, dificilmente as
estruturas do sistema partidário não sairiam abaladas. Lembro-me de uma
conversa com a cientista política Maria Hermínia Tavares de Almeida, que também
compartilhava do meu ceticismo, em que ela fez a pergunta definitiva: “Depois
de tudo que aconteceu nesses anos, as eleições não vão mudar nada?”
A segunda razão é que venho há anos acompanhando a movimentação do
candidato Bolsonaro.
Por intermédio de um amigo que compartilha o material do candidato,
assisti aos seus vídeos postados nas redes sociais, e os mais impressionantes
deles mostravam o acolhimento efusivo que recebia de seus seguidores pelos
aeroportos do país.
Mas, apesar de não desprezar a força de Bolsonaro, minha expectativa
sobre o que seria a eleição presidencial se revelaria totalmente equivocada.
Consulto os slides de uma apresentação que fiz em março deste ano sobre o tema.
Estimava que Bolsonaro teria algo em torno de 15% a 20% dos votos.
Minha aposta era que cinco candidatos (Marina, Alckmin, Ciro, Bolsonaro
e o candidato do PT) disputariam entre si as duas vagas para o segundo turno;
todos eles com potencial de votação semelhante, entre 10% e 20% dos votos.
Uma pessoa cujo nome não lembro e que compartilhava de avaliação
semelhante chegou a propor um número mágico: nesse cenário, o candidato que
tivesse 17% dos votos passaria para o segundo turno.
Meu equívoco maior se deu quando projetava os resultados do segundo
turno.
Mais de uma vez, fui perguntado em debates e aulas sobre as chances de
Bolsonaro vencer as eleições.
Na resposta, sempre me lembrava do caso francês.
Bolsonaro é candidato de um segmento específico do eleitorado, é um
candidato de nicho, que lembra o desempenho do partido de extrema direita da
França.
Lá, a Frente Nacional consegue até chegar ao segundo turno, mas todas as
forças do espectro político (da direita republicana à esquerda comunista) se
juntam contra o partido, que é sempre derrotado.
Não me lembro, mas provavelmente devo ter dito uma frase que muitos
falavam em meados do ano: “O candidato do PSL será derrotado por qualquer um no
segundo turno.”
Bolsonaro saiu do nicho.
Esse é o fenômeno mais impressionante da campanha
presidencial de 2018 e será o tema incontornável dos estudos sobre o
comportamento político no Brasil nos próximos anos.
Como um candidato com uma história tão à direita no espectro político,
com dezenas de vídeos em que revela seu racismo, sua homofobia e seu menosprezo
pelas mulheres, foi capaz de conquistar uma parcela tão expressiva de eleitores
de alta renda e alta escolaridade?
Fui a São Paulo em junho e percebi que Bolsonaro já era o preferido dos motoristas
de Uber e dos trabalhadores do hotel onde me hospedei.
Em setembro, em nova viagem, soube que a comunidade judaica o apoiava em
peso.
O mesmo acontecia com a elite da cidade, outrora eleitora do PSDB.
O mais impressionante é que uma grande parte do eleitorado passou a
apoiar Bolsonaro sem conhecer minimamente suas ideias.
Recolhido no hospital ou em casa desde o atentado que sofreu em 6 de
setembro, Bolsonaro compareceu somente aos dois primeiros debates da campanha.
Sem dispor de tempo no horário eleitoral gratuito, também não detalhou
nenhum dos seus projetos para o país.
Minha impressão é que seus eleitores, ao votarem nele, imaginam escolher
uma espécie de João Doria nacional.
Outra hipótese, mais óbvia mas não menos intrigante, é a que vê no antipetismo
uma razão forte para Bolsonaro ter saído de seu nicho.
A maré bolsonarista deveria menos aos méritos do candidato do que a uma
força inercial da opinião pública.
Dito de outro modo, qualquer candidato que disputasse contra o PT
acabaria vencendo.
Usei o adjetivo “intrigante” no parágrafo acima por uma razão muito
simples.
Onde estava o antipetismo tão visceral que ninguém foi capaz de
dimensioná-lo?
Aos olhos de agora, parece que todo mundo já sabia da força do
antipetismo, mas nenhuma pesquisa de opinião feita antes de a campanha começar
foi capaz de capturá-lo.
Ao contrário, as pesquisas mostravam que Lula reerguia o petismo e que o
partido já recuperava seu tamanho como legenda preferida do país.
