Caros Amigos,
Estou achando que a
montagem do governo está sendo feita de forma um tanto atabalhoada.
É muita gente falando
ao mesmo tempo.
Paralelamente, acordos
com as bases políticas de apoio ao governo que precisam ser feitos, não o são.
O caso mais flagrante
foi o da nomeação do futuro ministro da educação.
E note-se que o novo
governo recém-eleito só começa efetivamente a atuar em 2019.
Até lá, ainda estamos
sob o Governo Temer.
O lado positivo é que o
Presidente MICHEL TEMER
está colaborando ao máximo com o próximo Presidente JAIR
MESSIAS BOLSONARO.
Na história recente do Brasil,
nunca houve uma mudança de governo tão tranquila como essa.
Na área do BB, que nos
interessa, o futuro ministro da economia PAULO GUEDES,
nomeou
como presidente da instituição o economista RUBEM NOVAES,
que foi seu colega quando estudaram na Universidade de Chicago, considerada o centro universitário mais destacado na defesa do liberalismo econômico no Mundo.
que foi seu colega quando estudaram na Universidade de Chicago, considerada o centro universitário mais destacado na defesa do liberalismo econômico no Mundo.
RUBEM NOVAES, é PhD
nessa universidade, foi diretor do BNDES, presidente do SEBRAE e é professor da
FGV.
Ou seja, é um executivo
que reune as qualificações e experiências necessárias para assumir a presidência
do BB.
Mas, a despeito de seu
preparo, consideramos muito prematura sua afirmação de que a prioridade de sua gestão
vai ser o “enxugamento da máquina” e a “privatização do
que for possível”.
Naturalmente, temos de
relativizar que foi um discurso de apresentação de quem ainda nem assumiu o
cargo e nem se inteirou da complexidade do Banco do Brasil.
Enxugar o que?
Durante o período nefasto de
ALDEMIR BENDINE, foram desligados quase 10.000 funcionários e fechou-se 402
agências.
Esse colossal corte, feito com extrema celeridade, e sem o adequado planejamento, deixou
resultados deletérios dos quais a instituição, até hoje, não se recuperou.
Quanto à privatização do
BB, o Bank of America, “BofA”, consultado, não se interessou pela proposta de associação
com o BB, conforme declarou ALEXANDRE
BETTAMIO
, que é amigo de PAULO GUEDES, e é o chefe do BofA para a América Latina.
, que é amigo de PAULO GUEDES, e é o chefe do BofA para a América Latina.
Os altos executivos do
BofA consideraram que uma fusão com o BB seria inviável em razão de diferenças
culturais e operacionais entre os dois bancos.
Essa foi a primeira
tentativa de mexer no BB.
Virão outras,
certamente.
O que pode vir a acontecer
será, por óbvio, impactante e causará
apreensão e tensão no funcionalismo do BB.
Não há como fugir dessa
situação.
Isso faz parte do
momento revolucionário que o Brasil está atravessando.
Temos de ser frios,
analíticos e estar preparados para mutações.
Isso faz parte da vida.
Positivamente, temos de
considerar que o nível de emprego vem crescendo mês a mês, e a Lava-Jato continua atuante como nunca.
Todo dia tomamos
conhecimento de novas operações e somos surpreendidos com novas prisões de criminosos
do colarinho branco.
O Brasil vem sendo continuamente
sanado e purgado da corrupção que muitos analistas internacionais, pouco atualizados
com o que acontece no Brasil, ainda insistem em dizer que faz parte da
índole do país e de seu povo.
Novos grupos
internacionais voltam a se interessar por investimentos no Brasil.
A inflação está sob controle, os juros têm descido e a Bolsa de Valores tem subido.
Então, a expectativa é
positiva e o panorama geral da economia e do país , apesar das
falhas do Governo Temer, tende a melhorar cada vez mais.
Apesar dos inúmeros desafios
que o país terá de enfrentar, o futuro governo está comprometido com a
seriedade, com o apoio à Lava-Jato e com a reestruturação e modernização do
estado.
Foi com essas premissas
que JAIR MESSIAS BOLSONARO ganhou o
apoio da opinião pública e teve uma vitória tão surpreendente e acachapante.
Estão postas as condições para transformar o Brasil em uma
nação dinâmica, próspera, mais justa e com educação e saúde de alto nível.
