Ao ler o artigo “Entre Sístoles e
Diástoles”, de Gilberto Santiago, no
Antenado, no site da AAFBB, lembrei-me de uma passagem em relação à minha ignorância no que tange
à apreciação de Arte Moderna.
Ao visitar uma exposição de pintura “abstrata”, me deparei com um imenso quadro com uma grande variedade de cores e
relevâncias surpreendentes.
O que o artista quis representar com aquela obra ? O caos da vida? O espaço sideral? A explosão do Big Bang, que foi a origem do
Universo?
Olhava a pintura por todos os lados , me aproximava e me distanciava e
continuava a me indagar qual o sentido que o artista quis imprimir à sua obra e a razão de seu sucesso já que aquele quadro tinha sido premiado em Nova
York, por sua originalidade de criação.
Uma pessoa se aproximou. Falava
inglês e puxou conversa. Pedi que falasse devagar e alto pois minha capacidade
de entendimento de inglês falado é muito prejudicada pela minha surdez.
A pessoa era de Nova York e se identificou como o dono da pintura. Perguntou
se eu havia gostado do quadro.
Eu o parabenizei pela autoria do trabalho e perguntei o que ele quis
representar com sua criação.
A sua explicação , para meu absoluto
espanto, foi a mais estranha revelação sobre arte moderna
que tive até hoje.
Ele confirmou que era o dono da peça e seu idealizador, mas não era o
autor.
Os autores eram alguns gatos nos
quais ele amarrou broxas nas patas. Fez um cercado alto, derramou vários potes de tinta colorida e massa de
pintura na tela e soltou os gatos em cima.
E assim foi criada “aquela obra prima”.
Um marchant de uma galeria de Nova York, seu amigo, adorou a peça e a
levou para uma exposição, onde ela foi premiada.
Logo após o breve papo , o “artista”
foi chamado por outra pessoa e se despediu com um singelo “bye” .
Fiquei completamente perplexo com
aquela revelação. Seria verdade o que ele falou ou o homem quis brincar comigo
e me fez passar por idiota? Essa dúvida paira na minha mente até hoje.
Esta é a primeira vez que eu conto essa passagem.
E aí entra a similaridade com a análise
metafórica de “Entre Sístoles e Diástoles”.
É um artigo que pode dar margem a múltiplas interpretações, da mesma forma que
minhas variadas considerações sobre o
que o “artista” quis representar em “sua
pintura”.
O principal sentido de “Entre Sístoles e Diástoles”, na minha visão, é o
pulsar da vida.
Em todas as suas colocações, Gilberto Santiago prega a harmonia entre as
partes, o civilizado entendimento , o
diálogo franco e desarmado entre todos.
E, como ele disse, nossos
corações e nossa saúde física e mental, vivem do equilíbrio entre sístoles e
diástoles, da harmonia de nossas emoções
e pensamentos, do cuidado com nossas mentes
e nossos corpos, da retidão de
nossos comportamentos e ações, para que cheguemos a soluções que atendam de
forma satisfatória e civilizada a todas nossas aspirações.
E esse chamamento à ponderação, ao
diálogo fraterno e ao bom senso
nunca foi tão fundamental como em momentos tão tumultuados como os que estamos
vivenciando.
Conclamo todos os companheiros para que leiam e reflitam sobre a nota “Entre
Sístoles e Diástoles”, na coluna Antenado, no site da AAFBB.
Considero esse artigo, da lavra de Gilberto Santiago, pela sua
profundidade, pelo seu humanismo e pela
sua sensibilidade, um dos melhores escritos que li nos últimos tempos sobre a
análise e solução de problemas dentro do universo corporativo não só do BB mas
de qualquer outra empresa.
Parabéns ao autor pelo seu magnífico trabalho.
Adaí Rosembak
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB
Sou analfabeto em artes, mas só consigo admirar as obras antigas. A arte moderna como o ex. do quadro, eu tb. fico pensando o pintor é um idiota ou pensa que somos idiotas. Existem outros ex. de artes, que ninguém entende. Assim parece que esta nosso País. Eloy Severo
ResponderExcluirCaro Eloy Severo,
ExcluirEstou vendo que não estou sozinho nessa estória.
Ou diria, não sou a única vítima que passa por "ignorante" por não apreciar e nem entender uma pintura "abstrata".
Já fui em exposições em salas imensas, com assoalhos brilhantes e iluminação de última tecnologia que apresentam algumas coisas que não tem sentido algum. Um sapato com uma meia velha dentro, uma cadeira de cabeça para baixo, coisas do gênero.
Mas continuo com minha dúvida até hoje: foram realmente gatos que "pintaram" o quadro?
Você também tem razão com o que acontece em nosso país.
São situações e opiniões tão absurdas que parece que estamos em um país surrealista.
Um abração
Adaí Rosembak
Adaí,
ResponderExcluirAgradeço seus elogios e os recebo com a mesma consideração que tenho com as críticas construtivas, elementos importantes para o nosso aprendizado. Quanto ao meu artigo, você foi feliz na interpretação de seu sentido, eis que a vida se constitui em contrações e distensões, cada qual em seu momento oportuno, na busca do equilíbrio, representado pela razão e pelo bom senso.