Havia inclusive uma hipótese para explicar a força do petismo: “O
governo Temer e a prisão do Lula teriam ressuscitado o PT.”
Estudos sobre o desenrolar da campanha eleitoral de 2018,
particularmente sobre o papel das redes sociais, devem mostrar a evolução do
antipetismo.
Meu palpite é que tanto a ampliação do antipetismo, como a mudança de
patamar desse sentimento (de um estágio relativamente leve para um visceral)
deve-se à eficácia do que chamarei, na falta de expressão melhor, de máquina de
propaganda da campanha de Bolsonaro.
As eleições para prefeito do Rio de Janeiro em outubro de 2016 e a greve
dos caminhoneiros, em maio de 2018, mostraram a força de uma nova forma de
comunicação e mobilização social: o WhatsApp.
Falo especificamente desse instrumento porque ele é realmente uma
inflexão na forma de os brasileiros se comunicarem.
De novo, não tenho estudos, mas posso observar na minha rotina que o
WhatsApp é o grande responsável pela inclusão de milhões de cidadãos de baixa
renda e baixa escolaridade na era digital.
Somente a comunicação via redes sociais, cultivada nos últimos anos no
país, poderia explicar a força e a rapidez com que as ondas de opinião se
propagaram nessas eleições.
Antes, velhas ondas de campanha demoravam dias para se formar e
precisavam do “boca a boca” para se propagar.
Agora, a propagação da informação faz-se de maneira veloz, em escala
geométrica – como provavelmente ocorreu na impressionante campanha que levou o
juiz Witzel a saltar de um dígito nas pesquisas feitas na quarta-feira antes da
eleição para 41% dos votos válidos no primeiro turno.
A campanha também foi invadida por uma onda
de fake news.
Assisti a dezenas de vídeos, quase todos
pró-Bolsonaro, com montagens toscas, adulterações de fatos e estatísticas
inventadas.
A Justiça Eleitoral não se preparou para lidar com
o fenômeno.
Diferentemente do que tinha feito em outras
eleições, quando controlava os desvios e agressões da propaganda de rádio e
televisão, nesse ano o silêncio foi a sua tônica.
Mas nem tudo foi fake news. Depoimentos
e trechos de eventos foram difundidos com eficácia pela campanha do PSL.
Ouvi pastores e lideranças empresariais pedirem
voto para o Bolsonaro.
Vi compararem algumas propostas do candidato com as
do PT.
Acabo de assistir a um vídeo em que um bispo
finaliza a sua homilia repetindo, e sendo efusivamente aplaudido pelos fiéis, o
principal bordão da campanha bolsonarista: “Brasil acima de tudo, Deus acima de
todos.”
Bolsonaro é, a meu juízo, o maior fenômeno da história das eleições no
Brasil.
Muitos o comparam com Collor em 1989, mas sua força e abrangência são
bem maiores.
Uma coisa parece certa.
Com Collor, vimos a emergência de um fenômeno propagado pelas redes de
televisão.
Bolsonaro não só nos mostrou que a era da televisão está se encerrando,
como uma nova era começa: a das campanhas feitas nos subterrâneos da sociedade,
por meio das redes sociais.
Embora essa seja uma análise ainda inicial, minha sugestão é que o pleito
desse ano é um exemplo do que os cientistas políticos chamam de “eleição
crítica”: uma disputa que desestrutura o padrão de competição partidária
vigente.
Enumero quatro elementos que demonstram que as eleições deste ano marcam
o encerramento do sistema partidário que vigorou por duas décadas: o fim da
polarização entre PT e PSDB nas eleições presidenciais; o fim da centralidade
do primeiro como força organizadora do sistema partidário; o declínio dos dois
maiores partidos de centro (PMDB e PSDB); e a emergência de um novo e
expressivo partido de direita (PSL).
A onda bolsonarista foi tão forte que, nos dias que se seguiram ao
primeiro turno, os prognósticos sobre o resultado do segundo turno podiam ser
resumidos em duas perguntas:
Qual será a diferença a favor do candidato do PSL?
Será que ele superará o desempenho de Lula em 2002? (Nesse ano, o
candidato do PT recebeu 61,3% dos votos válidos, a maior votação já obtida por
um candidato a presidente.)
As pesquisas publicadas na primeira semana após o segundo turno
reforçaram a ideia de vitória por grande margem.
Na pesquisa do Datafolha, o deputado do PSL vencia com 58% dos votos
válidos; na pesquisa Ibope vencia com 59%.
