Como registramos no artigo anterior de 08.06.2016, o projeto
PLP 268/2016, de Gerência de Estatais e de seus Fundos de Pensão, foi elaborado
de afogadilho, na ânsia de implantar reformas que venham a colocar em ordem, da
forma mais rápida possível, a situação econômica e financeira em que o país se
encontra.
O jornal “A Folha de São Paulo”, nesta data, publica a nota “Governo
Temer negocia afrouxamento em proposta de gerência de estatais”, que
transcrevemos abaixo, em que o Governo Interino de Michel Temer está negociando
com a base aliada na Câmara dos Deputados, reformas de afrouxamento na Lei de
Responsabilidade das Estatais.
Essa notícia não poderia vir em melhor momento, para colocar
as coisas em seu devido lugar, para trazer a paz e a segurança aos funcionários
dessas empresas, aos aposentados e pensionistas de seus fundos de pensão e,
inclusive, para colaborar com a consecução do objetivo a que o próprio governo
se propõe, que é o saneamento da caótica situação em que se encontra a economia do Brasil no
presente momento.
ADAÍ ROSEMBAK
Associado da AAFBB, ANABB, AFABB-RS e ANAPLAB.
O governo interino de Michel Temer negocia com a base aliada
na Câmara dos Deputados o afrouxamento da chamada Lei de Responsabilidade das
Estatais, que estabelece a necessidade de perfil qualificado para a nomeação de
presidentes e diretores de companhias públicas.
Na última segunda-feira (6), porém, em discurso à imprensa, o
presidente interino havia defendido a proposta e prometido, inclusive,
paralisar a nomeação para diretorias ou presidências de empresas estatais e
fundos de pensão até sua aprovação.
Segundo assessores e auxiliares presidenciais, o Palácio do
Planalto pretende alterar pelo menos dois pontos da proposta. Um deles é o que
determina comprovação de experiência mínima de dez anos na área de atuação da
companhia estatal para cargos de direção e gerência.
O receio do governo federal é que as novas regras limitem
tanto as indicações de nomes de confiança do presidente interino como de
partidos da base aliada, que têm feito sugestões ao Palácio do Planalto.
Pelo critério da exigência de dez anos, por exemplo, nem
Pedro Parente nem Guilherme Campos poderiam ter sido nomeados para o comando da
Petrobras e dos Correios, respectivamente.
O segundo ponto é a determinação de que, no mínimo, 25% dos
membros do conselho de administração sejam independentes, ou seja, que não
tenham vínculo com a empresa estatal ou com a sociedade de economia mista.
A preocupação é de que a regra possa retardar a composição
completa dos conselhos de administração e levar à nomeação de pessoas sem
qualificação ou conhecimento técnico da estrutura e do funcionamento da
estatal.
Para evitar conflitos com o Senado Federal, que já aprovou a
proposta, o governo interino discutirá as mudanças primeiro com o líder do
governo, Aloysio Nunes Ferreira, antes de apresentá-las à Câmara dos Deputados.
A ideia é que as alterações sejam feitas ou por meio de
emenda parlamentar ou por projeto substitutivo até o início da semana que vem,
uma vez que a expectativa é que a Câmara dos Deputados vote a proposta na
próxima quarta-feira (15).
Apesar da promessa feita pelo presidente interino de
paralisação das nomeações, o governo federal não descarta que novas designações
sejam feitas até a semana que vem.
"Não mudamos de opinião. Agora, empresas públicas não
podem ficar acéfalas. Tínhamos a previsão de que essa matéria seria votada na
Câmara dos Deputados na quarta-feira. Acontece que, no debate que eu tive com
os líderes da base aliada, surgiram dúvidas de mérito. Nós vamos mudar algumas
coisas na Câmara dos Deputados combinadas com o Senado Federal",
reconheceu o ministro Geddel Vieira Lima (Governo).
ALIADO DE KASSAB
Nesta quinta-feira (9), o aliado do ministro Gilberto Kassab
(Comunicações) e presidente nacional em exercício do PSD, Guilherme Campos, foi
nomeado para a presidência dos Correios.
O nome do novo dirigente, que não integra o quadro de
funcionários da empresa pública, foi publicado na edição desta quinta do Diário
Oficial da União.