Por nosso lado, temos
de fazer nossa parte e sermos atuantes e
confiantes em um governo que, finalmente, merece ser respeitado.
Dentro desse panorama,
transcrevo adiante o excelente artigo “ESTADOS DE ESPÍRITO”, de autoria do Frei
BETTO, considerado por muitos um dos ícones da esquerda, mas que prefiro
classificar como um humanista, publicado no jornal O GLOBO, em 24.11.2018, à
página 27, que aponta os questionamentos
que os cidadãos se fazem dentro da atual conjuntura brasileira.
Atenciosamente
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da ANABB,
AAFBB e ANAPLAB
ESTADOS DE ESPÍRITO
Há momentos em que
prefiro Bach, na expectativa de que me antecipe o céu.
Em outros, Tchaikovsky,
para que me suscite energias criativas.
Nosso estado de
espírito muda com as circunstâncias.
Como reza o Eclesiastes,
há tempo para tudo, de destruir e de construir, de chorar e de rir.
Agora, vitoriosos e
derrotados na eleição presidencial conhecem tempos distintos.
Passado o pleito, as
fissuras abertas no estado de espírito do brasileiro ainda não cicatrizaram.
Relações familiares
foram rompidas, amizades se desfizeram, batalhas nas redes sociais se
intensificaram.
Conhecida a preferência
das urnas, os estados de espírito variam.
Há derrotados que
sofrem de melancolia e insônia, afogam-se em inquietações e lamúrias.
Os mais politizados
afirmam que é hora de o PT fazer autocrítica e se reinventar.
Mas há quem insista que
não há do que se arrepender; os acertos do partido teriam sido maiores que os
erros.
E há ainda os que estão
convencidos de que o PT acabou, ainda que tenha elegido a maior bancada da
Câmara dos Deputados e quatro governadores.
Do lado vitorioso, o
estado de espírito varia da euforia desaforada, ao fazer eco ao eleito de que é
hora de passar o trator na oposição, ao receio de que o novo governo não corresponda
à expectativa criada.
Depositou-se o voto na
caixa de Pandora sem saber o que ela contém.
A democracia será aprimorada
ou a censura estará de volta?
A Escola sem Partido
criará um clima de terror nas salas de aula?
Sérgio Moro fez bem ao
se deixar picar pela mosca azul?
O Brasil haverá de
superar a recessão, retomar o crescimento e reduzir o desemprego?
Eleitores de um e de
outro lado têm um sentimento comum: medo.
Não do mesmo tipo.
O dos antibolsonaristas
é o de que vândalos antipetistas aprofundem o clima de intolerância e ameacem
direitos constitucionais, como a liberdade de expressão.
Do lado da situação, o
medo é ver tamanha esperança precocemente abortada.
Desavenças na equipe de
governo, nomeação de políticos acusados de corrupção, atropelos entre os
poderes e dificuldade de aprovar as reformas.
Medo de ser feliz à
custa do encolhimento dos direitos e do espaço democrático.
A eleição deste ano representou
o canto do cisne da Nova República.
Ninguém sabe o que
virá.
O programa de governo
apresentado é superficial.
Prefere apontar prioridades,
como a reforma da Previdência, o combate ao crime organizado e o equilíbrio das
contas públicas.
Mas como fazê-los?, eis
o dilema.
Na reforma da
Previdência, haverá quem seja poupado, como os militares? No combate ao crime a
prioridade é prender bandidos ou erradicar as causas que favorecem o
narcotráfico, o comércio ilegal de armas e as penitenciárias como centrais do
crime?
E na questão fiscal, mais
cortes, mais contingenciamentos e privatizações ou o Estado como indutor do
desenvolvimento e da criação de empregos?
E como fica o
atendimento à saúde?
Quando serão
substituídos os médicos cubanos, sobretudo nos 3.228 municípios assistidos
exclusivamente pelos cubanos?
“Não se faz omelete sem
quebrar os ovos”, diz o ditado. Que ovos serão quebrados?
E quem comerá a
omelete?
Dos 208 milhões de
brasileiros, mais de 100 milhões sobrevivem com menos de R$ 954,00 (valor do
salário mínimo) por mês.
Destes, 52 milhões
estão abaixo da linha da pobreza, ou seja, sobrevivem com menos de R$
547,20/mês.
