segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ocaso de um Líder

É triste a situação de um líder que não percebe quando deve parar e mudar para se manter alinhado com novos tempos.
A história está repleta desses exemplos.
Um dos registros  marcantes dessa realidade foi Hitler que, de seu bunker,  nos últimos momentos à frente da Alemanha Nazista,  com os exércitos aliados à porta de Berlim,   exigia o avanço   de tropas que já  se encontravam  destroçadas, o que deixava  seus generais desesperados. Em um gesto final, certamente o mais compatível para aquele momento,   cometeu suicídio junto com Eva Braun. Os membros de seu grupo de segurança , homens e mulheres,  a maioria fardados, diante daquela  realidade apocalíptica , jogaram para o alto todos os escrúpulos,  valores e princípios e entregaram-se  a  uma orgia e  bacanal  coletivos em que gozaram desbragadamente os momentos finais de suas vidas.
Na Polônia, tivemos  Lech Walesa, que teve um papel fundamental na liberação da Polônia do jugo soviético , quando fundou o partido Solidariedade.  Teve um fim político decepcionante em que foi envolvido em diversos escândalos.
No Brasil, o exemplo mais flagrante foi Jânio Quadros que, com aquele cabelo desgrenhado, aquela cara de doido, de pés tortos e óculos parecendo fundo de garrafa, quase jogou o Brasil em uma guerra civil quando, em um de seus porres homéricos, renunciou à Presidência da República, na vã esperança de que o povo se levantasse para pedir sua volta. Infelizmente o povo brasileiro errou quando votou naquele lunático mas felizmente acertou quando não moveu um dedo sequer pela sua volta ao poder.
Estamos  presenciando no Brasil o mesmo processo com o ex-Presidente Lula.
Adiante reproduzimos críticas  do jornalista Ricardo Kotscho, no blog “Diário do Poder”, ao discurso completamente descolado da realidade de Lula, no Dia dos Trabalhadores, a uma platéia  minúscula e sem empolgação. Complementamos as palavras de Ricardo Kotscho com comentários de Jorge Oliveira, também no blog “Diário do Poder”.
O jornalista Ricardo Kotscho, um dos amigos mais chegados de Lula, foi seu assessor de imprensa no primeiro governo e seu  confidente durante décadas, desde que noticiava para o Jornal do Brasil as greves do ABC lideradas por Lula.
Muitos defensores de  Lula dirão  que, quem tem amigos como o jornalista Ricardo Kotscho, pode dispensar inimigos.
Mas consideramos que, antes de ser amigo de Lula,  Ricardo Kotscho é um  defensor incondicional dos  interesses de   seu país e do povo brasileiro e, mesmo que discordemos de muitas de suas teses, temos de reconhecer o seu valor como brilhante jornalista.
Adaí  Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB

Crítica de Ricardo Kotscho: 
“Lamento muito dizer, mas o discurso de Lula também não tem mais novidades, não aponta para o futuro. Tem sido muito repetitivo, raivoso, retroativo, sempre com os mesmos ataques à mídia e às elites, sem dar argumentos para seus amigos e eleitores poderem defendê-lo dos ataques.