Em razão da grande vantagem confirmada nas primeiras pesquisas,
Bolsonaro manteve a mesma estratégia adotada no último mês de campanha do
primeiro turno: priorizou a difusão de mensagens por intermédio das redes
sociais, não participou de eventos públicos e nem compareceu aos tradicionais
debates promovidos pelos principais meios de comunicação do país.
A diferença é que sua campanha chegou ao rádio e à televisão.
Com apenas oitos segundos, o ex-capitão havia sido quase invisível nos
meios tradicionais de comunicação no primeiro turno.
No segundo, com os dez minutos do programa eleitoral e centenas de
inserções, ele teve que dar uma atenção especial ao velho (e para ele novo)
formato de comunicação.
Se pudermos recorrer a uma metáfora esportiva, a estratégia de Bolsonaro
lembrou a dos times de futebol que, vencendo por larga vantagem, “jogam contra
o relógio”.
Deixam o tempo passar, trocam passes para o lado até que o juiz aponte
para o centro do gramado.
Na campanha de Haddad, em contrapartida, inicialmente nada parecia
funcionar.
A tentativa de organizar uma frente democrática foi um fiasco.
O petista recebeu apoio crítico do PDT e Ciro Gomes preferiu não declarar
seu voto; Fernando Henrique Cardoso e outras lideranças nacionais do PSDB
também preferiram não se manifestar; Marina Silva deu seu apoio quinze dias
depois do domingo do primeiro turno. Chegavam notícias de que até mesmo os
dirigentes do PT não acreditavam na sorte de seu candidato e temiam uma derrota
humilhante.
Em mais de uma conversa com amigos chamei a atenção para a “solidão de
Haddad”.
A sensação era outra: a do time que está sendo derrotado por uma grande
diferença e conta os segundos para que o jogo acabe.
A incapacidade de Haddad e do PT para ampliar o seu arco de alianças foi
relativamente compensada por um movimento de apoio, também cultivado nas redes
sociais, que contou com grandes atividades de rua na última semana antes do
pleito.
Foi provavelmente por causa desse movimento que o candidato do PT não
sofreu a derrota que se desenhava no começo do segundo turno.
A comparação dos votos dos dois turnos, incluindo os votos nulos e em
branco no cálculo, mostra que Haddad acabou crescendo mais (passou de 27% para
40% dos votos totais), do que Bolsonaro (passou de 42% para 50%).
Escrevo as linhas finais desse texto poucos minutos após a confirmação de
que Bolsonaro é o novo presidente do Brasil.
Escuto muitos gritos, panelas batidas e fogos para
celebrar a vitória.
O volume se assemelha ao das manifestações contra a
ex-presidente Dilma Rousseff.
Numa eleição de tantas novidades cabe registrar
mais essa.
Pelo menos no Rio de Janeiro, nunca tinha visto uma
vitória eleitoral ser tão celebrada.
Ainda vou passar muitas semanas analisando os dados das eleições de
2018.
Mas como não podia deixar de ser, começo observando o que ocorreu em
Nova Friburgo: no primeiro turno, Bolsonaro obteve 63% dos votos válidos, Ciro
Gomes, 16% e Haddad, 10%. No segundo turno, Bolsonaro obteve 73%.
Já na minha zona eleitoral, no Rio, o quadro foi bem mais equilibrado no
primeiro turno: Bolsonaro obteve 44% dos votos, Ciro, 30% e Haddad, 13%; no
segundo turno Bolsonaro chegou aos 54%.
Olho os números e me dou conta de como Bolsonaro foi bem votado em
outras áreas da cidade do Rio de Janeiro.
Enquanto isso, os gritos pró-Bolsonaro e contra o PT continuam a ecoar
lá fora. Realmente, estamos diante de um fenômeno eleitoral diferente de tudo
que eu já tinha visto.
Cientista
político e professor da UFRJ, é autor de Representantes de Quem?: Os
(Des)Caminhos do seu Voto da Urna à Câmara dos Deputados
Caro Amigo,
ResponderExcluirArtigo muito grande mas muito interessante e autêntico.
Mas é cansativo.
Caro Anônimo,
ExcluirRealmente o artigo é grande, pois a análise feita pelo autor foi muito abrangente.
Mas é magnífica.
O melhor depoimento sobre a derrota do petismo que já li.
Abraços
Adaí Rosembak
Concordo com a manifestação do colega de 21.11.18 às 21:38hs.
ResponderExcluirCaro Anônimo,
ExcluirÉ realmente um estudo grande. Mas adorei. Aprofundado e bem escrito.