O Palácio do Planalto afirma que o presidente interino não
descumpriu com a promessa, uma vez que havia assinado a decisão de nomeação no
mês passado.
De acordo com o governo federal, a demora deveu-se ao excesso
de publicações feitas nas últimas semanas diante da troca no comando do Palácio
do Planalto.
Mesmo que a autorização tenha sido assinada antes, a nomeação
para um cargo público só se efetiva com sua publicação no Diário Oficial da
União.
Ruim com Dilma, pior com Temer. Imaginem quando chegar a temporada das privatizações de "tudo que for possível". Inclusive BB? (já se fala em fusão com a Caixa. Loucura!! O que ele não será capaz de fazer em 2 anos e meio....). Privatizado/fundido o BB, como ficarão Previ, Cassi, Aabb, Anabb, etc, etc. Eu era feliz e não sabia...Sem alarmismo, apenas para reflexão, mas que é de tirar o sono não há dúvida. Haja Rivotril!!!
ResponderExcluirCaro Altamirando Ferreira da Silva,
ExcluirEstamos nessa situação desesperadora em razão do caos deixado por governos inconsequentes do PT.
Mas não sofra por antecipação senão vai ter mesmo de tomar muito Rivotril.
O governo de fato está emparedado enquanto não houver a definição rápida do impeachment da Dilma.
O dinheiro está sobrando no mercado internacional mas os investidores não vão abrir as burras com o risco da volta da Dilma. E se esse risco se efetivar aí o país vai virar de vez de cabeça para baixo.
A melhor coisa que pode acontecer para melhorar o Brasil é definir essa situação do impeachment o mais rápido possível.
Isso é igual a um coágulo entupindo as veias e impedindo o fluxo de sangue. Pode matar o paciente.
Então, por favor, trate de dormir bem, deixe de ler tanto jornal, ouça música e não tome Rivotril.
É a dica deste companheiro.
Abração
Adaí Rosembak
Adaí,
ResponderExcluirLi atentamente a sua matéria e discordo de alguns pontos expostos.
A situação criada é muito preocupante e grave, sendo necessária uma grande mobilização, a fim de evitar que esta emenda à LC 108/2001, seja aprovada da forma como apresentada.
Abraços.
Waldyr Argento
Caro Waldyr Argento,,
ExcluirConcordo plenamente com você que a situação é preocupante e grave.
Mas o Michel Temer, com esse retardamento do impeachment da Dilma, está acuado junto à opinião pública e, sinceramente, acho que ainda vem muita besteira por aí, na tentativa de apresentar resultados positivos rápidos dentro de uma situação de instabilidade e insegurança econômica, pelo risco de a Dilma voltar..
De qualquer modo, lancei outra nota tirada da Folha de São Paulo, em que o presidente em exercício se propõe a rediscutir o assunto em razão das reações que vieram de todos os lados.
Isso tudo está causando um mal estar muito grande e as pessoas estão sofrendo por antecipação.
Existe um limite para qualquer tipo de reforma nessa área., senão o governo pode matar a galinha dos ovos de ouro.
Estou acompanhando essa matéria com lupa e procurando noticiar tudo que vem ocorrendo.
Mas fomos pegos de surpresa com a aprovação desse projeto no Senado.
As únicas saídas que, no momento, vejo para minorar essa situação, são, em primeiro lugar, reagir fortemente contra qualquer alteração que surja contra nossos interesses, como está sendo feito e, segundo, apressar o processo de impeachment para que o mercado internacional reaja positivamente e os investimentos voltem para o país aumentando o mercado de trabalho e minorando a crise.
É bom não esquecermos que o grande golpe contra os fundos de pensão, até o momento, foi a Resolução CGPC 26, partida do Senador José Pimentel (PT-CE).
E que a política de esquerda tresloucada na América Latina, é que criou a situação em que se encontra a Venezuela, que está no caos e com o risco de uma guerra civil.
Isso é que é barra pesada.
Gostei do seu comentário.
Volte a comentar ou faça um artigo de sua autoria. Terei imenso prazer em publicar.
Vou colocar sua nota blog e responder.
Acesse.
Abração
O Amigo
Adaí Rosembak