É
triste a situação de um líder que não percebe quando deve parar e mudar para se
manter alinhado com novos tempos.
A
história está repleta desses exemplos.
Um
dos registros marcantes dessa realidade
foi Hitler que, de seu bunker, nos
últimos momentos à frente da Alemanha Nazista, com os exércitos aliados à porta de Berlim, exigia
o avanço de tropas que já se encontravam destroçadas, o que deixava seus generais desesperados. Em um gesto
final, certamente o mais compatível para aquele momento, cometeu
suicídio junto com Eva Braun. Os membros
de seu grupo de segurança , homens e mulheres, a maioria fardados, diante daquela realidade apocalíptica , jogaram para o alto
todos os escrúpulos, valores e
princípios e entregaram-se a uma orgia e bacanal coletivos em que gozaram desbragadamente os momentos finais de suas vidas.
Na
Polônia, tivemos Lech Walesa, que teve
um papel fundamental na liberação da Polônia do jugo soviético , quando fundou
o partido Solidariedade. Teve um fim
político decepcionante em que foi envolvido em diversos escândalos.
No
Brasil, o exemplo mais flagrante foi Jânio Quadros que, com aquele cabelo
desgrenhado, aquela cara de doido, de pés tortos e óculos parecendo fundo de
garrafa, quase jogou o Brasil em uma guerra civil quando, em um de seus porres
homéricos, renunciou à Presidência da República, na vã esperança de que o povo
se levantasse para pedir sua volta. Infelizmente o povo brasileiro errou quando
votou naquele lunático mas felizmente acertou quando não moveu um dedo sequer pela
sua volta ao poder.
Estamos
presenciando no Brasil o mesmo processo
com o ex-Presidente Lula.
Adiante
reproduzimos críticas do jornalista
Ricardo Kotscho, no blog “Diário do Poder”, ao discurso completamente descolado
da realidade de Lula, no Dia dos Trabalhadores, a uma platéia minúscula e sem empolgação. Complementamos as
palavras de Ricardo Kotscho com comentários de Jorge Oliveira, também no blog “Diário
do Poder”.
O
jornalista Ricardo Kotscho, um dos amigos mais chegados de Lula, foi seu
assessor de imprensa no primeiro governo e seu confidente durante décadas, desde que noticiava
para o Jornal do Brasil as greves do ABC lideradas por Lula.
Muitos
defensores de Lula dirão que, quem tem amigos como o jornalista Ricardo
Kotscho, pode dispensar inimigos.
Mas
consideramos que, antes de ser amigo de Lula, Ricardo Kotscho é um defensor incondicional dos interesses de seu
país e do povo brasileiro e, mesmo que discordemos de muitas de suas teses, temos
de reconhecer o seu valor como brilhante jornalista.
Adaí Rosembak
Associado
da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB
Crítica
de Ricardo Kotscho:
“Lamento muito dizer, mas o discurso de
Lula também não tem mais novidades, não aponta para o futuro. Tem sido muito
repetitivo, raivoso, retroativo, sempre com os mesmos ataques à mídia e às
elites, sem dar argumentos para seus amigos e eleitores poderem defendê-lo dos
ataques.
Não que Lula deixe de ter caminhões de
razões para se queixar da imprensa, desde que o chamado quarto poder resolveu
assumir oficialmente a liderança da oposição e fechar o cerco contra os
governos petistas”.
Palavras
de Jorge Oliveira:
Os
comentários de Kotscho mostram a teimosia de um personagem que insiste em se
manter vivo e que acha que o Brasil vive duas eras: a AL e a DL. Como um
pregador desnorteado, Lula apresenta sintoma grave de comportamento. Acha e
está convicto de que tudo de melhor no país foi obra dele; que o povo não pode
ser ingrato ao seu trabalho de levá-lo ao paraíso do consumo; que é o líder
incontestável dos brasileiros desprotegidos; e que o mundo gira em torno das
suas ideias e metáforas tupiniquins. Se a doutora Nise da Silveira anda
estivesse viva certamente não se furtaria em convidá-lo para sessões
permanentes de psiquiatria. Um prato cheio para o seu grupo junguiano.