 Não que Lula deixe de ter caminhões de razões para se queixar da imprensa, desde que o chamado quarto poder resolveu assumir oficialmente a liderança da oposição e fechar o cerco contra os governos petistas”. 
Palavras  de Jorge Oliveira:
Os comentários de Kotscho mostram a teimosia de um personagem que insiste em se manter vivo e que acha que o Brasil vive duas eras: a AL e a DL. Como um pregador desnorteado, Lula apresenta sintoma grave de comportamento. Acha e está convicto de que tudo de melhor no país foi obra dele; que o povo não pode ser ingrato ao seu trabalho de levá-lo ao paraíso do consumo; que é o líder incontestável dos brasileiros desprotegidos; e que o mundo gira em torno das suas ideias e metáforas tupiniquins. Se a doutora Nise da Silveira anda estivesse viva certamente não se furtaria em convidá-lo para sessões permanentes de psiquiatria. Um prato cheio para o seu grupo junguiano. 
Mesmo dando um pito no amigo em público, Kotscho foi muito elegante nas suas críticas. Afinal de contas, o jornalista paulista foi um dos que apostaram na liderança política de Lula nos primeiros discursos dele nas portas das fábricas. Permaneceu pouco tempo na sua assessoria de imprensa, quando percebeu, ainda muito cedo, que a burocracia não combina com a notícia e que a notícia está do outro lado do balcão. Abandonou Brasília deixando bons amigos, antes que fosse contaminado pelas benesses do poder. 
Lula está vivendo no isolamento, embora tenha reeleito a Dilma. Ao contrário dos grandes estadistas que se recolhem às suas memórias depois de deixar o governo, Lula preferiu sair em defesa dos mensaleiros . Envolveu-se com empreiteiras que depenam o país e participava ativamente da administração da Dilma até a chegada de Aloizio Mercadante. Resultado: assumiu para si todos os escândalos de corrupção manchando para sempre a sua biografia, em  um dos períodos mais corruptos da história do Brasil. Enquanto defendia a corja, Dilma espertamente tentava se desapegar da militância petista para vender a imagem de honesta e incorruptível, o que evidentemente não colou até agora. 
As últimas reações do ex-presidente em tentar jogar contra o povo brasileiro o exército vermelho de Stédile, as bravatas de que “sou bom de briga e que não se metam comigo” e de que é o gênio transformador da humanidade, mostram claramente a sua mente confusa e nos leva a uma constatação: Lula não estava pronto psicologicamente para ser presidente. As consequências desse despreparo intelectual e politico estão surgindo agora quando ele mostra total obsessão ao poder, um processo que tende a se agravar e a transformá-lo num dependente manicomial. 
Não adiantam as sofisticadas maquiagens para aparecer na TV. Um dos maiores problemas de Lula hoje é o alcoolismo. A família acompanhou a tragédia do pai que morreu de tanto beber. Outros parentes de Lula sofrem do mesmo mal. É bem verdade que Lula ainda não chegou ao estágio perigoso da dependência, quando precisaria de internação e tratamento, mas os amigos têm confidenciado que ele precisa de acompanhamento para evitar o destino trágico do alcoolismo que levou familiares ao fundo do poço. 
Infelizmente, as atitudes de Lula nos últimos pronunciamentos públicos não são de uma pessoa que pense o Brasil com sabedoria ou de quem já esteve no topo do mundo como um dos maiores líderes da América Latina. Existem no Brasil casos de políticos que se dedicaram mais à bebida depois que perderam o poder. O mais notório deles é o de Jânio Quadros que renunciou ao cargo de presidente depois de um porre e nunca mais parou de beber, mesmo sendo conhecido como um homem culto e um dos mais preparados intelectualmente do país. 
No caso de Lula, fiquemos apenas com o político.

2 comentários:

  1. AAFBB - Florianópolis SC12 de maio de 2015 às 13:16

    A CAMPANHA ELEITORAL QUE CONTINUOU APÓS A ELEIÇÃO DE DILMA TOMA AGORA O RUMO CONTRA O FUTURO CANDIDATO EM 2018. NADA, ENTRETANTO, ARREFECERÁ O PRESTÍGIO DE LULA JUNTO A MAIORIA DO POVO BRASILEIRO. APÓS UM GOVERNO DE GRANDES DIFICULDADES PARA A PRESIDENTE DILMA, LULA PERCORRERÁ NOVAMENTE O PAÍS E SE CONSOLIDARÁ NOVAMENTE COMO CANDIDATO A SER VITORIOSO EM 2018. PODEM CRER.

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    1. Caro representante da AAFBB-Florianópolis SC,

      Lamento que o colega não tenha se identificado.
      Certamente muitos dos demais companheiros e associados da AAFBB-Florianópolis SC não partilham do mesmo ponto de vista do comentarista.
      Respeito seu posicionamento muito embora não concorde com suas colocações.
      O excitante em uma democracia é justamente essa discussão , é o debate de pontos de vista diversificados.
      Daí nasce a luz.
      Vamos ver o que nos reserva 2018.
      Um abraço

      Adaí Rosembak

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