Jairo Nicolau está parabenizado.
Abraços
Adaí Rosembak
Blogueiro,
ResponderExcluirIsso tudo posto, pergunto por onde começar. O PT deixou o país tão avacalhado que está tudo falido.
O país está desacreditado no mundo inteiro e os petistas criminosos estão aguardando a hora de dar novo bote.
Não tem jeito.
O PT tem de ser caçado continuamente. São criminosos. Arruinaram a nação.
Estão meio recolhido depois da esmagadora derrota.
Mas não morreram.
O governo não pode dar trégua.
Caro Anônimo,
ExcluirDiscordo em alguns pontos de seu comentário.
O país precisa sair do buraco em que o PT o deixou.
Mas as coisas já estão acontecendo.
Mês a mês o nível de criação de novos empregos tem aumentado.
Não creio que o PT vá levantar a crista em pouco tempo.
Estão completamente desestruturados e perdidos depois dessa derrota avassaladora.
Lindenbergh Farias parece que voltou de uma guerra. Aquele senador desvairado parece um zumbi. Não tive ódio, tive muita pena.
Aliás, acho que a nova oposição vai ter de ser toda recriada. Vem uma reforma política por aí. Vamos ver o que acontece.
Veja que o governo só toma posse em 01.01.2019 mas parece que já transcorreu muito tempo de governo, tal é o número de transformações anunciadas.
Tenho fé que temo um caminho de muito progresso pela frente.
abraços
Adaí Rosembak
Caro Amigo,
ResponderExcluirA análise da derrocada do petismo foi perfeita.
Mas o petismo, como um vírus, continua vivo e prestes a atacar.
Ainda temos alguns que se safaram da pancada. Gleise Hoffmann foi eleita deputada. Mas ele não tem mais isenção parlamentar como senadora. Vamos ver se a Justiça a pega.
Lindenbergh Farias se calou. E não é mais parlamentar. Agora é colocar a PF nos calos deles.
É preciso fazer uma limpeza geral. O que tem Ayrton Senna com a Educação?
Muito menos com a "cultura".
É preciso acabar com essa Lei Rouanet. Só tem pilantra ali. O sistema ainda está dominado pelos petistas.
Não pode ter pena, não pode vacilar.
Tem de botar esses canalhas na cadeia.
São comunas covardes.
São traiçoeiros.
Caro Anônimo,
ExcluirA resposta que dei ao comentarista que o antecedeu cabe como uma luva ao seu questionamento.
Concordo com tudo o que você disse.
Aliás, e posso até estar errado, creio que a oposição se reestruturará em bases completamente diversas às atuais. Por um tempo eles se recolherão.
A derrota foi muito dura.
Estão atordoados.
Abraços
Adaí Rosembak
Torço para que o Bolsonaro tenha sucesso.
ResponderExcluirNão temos mais opções.
Ele é uma pessoa íntegra.
Por isso foi eleito.
Que Des o guie.
Caro Anônimo,
ExcluirEstou com você. Vamos torcer pelo sucesso dele.
Abraços
Adaí Rosembak
Senhor,
ResponderExcluirEsse governo ainda nem começou e já está causando um rebuliço imenso.
Acho que tem muita gente falando muita coisa e ao mesmo tempo.
Isso é um balaio de gatos.
Quero ver mesmo é o que vai acontecer quando começar o governo.
Caro Anônimo,
ExcluirConcordo plenamente com você.
Em todo começo de governo é natural que isso aconteça.
Depois as coisas se ajustam.
Afinal o governo de Bolsonaro só assue mesmo é em 2019.
Abraços
Adaí Rosembak
"Com certeza , só para a Venezuela o PT mandou R$10 bi através do BNDES, inclusive justificando obras que nunca foram iniciadas. O BNDES é formado com a arrecadação de impostos e PIS/PASEP. Está na hora dos esquerdistas fanáticos acordarem."
ResponderExcluirCaro Kaka2017,
ExcluirToda a massa de votantes petistas está ciente dos desvios cometidos pelo PT. Isso vem sendo divulgado pela mídia constantemente.
E essa é a razão de muitos petistas ,desde o primeiro governo de Lula, terem votado agora em Bolsonaro. Evidente que o caso dos petistas fanáticos é a devoção a uma entidade de nível superior. Isso só Freud resolva.
Mas tenha certeza, devagar, um pouco mais apressado ou devagarinho, as coisas vão mudar para melhor.
Abraços
Adaí Rosembak