Um abraço,
Gilberto Santiago
Caro Gilberto Santiago,
ExcluirFico grato por suas palavras,
Mas como você mesmo reconhece, o mérito do artigo é todo seu.
Poucas pessoas tem esse nível de discernimento, sensibilidade e humanismo para redigir uma nota desse nível.
Para nosso engrandecimento não deixe de elaborar novos trabalhos dessa magnitude.
Um abração
Adaí Rosembak
Prezado Adaí:
ResponderExcluira questão é: os que deveriam ler um artigo deste quilate não sabem ler textos mais elaborados, mas comandam o mundo (para não ficar somente no nosso quintal = país). Continuo a acreditar que um dia tudo isto será verdade.
Um abração.
Caro Anônimo,
ExcluirÉ isso aí. Você está certo.
Só não sei se ainda estarei vivo para ver essa mudança.
Um abração
Adaí Rosembak
Obrigado p/atenção. Já vi muita gente se fazer de entendido, com medo de ser taxado de ignorante, tb. já vi um comentário de um importante jornalista, falando a nossa linguagem, não tem o que entender e pronto.
ResponderExcluirCaro Eloy Severo,
ExcluirFalsos cultos e entendidos é o que tem mais por aí.
E muita gente acredita neles.
Também tem muito jornalista "especializado" nessa área.
Muitos os tratam pelo anglicismo de "experts".
Esse jornalista que fala nossa linguagem merece aplausos.
Um abração
Adaí Rosembak
Companheiro Adaí,
ResponderExcluirNão o conheço pessoalmente mas gosto muito de seu blog.
Você , de forma bem sucedida, mistura assuntos sérios com toque de humor.
Nesse artigo você passou do cômico ao sério de forma bem natural.
Também leio os artigos do Gilberto Santiago.
Ele é muito preciso e muito objetivo. Quando ele aborda um assunto ele esclarece tudo de forma a que qualquer um entenda.
Caro Anônimo,
ExcluirConsidero importante colocar um fato exótico ou cômico no meio de um assunto sério.
É uma formar de tornar a matéria mais agradável e assimilável.
Quanto ao Gilberto Santiago, ele é um mestre.
A Coluna Antenado no site da AAFBB é quase que totalmente ocupada por artigos dele.
Ele tem uma maneira toda especial de sintetizar as matérias que aborda, torná-las absolutamente compreensíveis para quem as lê e dar um toque próprio ao que escreve.
Por isso os artigos que ele redige são tão interessantes, objetivos e agradáveis de ler.
Eu gostaria de ser tão conciso e objetivo como ele mas não consigo. Floreio muito minhas notas e com isso acho que ficam um tanto pesadas, monótonas e chatas.
Mas outros cometem outras falhas.
Cada um dentro de seu estilo.
Nem todos podem ser como Gilberto Santiago.
Ele é um caso especial.
Um abração
Adaí Rosembak
Adaí, bom dia. Já fui sócio da AAFBB, integrante de Conselhos nos tempos do Viégas, a quem admirava por sua atuação no Sindicato, em defesa da classe dos bancários. Naquele passado agora lembrado também participei daquela luta. O motivo desta mensagem é dizer que o 'chamamento à ponderação", a 'harmonia entre as partes' torna-se paradoxal, até hipócrita quando lembramos que as eleições na AAFBB se fazem cerceando direitos a oposições. A 'situação' (gilberto santiago e outros) que lá se eterniza há 20 anos nem dá acesso à lista de sócios àqueles que se propõem a concorrer como 'oposição'. A teoria, na prática é outra....abc sergio castro
ResponderExcluirSérgio Roberto Costa de Castro,
ExcluirPrimeiramente penso que eleição é eleição.
É cada um querendo aparecer mais do que o outro.
Um amigo definiu eleição como uma briga de foice no escuro com um crioulo sem dentes.
Tive a honra de ser convidado pelo meu amigo Aldo Alfano para participar da chapa "Nova Aliança na AAFBB".
A falha maior começou na definição dos nomes que comporiam as duas chapas de oposição.
Perdeu-se um tempo precioso nessa situação.
Quando foram definidos os componentes já era tarde demais.
Saiu tudo um tanto atropelado.
A chapa do Aldo Alfano tentou encaminhar a relação dos votantes por gravação em cassete, o que não foi aceito pois contrariava as normas da eleição.
Na última hora, seu nome foi substituído pelo de Ilma Perez, sua esposa.
À época tive uma conversa rápida com ele sobre essa situação da chapa.
A chapa da situação estava definida com muita antecedência, estava tudo certinho e azeitado.
Planejaram tudo muito bem e venceram.
A comissão de ética não apontou qualquer irregularidade no pleito.
Escrevi uns três artigos sobre essa eleição, antes e após o pleito.
Confesso que hoje estou satisfeito com a chapa de situação que foi consagrada por aclamação pois estava só na disputa.
Estou satisfeito com Célia Laríchia na presidência e Gilberto Santiago à frente do CODEL.
Se você me me disser que inovações na AAFBB precisam ser feitas, vou concordar com você. Sempre existirão inovações a serem implementadas.
Mas essas inovações e outras mudanças precisam ser definidas e aprovadas em AGOs. e AGEs.
Acho que já passou muito tempo dessas eleições e temos de nos preparar para as próximas.
Essa é a minha opinião sincera.
Um abração
Adaí Rosembak