“O
mais importante na comunicação é ouvir o que não foi dito”.
Peter
Drucker
Independentemente
das eleições que ocorrerão na CASSI, uma medida absolutamente
oportuna a ser promovida por aquele órgão, no presente momento ,
seria um novo simpósio nos moldes do encontro que foi promovido em
15.08.2013, no Auditório do Banco do Brasil/SEDAN, Centro/RJ, com a
Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Sra.
Mirian Fochi, aberto a todos os funcionários do BB, ativos e
aposentados , representantes sindicais e de associações de
funcionários, gerentes e funcionários da CASSI-Rio, integrantes do
Conselho de Usuários da CASSI e, inclusive, a imprensa
especializada.
Foi uma
reunião muito objetiva e profícua em que foi feita uma
apresentação detalhada do funcionamento e da estrutura da CASSI,
das perspectivas de aperfeiçoamento e ampliação do sistema de
atendimento aos usuários com uma atenção maior para as
localidades distantes no interior do país.
O debate
foi franco e propiciou esclarecimentos sobre diversas dúvidas e
problemas que os usuários comumente se defrontam no relacionamento
com a CASSI e que, muitas vezes, não entendem por falta de
esclarecimentos mais aprofundados sobre a política de atuação
da CASSI, como os que foram prestados naquele evento.
Aspectos
importantes, variados e complexos, que fogem às limitadas
instruções de um manual de serviços, além de dúvidas e casos
singulares, foram detalhados e debatidos.
Enfim,
uma vasta e complexa gama de assuntos foi abordada e discutida,
mostrando porque, apesar de todos os desafios , a CASSI,
indiscutivelmente, é o melhor e mais abrangente plano de
assistência de saúde existente no Brasil dentro de seus custos e da
amplitude de serviços prestados.
Muitas
acusações infundadas e sem embasamento, expostas na internet, foram
desmistificadas, tais como a limitação de serviços e a carência
de instituições médicas credenciadas.
Foi
mostrado que a CASSI pode se orgulhar de prestar uma excelente e
ampla assistência médica, fornecimento de medicamentos, além de
contar com uma ampla rede credenciada de instituições
hospitalares e, eventualmente, ainda recorrer a alguns dos seletos
centros hospitalares do Brasil.
Mas, um
dos aspectos mais importantes abordados naquela reunião, foi a
perspectiva de perda da contribuição à CASSI, proveniente do BET,
fundamental para que a instituição continuasse a usufruir de
recursos financeiros suficientes para prestar uma excelente prestação
de serviços aos seus associados.
Naquela
oportunidade, os companheiros Douglas Leonardo Gomes, Coordenador do
Conselho da CASSI-RJ e Loreni de Senger, Conselheira Deliberativa da
CASSI, que compunham a mesa, já antevendo o que poderia ocorrer com
a perda da contribuição à CASSI relativa ao BET,
premonitoriamente, alertaram os presentes àquele conclave que
mudanças drásticas teriam de ser feitas para enfrentar a perda de
receita tão significativa para a saúde financeira da CASSI,
situação que já se vislumbrava para um médio prazo.
A perda
do BET veio muito antes do que se havia programado.
E veio de
supetão, de forma fria, e sem qualquer escalonamento que permitisse
aos usuários se adequarem gradativamente à perda de sua renda,
provocando a inadimplência nas finanças de muitas famílias.
Todos
ainda estão abalados e ainda não conseguiram aquilatar nem
assimilar a real dimensão das perdas e o impacto do choque em suas
vidas.
A temível
letra T de “temporário” , após tão longo tempo de recebimento
daquele benefício, passou desapercebida para muitos que, premidos
pelo atendimento de necessidades e de novos padrões de consumo,
incorporaram aquele benefício temporário à sua renda mensal, de
forma a atender aos novos compromissos assumidos.
Na
CASSI, a perda da contribuição relativa ao BET, vai gerar sérios
desequilíbrios financeiros que comprometerão projetos em
andamento e futuras metas de atuação, que irão atingir
profundamente a vida dos associados.
É muito
difícil planejar cortes na área de saúde sem afetar a vida dos
usuários.
Os cortes
de despesas na área burocrática e administrativa com a introdução
de serviços informatizados mais sofisticados e novas técnicas de
gestão , não são de resultado imediato, pois dependem de tempo
necessário para a introdução dessas novas tecnologias e
treinamento de pessoal , além de dispêndios iniciais vultosos para
a aquisição de novos equipamentos.
Limitar
atendimentos médicos, intervenções cirúrgicas ou fornecimento de
medicamentos, também são objetivos difíceis, senão inviáveis de
alcançar e que, seguramente, vão gerar ações e reações
negativas por parte dos usuários, com consequências funestas para a
imagem da instituição.
Por outro
lado, cada vez mais são criados novos procedimentos médicos que
exigem novas baterias de exames sofisticados e dispendiosos.
Ademais,
em conversa informal com a companheira Loreni de Senger, ela
confessou que o impacto da perda do BET, como consequência, pode
gerar novos problemas de saúde causados por estresse emocional, em
razão do descontrole financeiro na vida de muitos associados, o que
geraria novos gastos com assistência médica.
Todos
esses problemas somados se constituem em um desafio colossal, que
exigirá planejamento sério e racional , profundo conhecimento e
vivência na área, e muito trabalho por parte da nova
administração a ser eleita para a CASSI nas próximas eleições.
Os
candidatos das chapas concorrentes devem promover simpósios e
debates para discussão de suas propostas diretamente com os
associados.
Já os
associados devem estar atentos às diversas propostas apresentadas
pelos candidatos das chapas em disputa , selecionando aquelas
pautadas em projetos sérios, viáveis e com real embasamento para
sua consecução e descartando metas inalcançáveis e sem
viabilidade, que denunciariam oportunismo, despreparo e
demagogia de eventuais candidatos.
Essa
forma de apresentação das chapas, forçará a que seus candidatos
se preparem a fundo para tais debates, frente a frente com os
usuários que, nesse momento, deverão confrontar os debatedores e
explorar todas as brechas e oportunidades na defesa de seus
interesses na CASSI.
Porisso,
repetimos, seria de fundamental importância que a CASSI promovesse
novos encontros na forma do conclave de 15.08.2013, para que os
associados se inteirassem da atual situação da CASSI,
principalmente depois da extinção do BET.
É
fundamental que a administração da CASSI apresente ao quadro
social as medidas que estão sendo tomadas e outras que ainda o
serão, para o equacionamento dos problemas surgidos com a perda da
contribuição à CASSI relativa ao BET.
Essa
iniciativa da CASSI ajudará e preparará os associados para essa
nova realidade e para uma escolha criteriosa dos candidatos mais bem
preparados para gerir o órgão e enfrentar essa situação adversa.
Adaí
Rosembak
Associado
da AAFBB e ANABB
Nenhum comentário:
Postar um comentário