Mesmo
dando um pito no amigo em público, Kotscho foi muito elegante nas suas
críticas. Afinal de contas, o jornalista paulista foi um dos que apostaram na
liderança política de Lula nos primeiros discursos dele nas portas das
fábricas. Permaneceu pouco tempo na sua assessoria de imprensa, quando
percebeu, ainda muito cedo, que a burocracia não combina com a notícia e que a
notícia está do outro lado do balcão. Abandonou Brasília deixando bons amigos,
antes que fosse contaminado pelas benesses do poder.
Lula
está vivendo no isolamento, embora tenha reeleito a Dilma. Ao contrário dos
grandes estadistas que se recolhem às suas memórias depois de deixar o governo,
Lula preferiu sair em defesa dos mensaleiros . Envolveu-se com empreiteiras que
depenam o país e participava ativamente da administração da Dilma até a chegada
de Aloizio Mercadante. Resultado: assumiu para si todos os escândalos de
corrupção manchando para sempre a sua biografia, em um dos períodos mais
corruptos da história do Brasil. Enquanto defendia a corja, Dilma espertamente
tentava se desapegar da militância petista para vender a imagem de honesta e
incorruptível, o que evidentemente não colou até agora.
As
últimas reações do ex-presidente em tentar jogar contra o povo brasileiro o
exército vermelho de Stédile, as bravatas de que “sou bom de briga e que não se
metam comigo” e de que é o gênio transformador da humanidade, mostram claramente
a sua mente confusa e nos leva a uma constatação: Lula não estava pronto
psicologicamente para ser presidente. As consequências desse despreparo
intelectual e politico estão surgindo agora quando ele mostra total obsessão ao
poder, um processo que tende a se agravar e a transformá-lo num dependente
manicomial.
Não
adiantam as sofisticadas maquiagens para aparecer na TV. Um dos maiores
problemas de Lula hoje é o alcoolismo. A família acompanhou a tragédia do pai
que morreu de tanto beber. Outros parentes de Lula sofrem do mesmo mal. É bem
verdade que Lula ainda não chegou ao estágio perigoso da dependência, quando
precisaria de internação e tratamento, mas os amigos têm confidenciado que ele
precisa de acompanhamento para evitar o destino trágico do alcoolismo que levou
familiares ao fundo do poço.
Infelizmente,
as atitudes de Lula nos últimos pronunciamentos públicos não são de uma pessoa
que pense o Brasil com sabedoria ou de quem já esteve no topo do mundo como um
dos maiores líderes da América Latina. Existem no Brasil casos de políticos que
se dedicaram mais à bebida depois que perderam o poder. O mais notório deles é
o de Jânio Quadros que renunciou ao cargo de presidente depois de um porre e
nunca mais parou de beber, mesmo sendo conhecido como um homem culto e um dos
mais preparados intelectualmente do país.
No
caso de Lula, fiquemos apenas com o político.
A CAMPANHA ELEITORAL QUE CONTINUOU APÓS A ELEIÇÃO DE DILMA TOMA AGORA O RUMO CONTRA O FUTURO CANDIDATO EM 2018. NADA, ENTRETANTO, ARREFECERÁ O PRESTÍGIO DE LULA JUNTO A MAIORIA DO POVO BRASILEIRO. APÓS UM GOVERNO DE GRANDES DIFICULDADES PARA A PRESIDENTE DILMA, LULA PERCORRERÁ NOVAMENTE O PAÍS E SE CONSOLIDARÁ NOVAMENTE COMO CANDIDATO A SER VITORIOSO EM 2018. PODEM CRER.
ResponderExcluirCaro representante da AAFBB-Florianópolis SC,
ExcluirLamento que o colega não tenha se identificado.
Certamente muitos dos demais companheiros e associados da AAFBB-Florianópolis SC não partilham do mesmo ponto de vista do comentarista.
Respeito seu posicionamento muito embora não concorde com suas colocações.
O excitante em uma democracia é justamente essa discussão , é o debate de pontos de vista diversificados.
Daí nasce a luz.
Vamos ver o que nos reserva 2018.
Um abraço
Adaí Rosembak