Isso significa que 90% dos
brasileiros ganham, por mês, muito menos que o auxílio-moradia dos juízes, que
é de R$ 4.378,00.
Ora, o Brasil não terá
futuro e o estado de espírito do brasileiro não haverá de melhorar enquanto o
problema número 1 do país não for decididamente atacado: a desigualdade social.
Só os cínicos e os
ególatras conseguem aparentar felicidade com tanta infelicidade em volta.
Frei BETTO
Caro Colega,
ResponderExcluirInfelizmente tenho de concordar com tudo o que o senhor escreveu. O fato é que o BB não tem mais nada a ver com o BB em que entramos há meio século atrás. Hoje, sob certos aspectos, é até preferível trabalhar em uma instituição privada.
É triste mas é assim.
Caro Anônimo,
ExcluirConcordo em parte com o que você escreveu.
O BB não é e nem poderia ser o mesmo de 50 anos atrás.
A visão do funcionalismo também mudou. Acho até salutar que o funcionalismo procure evoluir, estudar, seja poliglota, se forme e faça pós-graduações.
Isso o preparará para voos mais altos em suas especialidades.
E quem sabe procurar outras oportunidades na iniciativa privada.
Não considero isso triste.
É o sinal de novos tempos.
Abraços
Adaí Rosembak
desacreditado de todos lados....não conseguiu ficar no sacerdocio, agora fica como "b....n'agua"...
ResponderExcluirCaro Anônimo,
ExcluirNaturalmente você se refere ao Frei Betto. Já li muita coisa dele que considero um tanto sonhadora e irrealista.
Mas confesso que gostei de "Estados de ESpírito".
Se encaixa muito bem aos tempos atuais.
Abraços
Adaí Rosembak
Caro Anônimo,
ResponderExcluirVocê está corretíssimo quando diz que o BB de hoje não tem nada a ver com o BB de 50 anos atrás.
Hoje o BB é acuado por todos os lados. Afinal o que é do Governo não é de ninguém.
Por outro lado, o atual funcionalismo não tem mais ilusões em relação ao BB.
Hoje eles entram no BB para sobreviver, estudar, ter uma formação superior para alçar vôos mais altos.
O Presidente do BB ora nomeado Rubem Novaes é o retrato dessa realidade.
Cursou a Universidade de Michigan, passou por altos cargos e agora vem para o BB para enxugar a máquina e privatizar a instituição.
Carreira vitoriosa sem dúvida.
E os que trabalharam arduamente no BB por esse imenso Brasil enfrentando as situações mais inóspitas possíveis? As agências estão sendo fechadas.
Quem vai atender ao crédito rural como o BB?
O governo deve pensar nisso.
Essa é a realidade que enfrentamos.
Temos de nos preparar para essas mudanças.
Abraços
Adaí Rosembak
Caros leitores, a resposta acima serve para o comentarista de 24.11.2018. Por uma falha outros comentário foi deletado.
ExcluirPelo que o senhor expõe parece que não temos como lutar contra essa medida arbitrária.
ResponderExcluirParece que isso é um fatalismo.
É essa a sua visão?
Caro Anônimo,
ExcluirEu não disse que não devemos lutar contra essa proposta e defendo a posição da ANABB em carta enviada ao Presidente da República denunciando essa situação.
Mas a associação, fusão, ou partilhamento de serviços existe há muito tempo.
Isso acontece com os grandes grupo e empresas no mundo inteiro.
A propósito, transcrevo adiante mensagem em rede de funcionários do colega Roberto S. Costa:
"Concordo que não teremos muitos argumentos para defender a privatização de partes de setores do BB.
Ninguém reclamou quando terceirizamos diversos serviços internos, aplaudindo sob o aspecto da "economia e lucratividade".
Brasilprev, Cielo, Mafre, esses os mais notáveis. As agências passaram a ser balcões de vendas de terceiros, sob a chancela BB.
Na tesouraria, as empresas, suprem todo o numerario nos caixas eletronicos. Empresas contratadas, as manutenções diversas.
Terceirizaram diversos departamentos.
Agora, vem a conta. Infelizmente, o que realmente é o Banco do Brasil S.A., de hoje? Pensem a respeito.
José Roberto S Costa"
Essa é a situação. Ademais, vários enxugamentos já houveram e, pelo visto, a intenção é fazer novo core, do qual sou contra, como expús.
Abraços
Adaí Rosembak